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Assinem a petição que a Pamela Anderson irá entregar contra o massacre e vejam o filme que retrata esta matança.
sexta-feira, março 31, 2006
Pela Memória
A Isabel no Troll Urbano escreveu este post ao que surgiu a ideia (nas caixas de comentários) de se encher a caixa de comentários de um empreendimento a bem da memória de um passado recente.
Leiam o que está a seguir........
Lugar de festas de família, em pleno Chiado Por: Isabel Faria
Através do Renas e Veados, descobri este site. Convido-vos a todos a visitar este site. É o site de promoção e venda do condomínio fechado e de luxo que se está a construir na sede da PIDE, na António Maria Cardoso.Párem um bocadinho, tomem um bocadinho do vosso tempo e leiam a história do edifício. A história da sede da Pide-DGS. Onde foram presos e torturados milhares de homens e mulheres. E digam-me se eu estou a ficar louca ou se neste país se perdeu definitivamente a vergonha. Estamos em 2006. Faz hoje trinta e dois anos, a esta hora, a PIDE ainda prendia e torturava "em pleno Chiado". Digam-me que me estou a escandalizar por uma ninharia...ou confirmem-me a loucura. Ou a falta de vergonha de quem permite que se negue e se reescreva a história. E que se reduza a memória da António Maria Cardoso, ao casamento de D.Teodósio com a prima Isabel.
A concretização desta iniciativa ocorreu com esta posta
"Pela memória" Por:Isabel Faria
Quando ontem escrevi este post, a Helena Romão, na caixa de comentários, fez esta sugestão: "Isabel, e não podíamos organizar uma iniciativa do tipo encher-lhes a caixa de mail a dizer que falta o resto da história do edifício, e que é publicidade enganosa?Arranja-se uma espécie de texto modelo. Cada um pode aproveitar ou não, escrever o seu próprio texto ou apoiar-se no modelo. E entupir-lhes a caixa do correio". Sugestão que, imediatamente, aceitámos.
Essa é, então, a nossa proposta. Que se crie uma corrente, chamar-lhe-iamos "Pela memória" e enviariamos, para o Email da empresa, uma mensagem a "lembrar-lhes" que a PIDE existiu e que exigimos que a História e a memória sejam respeitadas. Pedimos a todos que concordem com a iniciativa que a publiquem nos vossos Blogs e... mãos à obra.
Proposta de texto:
Ao consultar a página na Internet deparei-me com algumas incorrecções que urge corrigir.
Na página dedicada à história do edifício, os senhores mencionam apenas os contecimentos até 1640. Como sabem, estamos em 2006 e, entretanto, houve História naquele edifício. Como também sabem, o edifício foi sede da PIDE-DGS, polícia política do regime fascista. Até 1974 era para aquele edifício que eram levados os presos, para serem interrogados sob tortura. Como é público, os maus-tratos levavam, não raramente, à morte.
Omitir as mortes e as torturas é publicidade enganosa. Naquele lugar não houve, apenas, banquetes e festas de casamento. O fascismo existiu. A PIDE-DGS torturou e matou.
Exigimos o respeito da História do País e da memória de quem ali sofreu e morreu. O Email da empresa é pacododuque@temple.pt.
A todos que a possam divulgar segue este pedido. Mandem por mail, publiquem nas vossas páginas e acima de tudo vamos entupir as caixas de comentários daqueles que nos querem apagar da memória todo o mal que a pide fez.
Obrigado pelo tempo dispensado.
Leiam o que está a seguir........
Lugar de festas de família, em pleno Chiado Por: Isabel Faria
Através do Renas e Veados, descobri este site. Convido-vos a todos a visitar este site. É o site de promoção e venda do condomínio fechado e de luxo que se está a construir na sede da PIDE, na António Maria Cardoso.Párem um bocadinho, tomem um bocadinho do vosso tempo e leiam a história do edifício. A história da sede da Pide-DGS. Onde foram presos e torturados milhares de homens e mulheres. E digam-me se eu estou a ficar louca ou se neste país se perdeu definitivamente a vergonha. Estamos em 2006. Faz hoje trinta e dois anos, a esta hora, a PIDE ainda prendia e torturava "em pleno Chiado". Digam-me que me estou a escandalizar por uma ninharia...ou confirmem-me a loucura. Ou a falta de vergonha de quem permite que se negue e se reescreva a história. E que se reduza a memória da António Maria Cardoso, ao casamento de D.Teodósio com a prima Isabel.
A concretização desta iniciativa ocorreu com esta posta
"Pela memória" Por:Isabel Faria
Quando ontem escrevi este post, a Helena Romão, na caixa de comentários, fez esta sugestão: "Isabel, e não podíamos organizar uma iniciativa do tipo encher-lhes a caixa de mail a dizer que falta o resto da história do edifício, e que é publicidade enganosa?Arranja-se uma espécie de texto modelo. Cada um pode aproveitar ou não, escrever o seu próprio texto ou apoiar-se no modelo. E entupir-lhes a caixa do correio". Sugestão que, imediatamente, aceitámos.
Essa é, então, a nossa proposta. Que se crie uma corrente, chamar-lhe-iamos "Pela memória" e enviariamos, para o Email da empresa, uma mensagem a "lembrar-lhes" que a PIDE existiu e que exigimos que a História e a memória sejam respeitadas. Pedimos a todos que concordem com a iniciativa que a publiquem nos vossos Blogs e... mãos à obra.
Proposta de texto:
Ao consultar a página na Internet deparei-me com algumas incorrecções que urge corrigir.
Na página dedicada à história do edifício, os senhores mencionam apenas os contecimentos até 1640. Como sabem, estamos em 2006 e, entretanto, houve História naquele edifício. Como também sabem, o edifício foi sede da PIDE-DGS, polícia política do regime fascista. Até 1974 era para aquele edifício que eram levados os presos, para serem interrogados sob tortura. Como é público, os maus-tratos levavam, não raramente, à morte.
Omitir as mortes e as torturas é publicidade enganosa. Naquele lugar não houve, apenas, banquetes e festas de casamento. O fascismo existiu. A PIDE-DGS torturou e matou.
Exigimos o respeito da História do País e da memória de quem ali sofreu e morreu. O Email da empresa é pacododuque@temple.pt.
A todos que a possam divulgar segue este pedido. Mandem por mail, publiquem nas vossas páginas e acima de tudo vamos entupir as caixas de comentários daqueles que nos querem apagar da memória todo o mal que a pide fez.
Obrigado pelo tempo dispensado.
Divulgação
quarta-feira, março 29, 2006
NASCEU - não é domesticável !
Nasceu, mas não está de parabéns por isso. Nasceu sem a benção de DEUS, por coincidência até em periodo Quaresmal, só posteriormente a sua madrinha o reconheceu. Consta que nem o comboio apitou...
Num grito libertário pela racionalidade, abrindo espaço ao exercício de pensar, no desafogo que é preciso cultivar no uso da informática. Numa aposta na civilização, em que o disparate é apenas limitado pelo disparate, em que os coices se confundem com propostas para não impôr, em que nada se combina e estrutura. ESTABELECEU-SE, vagamente, marcando terreno como "as mijinhas" que os canídeos usam. - CÁ SE ESTÁ!
Sem disparate, visitado por muitos que nunca comentaram aqui. As funções geram-lhes preconceitos, mas porque não se coíbem de por aí comentar, calcula-se que muitos coices não foram nem serão em vão.
Na humildade de investigar a importância dos perissodáctilos no desenvolvimento das sociedades, nomeadamente dos Burros, Machos e respectivas Fémeas; no impacto na economia em sucessivas e diferentes épocas - durante milénios o garante dos transportes públicos e privados. É de gritar bem alto,-ARREMACHO! - VIVA O ARREMACHO!
Como espécie, mais velhos do que nós, mais velhos que Xenofonte. Soubessem eles registar, por certo que nos deslumbrariamos na vergonha, muitos até desejariam comer palha, pois no processo civilizacional foram e são muitos os que preferiram e preferem ser Domesticados.
Este blog é o que é, tem a dimensão de quem o promove. A identificação clandestina, anónima, são apenas resultado dos condicionalismos que a actual conjuntura politicóabandalhada, desenvolvida pela Ditadura da Alternância nos impõe.
Somos MACHOS e FÉMEAS que preferem dar coíces. Gente que já optou, que prefere não ser "civilizada", pois a conjuntura só acolhe bem quem é domesticável...
- ARREMACHO!
Num grito libertário pela racionalidade, abrindo espaço ao exercício de pensar, no desafogo que é preciso cultivar no uso da informática. Numa aposta na civilização, em que o disparate é apenas limitado pelo disparate, em que os coices se confundem com propostas para não impôr, em que nada se combina e estrutura. ESTABELECEU-SE, vagamente, marcando terreno como "as mijinhas" que os canídeos usam. - CÁ SE ESTÁ!
Sem disparate, visitado por muitos que nunca comentaram aqui. As funções geram-lhes preconceitos, mas porque não se coíbem de por aí comentar, calcula-se que muitos coices não foram nem serão em vão.
Na humildade de investigar a importância dos perissodáctilos no desenvolvimento das sociedades, nomeadamente dos Burros, Machos e respectivas Fémeas; no impacto na economia em sucessivas e diferentes épocas - durante milénios o garante dos transportes públicos e privados. É de gritar bem alto,-ARREMACHO! - VIVA O ARREMACHO!
Como espécie, mais velhos do que nós, mais velhos que Xenofonte. Soubessem eles registar, por certo que nos deslumbrariamos na vergonha, muitos até desejariam comer palha, pois no processo civilizacional foram e são muitos os que preferiram e preferem ser Domesticados.
Este blog é o que é, tem a dimensão de quem o promove. A identificação clandestina, anónima, são apenas resultado dos condicionalismos que a actual conjuntura politicóabandalhada, desenvolvida pela Ditadura da Alternância nos impõe.
Somos MACHOS e FÉMEAS que preferem dar coíces. Gente que já optou, que prefere não ser "civilizada", pois a conjuntura só acolhe bem quem é domesticável...
- ARREMACHO!
E já cá mora um anito...
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A todos os que nos visitam o nosso obrigado.
Tem servido este espaço para para uma visão crítica do meio onde estamos inseridos, seja cá dentro ou lá por fora, como diz o slogan " vá para fora cá dentro".
Nem sempre se consegue estar em cima do acontecimento, não somos profissionais do blogue nem era essa a nossa intenção.
Vai-se postando ao sabor da corrente, umas vezes dando coices, outras elogiando, mas sempre de uma forma saudável, não embarcamos em jabardices nem tão pouco admitimos comentários que rocem a calunia ou a jabardice.
Apesar do espaço encobrir a identidade não pode o mesmo servir para julgamentos encobertos em anonimátos , sejamos homenzinhos ou mulherzinhas.
Tal como começamos à um ano, o " Arre Macho" volta à carga com a marginal, com foto actualizada e a perguntar de que 13 de abril se trata?
Até daqui a um ano com nova foto da marginal, esperando que dessa feita possamos mostrar uma avenida já com arvores bem crescidas para podermos aproveitar a sua sombra.
BEM HAJAM
terça-feira, março 28, 2006
De Toronto ao zoo de Lisboa
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A ameaça (que começou a ser concretizada) de expulsão de cerca de 15 mil emigrantes portugueses do Canadá tem animado os noticiários. Ilegais, é o anátema usado pelas autoridades para justificar mais uma vaga de expulsões, mas que esconde realidades bem diversas – incluindo a de quem, há quase duas décadas, contribui para o crescimento económico do Canadá. Algo está a mudar neste próspero país da América do Norte que, também na política de imigração, contrastava pela positiva com a brutalidade do seu poderoso vizinho: os EUA.
A proverbial abertura ao mundo, expressa em cerca de 300 mil autorizações de residência anuais, começou a ser posta em causa e “o orgulho do Canadá multicultural” ficou ferido de morte pela nomeação do primeiro-ministro conservador, Stephen Harper, em Janeiro de 2006. Aos poucos, vieram ao de cima as suas perspectivas neoliberais e economicistas da imigração, pois há muito defendia que os “requerentes de asilo, indocumentados, fossem expulsos do país ou detidos”. Segundo o director do Centro de Refugiados de Toronto, Francisco Rico-Martinez, este governo “põe o foco na segurança nacional, em detrimento da segurança humana”.
Curiosa foi a reacção do sector da construção civil, quer de sindicalistas quer de empresários que se manifestaram preocupados com esta ofensiva sobre os indocumentados, pedindo a suspensão das ordens de saída. Da parte dos patrões, compreende-se a apetência por esta mão-de-obra barata e disponível, da qual se aproveitaram, pouco fazendo para a legalizar. Da parte dos sindicatos, era bom que esta preocupação traduzisse uma verdadeira solidariedade de classe. António Dionísio, líder do poderoso sindicato Universal Workers Union 183, denunciou num artigo publicado no “Sol Português”: “Em todos os sectores, os trabalhadores indocumentados ganham, tipicamente, menos do que os seus colegas canadianos, vivem com medo de serem deportados e não têm o mesmo acesso ao sistema de saúde e a outros benefícios básicos.” Lá como cá. Entretanto as deportações continuam, estimando-se que até 8 de Abril atinjam uma centena de portugueses.
Do lado de cá do Atlântico, em pleno jardim zoológico de Lisboa, uma rusga policial envolveu cerca de 100 agentes, alguns encapuzados e armados com metralhadoras e espingardas “shotgun”, além de um grupo do Corpo de Intervenção e de três equipas cinéticas (agente mais cão). O alvo desta estranha caçada no zoo não foi as feras à solta, mas sim um restaurante onde decorrem festas de pagode, popular género de música brasileira, que reúnem centenas de pessoas.
Nesta operação foram detidos para identificação perto de 500 brasileiros – a maior detenção de sempre de imigrantes, em Portugal. Imagine-se o aparato de meio milhar de pessoas, transportadas num autocarro de turismo para as instalações do SEF, na Matinha: 222 receberam ordem para abandonar o país voluntariamente e 12 foram passar a noite numa cela do Governo Civil de Lisboa, no Bairro Alto. Curiosamente, das estatísticas dos jornais desapareceram mais de 250 cidadãos, com a situação perfeitamente regularizada, também eles sujeitos a este circo publicitário.
A mensagem que se procura passar é clara: brasileiros querem é pagode, samba e forró, misturando nesta cena 300 CD’s de música copiados – como se sabe, nas festas e discotecas frequentadas por portugueses só tocam CD’s de marca registada… Quanto aos 222 cidadãos com ordem para abandonar voluntariamente o país, aposto, singelo contra dobrado, que mais de 90% continuam a trabalhar nas obras e nos restaurantes da Grande Lisboa e sugiro ao governo que transfira as acções de fiscalização para os locais de trabalho. Não teriam o impacto dum cenário de guerra no jardim zoológico; em contrapartida, deitariam mão não apenas às vítimas, mas também a patrões sem escrúpulos que se aproveitam de imigrantes em situação ilegal. Em Portugal como no Canadá.
Em vez de dotar a IGT de meios humanos e materiais eficazes e de avançar com novas leis de imigração que respondam ao passivo acumulado de mais de 100 mil imigrantes, entrados em Portugal depois de Março 2003 – data do último processo de legalização, ainda por concluir – o ministro António Costa entretém-nos com discursos idílicos sobre a “imigração qualificada” do futuro. E pior: opta pelo caminho fácil das operações policiais de “caça ao imigrante”, promovendo irresponsavelmente a xenofobia contra uma comunidade – brasileira ou qualquer outra.
Um governo assim perde autoridade para defender os portugueses no Canadá. É que não pode haver dois pesos e duas medidas, em matéria de direitos humanos, num mundo cada vez mais globalizado…
Alberto Matos
A ameaça (que começou a ser concretizada) de expulsão de cerca de 15 mil emigrantes portugueses do Canadá tem animado os noticiários. Ilegais, é o anátema usado pelas autoridades para justificar mais uma vaga de expulsões, mas que esconde realidades bem diversas – incluindo a de quem, há quase duas décadas, contribui para o crescimento económico do Canadá. Algo está a mudar neste próspero país da América do Norte que, também na política de imigração, contrastava pela positiva com a brutalidade do seu poderoso vizinho: os EUA.
A proverbial abertura ao mundo, expressa em cerca de 300 mil autorizações de residência anuais, começou a ser posta em causa e “o orgulho do Canadá multicultural” ficou ferido de morte pela nomeação do primeiro-ministro conservador, Stephen Harper, em Janeiro de 2006. Aos poucos, vieram ao de cima as suas perspectivas neoliberais e economicistas da imigração, pois há muito defendia que os “requerentes de asilo, indocumentados, fossem expulsos do país ou detidos”. Segundo o director do Centro de Refugiados de Toronto, Francisco Rico-Martinez, este governo “põe o foco na segurança nacional, em detrimento da segurança humana”.
Curiosa foi a reacção do sector da construção civil, quer de sindicalistas quer de empresários que se manifestaram preocupados com esta ofensiva sobre os indocumentados, pedindo a suspensão das ordens de saída. Da parte dos patrões, compreende-se a apetência por esta mão-de-obra barata e disponível, da qual se aproveitaram, pouco fazendo para a legalizar. Da parte dos sindicatos, era bom que esta preocupação traduzisse uma verdadeira solidariedade de classe. António Dionísio, líder do poderoso sindicato Universal Workers Union 183, denunciou num artigo publicado no “Sol Português”: “Em todos os sectores, os trabalhadores indocumentados ganham, tipicamente, menos do que os seus colegas canadianos, vivem com medo de serem deportados e não têm o mesmo acesso ao sistema de saúde e a outros benefícios básicos.” Lá como cá. Entretanto as deportações continuam, estimando-se que até 8 de Abril atinjam uma centena de portugueses.
Do lado de cá do Atlântico, em pleno jardim zoológico de Lisboa, uma rusga policial envolveu cerca de 100 agentes, alguns encapuzados e armados com metralhadoras e espingardas “shotgun”, além de um grupo do Corpo de Intervenção e de três equipas cinéticas (agente mais cão). O alvo desta estranha caçada no zoo não foi as feras à solta, mas sim um restaurante onde decorrem festas de pagode, popular género de música brasileira, que reúnem centenas de pessoas.
Nesta operação foram detidos para identificação perto de 500 brasileiros – a maior detenção de sempre de imigrantes, em Portugal. Imagine-se o aparato de meio milhar de pessoas, transportadas num autocarro de turismo para as instalações do SEF, na Matinha: 222 receberam ordem para abandonar o país voluntariamente e 12 foram passar a noite numa cela do Governo Civil de Lisboa, no Bairro Alto. Curiosamente, das estatísticas dos jornais desapareceram mais de 250 cidadãos, com a situação perfeitamente regularizada, também eles sujeitos a este circo publicitário.
A mensagem que se procura passar é clara: brasileiros querem é pagode, samba e forró, misturando nesta cena 300 CD’s de música copiados – como se sabe, nas festas e discotecas frequentadas por portugueses só tocam CD’s de marca registada… Quanto aos 222 cidadãos com ordem para abandonar voluntariamente o país, aposto, singelo contra dobrado, que mais de 90% continuam a trabalhar nas obras e nos restaurantes da Grande Lisboa e sugiro ao governo que transfira as acções de fiscalização para os locais de trabalho. Não teriam o impacto dum cenário de guerra no jardim zoológico; em contrapartida, deitariam mão não apenas às vítimas, mas também a patrões sem escrúpulos que se aproveitam de imigrantes em situação ilegal. Em Portugal como no Canadá.
Em vez de dotar a IGT de meios humanos e materiais eficazes e de avançar com novas leis de imigração que respondam ao passivo acumulado de mais de 100 mil imigrantes, entrados em Portugal depois de Março 2003 – data do último processo de legalização, ainda por concluir – o ministro António Costa entretém-nos com discursos idílicos sobre a “imigração qualificada” do futuro. E pior: opta pelo caminho fácil das operações policiais de “caça ao imigrante”, promovendo irresponsavelmente a xenofobia contra uma comunidade – brasileira ou qualquer outra.
Um governo assim perde autoridade para defender os portugueses no Canadá. É que não pode haver dois pesos e duas medidas, em matéria de direitos humanos, num mundo cada vez mais globalizado…
Alberto Matos
segunda-feira, março 27, 2006
Passeio, colóquio e convívio
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Divulgação de e-mail chegado à nossa caixa de correio dos "Amigos da História Local".
Descobrindo a História nas margens do TejoDa Pré-História ao século 20
No dia 2 de Abril, Domingo, partiremos do Parque das Canoas (Gaio) pelas 10:00h e fazendo um percurso a pé vamos conhecer a investigação que se está a fazer sobre a construção naval no Estaleiro do Gaio, passando depois às descobertas arqueológicas do Neolítico, avistando a Ponta da Passadeira a partir do miradouro do Rosário, sabendo como funcionavam os fornos da cal, as salinas, os viveiros, as portas de água e moínhos de maré, desfiando séculos, desde a pré-história até ao século passado.
Na volta faremos uma paragem no Rosário, para o café da manhã e ao chegar ao Gaio seguiremos nas viaturas rumo a Sarilhos Pequenos.
Aí na Associação Naval de Sarilhos o Presidente, Mário Pinto - que também é um amigo da história local - abordará o que a colectividade tem procurado fazer em prol da promoção e salvaguarda do património náutico. Seguidamente o António Gonzalez vai apresentar algumas imagens dos locais que tem investigado ao longo dos anos, para que possamos melhor interpretar a história local na sua relação com o Tejo. O Tiago, que regressou há pouco tempo de um campo arqueológico no sul de Marrocos vai-nos também contar como foi essa experiência.
Depois segue-se o almoço, para o que sugiro que os interssados tragam uma merenda. Será um momento de convívio onde se poderá falar de recriações históricas, história local, ou de tudo o que mais nos aprouver! Se o tempo não ajudar ao passeio, mantém-se o ponto de encontro no Gaio pelas 10:00h, mas seguiremos para o colóquio e o almoço-convívio.
Divulgação de e-mail chegado à nossa caixa de correio dos "Amigos da História Local".
Descobrindo a História nas margens do TejoDa Pré-História ao século 20
No dia 2 de Abril, Domingo, partiremos do Parque das Canoas (Gaio) pelas 10:00h e fazendo um percurso a pé vamos conhecer a investigação que se está a fazer sobre a construção naval no Estaleiro do Gaio, passando depois às descobertas arqueológicas do Neolítico, avistando a Ponta da Passadeira a partir do miradouro do Rosário, sabendo como funcionavam os fornos da cal, as salinas, os viveiros, as portas de água e moínhos de maré, desfiando séculos, desde a pré-história até ao século passado.
Na volta faremos uma paragem no Rosário, para o café da manhã e ao chegar ao Gaio seguiremos nas viaturas rumo a Sarilhos Pequenos.
Aí na Associação Naval de Sarilhos o Presidente, Mário Pinto - que também é um amigo da história local - abordará o que a colectividade tem procurado fazer em prol da promoção e salvaguarda do património náutico. Seguidamente o António Gonzalez vai apresentar algumas imagens dos locais que tem investigado ao longo dos anos, para que possamos melhor interpretar a história local na sua relação com o Tejo. O Tiago, que regressou há pouco tempo de um campo arqueológico no sul de Marrocos vai-nos também contar como foi essa experiência.
Depois segue-se o almoço, para o que sugiro que os interssados tragam uma merenda. Será um momento de convívio onde se poderá falar de recriações históricas, história local, ou de tudo o que mais nos aprouver! Se o tempo não ajudar ao passeio, mantém-se o ponto de encontro no Gaio pelas 10:00h, mas seguiremos para o colóquio e o almoço-convívio.
Dia Mundial do Teatro - Mensagem Anual
MENSAGEM INTERNACIONAL DO DIA MUNDIAL DO TEATRO 2006
UM RAIO DE ESPERANÇA, por Víctor Hugo Rascón-Banda
Todos os dias deveriam ser Dias Mundiais do Teatro, porque nestes 20 séculos, a chama do teatro tem ardido constantemente nalgum canto do mundo.
Ao teatro, sempre se decretou a morte, sobretudo com o aparecimento do cinema, da televisão e, agora, dos meios digitais.
A tecnologia invadiu os cenários e aniquilou a dimensão humana, tentou-se um teatro plástico, próximo da pintura em movimento, que substituiu a palavra. Houve obras sem palavras, ou sem luz ou sem actores, somente máquinas e bonecos numa instalação com múltiplos jogos de luzes. A tecnologia tentou converter o teatro em fogo de artifício ou em espectáculo de feira.
Hoje assistimos ao regresso do actor em frente do espectador. Hoje presenciamos o retorno da palavra ao palco.
O teatro renunciou à comunicação massiva e reconheceu os seus próprios limites que lhe impõem a presença de dois seres frente a frente comunicando sentimentos, emoções, sonhos e esperanças. A arte cénica está a deixar de contar histórias para debater ideias.
O teatro comove, ilumina, incomoda, perturba, exalta, revela, provoca, transgride. É uma conversa partilhada com a sociedade. O teatro é a primeira das artes que se confronta com o nada, as sombras e o silêncio para que surjam a palavra, o movimento, as luzes e a vida.
O teatro é um ser vivo que se consome a si mesmo enquanto se produz, mas constantemente renasce das cinzas. É uma comunicação mágica na qual cada pessoa dá e recebe algo que a transforma.
O teatro reflecte a angústia existencial do Homem e revela a condição humana. Através do teatro, não falam os seus criadores, mas a sociedade do seu tempo.
O teatro tem inimigos visíveis, a ausência de educação artística na infância, que impede a sua descoberta e o seu usufruto; a pobreza que invade o mundo, afastando os espectadores, e a indiferença e o desprezo dos governos que deviam promovê-lo.
No teatro falavam os deuses e os homens, mas agora o homem fala para outros homens. Para isso o teatro tem de ser maior e melhor que a própria vida. O teatro é um acto de fé no valor de uma palavra sensata num mundo demente. É um acto de fé nos seres humanos que são responsáveis pelo seu destino.
É necessário viver o teatro para entender o que se passa, para transmitir a dor que está no ar, mas também para vislumbrar um raio de esperança no caos e pesadelo quotidianos.
Longa vida aos oficiantes do rito teatral! Viva o teatro!
Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação
.....................................................
O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI). O Dia Mundial do Teatro celebra-se anualmente a 27 de Março nos Centros ITI e na comunidade teatral internacional. Organizam-se diversos eventos nacionais e internacionais para assinalar a ocasião. Um dos mais importantes é a circulação da Mensagem Internacional, tradicionalmente escrita por uma personalidade do teatro de dimensão mundial a convite do Instituto Internacional do Teatro.
www.iti-worldwide.org
.....................................................
Víctor Hugo Rascón Banda
Nota biográfica
Víctor Hugo Rascón Banda nasceu em 1948 em Uruáchic, uma cidade mineira do norte do México. Saiu muito cedo da sua pequena localidade para continuar os seus estudos de advocacia.
Em 1979 escreveu a sua primeira obra de teatro Voces en el umbral. Los ilegales, a sua primeira peça encenada, marcaria o início de uma carreira assinalada por êxitos de público, assim como o reconhecimento crítico e académico. A sua obra dramática, composta por cerca de meia centena de textos, resulta num espectro significativo que dá conta da complexidade do ser humano e da sua relação com a envolvente social, pois é a sociedade do seu tempo que fala através do criador, assinala Víctor Hugo. Para ele, o teatro é entendido como um contentor dos sonhos e dos pesadelos de toda uma época. A sua obra dramática é uma das mais encenadas e editadas no panorama nacional mexicano.
Víctor Hugo já recebeu vários prémios nacionais e internacionais pelas suas obras, tais como: Ramón López Velarde 1979, Teatro Nuestra América 1981, Juan Ruiz de Alarcón 1993 e Rodolfo Usigli 1993. Recentemente recebeu a medalha “Xavier Villaurrutia”, em reconhecimento da sua carreira.
É presidente da Sociedad General de Escritores de México, Assessor do Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, Tesoureiro da Academia de Artes y Ciencias Cinematográficas, Presidente da Federación de Sociedades Autorales e Vice-presidente da Confederación Internacional de Sociedades de Autores y Compositores.
Adaptado do texto de Rocío Galicia - Centro Nacional de Investigación Teatral “Rodolfo Usigli”. Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação
UM RAIO DE ESPERANÇA, por Víctor Hugo Rascón-Banda
Todos os dias deveriam ser Dias Mundiais do Teatro, porque nestes 20 séculos, a chama do teatro tem ardido constantemente nalgum canto do mundo.
Ao teatro, sempre se decretou a morte, sobretudo com o aparecimento do cinema, da televisão e, agora, dos meios digitais.
A tecnologia invadiu os cenários e aniquilou a dimensão humana, tentou-se um teatro plástico, próximo da pintura em movimento, que substituiu a palavra. Houve obras sem palavras, ou sem luz ou sem actores, somente máquinas e bonecos numa instalação com múltiplos jogos de luzes. A tecnologia tentou converter o teatro em fogo de artifício ou em espectáculo de feira.
Hoje assistimos ao regresso do actor em frente do espectador. Hoje presenciamos o retorno da palavra ao palco.
O teatro renunciou à comunicação massiva e reconheceu os seus próprios limites que lhe impõem a presença de dois seres frente a frente comunicando sentimentos, emoções, sonhos e esperanças. A arte cénica está a deixar de contar histórias para debater ideias.
O teatro comove, ilumina, incomoda, perturba, exalta, revela, provoca, transgride. É uma conversa partilhada com a sociedade. O teatro é a primeira das artes que se confronta com o nada, as sombras e o silêncio para que surjam a palavra, o movimento, as luzes e a vida.
O teatro é um ser vivo que se consome a si mesmo enquanto se produz, mas constantemente renasce das cinzas. É uma comunicação mágica na qual cada pessoa dá e recebe algo que a transforma.
O teatro reflecte a angústia existencial do Homem e revela a condição humana. Através do teatro, não falam os seus criadores, mas a sociedade do seu tempo.
O teatro tem inimigos visíveis, a ausência de educação artística na infância, que impede a sua descoberta e o seu usufruto; a pobreza que invade o mundo, afastando os espectadores, e a indiferença e o desprezo dos governos que deviam promovê-lo.
No teatro falavam os deuses e os homens, mas agora o homem fala para outros homens. Para isso o teatro tem de ser maior e melhor que a própria vida. O teatro é um acto de fé no valor de uma palavra sensata num mundo demente. É um acto de fé nos seres humanos que são responsáveis pelo seu destino.
É necessário viver o teatro para entender o que se passa, para transmitir a dor que está no ar, mas também para vislumbrar um raio de esperança no caos e pesadelo quotidianos.
Longa vida aos oficiantes do rito teatral! Viva o teatro!
Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação
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O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI). O Dia Mundial do Teatro celebra-se anualmente a 27 de Março nos Centros ITI e na comunidade teatral internacional. Organizam-se diversos eventos nacionais e internacionais para assinalar a ocasião. Um dos mais importantes é a circulação da Mensagem Internacional, tradicionalmente escrita por uma personalidade do teatro de dimensão mundial a convite do Instituto Internacional do Teatro.
www.iti-worldwide.org
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Víctor Hugo Rascón Banda
Nota biográfica
Víctor Hugo Rascón Banda nasceu em 1948 em Uruáchic, uma cidade mineira do norte do México. Saiu muito cedo da sua pequena localidade para continuar os seus estudos de advocacia.
Em 1979 escreveu a sua primeira obra de teatro Voces en el umbral. Los ilegales, a sua primeira peça encenada, marcaria o início de uma carreira assinalada por êxitos de público, assim como o reconhecimento crítico e académico. A sua obra dramática, composta por cerca de meia centena de textos, resulta num espectro significativo que dá conta da complexidade do ser humano e da sua relação com a envolvente social, pois é a sociedade do seu tempo que fala através do criador, assinala Víctor Hugo. Para ele, o teatro é entendido como um contentor dos sonhos e dos pesadelos de toda uma época. A sua obra dramática é uma das mais encenadas e editadas no panorama nacional mexicano.
Víctor Hugo já recebeu vários prémios nacionais e internacionais pelas suas obras, tais como: Ramón López Velarde 1979, Teatro Nuestra América 1981, Juan Ruiz de Alarcón 1993 e Rodolfo Usigli 1993. Recentemente recebeu a medalha “Xavier Villaurrutia”, em reconhecimento da sua carreira.
É presidente da Sociedad General de Escritores de México, Assessor do Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, Tesoureiro da Academia de Artes y Ciencias Cinematográficas, Presidente da Federación de Sociedades Autorales e Vice-presidente da Confederación Internacional de Sociedades de Autores y Compositores.
Adaptado do texto de Rocío Galicia - Centro Nacional de Investigación Teatral “Rodolfo Usigli”. Tradução: Instituto das Artes - Gabinete de Teatro e Gabinete de Comunicação
domingo, março 26, 2006
"A QUARESMA ILUMINA..."
Ontem, estive numa animada discussão com Hengels, a propósito do seu escrito sobre a Origem da Família, da Propriedade e do Estado. Marx esteve para aparecer, mas não veio, (o Pombo ainda não trouxe a mensage) calculo que nevou, sendo longe a penantes e de carroça complicado, pois comboio, só do outro lado do Reno.
Nesta discussão a dois, inventariei um conjunto de procedimentos humanos, similares, que se repetem ao longo de épocas, juntei até a invasão do Iraque e as possíveis próximas invasões da Venezuela e do Irão, reparando que nestas ele não estava bem informado, tudo isto apesar da evolução do saber e das sociedades, distantes que estamos da fisionomia do macaco que já tivemos, consequência do bom calhar de uma microscópica diferença genética.
Bem hajam os Deuses, excelentes químicos na arquitectura genética.
Já tarde, com meia garrafa de vinho do Porto consumida, adormeci. Recordo-me que acordei três vezes, tantas como os membros da estruturada Sagrada Família, - interrogando-me em intervalos bocejados, se não estaria a ser Iluminado pela Quaresma(!?)... Na terceira vez, embora ensonado decidi ficar acordado, num ápice dirimi a discussão que tivera, embora com fome não comi, fui impelido sem ainda perceber porquê a ficar em jejum, reflectindo sobre religiões, deus , deusas e até travestis.
Saltou-me á lembrança o Quacrismo, colher o seu exemplo, quase como uma necessidade racional e premente de redescobrir um Deus com outro nome, capaz de substituir os actuais que já não colhem respeito por serem já velharias das incongruentes invenções dos humanos(!?)
Inventar outra doutrina, iniciar uma seita e seguir o exemplo de Jorge Fox, fundador do Quacrismo, que aproveitando a confusão religiosa dos tempos de Henrique VIII, pregaram uma revolução religiosa. Autênticos e audazes agitadores, que com capacidade oratória entravam à bruta pelas Igrejas e outros templos, mesmo na hora do culto, substituindo-se aos padres e pastores nas homílias, expondo aí a sua mensagem... ... ... ... a Quaresma e o anúncio das Procissões do Senhor dos Passos, estão-me a afectar os neurónios...
Continuo outro dia.
Nesta discussão a dois, inventariei um conjunto de procedimentos humanos, similares, que se repetem ao longo de épocas, juntei até a invasão do Iraque e as possíveis próximas invasões da Venezuela e do Irão, reparando que nestas ele não estava bem informado, tudo isto apesar da evolução do saber e das sociedades, distantes que estamos da fisionomia do macaco que já tivemos, consequência do bom calhar de uma microscópica diferença genética.
Bem hajam os Deuses, excelentes químicos na arquitectura genética.
Já tarde, com meia garrafa de vinho do Porto consumida, adormeci. Recordo-me que acordei três vezes, tantas como os membros da estruturada Sagrada Família, - interrogando-me em intervalos bocejados, se não estaria a ser Iluminado pela Quaresma(!?)... Na terceira vez, embora ensonado decidi ficar acordado, num ápice dirimi a discussão que tivera, embora com fome não comi, fui impelido sem ainda perceber porquê a ficar em jejum, reflectindo sobre religiões, deus , deusas e até travestis.
Saltou-me á lembrança o Quacrismo, colher o seu exemplo, quase como uma necessidade racional e premente de redescobrir um Deus com outro nome, capaz de substituir os actuais que já não colhem respeito por serem já velharias das incongruentes invenções dos humanos(!?)
Inventar outra doutrina, iniciar uma seita e seguir o exemplo de Jorge Fox, fundador do Quacrismo, que aproveitando a confusão religiosa dos tempos de Henrique VIII, pregaram uma revolução religiosa. Autênticos e audazes agitadores, que com capacidade oratória entravam à bruta pelas Igrejas e outros templos, mesmo na hora do culto, substituindo-se aos padres e pastores nas homílias, expondo aí a sua mensagem... ... ... ... a Quaresma e o anúncio das Procissões do Senhor dos Passos, estão-me a afectar os neurónios...
Continuo outro dia.
sexta-feira, março 24, 2006
Natércia Campos - Um exemplo vivo!
Caros amigos,
A nossa querida Natércia morreu ao lado dos seus companheiros quando estava a trabalhar. Era uma mulher do teatro e da cultura que fazia parte da vida de muita gente. Sabemos que sem ela somos outras pessoas e são estas outras pessoas que agora celebram a sua vida de coragem e de generosidade.
O seu corpo estará no Teatro o bando dia 25 de Março, das 12h00 às 24h00.
O funeral sai de Palmela dia 26, às 11h00, para o Cemitério dos Olivais, onde se realizará às 12h00.
Natércia de Campos Pires nasceu em 1935, a 7 de Julho. Assistente social de formação, desde cedo se ligou à cultura, tendo passado pelo Instituto da Alta Cultura, pela Comissão Instaladora da Universidade Nova de Lisboa, pela Secretaria de Estado da Cultura e Investigação e pelo Gabinete do Ministro da Cultura.
Depois do 25 de Abril de 1974 desempenha as funções de Secretária Coordenadora dos Departamentos de Ciências Sociais e Humanas e Ciências Exactas e Tecnológicas e, em 1976, junta-se ao Grupo de Teatro Comuna. É no teatro que vai desenvolver a sua actividade profissional até aos dias de hoje, sempre com o mesmo afinco e dedicação. Teve ainda tempo para realizar um programa de Rádio na RDP1 “Teatro é Cultura”, que se tornou uma verdadeira referência, catalizando ideais opostos. Mais tarde, integra a equipa que na Expo 98 dirigiu toda a vertente cultural do evento, de boa memória para todos nós.
Mas foi no Teatro o bando, enquanto produtora, que mais se empolgou, mais deu de si e que mais deu ao teatro. Longa de 19 anos, esta presença é um marco na vida d’o bando, na sua e na do próprio teatro em Portugal. Algumas das produções mais ambiciosas nesta área tiveram o seu cunho pessoal e a sua enorme dedicação. Natércia Campos estará sempre ligada ao melhor que a produção teatral portuguesa realizou nas últimas décadas.
A nossa querida Natércia morreu ao lado dos seus companheiros quando estava a trabalhar. Era uma mulher do teatro e da cultura que fazia parte da vida de muita gente. Sabemos que sem ela somos outras pessoas e são estas outras pessoas que agora celebram a sua vida de coragem e de generosidade.
O seu corpo estará no Teatro o bando dia 25 de Março, das 12h00 às 24h00.
O funeral sai de Palmela dia 26, às 11h00, para o Cemitério dos Olivais, onde se realizará às 12h00.
Natércia de Campos Pires nasceu em 1935, a 7 de Julho. Assistente social de formação, desde cedo se ligou à cultura, tendo passado pelo Instituto da Alta Cultura, pela Comissão Instaladora da Universidade Nova de Lisboa, pela Secretaria de Estado da Cultura e Investigação e pelo Gabinete do Ministro da Cultura.
Depois do 25 de Abril de 1974 desempenha as funções de Secretária Coordenadora dos Departamentos de Ciências Sociais e Humanas e Ciências Exactas e Tecnológicas e, em 1976, junta-se ao Grupo de Teatro Comuna. É no teatro que vai desenvolver a sua actividade profissional até aos dias de hoje, sempre com o mesmo afinco e dedicação. Teve ainda tempo para realizar um programa de Rádio na RDP1 “Teatro é Cultura”, que se tornou uma verdadeira referência, catalizando ideais opostos. Mais tarde, integra a equipa que na Expo 98 dirigiu toda a vertente cultural do evento, de boa memória para todos nós.
Mas foi no Teatro o bando, enquanto produtora, que mais se empolgou, mais deu de si e que mais deu ao teatro. Longa de 19 anos, esta presença é um marco na vida d’o bando, na sua e na do próprio teatro em Portugal. Algumas das produções mais ambiciosas nesta área tiveram o seu cunho pessoal e a sua enorme dedicação. Natércia Campos estará sempre ligada ao melhor que a produção teatral portuguesa realizou nas últimas décadas.
...................... As viagens inúteis
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VIAGEM 'INÚTIL' AO BRASIL
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Cinco deputados da Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações partiram no domingo para o Rio de Janeiro, numa viagem de quatro dias que a deputada do Bloco de Esquerda (BE) Alda Macedo considera “sem qualquer utilidade” e, por essa razão, recusou fazer parte da delegação parlamentar.Os deputados em questão são Miguel Relvas, do PSD (presidente da Comissão), Miguel Coelho, do PS, João Rebelo (CDS-PP) José Soeiro (CDU) e Vasco Cunha (deputado e vogal da Comissão Política do PSD). Acompanha a delegação o técnico Nuno Cunha Rolo.Em declarações ao CM, Alda Macedo explicou que os cinco deputados foram tomar conhecimento do processo negocial da aquisição da VEM (Varig Engenharia e Manutenção) pela TAP. Ora, segundo a deputada, “para recolher esse tipo de informação não era preciso ir ao Brasil gastar dinheiros públicos, bastava pedir os relatórios”.
quinta-feira, março 23, 2006
Ideias Sindicais
Animado pelo post do companheiro K7, sobre rescaldos das eleições para a Com. de Trabalhadores da AutoEuropa, penso e considero o seguinte:
- O posicionamento da lista C e a sua afinidade com o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul/CGTP-IN, naquela conjuntura não poderia ser outra. Aquela empresa desde a sua implantação foi adoptada como pivot pelos sucessivos governos e respectivas associações patronais, num longo processo(que decorre)para a descredibilização da importância da Contractação Colectiva, como obstáculo material ás investidas para a desregulamentação do quadro Jurídico/Laboral, conquistado pelos trabalhadores e acrescido pela Revolução de Abril. Não se trata de retórica, são muitos os factos que o demonstram;
- O posicionamento da lista vencedora, resulta do uso normal e legítimo da tradição de representatividade e organização, que impera nas diferentes unidades desta empresa transnacional localizadas em diversos países. Com uma metodologia muito prória de negociação;
Desde alguns anos, as transnacionais contríbuiem decisivamente em todo o lado para o enfraquecimento da intervenção Sindical, globalmente reduzindo a capacidade colectiva de resistir à actual investida desregulamentadora da legislação laboral, em todos os Países ditos desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
Mas tal organização e prática não é da responsabilidade dos representantes dos trabalhadores das unidades desta ou de outras transnacionais. Teve até nos Países de origem os seus resultados. Mas hoje, tenho como certo tratar-se de um instrumento tecido pelo capital com o objectivo de reduzir a acção Sindicalista. Urge assim proceder a alterações.
Redescobrir por uma posição de classe, como contornar o isolamento organizacional em relação à massa de trabalhadores nos demais sectores de actividade em cada País; descobrir como enfraquecer o recurso à deslocalização, cutelo ameaçador a que os trabalhadores, nomeadamente das transnacionais, à mínima estão sujeitos.
São factores, que somados aos detalhes que só quem lá labora conhece e sente, deverão ser considerados, não por uma busca de "novos projectos sindicais em concurso",mas, num esforço unitário que conjugue todas as experiências, gerador de exemplos mobilizadores que internamente invertam os 46,3% de abstenção e se transcedam pela influência em todos os espaços em que estão representados. Pois a luta tem de ser global.
Gerar estigmas e animar a atitudes sectárias, é no meu ponto de vista de classe, afastar e desinteressar os companheiros de trabalho da defesa dos seus próprios interesses, é atrasar a consciência individual do dever de agir colectivamente.
Para mim, nas entrelinhas dos escritos das diferentes das partes, descortino a "salutar incongruência" de vários dos subscritores serem até filiados no mesmo Sindicato. Considero ser este um bom sinal, susceptível de encontro sem preconceitos. Os trabalhadores portugueses precisam da acção colectiva dos trabalhadores da AutoEuropa.
A situação actual precisa de acções colectivas politizadas, sem receios. A luta
e processo negocial da Auto Europa teve dimensão política, - o capital mostrou as garras, os ministros caíram em contradição, a comunicação social ecoou influências e pressões. Mas os trabalhadores estão lá, e eles e só eles descobrirão os caminhos adequados.
-A Luta Continua!
- O posicionamento da lista C e a sua afinidade com o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul/CGTP-IN, naquela conjuntura não poderia ser outra. Aquela empresa desde a sua implantação foi adoptada como pivot pelos sucessivos governos e respectivas associações patronais, num longo processo(que decorre)para a descredibilização da importância da Contractação Colectiva, como obstáculo material ás investidas para a desregulamentação do quadro Jurídico/Laboral, conquistado pelos trabalhadores e acrescido pela Revolução de Abril. Não se trata de retórica, são muitos os factos que o demonstram;
- O posicionamento da lista vencedora, resulta do uso normal e legítimo da tradição de representatividade e organização, que impera nas diferentes unidades desta empresa transnacional localizadas em diversos países. Com uma metodologia muito prória de negociação;
Desde alguns anos, as transnacionais contríbuiem decisivamente em todo o lado para o enfraquecimento da intervenção Sindical, globalmente reduzindo a capacidade colectiva de resistir à actual investida desregulamentadora da legislação laboral, em todos os Países ditos desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.
Mas tal organização e prática não é da responsabilidade dos representantes dos trabalhadores das unidades desta ou de outras transnacionais. Teve até nos Países de origem os seus resultados. Mas hoje, tenho como certo tratar-se de um instrumento tecido pelo capital com o objectivo de reduzir a acção Sindicalista. Urge assim proceder a alterações.
Redescobrir por uma posição de classe, como contornar o isolamento organizacional em relação à massa de trabalhadores nos demais sectores de actividade em cada País; descobrir como enfraquecer o recurso à deslocalização, cutelo ameaçador a que os trabalhadores, nomeadamente das transnacionais, à mínima estão sujeitos.
São factores, que somados aos detalhes que só quem lá labora conhece e sente, deverão ser considerados, não por uma busca de "novos projectos sindicais em concurso",mas, num esforço unitário que conjugue todas as experiências, gerador de exemplos mobilizadores que internamente invertam os 46,3% de abstenção e se transcedam pela influência em todos os espaços em que estão representados. Pois a luta tem de ser global.
Gerar estigmas e animar a atitudes sectárias, é no meu ponto de vista de classe, afastar e desinteressar os companheiros de trabalho da defesa dos seus próprios interesses, é atrasar a consciência individual do dever de agir colectivamente.
Para mim, nas entrelinhas dos escritos das diferentes das partes, descortino a "salutar incongruência" de vários dos subscritores serem até filiados no mesmo Sindicato. Considero ser este um bom sinal, susceptível de encontro sem preconceitos. Os trabalhadores portugueses precisam da acção colectiva dos trabalhadores da AutoEuropa.
A situação actual precisa de acções colectivas politizadas, sem receios. A luta
e processo negocial da Auto Europa teve dimensão política, - o capital mostrou as garras, os ministros caíram em contradição, a comunicação social ecoou influências e pressões. Mas os trabalhadores estão lá, e eles e só eles descobrirão os caminhos adequados.
-A Luta Continua!
Duvidas de Democrata
Duvidas sobre as origens da "Lista C" para a Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa?
O Sindicato dos metalurgicos deveria ponderar sobre a forma democrática de eleger os seus elementos.
Até aleija companheiros, mas o absolutismo tem destas coisas, esquerdas muito pouco democratas.
Prima Vera
Prima Vera
da desordem e do caos
das chuvas ácidas
nas rugosas faces bulímicas
Uma astuta cabeça
suga o sangue dos demais
e a perfídia e o sexo
são catarses do corpo
Prima Vera
dos destroços e dos náufragos
da sonolência iridiscente
da comezaina vida
do quotidiano
Outra cristalina morte
na margem do rio
A fétida imagem das
nossas ambições
Prima tortuosa
e Vera, plena de langor
aniquilada da congestão
das opíparas verborreias
dos mortais
Poluições à parte,
a vida é um mar salgado
de remorsos e marés
que nos atiram para a
praia dos encantos
Secretos encantos
de uma tormenta solitária
de um ameno repousar
nas nossas emoções.
da desordem e do caos
das chuvas ácidas
nas rugosas faces bulímicas
Uma astuta cabeça
suga o sangue dos demais
e a perfídia e o sexo
são catarses do corpo
Prima Vera
dos destroços e dos náufragos
da sonolência iridiscente
da comezaina vida
do quotidiano
Outra cristalina morte
na margem do rio
A fétida imagem das
nossas ambições
Prima tortuosa
e Vera, plena de langor
aniquilada da congestão
das opíparas verborreias
dos mortais
Poluições à parte,
a vida é um mar salgado
de remorsos e marés
que nos atiram para a
praia dos encantos
Secretos encantos
de uma tormenta solitária
de um ameno repousar
nas nossas emoções.
Os Cravos
Em tempos idos, um senhor Cruz Abecassis, presidente na altura da C.M. Lisboa, lembrou-se de remover e proíbir de plantar umas flores vermelhas de nome "Cravos". É coisa de ficarmos dementes com o sucedido, dizia o senhor que simbolizavam algo que ele odiava.
Agora aparece o Bicho da Madeira com pavor às comemorações do 25 de Abril, será por dar mais importância ao carnaval, altura que se transforma em MATRAFONA?
Dali (como o cartoon indica), só podia sair mesmo *erda.
Agora aparece o Bicho da Madeira com pavor às comemorações do 25 de Abril, será por dar mais importância ao carnaval, altura que se transforma em MATRAFONA?
Dali (como o cartoon indica), só podia sair mesmo *erda.
Emigrantes não são só os outros...
Imigrantes portugueses receberam ordem de repatriamento
Famílias portuguesas em situação ilegal receberam ordens de repatriamento em Março, no âmbito do maior rigor da política de imigração canadiana, indicaram terça-feira o canal de televisão CBC e um grande jornal de Toronto. ( ler mais)
quarta-feira, março 22, 2006
Tamiflu - Oseltamivir
Já há muito que não visitava o Objectos, e tinha de rir um pouco, que isto anda muito seco para estas bandas.
terça-feira, março 21, 2006
Um Novo Estatuto
Na previsão da Pandemia da Gripe das Aves, e para que em tal situação se "mantenha o tecido social a funcionar", está criado um novo estatuto social, cuja lista ainda em segredo de Estado, envolve 100 000 portugueses de 1ª classe, que terão acesso a tratamentos preventivos.
Quem anunciou esta medida não foi obviamente o angelical 1ºMinistro, antes encarregou o porteiro, aliás a subdirectora da Saúde Srª Graça Freitas.
Pensem o que quiserem, mas não encontro palavras nem formulações para prosseguir com este assunto... ... ...
Quem anunciou esta medida não foi obviamente o angelical 1ºMinistro, antes encarregou o porteiro, aliás a subdirectora da Saúde Srª Graça Freitas.
Pensem o que quiserem, mas não encontro palavras nem formulações para prosseguir com este assunto... ... ...
Primavera em Bagdade
Hoje, dia da Primavera, apetecia-me tudo menos falar dos três anos de guerra no Iraque, iniciada com a invasão das tropas norte-americanas, britânicas e outras em 18 de Março de 2003. Apetecia-me, ainda menos, recordar que o tiro de partida para esta catástrofe humanitária e até ambiental foi dado na cimeira das Lajes pelo quarteto Bush, Blair, Aznar e Barroso, com este último a fazer de mordomo, envolvendo Portugal num verdadeiro crime contra a Humanidade. Seria cómico, se não fosse trágico, vê-lo agora balbuciar meias desculpas, em Bruxelas, apresentando-se como vítima de credulidade na “amigo americano”, com a mesma convicção com que jurou perante a Assembleia da República ter visto “as provas” alegadas pelos invasores.
Aliás, os apoiantes da coligação guerreira andam numa roda-viva de actos de contrição: “de facto não havia armas de destruição massiva no Iraque” – pudera, se já nem Bush & Blair tentam sustentar esta mentira… Alguns reconhecem a situação caótica em que mergulharam o Iraque para concluir, afinal, que as tropas invasoras não podem retirar – mas como daí a seis meses a situação será seguramente pior, está justificado o princípio da guerra infinita.
A invasão do Iraque, além de uma tragédia para o seu povo e para a causa da Paz, revelou-se um fracasso absoluto relativamente a todos os objectivos para ela invocados: em vez da eliminação do terrorismo e da imposição armada da democracia, o Iraque vive hoje em estado de caos absoluto. Do “parlamento” eleito em Dezembro de 2005, apesar de uma sólida maioria xiita, não sai qualquer governo nem este disporia de poder real num país onde a resistência aos ocupantes e várias guerras civis (curdos, xiitas, sunitas) se entrelaçam.
Crimes hediondos contra a humanidade, com a utilização de fósforo branco contra populações civis de Fallujah e não só, foram perpetrados pelas tropas norte-americanas, a somar às torturas bárbaras impostas a prisioneiros de guerra na prisão de Abu Ghraib e aos maus tratos indiscriminados contra a população civil. Longe de ter sido eliminado, o terrorismo fundamentalista encontrou no Iraque um teatro de operações e de recrutamento privilegiado, ganhando novos apoios e prestígio entre as massas muçulmanas humilhadas e sem perspectivas de futuro; por último (e não menos importante), as forças ocupantes enfrentam uma situação de impasse militar que já levou ao anúncio de reduções de contingentes, inclusive da Grã-Bretanha, depois da retirada da Espanha e de outros países.
Todos estes factores aconselhariam a máxima prudência antes de nova investida, como a que se prepara contra o Irão. Nem o controle do petróleo do Médio Oriente justifica por si só este aparente aventureirismo. Os EUA delegaram nos aliados europeus e na Rússia a primeira linha de pressão sobre o programa nuclear iraniano, resguardando-se para um previsível endurecimento da situação. Apesar das diferenças de tom da Rússia e da China, tudo aponta para uma melhor articulação entre os diversos parceiros, ao nível do Conselho de Segurança da ONU, de forma a darem cobertura legal a uma intervenção militar. Fala-se, inclusive do recurso a armas nucleares “tácticas” contra alvos iranianos. A participação da Turquia e de Israel em tal aventura ameaça incendiar o Médio Oriente e pode estender-se até ao Paquistão – uma ditadura militar “amiga” dos EUA que possui armas nucleares e já esteve mais longe de cair em mãos fundamentalistas…
A guerra é muito mais que um capricho demencial de George W. Bush e de meia dúzia de fanáticos neocons. Além do mais, ela visa colmatar a debilidade económica dos EUA, sustendo a cotação do dólar e a liderança de Wall Street nas bolsas mundiais. A balança de pagamentos norte-americana atingiu, em 2005, o maior défice comercial da sua história: 723,6 biliões de dólares! Qualquer outro país, com um quadro macroeconómico semelhante, já teria sido submetido a um rigoroso plano de austeridade e de ajuste estrutural do FMI, só evitado pelo afluxo financeiro ininterrupto à bolsa de Wall Street e pela supremacia militar dos EUA.
Eis as verdadeiras causas da “guerra infinita” que começou no Afeganistão, se estendeu ao Iraque e ameaça hoje o Irão, amanhã a Síria ou o Paquistão, na realidade a todos nós, em todo o mundo. Por isso devemos exigir a retirada dos soldados portugueses do Afeganistão e abraçar a causa da Paz, como fizeram dezenas de milhares de manifestantes em centenas de cidades de todo o mundo, 18 de Março. Para que volte a haver Primavera em Bagdade!
Alberto Matos
Atenção! Aviso à população!
segunda-feira, março 20, 2006
domingo, março 19, 2006
PANDEMIA DA ESTUPIDEZ
Tenho um amigo que deixou de fumar, saudei-o por isso, é uma boa medida p'ra defender a saúde, mas ele replicou dizendo que não foi pela saúde, "podes até considerar estúpido, mas foi p'lo preço do tabaco."
Pensando bem, parecendo até estúpido - já não temo as doenças pelo doloroso e as inconveniências para a vida que elas trazem, mas pelo dinheiro que não tenho e assim o risco da indiferença e maus tratos a que estarei sujeito.
Todos sabemos que as urgências hospitalares, têm vindo a saturar-se à proporção da diminuição dos médicos de família e pelo sucessivo encerramento de Centros de Saúde e de outros serviços a montante dos hospitais. O Srº Ministro e seus secretários sabem disto, no entanto justificou o aumento de 23% das taxas moderadoras, com o estúpido argumento de assim ir libertar os hospitais das "falsas urgências".
Neste cenário de estupidez, o Srº Vasco Franco, deputado do PyeS, afirmou na rádio - que esta medida visa cumprir o preceito Constitucional de uma assistência médica tendencialmente gratuita, como todos desejamos.
O homem disse isto, parece que falou mesmo a sério.
Apresentando assim sintomas preocupantes e indicadores de que a "pandemia da estupidez" já contaminou ministros, secretários e até deputados.
Não sendo ainda caso para alarmismos, deixo a informação de que existem vacinas bastantes para o combate.
Estão na posse de todos os que recusam ser estúpidos.
Pensando bem, parecendo até estúpido - já não temo as doenças pelo doloroso e as inconveniências para a vida que elas trazem, mas pelo dinheiro que não tenho e assim o risco da indiferença e maus tratos a que estarei sujeito.
Todos sabemos que as urgências hospitalares, têm vindo a saturar-se à proporção da diminuição dos médicos de família e pelo sucessivo encerramento de Centros de Saúde e de outros serviços a montante dos hospitais. O Srº Ministro e seus secretários sabem disto, no entanto justificou o aumento de 23% das taxas moderadoras, com o estúpido argumento de assim ir libertar os hospitais das "falsas urgências".
Neste cenário de estupidez, o Srº Vasco Franco, deputado do PyeS, afirmou na rádio - que esta medida visa cumprir o preceito Constitucional de uma assistência médica tendencialmente gratuita, como todos desejamos.
O homem disse isto, parece que falou mesmo a sério.
Apresentando assim sintomas preocupantes e indicadores de que a "pandemia da estupidez" já contaminou ministros, secretários e até deputados.
Não sendo ainda caso para alarmismos, deixo a informação de que existem vacinas bastantes para o combate.
Estão na posse de todos os que recusam ser estúpidos.
Graças a Deus, sopa não vai faltar...
Neste País cresce a ofensiva anti-social, configurada nas falsas juras de respeito à Contituição, por parte dos mais proeminentes eleitos politicos, cuja actividade assenta na facultação de politicas, que no plano económico tem sido fértil pasto para os poderosos do capital, cujo desenvolvimento, tem gerado o aumento das desigualdades sociais, aprofundado o fosso que separa ricos e pobres.
O desemprego cresce indecifrável e acima dos indicadores do INE e do IEFP, é incalculável o número de empresários à beira da falência, aumentam os excluídos (até sem direito a estatística) complica-se o acesso aos serviços de saúde - a lástima prossegue em quase todos os sectores de actividade. O déficit agrava-se apesar do aumento dos impostos, a imaginação privatizadora elevada ao absurdo já não enconta "aneis" nos dedos... só o malabarismo de Sócrates no seu estilo angélico, semanalmente consegue propalar medidas iludindo a realidade, cujo oportunismo chegou ao ponto de considerar as anunciadas OPAs como claro sintoma da retoma da confiança dos portugueses.
É preciso não ter vergonha. O que é que as OPAs, tais chorudos negócios da Bolsa que não deixa de ser pindérica, vão influir na realidade da vida da maioria das familias portuguesas?
O 1º ministro percebe bem do assunto, sabe isto, mas prefere confundir, aldrabar.
Valha-nos a Quaresma, cuja penitência purificadora, exaltada pelo jejum e abstinência, fará ressurgir a Caridade Cristianíssima. Estamos quase a entrar nesta inevitável fase caritativa, onde se adiam e ofuscam as verdadeiras soluções para os problemas sociais, embevecendo os espíritos com uma sopas quentes.
Para a Igreja, à falta de milagres não existe melhor que a distribuição de sopas. Basta-lhe retirar uns trocos aos astronómicos lucros das instituições financeiras em que detém controlo estratégico.
Graças a Deus, pelo menos sopa vamos ter.
Estará garantido o fornecimento, caso a crise se agrave, sem que sejam necessários protocolos com os respectivos e maiores grupos bancários.
No mercado social é astronómico o império da OpusDei. É uma teia internacional que junta instituições americanas, italianas, espanholas, francesas, brasileiras e ainda off-shores como os da Madeira e S.Domingos entre outros, contando ainda por cá com o Milénio BCP, Santander e Caixas de Aforros.
É por isto que o Srº 1ºMinistro faz e diz o que quer. Ele sabe que nesta fase a Igreja funciona e que p'ró pessoal desde que exista sopa a "coisa não estoira".
Eles sabem que a Igreja possui grandes meios, capazes de garantir o ciclo hipócrita de socorrer a quem pelo sistema, ajudou a arruinar.
Resta-nos desejar que nesta Quaresma aconteça a purificação, que o Espírito Santo os ilumine - para que a abençoada sopa se multiplique, chegando a todos.
Amen
O desemprego cresce indecifrável e acima dos indicadores do INE e do IEFP, é incalculável o número de empresários à beira da falência, aumentam os excluídos (até sem direito a estatística) complica-se o acesso aos serviços de saúde - a lástima prossegue em quase todos os sectores de actividade. O déficit agrava-se apesar do aumento dos impostos, a imaginação privatizadora elevada ao absurdo já não enconta "aneis" nos dedos... só o malabarismo de Sócrates no seu estilo angélico, semanalmente consegue propalar medidas iludindo a realidade, cujo oportunismo chegou ao ponto de considerar as anunciadas OPAs como claro sintoma da retoma da confiança dos portugueses.
É preciso não ter vergonha. O que é que as OPAs, tais chorudos negócios da Bolsa que não deixa de ser pindérica, vão influir na realidade da vida da maioria das familias portuguesas?
O 1º ministro percebe bem do assunto, sabe isto, mas prefere confundir, aldrabar.
Valha-nos a Quaresma, cuja penitência purificadora, exaltada pelo jejum e abstinência, fará ressurgir a Caridade Cristianíssima. Estamos quase a entrar nesta inevitável fase caritativa, onde se adiam e ofuscam as verdadeiras soluções para os problemas sociais, embevecendo os espíritos com uma sopas quentes.
Para a Igreja, à falta de milagres não existe melhor que a distribuição de sopas. Basta-lhe retirar uns trocos aos astronómicos lucros das instituições financeiras em que detém controlo estratégico.
Graças a Deus, pelo menos sopa vamos ter.
Estará garantido o fornecimento, caso a crise se agrave, sem que sejam necessários protocolos com os respectivos e maiores grupos bancários.
No mercado social é astronómico o império da OpusDei. É uma teia internacional que junta instituições americanas, italianas, espanholas, francesas, brasileiras e ainda off-shores como os da Madeira e S.Domingos entre outros, contando ainda por cá com o Milénio BCP, Santander e Caixas de Aforros.
É por isto que o Srº 1ºMinistro faz e diz o que quer. Ele sabe que nesta fase a Igreja funciona e que p'ró pessoal desde que exista sopa a "coisa não estoira".
Eles sabem que a Igreja possui grandes meios, capazes de garantir o ciclo hipócrita de socorrer a quem pelo sistema, ajudou a arruinar.
Resta-nos desejar que nesta Quaresma aconteça a purificação, que o Espírito Santo os ilumine - para que a abençoada sopa se multiplique, chegando a todos.
Amen
Contrato primeiro emprego (CPE) : Paris em convulsão social
«Chirac, Villepin, Sarkozy: o vosso periodo de ensaio acabou!!» grita um grupo de estudantes vindos da Sorbonne em direcção ao Quartier Latin... quase 40 anos depois sente-se no ar um cheirinho a Maio de 68. Um cheirinho só, pois agora as premissas e os objectivos são outros... Já não se grita palavras de ordem contra a guerra, já não se pugna por uma maior liberdade sexual, já não se pintam bustos de Marx e Che nos muros das faculdades, não se exige uma alteração das eternas sebentas de ensino marcadas por uma rigidez obscurantista , já não se vê um brilho hippie em “cada esquina”.... Agora luta-se pela estabilidade profissional, agora luta-se pelo direito a um emprego digno, mas uma coisa é certa continua-se a lutar contra a manipulação abusiva vinda dos senhores sentados nas cadeiras do poder.
O CPE passou a ser muito mais do que uma desastrosa medida político-económica, passou a aglutinar a insatisfação social e laboral de uma sociedade. Os jovens fartos de não deterem um rumo concreto na via profissional, fartos de estudarem e especializarem-se para cair ora nas garras do desemprego ora nas mandíbulas do trabalho precário, gritam que a política do governo assenta na premissa: «Calem-se agora, e depois sejam escravos durante 2 anos ou mais».
Aos estudantes e aos jovens, juntaram-se alguns sindicatos, os partidos da oposição de esquerda, os cidadãos anónimos descontentes com a situação politica e/ou solidários com o movimento anti-CPE, em particular. Fala-se agora de uma greve geral caso a dita lei não seja revogada até a próxima segunda-feira....
No meio da manifestação assiste-se ao aparecimento de pseudo manifestações “anti-greve” fruto de associações de extrema-direita habituadas à manipulação de massas anti-grevistas, e o campo de batalha alarga-se, agora começam a surgir tb os jovens dos subúrbios, na sua maioria filhos ou netos de emigrantes, que mais uma vez demonstram o seu descontentamento face a uma sociedade com dois pesos e duas medidas que os vê com desprezo ou medo.
No meio do gás lacrimogéneo grita-se contra uma lei, grita-se contra o sistema injusto. Grita-se em plenos pulmões na esperança de mudar o que lhes foi imposto:
« Não tenhas medo dos cães do sistema: a polícia está cá para nos lixar...Luta, Luta pelos teus direitos” gritava ontem uma jovem, numa reportagem em directo de um canal de noticias inglês, enquanto era arrastada por mais de dois polícias pelas ruas da cidade.
E nós por cá... continuamos à espera de outro Maio de 68 que nos influencie.... continuamos a assinar os nossos recibos verdes com um nó na garganta... “será o último que assino?”... continuamos a tirar senhas nas filas, cada vez maiores, do fundo de desemprego... “o que vou dar de comer amanhã aos meus filhos?”.... “ porque andei a estudar?”... “quando é que vou ter uma casa...será que vou conseguir ter uma casa...??”... “ eu só quero trabalhar.. porque é que não consigo um emprego....” “... porque é que há contratos de um mês? O que vou fazer para o mês que vem?”... “ o que é que eu vou fazer à minha vida?” são estes e outros pensamentos que percorrem a mente de milhares de jovens deste país ... mas continuamos à espera...
E nós por cá...
sábado, março 18, 2006
"if you don't get a Yes, don't have sex"
"if you don't get a Yes, don't have sex": este é um dos vários slogans de uma campanha de sensibilização, levada a cabo pelo Ministério dos Assuntos Internos britânico. Os primeiros anúncios foram "para o ar" no último dia 14 de Março. Além deste anúncio é de salientar um outro bastante expressivo: o sinal de proibido (no entry) desenhado sobre umas cuecas brancas, onde se pode ler a seguinte legenda: «Tem sexo com uma mulher que não disse SIM e o próximo sítio onde vais entrar pode ser uma prisão».A campanha é dirigida, essencialmente, a jovens adultos que já deviam saber "que para dançar é preciso dois" e que o senso comum evita muitas "desgraças" no que toca a uma noite de copos. Esta campanha explica a necessidade de ouvir um claro SIM. Medida a salutar e a importar!!!
O Êxito da BOLOTA
Consta existirem contactos do SrºJoão Lobo, actual Presidente do Município da Moita com a Universidade Americana do Minesota.
A certeza das investigações para a cura da "Diabetes", a partir da insulina de uma espécie específica de Aureodáctilos, gerou a hipótese de elevar a decisão, ainda que experimental de substituir todos os sobreiros e demais árvores decorativas exparsas pelo Concelho, pela Azinheira, tendo em conta as potencialidades da Bolota, laboratorialmente demonstradas pela referida Universidade.
Tais contactos e certezas científicas, a serem bem avaliadas poderão não só fazer surgir a implantação no Concelho de um Cento de Investigação, como outro para Produção das variantes medicamentosas, aos diferentes tipos da Diabetes. Doença que afecta millhões de pessoas em todo o mundo.
Trata-se pela diversidade tipificadora da doença, difícil de encontrar soluções em doadores humanos. Mas que pelas experiências desenvolvidas, lideradas pela equipa de Bernhard Hering, que pelo implante de células de Aureodáctilos em Macacos,(tem sido um sucesso), a Diabetes foi revertida.
Tais espécimes de Aureodáctilos, por investigação multidiscíplinar, concluiu que a bacia hidrográfica do Vale do Tejo é a que tem melhores condições para constituir a flora adequada para o desenvolvimento de tais espécimes, pois a Bolota de Azinho como condimento alimentar dos Aureodáctilos, não só irá solucionar o problema da falta de doadores, como a incompatibilidade das células animais sem recurso a tratamentos farmacológicos.
Mais uma vez se prova que o BE falhou na proposta que fez. Nestas circunstâncias só por ignorãncia e a má fé se pode insistir nesta região na defesa do Sobreiro.
Bem podem berrar, ganir, e até oferendar coisas, os que se preparavam para destruir o "montado" - estão quilhados, têm de ir vender cautelas para outro lado!
- Coitados, não contavam com a importãncia da BOLOTA!...
A certeza das investigações para a cura da "Diabetes", a partir da insulina de uma espécie específica de Aureodáctilos, gerou a hipótese de elevar a decisão, ainda que experimental de substituir todos os sobreiros e demais árvores decorativas exparsas pelo Concelho, pela Azinheira, tendo em conta as potencialidades da Bolota, laboratorialmente demonstradas pela referida Universidade.
Tais contactos e certezas científicas, a serem bem avaliadas poderão não só fazer surgir a implantação no Concelho de um Cento de Investigação, como outro para Produção das variantes medicamentosas, aos diferentes tipos da Diabetes. Doença que afecta millhões de pessoas em todo o mundo.
Trata-se pela diversidade tipificadora da doença, difícil de encontrar soluções em doadores humanos. Mas que pelas experiências desenvolvidas, lideradas pela equipa de Bernhard Hering, que pelo implante de células de Aureodáctilos em Macacos,(tem sido um sucesso), a Diabetes foi revertida.
Tais espécimes de Aureodáctilos, por investigação multidiscíplinar, concluiu que a bacia hidrográfica do Vale do Tejo é a que tem melhores condições para constituir a flora adequada para o desenvolvimento de tais espécimes, pois a Bolota de Azinho como condimento alimentar dos Aureodáctilos, não só irá solucionar o problema da falta de doadores, como a incompatibilidade das células animais sem recurso a tratamentos farmacológicos.
Mais uma vez se prova que o BE falhou na proposta que fez. Nestas circunstâncias só por ignorãncia e a má fé se pode insistir nesta região na defesa do Sobreiro.
Bem podem berrar, ganir, e até oferendar coisas, os que se preparavam para destruir o "montado" - estão quilhados, têm de ir vender cautelas para outro lado!
- Coitados, não contavam com a importãncia da BOLOTA!...
sexta-feira, março 17, 2006
Curiosidades
«Napoleão Bonaparte, durante suas batalhas usava sempre uma camisa de cor
vermelha. Para ele era importante porque, se fosse ferido, na sua camisa
vermelha não se notaria o sangue e os seus soldados não se preocupariam e
também não deixariam de lutar. Toda uma prova de honra e valor.»
Duzentos anos mais tarde, Sócrates usa sempre calças castanhas
vermelha. Para ele era importante porque, se fosse ferido, na sua camisa
vermelha não se notaria o sangue e os seus soldados não se preocupariam e
também não deixariam de lutar. Toda uma prova de honra e valor.»
Duzentos anos mais tarde, Sócrates usa sempre calças castanhas
Povo que lavas no Rio
O concelho da Moita volta a ter o seu jornal de referência.
O colectivo do "Arremacho" saúda toda a equipa do jornal "O Rio", pela sua teimosia em contribuir quinzenalmente com a informação independente do nosso concelho. A todos quantos lhe dão vida, o nosso obrigado.
quarta-feira, março 15, 2006
Quinzena da Juventude
Para não dizerem que só falamos mal das acções camarárias, eis um post com crítica construtiva ao trabalho que se está a desenvolver para a Quinzena da Juventude.
É certo que muitas iniciativas são fruto do trabalho de jovens que não pertencem ao aparelho partidário da C.M. Moita, mas o que eu quero referir é o apoio dado por esta a estes projectos. Só lamento que a Quinzena tenha a validade de 24 dias, deveria ser aberta também aos 341 dias restantes.
Podem consultar o programa da Quinzena aqui.
terça-feira, março 14, 2006
Fallujah - O Massacre Escondido
Apesar de ser longe, não vamos ignorar esta iniciativa.
Exibição do documentário (45 minutos)17 de Março – Sexta-feira – 21 horas Auditório da Biblioteca Municipal de Beja
Seguido de DEBATE com a presença de:
ALDA MACEDO – Professora, deputada do BE na Assembleia da República
CLÁUDIO TORRES – Arqueólogo, especialista sobre o mundo islâmico.
HUMBERTO BAIÃO – Sociólogo, voluntário da Paz no Iraque durante o primeiro mês da guerra que está a fazer três anos.
JOÃO ESPINHO – Tradutor, deputado municipal do PSD, editor do Blogue Praça da República em Beja.
RUI SOUSA SANTOS – Médico, Director do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, deputado municipal do PS em Beja.
APOIO RÁDIO PAX (101.4 FM)
Debate retransmitido no dia 21/03/2006, terça-feira, a partir das 18 horas
segunda-feira, março 13, 2006
Apelo
Chegou-nos este e-mail que passo a divulgar:
(foto AVP)
Apelo inicial (03-03-2006):
Por favor, se tem coração e respeita a vida de outros seres vivos, não apague este apelo, leia-o por favor...não custa nada.
Estes 13 animais encontram-se numa serralharia arrendada a um novo inquilino que não quer lá os animais. O proprietário não tem onde os colocar e tem o prazo de até 2ª feira (dia 07 de Março) tirar os animais de lá, caso contrário, terão de ir para o canil municipal (note-se que se derem lá entrada os 13, serão abatidos, pois a lotação ficará esgotada). Fomos ao local tirar fotos e demos com 10 cadelas e 3 cães, variam entre o porte médio a grande. Todos eles já são adultos e alguns deles idosos. Algumas cadelas aparentam já ter tido ninhadas.
Não sabemos o que havemos de fazer... a Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita não tem capacidade para albergar mais nenhum (temos quase 400 animais e uma ordem de despejo) e não conseguimos dar estes 13 animais de um dia para o outro. Não sabemos o que havemos de fazer.
Pede-se ajuda para:
-adopção
-familias de acolhimento temporário (em casa ou em terreno, quintal)
-divulgação
-para as pessoas que costumam ajudar activamente animais se alguém puder levar um ou outro a alguma campanha de adopção este fim-de-semana já era excelente!
Se puder ajudar-nos a salvar um até 2ª feira, já será uma vitória!
Estes animais nada fizeram de mal para merecerem esta dura realidade. Eles ignoram por completo o seu destino e as suas vidas dependem única e exclusivamente da nossa bondade e vontade em ajudar. Eles não sabem pedir...
Se derem entrada no canil municipal na próxima 2ª feira vai ser muito mais dificil retirá-los de lá :( Deixo aqui as fotos que conseguimos tirar ontem. Alguns são muito medrosos, encolhiam-se e fugiam assim que nos moviamos. Todos eles são meigos.
Estão em Alhos Vedros (Moita/distrito de Setúbal).
Contactos:
Carla Miranda 96 261 4710
Paula Doroteia 96 753 2685
António Cidade 91 472 1782
Actualização do apelo inicial de 3 de Março
Tentámos levar 3 destes 13 animais a uma campanha de adopção no fim-de-semana passado, mas infelizmente deparámo-nos com algo que não estavamos à espera. Embora não sejam de todo agressivos...estão num estado quase que "selvagem"... encolhem-se com medo e fojem... não deixam que lhes toquem.
Ainda conseguimos colocar coleira e trela numa das cadelas mas assim que isso aconteceu o animal entrou em pânico :(
O dono pagou a alguém para adormecê-los com comprimidos e levou onze destes animais para o canil municipal. Assim que deram entrada (na 4ª feira passada - dia 8 de Março) foram logo abatidos alguns animais que já lá estavam no canil, pois a lotação foi ultrapassada.
Estes 11 animais tem agora a sua vida garantida apenas até à próxima 5ª feira (dia 16 de de Março), após esta data podem ser abatidos.
Só os poderemos tirar deste "corredor da morte" se tivermos um local seguro onde os colocar, tendo em atenção que estes animais necessitam de muita atenção para que consigam confiar e se aproximar das pessoas.
Há cadelinhas lindas, de porte médio e há animais de porte grande..excelentes para guarda. Estão habituados a estarem livres (sem correntes).
Por favor, se não puderem ajudar de alguma forma, divulguem esta situação para todos os vossos contactos. É a única oportunidade deles...que não tem culpa da irresponsabilidade das pessoas. Eles não sabem pedir...
Obrigada
Paula Doroteia 96 753 26 85
paula.doroteia@netvisao.pt
Carla Miranda 96 261 4710
domingo, março 12, 2006
Só uma Notícia me Animou
Desde o dia da tomada de posse do SrºCavaco como Pres. da República, vive-se num cenário gerado por locutores, jornalistas, cronistas e comentadores, transformados em bruxos,videntes ou astrólogos - verificamdo-se um imenso esforço analítico para acertar no futuro do relacionamento entre Cavaco/Sócrates. Existem para todos os gostos.
A persistênia é tal, que até vou ficar com registos pela expectativa de saber, quem é que vai acertar.
Mas como por cá não há festa sem "barraca", vai de barulho por falta de fair-play do Soares, este não foi ao beija-mão;neste caso até esqueceram que Cavaco aquando Sampaio, nem os pés lá pôs. Soares esteve presente, dormiu e bocejou, só o Cardeal que por tradição ilegal ao seu lado estava sentado, poderá dizer se Soares ressonou.
Neste cenário anedótico, em que nem sequer faltou o "Polícia do Sagrado", até parece que ninguém sabia que o homem iria tomar posse(?) o País continua mergulhado na mais longa crise económica dos ultimos 25 anos, comigo, que ainda não recebi o ordenado e já vamos no dia 42, como muitos outros, as preocupações são nenhumas,ainda por cima, a luta está curta e para maior chatíce,já esgotaram os bilhetes para o Benfica/Barcelona.
Só uma notícia me animou. O Partido Comunista vai lançar com o último Avante de Março, uma edição de bolso da Constituição da República. Sendo desde já certo que os pêcêpólógos já afiam os dentes para acusar os comunas de pretenderem transformar a Lei Fundamental num "livro vermelho" de leitura obrigatória e de más lembranças.
Tenho com alegria cá p'ra mim, que tal iniciativa propícia ao pessoal cá da CLASSE, ter acesso e perceber melhor porque é que tantos consideraram-na um texto evoluído e hoje não, perceberem como é que as malfeitorias se tecem, perceberem o valor da jura dos que afirmam defendê-la.
Mesmo que o Benfica seja eliminado, A LUTA CONTINUA!
A persistênia é tal, que até vou ficar com registos pela expectativa de saber, quem é que vai acertar.
Mas como por cá não há festa sem "barraca", vai de barulho por falta de fair-play do Soares, este não foi ao beija-mão;neste caso até esqueceram que Cavaco aquando Sampaio, nem os pés lá pôs. Soares esteve presente, dormiu e bocejou, só o Cardeal que por tradição ilegal ao seu lado estava sentado, poderá dizer se Soares ressonou.
Neste cenário anedótico, em que nem sequer faltou o "Polícia do Sagrado", até parece que ninguém sabia que o homem iria tomar posse(?) o País continua mergulhado na mais longa crise económica dos ultimos 25 anos, comigo, que ainda não recebi o ordenado e já vamos no dia 42, como muitos outros, as preocupações são nenhumas,ainda por cima, a luta está curta e para maior chatíce,já esgotaram os bilhetes para o Benfica/Barcelona.
Só uma notícia me animou. O Partido Comunista vai lançar com o último Avante de Março, uma edição de bolso da Constituição da República. Sendo desde já certo que os pêcêpólógos já afiam os dentes para acusar os comunas de pretenderem transformar a Lei Fundamental num "livro vermelho" de leitura obrigatória e de más lembranças.
Tenho com alegria cá p'ra mim, que tal iniciativa propícia ao pessoal cá da CLASSE, ter acesso e perceber melhor porque é que tantos consideraram-na um texto evoluído e hoje não, perceberem como é que as malfeitorias se tecem, perceberem o valor da jura dos que afirmam defendê-la.
Mesmo que o Benfica seja eliminado, A LUTA CONTINUA!
Milosevic morreu
A sua morte não deverá abstrair a avaliação concreta e completa dos crimes cometidos na época em que fora Presidente.
Milosevic, como muitos por aí dizem e escrevem, não foi um "produto" do comunismo, ele foi eleito por maiorias nas então emergentes democracias, até aplaudidas a ocidente.
Ele foi um psicopata eleito presidente, populista, capaz de explorar ressentimentos nacionalistas e xenófobos, gerados pela irresponsabilidade das ingerências Alemâs e dos países da NATO, na pressa de influências descontroladas com o célere objectivo de desagregar a Jugoslávia.
As circunstãncias em que faleceu, em instalações da ONU e à responsabilidade do Tribunal Penal Internacinal, deverão ser apuradas com rigor e verdade, isto, para que a javardíce criminosa não seja aligeirada por dúvidas de supostos encobridores, de outras javardíces que envolveram todo o processo de desagregação da Jugoslávia.
As instãncias supranacionais envolvidas, reduzirão mais uma vez a sua influência, se a verdade não surgir.
Milosevic, como muitos por aí dizem e escrevem, não foi um "produto" do comunismo, ele foi eleito por maiorias nas então emergentes democracias, até aplaudidas a ocidente.
Ele foi um psicopata eleito presidente, populista, capaz de explorar ressentimentos nacionalistas e xenófobos, gerados pela irresponsabilidade das ingerências Alemâs e dos países da NATO, na pressa de influências descontroladas com o célere objectivo de desagregar a Jugoslávia.
As circunstãncias em que faleceu, em instalações da ONU e à responsabilidade do Tribunal Penal Internacinal, deverão ser apuradas com rigor e verdade, isto, para que a javardíce criminosa não seja aligeirada por dúvidas de supostos encobridores, de outras javardíces que envolveram todo o processo de desagregação da Jugoslávia.
As instãncias supranacionais envolvidas, reduzirão mais uma vez a sua influência, se a verdade não surgir.
FAZ HOJE ANOS
Marco importante na luta do Povo Indiano contra o domínio Inglês. Neste dia, 12 de Março de 1930, iniciou a maior campanha de desobediência cívil - os contribuintes deixaram de pagar impostos, professores e estudantes abandonaram as escolas, os funcionários as repartições, as paralizações generalizaram-se a todo o território numa dimensão e efeitos superiores a todas anteriormente encetadas.
Mahatma Gandhi, então presidente do Congresso Nacional Indiano chegara de Londres, de uma Conferência onde defendera pela 1ª vez a independência total da India, que o Governo de Londres não aceitara.
O único caminho foi a luta. Nesta data convergiu a experiência de anos de campanhas de lutas diversificadas, muitas pelo método da resistência não violenta.
Gandhi, no processo de combate do Povo Indiano ao colonialismo Inglês, adquiriu o direito á eternidade na memória da humanidade.
SUSCITA A NOSSA REFLEXÃO.
Mahatma Gandhi, então presidente do Congresso Nacional Indiano chegara de Londres, de uma Conferência onde defendera pela 1ª vez a independência total da India, que o Governo de Londres não aceitara.
O único caminho foi a luta. Nesta data convergiu a experiência de anos de campanhas de lutas diversificadas, muitas pelo método da resistência não violenta.
Gandhi, no processo de combate do Povo Indiano ao colonialismo Inglês, adquiriu o direito á eternidade na memória da humanidade.
SUSCITA A NOSSA REFLEXÃO.
sábado, março 11, 2006
Alfabéticas Linguagens
Opacidades extremas
dengosidade no olhar
sacrossanto movimento das pernas
altitudes feéricas
Ah! Como é bom jogar com as palavras
cantá-las, senti-las a fluirem-nos
no corpo extenuado e inerte
Sensações exacerbadas
intumescências e dionísiacos
rubores e excrescências
O teu corpo divino, a tua nudez idílica
os aromas eflúvios da tua pele
Como me masturbei de frases e imagens
As tuas sépias sílabas enlanguescentes
Lambi-te toda! Comi-te naquela casa de banho
austera, enquanto as tuas amigas viam
aquele filme interminável.
Foi sexo à primeira vista!
O amor fica pra depois, as
intermitências dos mortais são núpcias
dos objectos, das concorridas imagens por acabar
Fito-te na telúrica paráfrase do entontecer
parágrafos de paixão carnal, anamneses
da circunstância do meu calor taurino
Matei o Minotauro, sou Teseu entesado
com as trevas alarves e virginais p'ra explorar
O teu peito perene, álacre e ácido
turgiu-me os antepassados, cálidas fontes
do beijo das amantes maltratadas
Vi a queda de Ícaro e as frondosas árvores de
Creta. Parti na perífrase das emoções.
Cortei os rasgados elogios da tua fronte
ejaculei alfabetos longínquos
e projectei-os na memória
Na memória das claridades nucleares
dos teus lábios mortais, carnudas
linguagens que me obrigaste a registar
em faustosos poemas da ilusão.
dengosidade no olhar
sacrossanto movimento das pernas
altitudes feéricas
Ah! Como é bom jogar com as palavras
cantá-las, senti-las a fluirem-nos
no corpo extenuado e inerte
Sensações exacerbadas
intumescências e dionísiacos
rubores e excrescências
O teu corpo divino, a tua nudez idílica
os aromas eflúvios da tua pele
Como me masturbei de frases e imagens
As tuas sépias sílabas enlanguescentes
Lambi-te toda! Comi-te naquela casa de banho
austera, enquanto as tuas amigas viam
aquele filme interminável.
Foi sexo à primeira vista!
O amor fica pra depois, as
intermitências dos mortais são núpcias
dos objectos, das concorridas imagens por acabar
Fito-te na telúrica paráfrase do entontecer
parágrafos de paixão carnal, anamneses
da circunstância do meu calor taurino
Matei o Minotauro, sou Teseu entesado
com as trevas alarves e virginais p'ra explorar
O teu peito perene, álacre e ácido
turgiu-me os antepassados, cálidas fontes
do beijo das amantes maltratadas
Vi a queda de Ícaro e as frondosas árvores de
Creta. Parti na perífrase das emoções.
Cortei os rasgados elogios da tua fronte
ejaculei alfabetos longínquos
e projectei-os na memória
Na memória das claridades nucleares
dos teus lábios mortais, carnudas
linguagens que me obrigaste a registar
em faustosos poemas da ilusão.
sexta-feira, março 10, 2006
Como disse??
A Gaivota voava, voava (nunca mais parava), veio o H5N1 e o voar começou a ser diferente.
quinta-feira, março 09, 2006
À Princesa Catarina
As cidades invencíveis do devir, anunciavam o pretexto de uma nova inimizade. Estradas por calcorrear, palavras por acabar, e aquele susto de te ver partir, lá longe, no meio daquele frenético inferno de luzes, multidão, opulência.
Recordo-me de ti Catarina, minha prima, nesse Alentejo ressequido, nessa cidade de jovens universitárias, de amores e desamores, de lágrimas e sorrisos. Abraçámo-nos imensas vezes, partilhámos muitas aventuras, mas agora; -estou longe meu amor!
Suplicaste a minha vinda, tinhas perdido aquele primeiro amor, ele abandonou-te nas esquinas do esquecimento e tu, sempre forte, sempre fiel, não o desculpaste, antes culpaste-te dos inevitáveis tormentos de um fim de relação. Eu bem quis ir ter contigo, bem quis!, mas deuses, não podia, a distância era enorme! No entanto, trocámos aquelas cartas em que eu te podia contar da minha vida, das mesmas experiências,dos mesmos tormentos passados, para te esclarecer, ajudar, libertares-te desse constrangimento que te tolhia os afectos. E tu, plena de amor, de afecto, de paixão por mim, pelas palavras, pelo carinho que sempre partilhámos, fizeste-me chorar, fizeste-me sentir pequeno, doeu-me o coração de todos os momentos em que contigo não estive, não pude estar. Adoro-te catarina, são poucas as palavras para o sabor da emoção de te ver, de te ver adulta, crescida, de seres já quase Doutora. És a minha menina inteligente, sensível, sorridente, com um coração do tamanho do mundo! És a minha verdadeira princesa que dança por entre os girassóis!
Recordo-me de ti Catarina, minha prima, nesse Alentejo ressequido, nessa cidade de jovens universitárias, de amores e desamores, de lágrimas e sorrisos. Abraçámo-nos imensas vezes, partilhámos muitas aventuras, mas agora; -estou longe meu amor!
Suplicaste a minha vinda, tinhas perdido aquele primeiro amor, ele abandonou-te nas esquinas do esquecimento e tu, sempre forte, sempre fiel, não o desculpaste, antes culpaste-te dos inevitáveis tormentos de um fim de relação. Eu bem quis ir ter contigo, bem quis!, mas deuses, não podia, a distância era enorme! No entanto, trocámos aquelas cartas em que eu te podia contar da minha vida, das mesmas experiências,dos mesmos tormentos passados, para te esclarecer, ajudar, libertares-te desse constrangimento que te tolhia os afectos. E tu, plena de amor, de afecto, de paixão por mim, pelas palavras, pelo carinho que sempre partilhámos, fizeste-me chorar, fizeste-me sentir pequeno, doeu-me o coração de todos os momentos em que contigo não estive, não pude estar. Adoro-te catarina, são poucas as palavras para o sabor da emoção de te ver, de te ver adulta, crescida, de seres já quase Doutora. És a minha menina inteligente, sensível, sorridente, com um coração do tamanho do mundo! És a minha verdadeira princesa que dança por entre os girassóis!
quarta-feira, março 08, 2006
Mulher apenas
Mulher poema
Mulher corpo
na indecência dos lençóis
Mulher objecto
Mulher projecto
dos sonhos conquistados
Mulher sufoco
Mulher piropo
nas asneiras do devir
Mulher fatal
Mulher banal
nas ondulações sintáticas
Mulher fiel
Mulher papel
na escrita rasurada
Mulher charneira
Mulher carteira
nas praias desertas
Mulher a dias
Mulher adias
nas faustosas indecisões
Mulher a penas
na leveza dos dias
Mulher apenas!
B.R. 08 Março 2006
Mulher corpo
na indecência dos lençóis
Mulher objecto
Mulher projecto
dos sonhos conquistados
Mulher sufoco
Mulher piropo
nas asneiras do devir
Mulher fatal
Mulher banal
nas ondulações sintáticas
Mulher fiel
Mulher papel
na escrita rasurada
Mulher charneira
Mulher carteira
nas praias desertas
Mulher a dias
Mulher adias
nas faustosas indecisões
Mulher a penas
na leveza dos dias
Mulher apenas!
B.R. 08 Março 2006
8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Brochura J.F.Moita
Não, não é o dia de Nª Srª, que fecundou só com a visão do anjo.
"Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo."
Quero referir também e transcrever um excerto do texto de Alexandra Kollontai, datado de 1913:
(...)O Dia da Mulher é um elo na longa e sólida cadeia da mulher no movimento operário. O exército organizado de mulheres trabalhadoras cresce cada dia. Há vinte anos, as organizações operárias não tinham mais do que grupos dispersos de mulheres nas bases dos partidos operários... Agora os sindicatos ingleses têm mais de 292.000 mulheres sindicalizadas; na Alemanha são à volta de 200.000 sindicalizadas e 150.000 no partido operário, na Áustria há 47.000 nos sindicatos e 20.000 no partido. Em toda a parte, em Itália, na Hungria, na Dinamarca, na Suécia, na Noruega e na Suíça, as mulheres da classe operária estão a organizar-se a si próprias. O exército de mulheres socialistas tem perto de um milhão de membros. Uma força poderosa! Uma força com a qual os poderes do mundo devem contar quando se põe sobre a mesa o tema do custo de vida, a segurança da maternidade, o trabalho infantil ou a legislação para proteger os trabalhadores.(...)
A realidade sindical já não é a mesma nos tempos que correm, muito à custa do absolutismo partidário. Fica no entanto a forma de luta contra a globalização selvagem e o capital desenfreado.
Temas como a Interrupção Voluntária da Gravidez, ainda lança mulheres para o banco dos Réus.
Não, não é o dia de Nª Srª, que fecundou só com a visão do anjo.
"Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo."
Quero referir também e transcrever um excerto do texto de Alexandra Kollontai, datado de 1913:
(...)O Dia da Mulher é um elo na longa e sólida cadeia da mulher no movimento operário. O exército organizado de mulheres trabalhadoras cresce cada dia. Há vinte anos, as organizações operárias não tinham mais do que grupos dispersos de mulheres nas bases dos partidos operários... Agora os sindicatos ingleses têm mais de 292.000 mulheres sindicalizadas; na Alemanha são à volta de 200.000 sindicalizadas e 150.000 no partido operário, na Áustria há 47.000 nos sindicatos e 20.000 no partido. Em toda a parte, em Itália, na Hungria, na Dinamarca, na Suécia, na Noruega e na Suíça, as mulheres da classe operária estão a organizar-se a si próprias. O exército de mulheres socialistas tem perto de um milhão de membros. Uma força poderosa! Uma força com a qual os poderes do mundo devem contar quando se põe sobre a mesa o tema do custo de vida, a segurança da maternidade, o trabalho infantil ou a legislação para proteger os trabalhadores.(...)
A realidade sindical já não é a mesma nos tempos que correm, muito à custa do absolutismo partidário. Fica no entanto a forma de luta contra a globalização selvagem e o capital desenfreado.
Temas como a Interrupção Voluntária da Gravidez, ainda lança mulheres para o banco dos Réus.
ATÉ QUANDO???
Dedico a todas as Mulheres o tema que em tempos a "mp3za" (onde andas moçoila?), pediu para colocar como som de fundo:
Dedico a todas as Mulheres o tema que em tempos a "mp3za" (onde andas moçoila?), pediu para colocar como som de fundo:
"Cantiga Sem Maneiras" - G.A.C.
terça-feira, março 07, 2006
Aldina Duarte - O Fado com Carinho
Espectáculo Musical
Aldina Duarte mostra novo disco na Baixa da Banheira
O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, apresenta o espectáculo de lançamento do novo disco de Aldina Duarte, intitulado “Crua”, no próximo dia 11 de Março, pelas 22 horas.
Aldina Duarte é uma escritora de canções com uma sensibilidade ímpar, onde tem sempre algo a dizer, com amor, emoção, solidariedade. Pode-se dizer que é uma fadista de esquerda! Já a vi e ouvi, com tudo aquilo que pensa, os seus valores, as suas atitudes e só posso dizer que é a humildade ao serviço da arte com inteligência. Um forte beijo à Aldina! Não percam, senão; vão-se arrepender!
Aldina Duarte mostra novo disco na Baixa da Banheira
O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, apresenta o espectáculo de lançamento do novo disco de Aldina Duarte, intitulado “Crua”, no próximo dia 11 de Março, pelas 22 horas.
Aldina Duarte é uma escritora de canções com uma sensibilidade ímpar, onde tem sempre algo a dizer, com amor, emoção, solidariedade. Pode-se dizer que é uma fadista de esquerda! Já a vi e ouvi, com tudo aquilo que pensa, os seus valores, as suas atitudes e só posso dizer que é a humildade ao serviço da arte com inteligência. Um forte beijo à Aldina! Não percam, senão; vão-se arrepender!
O fogo e as cinzas
Numa semana marcada pelo cerimonial mediático de despedidas e tomadas de posse do Presidente da República, veio-me à memória um conto de Manuel da Fonseca, velho amigo de longas histórias e inesquecíveis patuscadas que começavam ao jantar no “Beco”, em Beja, e nunca se sabem onde e a que horas terminavam: “O Fogo e as Cinzas”. Recordo a forma desprendida, bem-humorada e mordaz como o Manuel encarava o cerimonial do poder e, quase sempre, o desprezo que votava aos seus detentores. Entre balanços do Presidente que sai (sem deixar saudades) e prognósticos para o Presidente que entra, entremeados com o primeiro aniversário do governo Sócrates, apetece-me brindar à tua saúde, Manel, que continuas mais jovem de espírito que eles todos juntos, lembrando uma frase célebre do pós-25 de Abril: “é só fumaça”!
Esta evocação de “O Fogo e as Cinzas” vem a propósito da decisão do governo de levar por diante a co-incineração de resíduos industriais perigosos, recorrendo às cimenteiras do Outão, em pleno parque natural da Arrábida, e de Souselas, às portas de Coimbra. Alguns vêem aqui um sinal de coerência de Sócrates, outros a teimosia e a intransigência que o derrotaram enquanto ministro do Ambiente. É certo que hoje tem uma maioria absoluta e, a partir desta semana, um Presidente da República também derrotado quando tentou introduzir em Portugal uma incineradora de resíduos industriais – a diferença entre eles “está apenas no “co”, isto é, em saber se os RIP serão devem ser queimados nas cimenteiras ou numa incineradora construída de raiz para esse fim. Arriscam-se é a ter contra si uma maioria absoluta, não apenas das populações das zonas de Setúbal e de Coimbra mas também a opinião pública esclarecida, ao longo de mais de uma década de debate.
A primeira investida do lobby da incineração ocorreu à volta de 1990, tendo como alvo Sines. Na altura não se discutiam alternativas nem estudos de impacto ambiental: no auge do cavaquismo, à beira da segunda maioria absoluta, era em Sines e mais nada; aliás o pessoal já estava habituado à poluição da petroquímica, da GALP, da central da EDP, não havia de estranhar uma incineradora… O plano era perfeito, chegando a seduzir autarcas passeados por essa Europa para contemplar belos espaços verdes, em redor das incineradoras e aterros; só não contava com a reacção das populações da cidade que, há mais de 20 anos, fez a primeira greve ecológica deste país! Sines, vizinha e amiga da velha Miróbriga, a Santiago do Cacém natal do nosso Manuel da Fonseca, com quem cheguei a discutir este assunto pouco antes de nos deixar, em 1993.
Foram meses e anos de intensa participação popular, animada pela Comissão de Luta de Sines, com posterior adesão das autarquias vizinhas. Foram jornadas de educação cívica e até científica: o salão dos Bombeiros à pinha, pescadores e todas as camadas da população questionando os ecologistas e professores norte-americanos que relataram a experiência trágica de mais de 40 anos de incineração nos EUA, com indicadores claríssimos de incidência de cancro e doenças respiratórias em áreas circundantes das incineradoras, por vezes além de 100 quilómetros. Ficou-me para sempre gravada a desmontagem do mito do fogo purificador “que tudo destrói”, oposta a uma velha máxima da química: “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E transforma para pior, neste caso: os hexa-cloro-benzenos, presentes sobretudo no plástico que invadiu a vida moderna, dão origem a dioxinas e furanos – o veneno mais concentrado que o homem alguma vez produziu, supostamente e por ironia do destino, em nome do combate à poluição!
Quinze anos depois, não estamos no mesmo ponto de partida. Os vários debates têm deixado claro que há alternativas à incineração de RIP, nomeadamente para as 70 mil toneladas de óleos minerais usados e solventes que podem ser regenerados e reutilizados, mas que são os mais apetecidos pelas cimenteiras, por serem um combustível barato e de alto valor energético. A teimosia de Sócrates é hoje um retrocesso porque torna a co-incineração definitiva, ao contrário do compromisso que assumiu em 2001, na Convenção de Estocolmo; é um retrocesso também porque inverte a ordem de prioridades de uma política integrada de tratamento de RIP por fileiras, quando o OE para 2006 já contempla a instalação de dois Centros de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos – os CIRVER. A alternativa é clara: negócio das cimenteiras ou defesa da saúde publica e de um desenvolvimento sustentável.
Não queremos um país a fogo e cinzas!
Alberto Matos
Esta evocação de “O Fogo e as Cinzas” vem a propósito da decisão do governo de levar por diante a co-incineração de resíduos industriais perigosos, recorrendo às cimenteiras do Outão, em pleno parque natural da Arrábida, e de Souselas, às portas de Coimbra. Alguns vêem aqui um sinal de coerência de Sócrates, outros a teimosia e a intransigência que o derrotaram enquanto ministro do Ambiente. É certo que hoje tem uma maioria absoluta e, a partir desta semana, um Presidente da República também derrotado quando tentou introduzir em Portugal uma incineradora de resíduos industriais – a diferença entre eles “está apenas no “co”, isto é, em saber se os RIP serão devem ser queimados nas cimenteiras ou numa incineradora construída de raiz para esse fim. Arriscam-se é a ter contra si uma maioria absoluta, não apenas das populações das zonas de Setúbal e de Coimbra mas também a opinião pública esclarecida, ao longo de mais de uma década de debate.
A primeira investida do lobby da incineração ocorreu à volta de 1990, tendo como alvo Sines. Na altura não se discutiam alternativas nem estudos de impacto ambiental: no auge do cavaquismo, à beira da segunda maioria absoluta, era em Sines e mais nada; aliás o pessoal já estava habituado à poluição da petroquímica, da GALP, da central da EDP, não havia de estranhar uma incineradora… O plano era perfeito, chegando a seduzir autarcas passeados por essa Europa para contemplar belos espaços verdes, em redor das incineradoras e aterros; só não contava com a reacção das populações da cidade que, há mais de 20 anos, fez a primeira greve ecológica deste país! Sines, vizinha e amiga da velha Miróbriga, a Santiago do Cacém natal do nosso Manuel da Fonseca, com quem cheguei a discutir este assunto pouco antes de nos deixar, em 1993.
Foram meses e anos de intensa participação popular, animada pela Comissão de Luta de Sines, com posterior adesão das autarquias vizinhas. Foram jornadas de educação cívica e até científica: o salão dos Bombeiros à pinha, pescadores e todas as camadas da população questionando os ecologistas e professores norte-americanos que relataram a experiência trágica de mais de 40 anos de incineração nos EUA, com indicadores claríssimos de incidência de cancro e doenças respiratórias em áreas circundantes das incineradoras, por vezes além de 100 quilómetros. Ficou-me para sempre gravada a desmontagem do mito do fogo purificador “que tudo destrói”, oposta a uma velha máxima da química: “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E transforma para pior, neste caso: os hexa-cloro-benzenos, presentes sobretudo no plástico que invadiu a vida moderna, dão origem a dioxinas e furanos – o veneno mais concentrado que o homem alguma vez produziu, supostamente e por ironia do destino, em nome do combate à poluição!
Quinze anos depois, não estamos no mesmo ponto de partida. Os vários debates têm deixado claro que há alternativas à incineração de RIP, nomeadamente para as 70 mil toneladas de óleos minerais usados e solventes que podem ser regenerados e reutilizados, mas que são os mais apetecidos pelas cimenteiras, por serem um combustível barato e de alto valor energético. A teimosia de Sócrates é hoje um retrocesso porque torna a co-incineração definitiva, ao contrário do compromisso que assumiu em 2001, na Convenção de Estocolmo; é um retrocesso também porque inverte a ordem de prioridades de uma política integrada de tratamento de RIP por fileiras, quando o OE para 2006 já contempla a instalação de dois Centros de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos – os CIRVER. A alternativa é clara: negócio das cimenteiras ou defesa da saúde publica e de um desenvolvimento sustentável.
Não queremos um país a fogo e cinzas!
Alberto Matos
segunda-feira, março 06, 2006
O fim da mordaça!
Havia uma mordaça na minha vida
que era escura e me tolhia a garganta
mas foi quando eu abraçei o universo
que descobri novas latitudes do pensar
A terra, as pedras, a presença
o presente verdadeiro e simples
a emoção de renascer
foi tudo quanto pude vislumbrar
quando me libertei da mordaça!
Benjamim Rodrigues 06/03/06
que era escura e me tolhia a garganta
mas foi quando eu abraçei o universo
que descobri novas latitudes do pensar
A terra, as pedras, a presença
o presente verdadeiro e simples
a emoção de renascer
foi tudo quanto pude vislumbrar
quando me libertei da mordaça!
Benjamim Rodrigues 06/03/06
domingo, março 05, 2006
RESPEITO PELO SAGRADO...
A barbárie destruidora da Biblioteca de Alexandria, na convivência humana persiste em reaparecer.
Neste Planeta, que parafraseando Saramago "o universo ainda não deu conta da nossa presença", todos somos humanos, integramos povos e países, em que nada nos faz diferentes a não ser a nossa história.
Hoje que estamos mais próximos uns dos outros, que tomados em conjunto pela sabedoria e convivência de milénios já deveriamos ter percebido e assimilado as diversidades naquilo que somos - mágicos e científicos, lógicos e místicos, cépticos e superticiosos. Isto já libertos da tentação da barbárie que destruiu a Biblioteca de Alexandria.
Já libertos da discussão da liberdade. Já esgimindo noutra ordem de pensamentos, com chatíces, mas já sem a tentação do recurso à ameaça e ao ódio...
Este texto é a melhor forma que arranjei para questionar o pensamento que suporta as frases proferidas pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na homilia de Quarta-Feira de Cinzas.
"Com o Sagrado não se brinca."
"O respeito pelo Sagrado é algo que a cultura não pode pôr em questão, mesmo em nome da liberdade."
Neste Planeta, que parafraseando Saramago "o universo ainda não deu conta da nossa presença", todos somos humanos, integramos povos e países, em que nada nos faz diferentes a não ser a nossa história.
Hoje que estamos mais próximos uns dos outros, que tomados em conjunto pela sabedoria e convivência de milénios já deveriamos ter percebido e assimilado as diversidades naquilo que somos - mágicos e científicos, lógicos e místicos, cépticos e superticiosos. Isto já libertos da tentação da barbárie que destruiu a Biblioteca de Alexandria.
Já libertos da discussão da liberdade. Já esgimindo noutra ordem de pensamentos, com chatíces, mas já sem a tentação do recurso à ameaça e ao ódio...
Este texto é a melhor forma que arranjei para questionar o pensamento que suporta as frases proferidas pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, na homilia de Quarta-Feira de Cinzas.
"Com o Sagrado não se brinca."
"O respeito pelo Sagrado é algo que a cultura não pode pôr em questão, mesmo em nome da liberdade."
QUE GRANDA "TOURADA"
O excelentíssimo membro da A.Municipal da Moita e Presidente do Concelho Taurino, Srº Patarata, figura amplamente conhecida, nomeadamente pela sua ainda recente e corajosa adesão aos valores humanísticos e civilizacionais da tauromaquia, referência essencial,para perceber-se o acesso que detém á comunicação social.
Ocupou a página "opinião" do Jornal da Moita de 2/3/06, para espanto de muitos, não como expert tauromáquico, mas como "sociólogo" sobre a temática do desemprego.
Sem dúvida um trabalho de consulta exaustivo e de esforçada compilação dos dados estatísticos do IEFP e do INE, esgotando-se por aí, numa frágil mas óbvia intensão de dar "bordoada" no Governo.
Escreveu que se fartou, escreveu e escreveu, não deu "bordoada" nenhuma.
O vazio ideológico, económico e politico do escrito, permite afirmar que bastava o barril de petróleo baixar para 48 dólares para que o ilusionismo do crescimento económico, com folga para duas ou três obras públicas de monta, alterassem todos os números e indíces a que se referiu, sem que isso correspondesse à alteração das politicas da actual Ditadura da Alternãncia. Pela sua análise, o Governo teria sucesso pela ilusão politica temporal de combate ao desemprego. Quando de facto o que está em causa, é o próprio sistema de emprego, em que o desemprego estrutural cresce, envolvendo já quase todos os níveis etários.
É por isto triste constactar que se trata de um membro da C.Concelhia da Moita do PCP, Partido prejudicado á evidência no acesso á comunicação social, desperdiçar uma página inteira, salva apenas p'la gripe do Tesouras.
Deixo-lhe assim o apelo. Dedique-se á tauromaquia, pois sobre estas temáticas e como militante comunista, nem sequer leu a Resolução Politica do XVII Congresso do Partido Comunista.
Mas não esqueça, que na aficion não são só naturais e derechazos, cerimónias e charutazes. Existem Miúras com dignidade, que não aceitam ser torturados e enxovalhados em Praça, para gaúdio dos "civilizados".
Ocupou a página "opinião" do Jornal da Moita de 2/3/06, para espanto de muitos, não como expert tauromáquico, mas como "sociólogo" sobre a temática do desemprego.
Sem dúvida um trabalho de consulta exaustivo e de esforçada compilação dos dados estatísticos do IEFP e do INE, esgotando-se por aí, numa frágil mas óbvia intensão de dar "bordoada" no Governo.
Escreveu que se fartou, escreveu e escreveu, não deu "bordoada" nenhuma.
O vazio ideológico, económico e politico do escrito, permite afirmar que bastava o barril de petróleo baixar para 48 dólares para que o ilusionismo do crescimento económico, com folga para duas ou três obras públicas de monta, alterassem todos os números e indíces a que se referiu, sem que isso correspondesse à alteração das politicas da actual Ditadura da Alternãncia. Pela sua análise, o Governo teria sucesso pela ilusão politica temporal de combate ao desemprego. Quando de facto o que está em causa, é o próprio sistema de emprego, em que o desemprego estrutural cresce, envolvendo já quase todos os níveis etários.
É por isto triste constactar que se trata de um membro da C.Concelhia da Moita do PCP, Partido prejudicado á evidência no acesso á comunicação social, desperdiçar uma página inteira, salva apenas p'la gripe do Tesouras.
Deixo-lhe assim o apelo. Dedique-se á tauromaquia, pois sobre estas temáticas e como militante comunista, nem sequer leu a Resolução Politica do XVII Congresso do Partido Comunista.
Mas não esqueça, que na aficion não são só naturais e derechazos, cerimónias e charutazes. Existem Miúras com dignidade, que não aceitam ser torturados e enxovalhados em Praça, para gaúdio dos "civilizados".
sábado, março 04, 2006
Até levanta as tampas
quinta-feira, março 02, 2006
quarta-feira, março 01, 2006
Por Esta Também Não Esperava
A proposta do BE na Assembleia Municipal, foi uma inicíativa de mau gosto, inoportuna e desenquadrada da realidade do Concelho.
Nela está subjacente a má fé, a confessa intenção de põr em causa o esforço de décadas deste Município em prol do equilibrio ecológico, demonstrado pelas múltiplas iniciativas verdejantes e ervanárias realizadas em todas as Freguesias.
Terem a desfaçatez de até propôrem e eleger o Sobreiro, quando já não existe indústria corticeira no Concelho, não só é uma estupidez no plano económico, como uma provocação ao executivo eleito, que já deliberou substituir os Sobreiros nas traseiras da MERCMOITA por Azinheiras, tal como o fará com as Palmeiras da Envolvente à Praça de Toiros.
Tratou-se de uma iniciativa de baixo nível, pois ignorou que as opções do Executivo assentam em estudos científicos, que atestam a excelência dos valores calóricos e proteícos da bolota de azinho. Descoberta oportuna, cuja promoção servirá o desenvolvimento sustentado pela vertente pecuária, permitindo apurar e multiplicar a melhor espécie de Aureodáctilos.
Foi justa a posição do Srº deputado Merendas, pois conhece bem a importância da bolota de Azinho, votou contra com convicção.
O Srº Madeira só votou contra porque é um defensor das Palmeiras, anda triste com a substituição que vão fazer.
A Srª deputada dos Verdes, cuja conjugação do nome já indica, só votou contra porque é simpatizante das liliáceas, a Helónia, pelo seu aparato deslumbrante e ornamental. Já o Srº Faim, que se absteve, vai ter chatíces, pois já são muitos a perceberem que ele já percebeu quem anda bem "montado", para destruir o montado.
Cá por mim, nesta época de jejum e abstinência, aguardo a Primavera, pois não me vão faltar "azedas e malmequeres"...
Nela está subjacente a má fé, a confessa intenção de põr em causa o esforço de décadas deste Município em prol do equilibrio ecológico, demonstrado pelas múltiplas iniciativas verdejantes e ervanárias realizadas em todas as Freguesias.
Terem a desfaçatez de até propôrem e eleger o Sobreiro, quando já não existe indústria corticeira no Concelho, não só é uma estupidez no plano económico, como uma provocação ao executivo eleito, que já deliberou substituir os Sobreiros nas traseiras da MERCMOITA por Azinheiras, tal como o fará com as Palmeiras da Envolvente à Praça de Toiros.
Tratou-se de uma iniciativa de baixo nível, pois ignorou que as opções do Executivo assentam em estudos científicos, que atestam a excelência dos valores calóricos e proteícos da bolota de azinho. Descoberta oportuna, cuja promoção servirá o desenvolvimento sustentado pela vertente pecuária, permitindo apurar e multiplicar a melhor espécie de Aureodáctilos.
Foi justa a posição do Srº deputado Merendas, pois conhece bem a importância da bolota de Azinho, votou contra com convicção.
O Srº Madeira só votou contra porque é um defensor das Palmeiras, anda triste com a substituição que vão fazer.
A Srª deputada dos Verdes, cuja conjugação do nome já indica, só votou contra porque é simpatizante das liliáceas, a Helónia, pelo seu aparato deslumbrante e ornamental. Já o Srº Faim, que se absteve, vai ter chatíces, pois já são muitos a perceberem que ele já percebeu quem anda bem "montado", para destruir o montado.
Cá por mim, nesta época de jejum e abstinência, aguardo a Primavera, pois não me vão faltar "azedas e malmequeres"...
Por Esta Não Esperava
Então não é que a moção do BE sobre "Defesa e Preservação dos Espaços Verdes" foi reprovada na Assembleia Municipal?!
Estamos entregues ao betão não há duvida, ainda pensei tratar-se de uma brincadeira de Carnaval, mas fui confirmar ao Bloco de...-Notas e sempre era verdade. Parece que de verde este concelho já só começa a ter as cores na bandeira.
Estamos entregues ao betão não há duvida, ainda pensei tratar-se de uma brincadeira de Carnaval, mas fui confirmar ao Bloco de...-Notas e sempre era verdade. Parece que de verde este concelho já só começa a ter as cores na bandeira.
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