segunda-feira, janeiro 30, 2006

Em Defesa do PDM

A Câmara Municipal da Moita em sessão extraordinária, fez um exaustivo balanço do PDM ainda em vigor, concluindo existirem várias factos demonstrativos de situações aparentemente consumadas, mas incorretas e ilegais, com as quais não vai comtemporizar.

Determinou assim a instauração de inquéritos detalhados que permitam perceber em cada caso os interesses em jogo e apurar responsabilidades.

Deliberou também avançar com medidas concretas no terreno, tal como aconteceu no Pinheiro Ramudo em 1983, com o objectivo de desmotivar os prevaricadores, que persistindo no jogo de influências, sempre tentaram fazer vingar os seus interesses acima do bem público.

Para o efeito, decidiu alugar duas buldozeres, adequadas à destruição imediata do chamado palácio da agricultura, ilegalmente construído em RAN no lugar do Penteado, com a absurda licença nº0074/2000. Outras se vão seguir.

Recebi esta informação, não consigo validar da sua veracidade, publiquei porque entendo que tal palácio, parece-me história veridica do "homem das quatro
sogras".

Negociatas no país que temos

A recta final das presidenciais foi o momento certo para fazer aquelas coisas que noutra altura dariam muito nas vistas. Ficamos a saber pelo DN que a Universidade Moderna pretende alienar os terrenos onde funcionam as sua instalações. Estes terrenos situam-se junto ao mar, a umas centenas de metros do CCB. Pretendem construir ali um condomínio de luxo. São provavelmente os melhores terrenos disponíveis para construção actualmente existentes em Lisboa.
O que o DN se esqueceu de referir é que estes terrenos foram cedidos à cooperativa Dinensino pelo estado português para serem usados pela universidade e não para este fim. Seria interessante saber os detalhes da cedência. Estão a mexer no nosso património, nos nossos bolsos. Existem também uns probleminhas com o plano director municipal (onde é que eu já ouvi isto?). Coisa sem importância. A notícia aparece a ver se pega.
Alguém lucra directa e indirectamente com estes pequenos descuidos!!!! Lembram-se do caso eurominas?
A ver se existe ou não, opinião pública neste país. Será que existe?

domingo, janeiro 29, 2006

Visionários

As eleições presidenciais, nomeadamente pelo resultado da candidatura de Manuel Alegre, trouxe para os jornais opiniões diversas sobre o esgotamento da representatividade dos Partidos, a inutilidade das ideologias e a necessidade de outras "Democracias", crescendo o número de cidadãos que afirmam-se orgulhosos de nunca se terem filiado num Partido.

A par disto não faltam já ideólogos predispostos a visionar estruturas e formas de participação , até potenciadas com o uso das novas tecnologias. Sem dúvida temas interessantes, aos quais não se devendo voltar as costas, não se deverá também enveredar por uma busca obcessiva e visionária, que nos afaste da realidade envolvente.

A Democracia é um processo politico que resulta da vontade e opinião de cada cidadão. A sua evolução só se verifica quando civilizacionalmente é possível que vontades e opiniões não se esgotem no acto de votar.

A realidade social e politica que vivemos hoje, resulta da paralização da Democracia, que ao instituir a actual Ditadura da Alternância vocaciona a actuação do Estado ás crescentes determinações do poder económico e financeiro, reduzindo o pleno uso de direitos elementares aos cidadãos, aumentando as desigualdades sociais.

Por mais voltas que dê, podendo eu até votar por computador, como o Amorim ou o Pacheco Pereira, o meu computador podendo até ser tão potente como o deles, nunca será igual. O meu foi esfolado, custou-me a pagar, já o deles... eles esfolam-nos!...

Assim, é de desconfiar dos promotores de tais ideias, "ideólogos que se propôem a esvaziar ideologias", em alguns casos desavindos com os Partidos a que pertenceram, mas que se mantêm deslumbrados com o capital, com o qual nunca quebraram fidelidades.

sábado, janeiro 28, 2006

EVIDÊNCIAS na Ditadura da Alternância

No Parlamento, a Comissão de Inquérito que visa apurar um eventual favorecimento de antigos membros do Governo PS à Eurominas, está a ser boicotada pelas posturas dos deputados socialistas, que desejam reduzir tudo a zero, com o apoio do não empenhamento dos deputados do PSD, como que numa troca de favores por anteriores e idênticas práticas absolutistas. A verdade que se lixe, - quem se amanhou, amanhado está!...

No Parlamento, exceptuando os Comunistas, todos os demais aplaudiram entusiáticamente a intervenção do deputado Duarte Lima. Dissertou ele sobre as escutas telefónicas e a necessidade de uma nova moldura legal que as limite apenas à investigação de crimes de sangue, tráfico de droga e terrorismo, excluindo os crimes económicos, corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influências e peculato.

Por muitas destas evidências, o processo democrático paralizou nesta "democracia" que instituiu a Ditadura da Alternância.

União Futebol Clube Moitense - 83 Anos

Terminou á pouco na respectiva sede a sessão solene comemorativa do 83º aniversário do Moitense. O Clube está de parabéns, nomeadamente pelo que faz e nas circunstâncias em que o faz.

Naquela sessão ressaltou mais uma vez a errada "politica do cala beiços", opção autárquica que prevalece em relação a este Clube deste á muitos anos, sendo este um exemplo na incersão das camadas infanto/juvenis na salutar actividade desportiva.

Sem recorrer aos convidados de outras instituições presentes na cerimónia, a intervenção do actual Presidente da J.Freguesia da Moita, traduziu com verdade o disparate a que se assiste, evidenciando a necessária revisão de procedimentos por parte da Câmara. Foi uma interessante sessão, pois as palavras do presidente da Direcção valem pela realidade exposta.
Deseja-se que a Direcção leve a bom termo as obras de modernização do Campo do Juncal.

- VIVA O MOITENSE!

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Sérgio Godinho


Visita-nos hoje no auditório do Forum Cultural José Manuel Figueiredo, pelas 22:00 H.
Entradas a 10€.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa é do Barreiro

Barreiro
Carlos Humberto eleito Presidente da Junta Metropolitana de Lisboa

A eleição do Presidente e Vice-Presidentes da Junta Metropolitana de Lisboa, para o mandato 2005-2009, terminou à pouco, em Lisboa, tendo sido eleito para a Presidência, Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.


Decorrer, hoje, na Fundação Cidade de Lisboa, eleição do Presidente e Vice-Presidentes da Junta Metropolitana de Lisboa para o mandato 2005-2009.
Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, foi eleito Presidente; Ministro dos santos, Presidente da Câmara Municipal de Mafra e Carlos Teixeira da Câmara Municipal de Loures, foram eleitos Vice Presidentes.

A Paz, O Pão...

...A Habitação, Saúde, Educação!!!

Consta assim na Constituição da República Portuguesa no Artigo 65º o seguinte:
"1. Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade".

O artigo continua com mais 4 pontos e algumas alíneas, mas este é suficiente para demonstrar que não é bem assim por cá (já o sabíamos, mas o Cavaco vai concerteza fazer, e obrigar a, cumprir esta nossa Constituição - 'tá bem abelha).

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Um Cão Ladrou

Um cão ladrou, na distracção do sono acordei em sobressalto, assustado.
Malvado sonho que me atirou p'rá fronteira do Paquistão - por lá andava, queimado p'lo frio mas já integrado com aquelas gentes, até já dominava a lingua e desenrascava-me com os dialectos, só não fiquei religioso, mas por conveniência disfarçava bem, esticando o lenço no chão, descalçava os sapatos e memorizando os segundos de costas voltadas ao sol, cadenciava os movimentos das orações.

Não percebi como é que lá fui parar, nem o que lá fui fazer. Só sei que mereci a confiança daquela gente - brincava com os putos, fazia-lhes desenhos num velho quadro da escola destruída, destruída como a maior parte da aldeia; uma vez pediram-me para pintar a cara do Bush em tábuas e portas velhas, que em jeito do jogo da malha, putos e graúdos se divertiam a acertar-lhe nas trombas.

Assistia a um desses jogos quando fui abordado por dois elementos, julgo que forasteiros naquela aldeia, para meu espanto em galego, solicitando a minha colaboração para que de volta a Portugal, por cá arranjasse uma casa de apoio para três pessoas... nisto, acordei com o ladrar do cão.

Tenho-me esforçado a tentar deslindar da névoa do sonho, a que pessoas eles se referiam, o que é que pretendiam fazer, o porquê de tantos segredos e cuidados, mas até agora não consegui.
Mas mais grave que tudo isto, é que também não vislumbro se estabeleci ou não algum compromisso. Pois como calculam, não é nada que não possa ter acontecido - já a simpatizar com aquelas gentes, compungido pela miséria e afrontas imperiais a que estão sujeitos, eu ás tantas ter cedido e gerado expectativas de apoio sem sequer saber a quem, arriscando num destes dias a aparecerem por cá... enfim! gente que a CIA não gosta.

Malvada incerteza. Tudo isto só porque o danado do cão me acordou.

A Caixa de Correio do Cavaco


Decidi surripiar mais uma foto, desta feita ao Jumento, que dá uns coices valentes. Está muito boa.
Clique aqui para ler os remetentes dos e-mails e respectivos assuntos, da caixa de correio de Cavaco Silva.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Mão Morta Na Juke Box


Foram adicionados à Juke Box do Arre Macho, dois temas dos Mão Morta a pedido de vários ouvintes, um do album "Venus Em Chamas" e outro da compilação "À Sombra De Deus - vol. 3". Vão ficar em destaque nestes tempos mais próximos.

(Escolhi a capa do "À Sombra De Deus", porque as catraias estão já equipadas para o desfile de 28 de Fevereiro. O Entrudo)

Tempos de sementeira…

Mais um artigo de Alberto Matos que nos chega à caixa de correio.

"A eleição presidencial do passado dia 22 de Janeiro encerra um longuíssimo ciclo político. Foi um ano alucinante – ou ano e meio, se nos reportarmos às eleições europeias de Junho de 2004, no qual aconteceu de tudo: desde a morte trágica de Sousa Franco, em campanha na lota de Matosinhos; o naufrágio eleitoral da coligação de direita PSD-PP e a “fuga para a frente” de Durão Barroso – no caso, para Bruxelas; o intervalo publicitário de Santana Lopes, até à dissolução do parlamento.

O ano de 2005 não quis ficar atrás do seu antecessor, e foi o que se viu: terramoto nas legislativas de Fevereiro que varreu a direita da governação e deu uma maioria absoluta ao PS, liderado por José Sócrates; as trapalhadas do referendo à pseudo Constituição Europeia, enterrada pelos NÃO da França e da Holanda; o referendo em falta sobre a despenalização do aborto; as autárquicas em 9 de Outubro, logo seguidas pelo arranque de uma prolongada pré-campanha presidencial.

Costuma dizer-se que tudo vai bem quando acaba bem – não foi o caso, para as esquerdas, no passado Domingo. Mas é bom visualizar todo o cenário, evitando pessimismos estéreis ou euforias descabidas. Sem esquecer o pano de fundo da “guerra infinita”, com os EUA e os seus “parceiros” atascados no Iraque e no Afeganistão, com o Irão e sabe-se lá quem se segue na mira… Um mundo em convulsão com uma Europa submissa, digna da estatura do seu actual Presidente da Comissão, onde Ângela Merkel tenta emergir como nova ‘dama de ferro’.

A eleição de Cavaco Silva à primeira volta, anunciada há meses, esteve longe da coroação sonhada pela direita. E a escassa margem de 64 mil votos deixa um sabor amargo à esquerda que teve a segunda volta quase ao alcance da mão, bastando para tal que a abstenção baixasse 2 ou 3 pontos percentuais. Sem a pretensão de atribuir culpas, foi evidente a desmobilização do eleitorado socialista que se viu confrontado com dois candidatos – Soares e Alegre – digladiando-se.

Tal como nas autárquicas, o eleitorado aproveitou as presidenciais para castigar o governo de José Sócrates, defraudado pela violação das promessas eleitorais: aumento da carga fiscal para quem já pagava impostos, sobretudo o IVA a 21%; congelamento salarial e ataques selectivos aos direitos dos trabalhadores, procurando dividir a função pública do sector privado e isolar certas categorias profissionais, para encobrir uma ofensiva global contra o mundo do trabalho. Algumas medidas do governo, como os aumentos de transportes e de bens essenciais e do imposto sobre os combustíveis, na véspera das eleições, deram o empurrão que faltava para a curta vitória de Cavaco Silva.

Paradoxalmente – e ao contrário do que pretendia este voto “de castigo” – esta eleição é um impulso ao agravamento da política anti-social do governo. A cooperação institucional anunciada pelo novo inquilino de Belém vai no sentido de apoiar todas as medidas antipopulares, exigindo “coragem” ao executivo para que faça o “trabalho sujo” e nele se desgaste, com o brinde adicional de, assim, ir preparando o terreno à recuperação eleitoral dos partidos da direita e do seu velho sonho: “um governo, uma maioria e um presidente”, agora por ordem inversa…

A candidatura de Manuel Alegre absorveu boa parte deste voto de castigo, não apenas à má escolha do candidato oficial do PS mas também à política do governo Sócrates. A grande expressão eleitoral desta candidatura coloca-o perante uma contradição insanável: ou regressa ao redil do PS – onde não há espaço de alternativa consistente ao neoliberalismo – para desilusão de grande parte dos seus eleitores; ou arrisca uma nova formação, para a qual não antevejo espaço político, tendo até como antecedentes (e ressalvadas todas as diferenças) as candidaturas de Otelo e Pintasilgo.

É justo realçar o bom resultado da candidatura de Jerónimo de Sousa, recuperando algum eleitorado tradicional do PCP que compareceu em peso às urnas – e ainda bem! A candidatura de Francisco Louçã, com bom desempenho e propostas inovadoras – por exemplo sobre a segurança social, que precisa de ter tradução no parlamento – não evitou o desvio de votos urbanos para Manuel Alegre.

Aconteceu também na cidade de Beja, em contraponto às subidas em concelhos como Vidigueira, Odemira ou Barrancos e em muitas freguesias rurais. O enraizamento desta nova esquerda plural, popular e não sectária vai fazendo o seu caminho, com muito trabalho pela frente: no parlamento, na rua, nas autarquias, sindicatos e associações populares. Sem descurar a unidade de acção com outras forças à esquerda da governação, numa altura em que nem há eleições à vista... "

Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 24/01/2006

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O POVO "está feliz"

No dizer e escrever de alguns cronistas, o Presidente é uma figura superior. Ele está omnipresente, é omnipotente e omnisciente. O povo está feliz, segundo eles até parece que elegeram Deus à presidência.

Pondo de parte o à parte, nesta "democracia" não me passa pela cabeça duvidar da legitimidade desta eleição, o Srº Cavaco Silva é de facto o novo Presidente.

Eleito por apenas mais 0,6%, evitando a 2ªvolta, é o Presidente até hoje eleito com menos votos. Facto que calculo, pesará no estilo inicial da sua presidência.

Mas quem sem concorrer mais ganhou foi o Srº Sócrates. Defensor de um bloco central permeável a pactos de regime. Quem na circunstãncia melhor que Cavaco para o conseguir? ele que tem à sua mercê a entusiástica vassalagem do PSD. Sócrates safou-se de boa... de uma assentada livrou-se de M. Soares e de uma 2ª volta com Alegre, pois esta traria uma grande bronca ao seu PêyeS. Não é por acaso que Sócrates não só "já perdoou, como apelou a que perdoassem" Alegre.

O 1º ministro cedo percebeu que nestas eleições presidenciais, porque o Capital quer mais garantias politicas, pelo PS não arranjaria desta vez o candidato que lhes agradasse, vai daí premeditou a hesitação e o atraso, deu espaço ás intrigas dos Ratos do Largo. Cagou-se para a esquerda, para as promessas eleitorais que fez, pois a base de apoio para as politicas que prossegue, é o Capital que na busca de mais garantias dera desta vez o seu apoio a Cavaco.

Deus não foi eleito. Mas surgiu uma nova sagrada familia - Cavaco,Sócrates&Capital.

Mata & Esfola

Welcome To Cavaquistão.

Cartaz sacado no Blog Da Nalga que transmite muito sinceramente o que vem aí. O casamento perfeito.
Depois de um dia como este, é impossível haver pior desfecho. Cá vamos nós andar com a cabeça entre as orelhas, a levar porrada daqui e dali. Nem vou comentar o desastre provocado pelo PYES.
Na Moita já estão "Taco a Taco" com o Louçã, e mais uma vez a ambulância deve dar jeito.


"É Fixe", gritaram eles quando o "mp2 que queria ser 3" assumiu a tareia. Olha o caldinho que aí vem para os próximos 5 anos. Socrates Mata & Cavaco Esfola.

Arre Macho que é demais. A Luta Continua!!!

domingo, janeiro 22, 2006

Dia de Sufrágio


Vá pessoal, levantem esses rabitos e saiam de casa para exercer o vosso direito e dever.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Conselho Taurino da Moita (ele há cada conselho)

O Conselho Taurino da Moita foi instalado na segunda-feira, dia 16, constituido por 15 elementos.
Parece que o traje de gala de um elemento, não agradou ao "Miura", como podemos verificar no video abaixo.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Nichos de Cuscos

Espanta que alguns politicos se espantem. No tempo do 2ºGoverno cavaquista, foram detectadas escutas telefónicas e controlo sobre activistas Sindicais, nomeadamente ligados à CGTP, exceptuando o PCP e cidadãos isolados dos quais alguns jornalistas, ninguém mais se preocupou.
Formalizaram-se queixas, verificaram-se promessas de inquéritos, mas até hoje nada se conheceu. Tratavam-se de "agitadores sociais" que não interessavam à ditadura da Alternância. Para o PS e PSD, para os seus cuscos anichados não estavam em causa os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Hoje já estão, mas infelizmente só estão porque lhes toca na pele. Por isto não considero ainda ter havido gestão desastrosa do PGR no caso Casa Pia. Pois tento, sem ainda hoje conseguir perceber, a dimensão das dificuldades do Procurador, em deslindar e esgrimir p'la descoberta sob a pressão correlativa de tantos nichos de Cuscos instalados nas altas instâncias, expressamente mais interessados a reduzir tudo a zero, obstaculizando se necessário a verificação material da verdade.

É grave o que tem vindo a acontecer, mas é maior o temor se tudo isto levar à prescrição de processos, ao esquecimento, à impunidade e porventura à demissão do Procurador sem que se conheçam o resultado de mais estes inquéritos.

Infelizmente tudo parece depender da correlação de forças entre nichos de Cuscos.

Sinistra Mobilização

Rechonchudas e anafadas abandonam os mosteiros. Um arauto com asinhas, anunciou folga nas clausuras, - juntaram-se por esse País fora, aos régios arrematantes, aos abades,aos cavaleiros, aos monges e demais membros do resto dos restos da corporação que em tempos aniquilaram e dispersaram os que lhes eram desavindos.
Por aí andam a apregoar a "boa nova", não a pé ou de burro, mas de táxi quando é preciso, como mandam os abades Belmiro, Amorim e quejandos. O Salvador vem aí! é preciso garantir-lhe uma apoteótica recepção no próximo dia 22, até lá, são ainda milhares de homilias p'ra fazer.
É preciso forçar a vontade de Deus!... Senão, volta tudo à clausura, sem preservativos e dinheiro p'ró táxi.

Problemas??

Espero que estejam só de passagem ou que se importem com as questões levantadas por nós e por blogs que constam nas nossas ligações.

Aníbal, escutas?

Mais um e-mail para divulgação, que chegou à nossa caixa de correio. Desde já, aquele abraço ao Alberto Matos.

"A uma semana da primeira volta das presidenciais, o país foi abalado por novo escândalo das escutas telefónicas. Um jornal diário deu conta de cerca de 200 nomes que terão sido alvo das ditas, entre os quais estão as mais altas figuras do Estado. As reacções oficiais não se fizeram esperar: intervenção do PR na abertura dos telejornais, indignação dos partidos e a promessa de “inquérito rápido” por parte do ainda Procurador-Geral da República, com a cabeça à beira do cepo – e convenhamos que há razões de sobra, a começar pela gestão desastrosa do processo Casa Pia.

Entre as diversas reacções, o que mais espanta é o ar de espanto de alguns responsáveis políticos perante um caso que será apenas a gota de água que faz transbordar um vaso lamacento e opaco que mancha a democracia. Nem tal se compreende, quando é voz corrente entre deputados e outros responsáveis políticos que não é lá muito seguro falar ao telemóvel... A origem desta situação remonta há mais de duas décadas, quando o governo do famigerado “bloco central”, Soares-Mota Pinto, decidiu constituir formalmente o SIR – Serviço de Informações da República, com várias componentes e designações, uma das quais é o SIS – Serviço de Informação e Segurança.

Depois da extinção da execranda PIDE/DGS, os serviços de informações em Portugal nunca desapareceram, mas estavam praticamente remetidos ao sector militar até 1984. Lembro-me que, nessa altura, poucas vozes se ergueram contra os perigos de perversão que o SIR comportava para o regime instaurado com o 25 de Abril – entre elas o General Carlos Fabião e o seu inseparável amigo e camarada de armas, Coronel Batista. Mas houve quem não quisesse entender que as “secretas” se iriam converter em arma de arremesso político, virada sobretudo contra o “inimigo interno” – a contestação social e a esquerda política, como é óbvio!

Mais uma vez, o PS pôs e o PSD dispôs. Foi com a ascensão do cavaquismo e a consolidação do “Estado Laranja” que a utilização política e até partidária dos serviços de informações atingiu o seu auge. Quem não se recorda do escândalo que levou à demissão do Director do SIS – Madeira, Armindo Monteiro, por se ter descoberto que Alberto João Jardim utilizava os seus serviços para espiolhar a vida privada dos putativos candidatos autárquicos do PSD? E das listas de estudantes e sindicalistas considerados suspeitos e, como tal, sujeitos a espionagem? Nesta espiral da bufaria instituída, nunca ninguém respondeu a uma simples pergunta: quantos ex-agentes da PIDE/DGS trabalham para o SIS e para as restantes “secretas”?

Hoje levantam-se – e ainda bem, mais vale tarde do que nunca! – vozes escandalizadas contra as escutas telefónicas, sem mandato judicial, contra cidadãos que não são suspeitos de ter praticado nenhum crime. Mas, pergunto eu, que crime cometeram sindicalistas, estudantes ou, para citar um caso que vivi por dentro, os activistas do “buzinão” da Ponte 25 de Abril? E aí, posso testemunhá-lo, não houve apenas escutas mas chamadas interceptadas, com ameaças à nossa integridade, incluindo a dos familiares mais próximos. Quem seria? Obviamente não deixavam o nome…

As escutas eram tão óbvias que o bloqueio de 13 de Setembro de 1994 foi combinado, ao telefone, para dia 14. Desta forma simples, o SIS foi enganado e protesto de milhares de cidadãos cortou o acesso a Lisboa durante três dias, perante a impotência do governo. Fernando Lima, então assessor do primeiro-ministro, dá público testemunho desta operação de espionagem contra cidadãos que exerciam o direito à indignação e até o seu mandato autárquico no livro “O meu tempo com Cavaco Silva”. E que saudades tem esta gente de voltar ao poleiro…

Em tempos mais recentes, ninguém me tira da cabeça que Ferro Rodrigues foi arredado da liderança do PS por uma estranha nebulosa que conjugou a manipulação política das escutas telefónicas com uma violação sistemática do segredo de justiça, com epicentro em gabinetes da PGR. Podemos interrogar-nos sobre quem beneficiou com esta operação... E não tenho grandes expectativas de que o prometido “inquérito rápido” faça luz sobre os sucessivos escândalos.

Só a mobilização cidadã pode garantir o exercício activo das liberdades constitucionais. A começar já no próximo dia 22, derrotando a abstenção e levando a decisão à segunda volta. Com Cavaco em Belém, ninguém pode esperar o reconhecimento do “direito à indignação” contra as políticas anti-sociais do governo Sócrates. E o regabofe das escutas iria disparar. "



Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 17/01/2006

Investimentos Turísticos

Noticia da TSF, "José Sócrates, que presidiu à cerimónia de apresentação pública dos dois empreendimentos turísticos do concelho de Grândola, disse que a sua presença «destina-se a assinalar a importância e o significado destes dois projectos de enorme importância para a Costa Vicentina e, também, para o país»".
Referiu tambem, "O primeiro-ministro defendeu, ainda, que os dois projectos turísticos em causa dão garantias de que não serão cometidos os mesmos erros de outras décadas, noutras regiões do país."

E amanhã vai ser assinado o protocolo entre a Badoca e a CMM para o parque temático que se situará no pinhal do forno, como é que será?

“Criar momentos de alegria únicos e memoráveis que contribuam para a formação de cidadãos ambientalmente conscientes”

A ver vamos, se existe algum estudo sobre o impacto ambiental.

Love Is A Force Of Nature

Decidi ilustrar este e-mail que recebi com o cartaz de Brokeback Mountain de Ang Lee, onde a figura tipica do macho vaqueiro desvanece neste filme. Vencedor do Leão De Ouro no Festival de Cinema de Veneza de 2005 e recentemente do Globo de Ouro, demonstra um pouco o e-mail que abaixo transcrevo.
"Recentemente, uma célebre animadora de rádio dos EUA afirmou que a homossexualidade era uma perversão: « É o que diz a Bíblia no livro do Levítico, capítulo 18, versículo 22: " Tu não te deitarás com um homem como te deitarias com uma mulher: seria uma abominação". A Bíblia refere assim a questão. Ponto final », afirmou ela.
Alguns dias mais tarde, um ouvinte dirigiu-lhe uma carta aberta que dizia: Obrigado por colocar tanto fervor na educação das pessoas pela Lei de Deus. Aprendo muito ouvindo o seu programa e procuro que as pessoas à minha voltaa escutem também. No entanto, eu preciso de alguns conselhos quanto a outras leis bíblicas.
Por exemplo, eu gostaria de vender a minha filha como serva, tal como nosé indicado no Livro do Êxodo, capítulo 21, versículo 7. Na sua opinião,qual seria o melhor preço? O Levítico também, no capítulo 25, versículo 44,ensina que posso possuir escravos, homens ou mulheres, na condição que eles sejam comprados em nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isto é aplicável aos mexicanos, mas não aos canadianos. Poderia a senhora esclarecer-me sobre este ponto? Por que é que eu não posso possuir escravos canadianos?
Tenho um vizinho que trabalha ao sábado. O Livro do Êxodo, capítulo 25, versículo 2, diz claramente que ele deve ser condenado à morte. Sou obrigado a matá-lo eu mesmo? Poderia a senhora sossegar-me de alguma forma neste tipo de situação constrangedora?
Outra coisa: o Levítico, capítulo 21, versículo 18, diz que não podemos aproximar-nos do altar de Deus se tivermos problemas de visão. Eu preciso de óculos para ler. A minha acuidade visual teria de ser de 100%? Seria possível rever esta exigência no sentido de baixarem o limite?
Um último conselho. O meu tio não respeita o que diz o Levítico, capítulo19, versículo 19, plantando dois tipos de culturas diferentes no mesmo campo, da mesma forma que a sua esposa usa roupas feitas de diferentes tecidos: algodão e polyester. Além disso, ele passa os seus dias a maldizer e a blasfemar. Será necessário ir até ao fim do processo embaraçoso que é reunir todos os habitantes da aldeia para lapidar o meu tio e a minha tia, como prescrito no Levítico, capítulo 24, versículos 10 a 16? Não se poderia antes queimá-los vivos após uma simples reunião familiar privada, como sefaz com aqueles que dormem com parentes próximos, tal como aparece indicado no livro sagrado, capítulo 20, versículo 14?
Confio plenamente na sua ajuda. »

Eu é mais "gajas", mas não podia deixar passar esta em branco.

domingo, janeiro 15, 2006

Silencio do (Não) Inocente


Já lá vai o dia de reis, mas o candidato do silencio foi apanhado a comer em publico a tal fatia de bolo rei e como nós sabemos, é feio falar de boca cheia.
Só que este candidato nem com boca cheia nem vazia nos diz algo que possamos dormir descansados (já não é o caso de Manuel Alegre que disse conseguir dormir com a vitória do "Pau de Fogueira"), bem pelo contrário, dá-nos pesadelos. Com os indecisos a decidirem-se, lá vem ele por aí abaixo nas sondagens, e se dEUS quiser (qual dEUS. Se todos quisermos) ainda há-de descer mais.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Soares Não Está Gá-Gá?

Jornalista: Ficou chocado com aquilo que disse o lider do PP?
Mário Soares: Não, não foi o lider do PP que disse isso. E aquela coisa que me referi, do terrorismo, foi o líder do CDS que disse isso, dr. Ribeiro eCastro, que é uma coisa inaceitável e impossível. Ele diz aquilo... ele é,ainda por cima, deputado do Partido Socialista... um dos grandes grupos do Partido Socialista é o Partido Socialista... o Partido Socialista Europeu...Imagine lá como é que ele vai entender-se com os colegas do parlamento adizer dessas coisas aqui no plano interno... E é feio, não é bonito e... é uma pena que seja um dos mais entusiásticos, senão o mais entusiástico,apoiante do Dr. Cavaco nesta eleição.

(Convém parar a musica primeiro, para ouvir com atenção estas declarações)

Comunicação Social e Sondagens

Tendenciosos? São lá agora?!

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Quadrupede Rosa

Mais um e-mail na nossa caixa que nos conta as desventuras do nosso "Quadrupede Rosa".

Afinal não foi pela ADSE

"Segundo noticia do Correio da Manhã, o cidadão (porque foi nessa qualidade que foi esquiar para a Suiça) Sr. José Sócrates Carvalho Pinto Sousa, logo imediatamente quando chegou a Lisboa na sexta-feira passada fez uma ressonância magnética e foi submetido a uma artroscopia no Hospital da Força Aérea. A operação foi executada pelo dr. Henrique Jones, militar e médico da selecção nacional de futebol.
Segundo os dados conhecidos, não consta que o cidadão em causa tenha apresentado o seu cartão da ADSE, tenha marcado consulta e ficado a aguardar por uma data na agenda do médico, que tenha ido às seis da manhã para a fila de espera, nem outrossim que seja militar de carreira ou na reserva, aviador ou paraquedista (embora tenha tendência para muitas quedas, inclusive de respeito) para ter o privilégio de ser imediatamente consultado, operado e assistido no Hospital da Força Aérea, necessariamente com a alegre comparticipação de todos os cidadãos contribuintes portugueses.
Está assim provado, como o mesmo em alto e bom som afirmou, que este cidadão tem precisamente os mesmos direitos na assistência na saúde que os Magistrados Judiciais e do Ministério Público e dos Oficiais de Justiça..., razão por que todos eles vão passar a marcar consultas instantâneas, operações imediatas e assistências permanentes no Hospital da Força Aérea, face ao princípio constitucional da igualdade. "

Alegre Vedros

Como o prometido é devido, chegou-nos à caixa de correio, o blog de apoio à candidatura de Manuel Alegre para Alhos Vedros/Moita. Aqui fica a sua divulgação neste espaço, que se quer democrático.



"Caros Bloguistas, eu, Luís Filipe da Cruz Guerreiro, representante de Manuel Alegre em Alhos Vedros, venho por este meio comunicar a todos, o Blog de Campanha de Manuel Alegre para Alhos Vedros / Moita: "Alhos Vedros Alegre" , gostaria que, se o desejarem é claro, fizessem a sua divulgação, porque esta campanha não tem subsídios e é apenas feita com o trabalho voluntário, não remunerado, de cidadãos que acreditam na nossa Pátria e nos Portugueses e Portuguesas !

Obrigado pela atenção
Saudações Alegres !"

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Os poetas sem salário

São seres sem tostão
sem rei nem roque.
Passam ao largo dos demais
passos dos humanos

Vagueiam na lama, no interior dos comboios
na mais alta torre, no limiar dos castelos
E sonham!

Sem salário, sem sapatos para calçar
percorrem as ruas com as palavras no coração,
na mente inquieta que os atormenta

Com as feridas abertas do frio que os agarra
transpiram o mais sonoro alfabeto da
melodia do infinito, preces loucas
vidas desvairadas, solitárias

E com a surpresa, a paixão, os odores
de noites plenas e inacabadas
soçobram perante a agonia, a frivolidade,
a hipocrisia dos mortais

Os poetas sem salário
percorrem mundos
acham-se sem terra
os ossos talvez não tenham pátria
nem o suor do trabalho

Mas as lágrimas e o coração
têm uma pátria.
Uma pátria que tem algum sentido
quando a boca nos põe a falar dela.

Os poetas com o coração
rasgam montanhas, atravessam rios
e choram de felicidade
com a emoção dos outros.

A pátria dos poetas
é um imenso eflúvio
de sensações, de tempestades
e abraços imensos para o mundo.

B.R. 11/01/2006

Cavaco causa sarilho, Segundo Santana!

Devido ao perfil de "Presidente activo" prometido
Santana Lopes: eleição de Cavaco Silva pode criar "sarilho institucional"

Pedro Santana Lopes admitiu ontem à noite, em entrevista à SIC Notícias, um cenário de instabilidade e de conflito com o Governo se Cavaco Silva for eleito Presidente da República.

O ex-presidente do PSD considerou possível um cenário de "sarilho institucional" entre Cavaco Silva e o Governo de José Sócrates devido ao perfil de "Presidente activo" prometido pelo ex-primeiro-ministro social-democrata.

"Se ele for eleito, as pessoas ficam sem saber quem manda no país - Cavaco Silva ou José Sócrates", afirmou o ex-primeiro-ministro, que se recusou a dizer se vai ou não votar em Cavaco Silva.

Face ao "capital de esperança" que tem conquistado nesta campanha, o candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP está obrigado, segundo Santana Lopes, a seguir um de dois caminhos: "Ou Cavaco Silva consegue fazer algo para que a situação [do país] não continue tão má, e então vamos ter sarilho institucional, ou então não o consegue e teremos mais problemas e conflitos sociais".

O também ex-presidente da Câmara de Lisboa afirmou ainda que vai regressar ao Parlamento, "logo que possível", após as presidenciais, para retomar o seu lugar de deputado.

Santana Lopes admitiu também voltar a candidatar-se à liderança do PSD: "Não digo que isso seja impossível de acontecer".

Não te estou a ver bem


Xéé Home !!

terça-feira, janeiro 10, 2006

Uma BD Presidencial


Já tinha colocado aqui no Arre Macho, um post com uma página da BD "Regresso Ao Passado?", de Nuno Saraiva com Jorge Costa e Miguel Reis, onde os personagens são 5 candidatos à presidência. Todas (quase todas) as barbaridades cometidas pelos agora salvadores do país do défice, são referidas nesta BD.
Para alguns BeDófilos será um exemplar a guardar.

Clique na imagem para aceder à BD na integra, em formato pdf.

O Broncas expressou a sua intenção de voto, agora expresso eu mais claramente, o meu voto é em Francisco Louçã!

Obra de Santa "Ingrácia"

Pois é, o trânsito começa lentamente a fluir para a marginal da nossa vila, menos os tais TST, que já provocaram dezenas de acidentes (alguns graves) na Rua Dr. Alexandre Sequeira, trajecto que é usado em alternativa à marginal.
Conto-vos isto apenas, para chamar a atenção aos contentores do lixo que pela marginal fora se encontram a ocupar locais de estacionamento, por falta de encaixe dos mesmos no passeio.
Estou curioso, será que vem aí nova empreitada para partir o lancil, ainda a obra não está entregue, ou vai sair um coelho da cartola com novos e modernos contentores, para espanto da população?
Oxalá se o coelho sair da cartola, não traga parquimetros atrás.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Prémio Pessoa 2005

Já vem atrasada esta notícia, mas vale a pena relembrar! Um dos meus mestres do teatro! O Sr. Luís Miguel Cintra!

O Premio Pessoa, no valor de 44 mil euros, foi hoje atribuído ao actor e encenador Luís Miguel Cintra, distinguindo pela primeira vez uma personalidade ligada às artes do espectáculo.
Luís Miguel Cintra, 56 anos, "tem construído ao longo de mais de três décadas um percurso exemplar tanto como actor, como nos planos da dramaturgia e da encenação", considerou o júri.

O Premio Pessoa, instituído em 1987 pelo semanário Expresso e a empresa Unysis, já distinguiu até hoje 21 personalidades portuguesas com "intervenção relevante" na vida cientifica, artística e literária do país, entre as quais o historiador José Mattoso, o neurocirurgião João Lobo Antunes, o escritor José Cardoso Pires, a pianista Maria João Pires e a pintora Menez.

Luís Miguel Cintra, Prémio Pessoa 2005, considerou o galardão "lisonjeiro para o Teatro", mas também "incomodo" por considerar o seu trabalho "uma arte colectiva".

"O que eu faço é fruto do trabalho de muitas pessoas (Ó) O Prémio Pessoa costuma distinguir uma carreira, mas para mim, o teatro não é uma carreira, antes um prazer e uma necessidade", disse Luís Miguel Cintra à Agencia Lusa.

O presidente da Republica, Jorge Sampaio, considerou o prémio "justo", afirmando que Luís Miguel Cintra "muito tem prestigiado o teatro e a cultura" portuguesas.

Manoel de Oliveira, o realizador que mais vezes dirigiu Luís Miguel Cintra no cinema, considerou Luís Miguel Cintra "um actor de excepção".

"Este prémio é mais do que merecido, mas talvez tardio", disse Manoel de Oliveira.

O encenador João Mota também considerou a distinção "merecida" e o dramaturgo Luís Francisco Rebello qualificou Luís Miguel Cintra como "o maior actor português vivo".

O realizador Paulo Rocha disse que Luís Miguel Cintra "é um monumento" que e "é difícil alguma vez voltar a haver alguém como ele".

Desde 1987, o Prémio Pessoa já distinguiu também António Ramos Rosa (poeta), Cláudio Torres (arqueólogo), António Damásio e Hanna Damásio (neurocientistas), Fernando Gil (filosofo), Vasco Graça Moura (escritor), Herberto Helder (poeta), Eduardo Souto Moura (arquitecto), Manuel Alegre (escritor), José Manuel Rodrigues (fotografo), Emmanuel Nunes (compositor), João Benard da Costa (presidente da Cinemateca), Manuel Sobrinho Simões (investigador), José Gomes Canotilho (constitucionalista) e Mário Cláudio (escritor).
Notícia orginal da Lusa: Agência de Notícias de Portugal


Viva as artes que por breves momentos ou “horas” nos fazem evadir-nos para um outro planeta. Para fugirmos à perversidade da vida quotidiana.

Vamos Rir Mais Um Pouco

Noticia na TSF "Cavaco Promete Combater Clientelismo". Isto está tudo louco, demagogia sim senhor, feita à maneira.
Com os apoios que este senhor arranjou e não os torna públicos, com valores exorbitantes para uma campanha, vai ele combater o clientelismo. Oh si cariño. Amor com amor se paga.

O Logo Original

domingo, janeiro 08, 2006

Determinação e Confiança!

Na foto Jerónimo de Sousa cumprimenta uma grande cidadã, mulher cuja humildade, coragem e serenidade são referências vincadas por onde passou. Educando pela sublime influência que irradiou e irradia em todos os que com ela conviveram e convivem. Sofia Ferreira, mulher que sempre franziu os olhos ao trato de "senhora", talvez por cedo ter aprendido a cantar e a lutar para que não "hajam mais senhores".
Dedicou a vida á luta, esteve muitos anos na dureza da clandestinidade, esteve presa, foi torturada - trabalhou e sofreu muito. Nunca desfaleceu, é mais um exemplo de resistência, de determinação e confiança que hoje, apesar da fragilidade fisica oriunda dos sofrimentos e da idade, se transmite a todos que a rodeiam e aos que dela não esquecem.

Jerónimo de Sousa faz jus a tal exemplo - no desempenho como Candidato à Presidência da República, pelo discurso real, simples e próximo que vem espalhando pelo País - irradia Determinação e Confiança.
A serena convicção que transmite, nutre simpatia e gera esperança, à dimensão da luta que todos os homens e mulheres de boa vontade, têm de fazer por um país melhor.

Sempre e sempre contra os poderosos que apoiados em ideologos e coriféus, confundem e escondem com falsas soluções, a crise paradigmática em que se encontra o sistema que garante-lhes a exclusividade da acumulação da riqueza, entravando assim o avanço da civilização, pela descrença e miséria da maioria.

Jerónimo de Sousa, em contraponto, cultiva a humildade na politica, não se isola e deleita em areópagos em que os menos afortunados do saber, não têm direito a nada.

É por aqui que revitalizaremos "a diáspora Lusíada". Portugal só faliu para os que preferem nadar na mentira, na adoração e vassalagem aos poderosos.


Eu voto em JERÓNIMO DE SOUSA!

sábado, janeiro 07, 2006

A Greve Nos Aeroportos

SUPRESSÃO DE POSTOS DE TRABALHO É UM FRETE DO GOVERNO PARA O NEGÓCIO DA PRIVATIZAÇÃO…

"Mandar para o exterior da ANA serviços desta importância estratégica é já em si uma medida que dificilmente servirá os interesses nacionais. Com efeito, ao pretender alienar estes 200 postos de trabalho (outros se seguirão?), a ANA (às ordens da tutela, isto é, do Governo), e como ela própria o afirma, visa “apenas” reduzir custos. Ora, é sabido que nos aeroportos portugueses existem muitas formas de se poderem reduzir custos, mas não o fazendo à custa dos trabalhadores, sejam estes ou outros, que durante anos a fio deram e dão o seu melhor em prol da Empresa onde se orgulham de trabalhar.
Esta “redução de custos” mais não é do que a real ampliação de lucros que estão a preparar para os futuros donos da ANA, uma vez que se avizinha o grande negócio da sua privatização! Receber uma Empresa com menores encargos sociais significa ampliar os lucros dos privados que venham a seguir… Vale tudo: tratam-se os trabalhadores como lixo descartável e não se olha a meios para servir interesses privados…"

(SITAVA)

Dia de Reis

No calendário celebra-se o dia de reis a 6 de Janeiro, mas como a malta nesta terra de tendências repúblicanas antecipadas (4 de Outubro), está-se a c*gar para Pios e afins, fiquemo-nos pelas Janeiras.
Lembro-me agora de ter constatado há uns tempos, nas figuras reais (14 se não estou em erro), expostas no salão nobre da C.M.Moita em contraste com um pequeno busto da república, encostado para um canto, quase a perder-se de vista.
Não quero menosprezar a colecção de figuras reais, quero sim chamar a atenção para a nossa república, onde mais uma vez saliento que, na Vila da Moita foi implantada a 4 de Outubro de 1910.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

A Foz Do Rio


Já noticiada em vários blogs e no próprio jornal "O Rio", eis que chega ao fim a sua publicação no ano IX, e com o bonito numero 189 (clique na imagem para aceder à ultima edição do "O Rio").
Passo a escrita a um e-mail chegado até nós, da autoria de Carlos Vardasca sobre este término anunciado:

*Como Se Liquida Um Jornal*

"É hoje inquestionável para a generalidade dos sectores de opinião do nosso concelho, de que o jornal “O RIO” era uma voz de referência que se foi afirmando ao longo dos seus oito anos de vida, abrindo as suas páginas a vastas sensibilidades. Era um jornal que aos poucos se ia libertando das “algemas” que lhe haviam colocado inicialmente aqueles que pensavam vir a fazer dele sua propriedade.
Era um jornal que (em minha opinião) apesar de em períodos eleitorais se colar por vezes com algum excesso ao poder autárquico instituído, por razões que estavam relacionadas com a sua própria sobrevivência associada à dependência económica que lhe estava inerente, era no entanto uma voz que gradualmente se ia recusando a ser mais um “órgão oficial” abrindo-se à sociedade em permanente mudança, rejeitando a “mera cassete ideológica” que prolifera na maioria dos jornais regionais ditos independentes.
Foi nesta necessidade gradual de liberdade e de se prestar a servir as pessoas e não as lógicas instituídas por decreto partidário, que fizeram do jornal “O RIO” mais uma das suas vítimas, deixando o concelho mais pobre em termos informativos, deixando a sua população prisioneira de um certo jornalismo mercantilista e das publicações propagandísticas municipais, cujas páginas, prenhes de galerias de fotos anunciando algo que sabem não poder concretizar, mais parecem os folhetos que os exércitos de distribuidores de publicidade nos despejam nas nossas caixas de correio na tentativa de atulharam a nossa veia consumista.
Pois é, em minha opinião, o jornal “O RIO” chegou à sua foz empurrado numa corrente que se adivinhava tempestuosa, e que obedece a uma lógica de anulação das diferenças, dado que ultimamente as suas páginas já eram pinceladas de artigos de opinião muito diversificados e que nada tinham a ver com a corrente oficial que lhe deu corpo, assistindo-se no entanto, em paralelo, à ausência de alguma publicidade que os diversos órgãos autárquicos costumavam polvilhar as suas páginas, canalizando-a agora para outros pasquins que ainda vão “obedecendo à voz do dono”
Por isso, e como se obedecessem a um toque de retirada e impossibilitados intelectualmente de acompanharem a evolução do jornal com a produção de artigos que primassem pela isenção e qualidade, os “escribas do regime” foram abandonando as páginas do jornal “O RIO”, assim como alguma publicidade emanada das instituições autárquicas e de outras empresas a elas associadas (que é o sustento de qualquer publicação) que foi sendo cada vez mais rara, que preferiram “engrossar as fileiras” de outras publicações que reservam pouco espaço ao debate de ideias e à livre expressão das opiniões, e que dedicam a maioria das restantes páginas à lógica mercantilista, mais parecendo um vulgar panfleto publicitário.
A isso não é alheio o lamento de Brito Apolónia quando diz que “nem todos os meses são de natal”, numa alusão à falta de alguma publicidade (que considero intencional) que foi sentindo ao logo dos anos, de nada valendo algum “favor jornalístico” pontual a que se sujeitava, o seu esforço de oito anos de “carolice”, a prestação dos diversos colaboradores que tentaram fizer das suas páginas um jornal mais plural, e de alguma publicidade mais fiel, que não evitaram que o RIO chegasse à foz onde parece ter-se afogado numa morte idêntica às que “cortam a raiz ao pensamento”.
Em nome das pessoas que ao longo de oito anos se habituaram quinzenalmente a folhear as páginas do jornal “O RIO”, por respeito pela diversidade de opiniões que nele foram emergindo e por respeito pela cidadania que ajudou a cimentar contra um certo jornalismo de “pensamento militarizado”, espero que a interrupção da sua publicação não seja eterna, e que volte para que nele voltemos a exprimir a nossa indignação pelas desigualdades que se vão acentuando no país, que os poemas sobre a liberdade e as denúncias da fome no mundo voltem a encontrar o aconchego das suas páginas, e que as notícias da vida das Associações culturais do concelho voltem a encontrar nas suas páginas o espelho das suas realizações, e volte a ser eco daqueles que no nosso concelho não têm voz.
Sim, que “volte dessa foz onde desaguou e que venha remar contra a corrente” pois será sempre bem vindo, mas que volte assente num outro projecto onde os cidadãos anónimos, os fazedores de opinião e a sociedade civil tenham nele uma intervenção, que não o deixe ficar prisioneiro das grilhetas do oportunismo serôdio que sucumbiu nos escombros do Muro de Berlim, assim como de alguma publicidade traiçoeira que lhe “retirou o tapete” e que lhe tem servido ironicamente de garrote ao longo dos oito anos da sua vida. Volte, volte também com alguma “carolice” (que também é necessária) mas assente num corpo redactorial sólido onde cada um tenha as suas tarefas bem definidas e as responsabilidades distribuídas.
Por minha parte, que fui entre tantos um dos seus colaboradores com alguma regularidade, desejo que volte o mais depressa que poder, pois pode continuar a contar sempre comigo dentro daquilo que sei, e do que tenho para dar, que são, através dos meus escritos, a denúncia da arrogância primária de quem se assume como dono do pensamento humano, e contra as arbitrariedades dos vários poderes que tentam amordaçar a vontade colectiva e individual dos cidadãos."



Carlos Vardasca
05 de Janeiro de 2006

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Olhos Nos Olhos

E depois de um encontro magnifico entre companheiros de varias gerações e credos políticos, no pavilhão dos Bombeiros Voluntários da Moita a distribuição entre os presentes de um artefacto, simples e merecedor de grande aplauso que conta assim:


"RECUSAMOS um país que se atrasa
RECUSAMOS um país de ilegalidades
RECUSAMOS um país que se maltrata
RECUSAMOS um país de mentiras
RECUSAMOS um país de miséria
RECUSAMOS um país de falencias fraudulentas
RECUSAMOS um país que desiste
RECUSAMOS um país adormecido
RECUSAMOS um país sem esperança
RECUSAMOS um país discrente
RECUSAMOS um país de medos
RECUSAMOS um país de injustiças

QUEREMOS um país sem lixos
QUEREMOS um país sem desemprego
QUEREMOS um país sem desperdícios
QUEREMOS um país sem podres

QUEREMOS um país com cultura
QUEREMOS um país com rigor
QUEREMOS um país com coragem
QUEREMOS um país com solidariedade
QUEREMOS um país com uma geração de mudança
QUEREMOS um país com futuro

E ... COM FRANCISCO LOUÇÃ
VAMOS FORTALECER O AMANHÃ ... "

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Foi fazer o Inferno para outro lado

Observei a grande parte da última Assembleia Municipal do ano passado. Gostei, talvez pela primeira vez, da forma como o Srº Presidente dirigiu os trabalhos. Observei que o PS evoluiu com a saída de Euridice. Aquilo ficou mais sério e cordial. Da maioria não se notou a tentação de recorrer à ditadura do voto, a não ser para garantir a reeleição do Srº Patarata ao Concelho Taurino, caso que se percebe, pois trata-se da principal estratégia para o desenvolvimento sustentado do Concelho da Moita.

O orçamento foi aprovado. A farronca que o PS fez no EcosMoita não teve expressão em sede própria, o documento que leram, aliás de forma pouco veemente, demonstrou tratar-se de sobras do discurso eleitoral.

As intervenções mais vistosas pelo disparate, foram feitas pelo Srº Manuel Borges; no periodo antes da O.Trabalhos e em defesa do Governo, não deu para perceber a que país se referia, fixei apenas em repetição sua, a preocupação pelo elevado número de baixas fraudulentas; na moção sobre questões do ambiente, não só mostrou grande pobreza de conhecimentos como uma total insensibilidade, afirmando recear fundamentalismos, para de seguida afirmar a inevitabilidade de termos de voltar a viver como na idade da pedra.

Foi uma Assembleia cordata. Em boa hora alguém deu um cabaz de brazas à mulher de Orféu, para que fosse fazer o inferno para outro lado.

ASTROLOGIA

Saturno a propiciar a realização, Neptuno a estimular a intuição, Plutão a vincar a sensibilidade, a Lua e o Sol a garantirem as marés da criatividade e a tudo isto, o acréscimo duplicado das influências positivas de Júpiter e de Urano. Vai ser um ano de arromba.

Abandonem as inquietações. Não se interroguem. É bom mergulhar na mentira, deixar-se andar...

Os "astros" fazem o resto...