domingo, abril 30, 2006

Assembleia Municipal (enfadonha/espectacular...)

Na Últuma Fila

De mim e á distância de duas cadeiras estava um cidadão que não conheço, à distãncia de outra cadeira estava a esposa do Presidente. A hora já tardia chegou a Drª Gaspar, cumprimentando sorridente aquelas duas pessoas, sentou-se ao meio, mas ainda no movimento de sentar-se o tal cidadão perguntou-lhe como é que correu aquilo, respondendo que correu bem.

A inicial curiosidade motivada p'la Drª Gaspar não integrar a Assembleia, desnvaneceu-se, percebi que tratara-se de qualquer saída de representação, uma das várias que quase em exclusivo acumula. Desliguei.

Após pouco tempo, interviu o SrºEng. Faím vincando a diversidade e esplendor das comemorações do 25 de Abril no Concelho, quer as de pendor associativo e popular, quer as promovidas pelas autarquias, referindo em "jeito de aparte" uma critica dos seus conterrâneos pelo facto de o edifício da Câmara não estar decorado como nos demais anos, não ter qualquer referência ao 25 de Abril.
Naquele momento à distância das tais duas cadeiras, o tal cidadão exaltou-se, gesticulou com carantonhas de raiva na direcção do Srº Faim, partilhando gestos e até impropérios à boca pequena com as referidas senhoras.

Ouvi e não gostei. Estive para lhe dizer umas coisas e só não aconteceu porque um amigo ao lado, também lamentando o facto, me informou tratar-se de um alto responsável pela CDU neste Concelho.

Por este episódio apraz-me escrever:
- O Srº Faím é o Presidente da Junta de freguesia da Moita, eleito pelo povo da minha terra, sei que é militante comunista e que nessa condição cumpre voluntáriamente a obrigação estatuária do Partido Comunista Português, que define para os eleitos em cargos públicos, o dever de garantirem a autonomia dos respectivos orgãos para que foram eleitos.

Se o tal cidadão é membro do Partido Comunista, com tal comportamento ainda não é militante comunista, ideológicamente deve ser uma desgraça. Coitadinho!...

Termino assim a descrição conforme os factos a que assisti na enfadonha/espectacular Assembleia, tendo naturalmente aqui e ali colocado os meus pontos de vista. Deixando aqui o desejo de no próximo ano a Assembleia Municipal integrar o programa concelhio das comemorações do 25 de Abril, pois considero gravíssimo a população não assistir a tão imponente espectáculo trágico/cómico.

Assembleia Municipal (enfadonha/espectacular...)



(2ªParte)

Após o longo tempo de distúrbios verbais, picados pelo sucessivo pede/palavra p'ra defesa da honra, só foi possível iniciar a O.T. pela legítima impetuosidade da mesa, não fosse aquilo descambar em cadeirada.

Já em O.T., foi lido o relatório elaborado pela Comissão Específica da Assembleia onde analisou a situação económica e financeira do Munícipio, concluindo ser grave na vertente financeira, pois por evidentes dificuldades de tesouraria irão verificar-se atrasos no pagamento a fornecedores e prestadores de serviços. Os números são mesmo assustadores.

Neste caso, registei o facto de o Presidente nada dizer, passando a bola para o conselheiro, afirmando "saber pouco disto", recurso que voltou a usar quando se tratou do inventário. Sorrindo sempre muito.

Suponho que não passa pela cabeça de ninguém, que o Presidente até pelas atribuições e responsabilidades emergentes da lei pudesse ter tal atitude, sem que da Assembleia ao menos alguém registasse o facto, ninguém falou.

Foi uma vergonha, aquela demonstração de ignorância e ligeireza sobre as questões ali em discussão, em que nem sequer uma palavra, uma frase que ao menos suscitasse confiança foi formulada.

Aconteceu irresponsabilidade num estilo bandalheiro, sempre sorridente, a lembrar o seu antecessor, que os comunistas, e bem, puseram dali p'ra fora.

(continua)

sexta-feira, abril 28, 2006

ASSEMBLEIA MUNICIPAL ( enfadonha /espectacular...)

(1ªParte)

Efectuou-se em registo Gregoriano, no dia 27 de Abril de 2006, na sua sede social, os "Paços do Concelho". Caso não conheçam, é mesmo ali ao lado do "Mau Maria".

Em ponto antes da O.T., quase 2 horas, foram aprovadas três moções, reparem 3 moções sobre o 25 de Abril e 1º de Maio, propostas pelo BE, CDU e PS.
As janelas do salão estavam abertas, estava calor, não foi por descuido que a praga entrou. Não foram mosquitos, penso até que nem outro insecto, ou se foi desconheço a espécie, pois a incongruência não é insecto, embora alguém dissesse: - mas que raio de bicho lhes mordeu!?...

Num caldo que ora expresso, ora á boca pequena, não faltou "alho e vinagre" na gludíce do deslumbre individual, por alguns que teimam na abjecta paixão de se gostar de ouvir, a "liberdade" deflorou-se no disparate e na arrogância, cujo nível foi abaixo dos esgotos à vertical do edifício.

Retórica provocante, balofa, no desejo traído pela estupidez de pretenderem dar no olho. Trataram-se mesmo mal!...

Em concreto e tendo em conta a composição da A. Municipal, a moção do PS não deveria ser aprovada. Em relação ao 25 de Abril enfatiza como primeiro considerando a integração na CEE, quando à data tratava-se de consolidar o regime democrático, acabar com a guerra colonial e elaborar a Constituição, tal objectivo não estava sequer no programa do MFA; em relação ao 1º de Maio, refere a luta operária de Chicago com a generalidade "por melhores condições de vida", quando de facto a luta então travada foi pelas 8 horas de trabalho diário.

A CDU, talvez por falta de comunistas e o BE por congénita desatenção negocial nestas questões sindicais, garantiram a aprovação de uma moção generalista, muito espertinha, pois o actual código laboral que agora o PS apoia, faculta ao capital a flexibilização e aumento do horário de trabalho, a par da continuada desregulamentação das relações laborais, para parâmetros do século XIX, anteriores à luta de Chicago.

Tanta retórica balofa e tanto nervosismo, para quê?

Foram interrompidos, até admoestados pela mesa, que se recorresse ao regimento alguns até teriam de enfiar uma rôlha na boca.
Uma barulheira daquelas, no salão um hálito de "alho e vinagre", para afinal aprovarem todas as moções.

De facto quem venceu foi o PS, com uma merda de um escrito daqueles sustentado por discurso de lambisgoia, alarve e desenquadrado. - Mas espertinho!

(continua)

Não Há Mais Nada Para Se Preocuparem?

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Efectua-se hoje um colóquio às 21:30 no Grupo Tauromáquico Moitense (não sei onde é) sobre:
  • Regionalização e Identidade
  • Cultural: as Tradições Tauromáquicas

Meus senhores, já sabem qual a minha posição em relação a toda esta boiada, ainda para mais esqueceram-se de convidar o verdadeiro artista da vossa festa.

quinta-feira, abril 27, 2006

Romagens, romarias

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Romarias? Vai tu para Viana do Alentejo a penantes, não me massacres mais. Levar com o padre, com a santa, com a SIC, com o Lobo e com tudo o que a romaria representa?

Já disse que NÃO!!

São José Operário?

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O 1º de Maio não é de nenhum santo, ou como alguns tentam fazer crer, ser o dia do trabalho. O 1º de Maio é o Dia do Trabalhador!
Fica o link para o post de há um ano atrás, para não cairmos em tentações "hipócritas" que nos querem impor, com um resumo da história deste dia.

terça-feira, abril 25, 2006

Que dia é hoje? hã?

Hoje por momentos pensei que estava na Madeira, no reino do Alberto João.
Quando dei por mim a olhar para o edifício da C.M.M. e nem uma referência ao 25 de abril lá estava.
Um amigo que estava ao meu lado ainda me repreendeu," tu és mal intencionado, é só vontade de dizer mal, não vês aqueles cravos lá em cima da varanda? " aí eu caí em mim e tive que lhe dar razão.
A nossa Câmara não pode entrar em despesismos, para isso já temos a Junta de Freguesia.
Que é feito dos painéis que eram colocados todos os anos com a palavra 25 de Abril Sempre? ou já não é sempre , é só de vez enquando?

Uma Junta Despesista

Ainda à poucos minutos senti-me ultrajado na celebração do 25 de Abril promovida pela Junta da Freguesia da Moita. Não fossem os morteiros lançados à meia-noite e os cravos que distribuiram, teria virado as costas áquilo tudo.

Tanta opulência para quê? numa data marcada pelo popular, cujas referências negam promover a futilidade elitista. Ali observou-se o inverso.

Um palco enorme, sumptuosamente decorado com plantas, ao que consta, até alugadas na Estufa Fria ou no Jardim Botânico, por exigência do decorador contratado e bem pago. A protentosa iluminação e mais de €15000 de cachê para a orquestra do SrºZé Bacalhau, música absolutamente desenquadrada do popular, habituados que estão a tocar só para elites.

Excessos incompreensíveis. Ainda por lá ficaram a tocar p'rós mosquitos e pardais da Avenida, extasiados pelo fausto da iluminação multicor, ondulada por jorros de névoa de gêlo seco.

Foi uma acção despesista, despropositada, a exigir que a Cãmara reduza as verbas consignadas para esta Junta, revendo o protocolo de descentralização em vigor. O povo exigirá explicações.
Sendo desde já justo referir que não passou despercebida a presença do Presidente Lobo e seus Conselheiros na esplanada durante a tarde, enquanto o palco era montado, vislumbrando-se gestos de desagrado em estilo de "Mau Maria", e com razão acrescida, pois aquela Junta até recusou as flores vindas do viveiro do Matão.


Uma autêntica vergonha, facto sobre o qual a próxima A. Municipal deverá pronunciar-se, - no minimo um inquérito.

Que se cuide o SrºEng. Faim e seus acólitos, o povo não está disposto a pagar luxúrias daquelas.


(trata-se de ficção, para perceber vire-se do avêsso)

segunda-feira, abril 24, 2006

SAUDAÇÃO

Saúdo todos aqueles que percebendo que a Ditadura Fascista existiu, abraçaram a mensagem da Revolução de Abril.

Todos os que se mantêm mobilizados para a defesa da Liberdade.

Todos os que estão dispostos a derrubar ministros e ministeriáveis, presidentes e presidenciáveis, mais bispos e deuses que á sombra de Abril, têm vindo a instituir a Ditadura da Alternãncia.

25 de ABRIL, SEMPRE!

Mudam-se Os Tempos, Mudam-se As Vontades

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Porque era algo que se adivinhava quando José Mário Branco lança este LP em 1971. Também um dos temas que me marcou no 25 de Abril por poder ouvi-lo sem ser às escondidas.
Quero partilha-lo com todos vós que aqui passam.
Navegar por esses blogs fora e ouvir canções de revolta e de mudança é algo que me dá prazer.
Um obrigado em especial à Emiéle pelas dicas.

O Momento Era Chegado.

sexta-feira, abril 21, 2006

Permuta de Professores

Esta ideia está bem conseguida, deixo-vos o mail recebido para divulgação.

"Com o fim de ajudar milhares de professores que se encontram deslocados para longe de casa, um colega de Aveiro está a finalizar a criação de uma página de permutas de professores.
Com tantos profs deslocados de suas casas, o mais provavel é que se consiga arranjar permutas entre profs que querem, no minimo, aproximar de casa!
Divulguem o site http://permutas.pt.vu/ e os professores que estão longe de casa que se inscrevam!
Não se esqueçam de consultar o despacho que regulamenta as ditas permutas entre professores - Portaria 622-A/92 de 30 de Junho."

quinta-feira, abril 20, 2006

Uma Semana Depois

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Foram abertos os acessos à Marginal no dia 13 de Abril como era referido nos "catrapázios", mas com tanto empenho de missão cumprida, lá ficaram os moradores da zona afectada a gramarem com a poeira resultante da passagem dos veiculos, por falta do tapete de asfalto o qual teve de ser arrancado. Assim é batota, cumpre-se o calendário e a reparação do pavimento fica para outra fase. O Manel António do talho já se vê aflito para vender carne sem poeira à mistura, podiam ter colocado um remendo de asfalto já que a chuva não aparece para assentar a poeira, a zona mais parece Londres naqueles dias de nevoeiro intenso.

FantasMoita

quarta-feira, abril 19, 2006

BALANÇO da QUARESMA

Foi relevante o acréscimo de actos de culto, a crescente reposição de "tradições", o brilhantismo enternecedor da 1ªcomunhão, as procissões do Srº dos Passos e do SrºMorto que mobilizaram 1,8 milhões em todo o País, as missas em directo mais os cânticos tradicionais e os habituais filmes mensageiros da biblia.

A comunicação social deu brado mais do que o habitual, nesta fase de expectante pressão para que o Vaticano beatifique os pastorinhos, na fé de que a ciência reconheça que também eles curaram, também eles pela graça do Imaculado Coração de Maria executaram milagres.

Mas nesta Quaresma, nem toda a actividade se confinou ao culto, ao jejum e abstinência, nem o negócio se resumiu à cobrança das bulas - sem que a imprensa desse brado, realizou-se em Braga a Semana Social de 2006 sob o tema "Uma Sociedade Criadora de Emprego".

Lá estiveram os "Príncipes da Igreja", os cardeais Renato Martino, José Policarpo e a corte de de bispos e arcebispos acompanhados dos "europeístas" Jacque Delors e António Guterres. A eles juntaram-se banqueiros e tecnocratas do sistema neoliberal como António Borges, Vitor Constâncio, Silva Lopes, Augusto Mateus, Arlindo Cunha, Braga da Cruz, Valente de Oliveira, Roque Amaro, Barbosa de Melo, António Vaz Pinto, Marçal Grilo, Mário Pinto e Roberto Carneiro, não se decifrando outros pelo secretismo que a OPUSDEI impõe.

Juntaram-se assim, lado a lado os responsáveis pelas pastorais sociais e os mentores do capitalismo selvagem.

Concentraram-se durante três dias. Apesar dos condicionalismos dogmáticos da Quaresma, não perderam tempo com o terço ou com idas ao confessionário. Não perderam tempo, preferiram aprofundar entendimentos e alianças nos mega-negócios que envolvem os processos de fusão de capitais em curso, na divisão dos lucros entre a banca e a Igreja e nas contrapartidas politicas que o Vaticano exige.

Não se estranha assim que a comunicação social e a própria Conferência Episcopal não tenham dado relevância pública áquele conclave de "excelsas personalidades", nem tão pouco às intervenções individuais lá proferidas. Prevaleceu o secretismo, ou não fosse o "silêncio a alma do negócio".

Não são poucos os Católicos que hão-de sentir-se ultrajados e traídos, ao observarem que as sua Semanas Sociais foram manipuladas pelos altos funcionários da Igreja, coadjuvados pela alta finança e respectivos comparsas da politica.

Ninguém livre lá esteve.

Teatro de Guerrilha

"Antes de mais nada necessitamos de viver"- Antonin Artaud

"A arte, é por essência heresia" - Sartre dixit - Só uma margem de relativa heterodoxia poderá permitir que a rua seja palco de um teatro que se assuma como um constante repensar da vida, efectuado no espaço de todos os dias, diante de um público sem nome, passageiro, movediço, mas vivo. O teatro de rua há-de motivar uma releitura da vida quotidiana, actuando no interior dela, com o fim de agir sobre ela. A rua torna-se deste modo o espaço de um teatro intrinsecamente revolucionário no palco da vida real.
E aí está uma arma, talvez a mais eficaz (e por isso também a mais temida), para uma revolução cultural permanente.
O seu papel mais importante é o de suprimir a distância entre a arte e a vida. Objectivo que já o happening perseguia quando, em lugar de representar a realidade, pretendia produzir uma realidade.
Com a saída do happening para o exterior, a sua imersão na azáfama mutável do dia-a-dia citadino, a sua perfeita aderência à realidade, desemboca no event, que é uma acção rápida e explosiva no quadro do quotidiano: o teatro dissolve-se na rua, funde-se e confunde-se por completo com a vida.
Exemplos:
Uma chuva de notas abate-se sobre a Bolsa de NY, do alto da galeria reservada aos bolsistas, que jogavam com milhões de dólares, atiraram-se como carroceiros sobre as notas para arrebanharem uma ou duas. "Olhai, a América está louca!", gritava um jovem guedelhudo, autor deste event.
O event, como se vê, é um teatro de acção e uma estética da violência. A sua fórmula é: Happening + Política.Só que o event ajusta-se perfeitamente à realidade: o teatro brota do próprio quotidiano. Teatro e vida fazem um todo.
Nasce assim o "Teatro de Guerrilha", que chega a negar-se a si próprio, enquanto teatro, para se confundir com a realidade.
Exemplo:
Levar consigo, durante uma manifestação, pequenos sacos de plástico cheios de sangue que se derramam sobre a cabeça, no momento oportuno, quando a polícia carregar. A representação começa por se infiltrar na realidade, adere a ela: já não se trata de representar um acontecimento, mas de o criar. O sangue derramado pretendia revelar ao pacato cidadão a natureza repressiva do sistema policial. A violência torna-se paródia. A realidade transmuda-se em ilusão. Reaparece então, o teatro.
No Teatro de Guerrilha, a táctica é assim a da surpresa. A estética a do inesperado. O teatro invade a rua, a Bolsa, os Tribunais, o Parlamento, os transportes públicos, as Universidades, as conferências, em suma, onde se viva a sério- tudo, portanto, menos os teatros. Suprimem-se as distâncias entre a arte e a vida. O público é envolvido na representação.
Para quando estas acções na nossa sociedade, no nosso país, nas nossas vidas?
Já vamos com mais de 30 anos de atraso! É altura de agir!
De novo Artaud: "Eu não concebo um teatro separado da existência".
É este teatro que pode ser o futuro, que pode fazer com que haja de novo a comunhão, o ritual, entre a vida e a comunidade.

segunda-feira, abril 17, 2006

DUELO no Arrebalde

Nunca pensei que ela fosse capaz disto, duma coisa destas, boicotou as eleiçõs, tudo fez para destruir a lista do Simão, nunca pensei, mas foi capaz primeiro porque a paridade ou lá o que é não estava bem, depois porque haviam militantes que pagavam a quota social tendo posses para mais, uma autêntica vergonha quando somos apenas 300 e poucos no Concelho, ainda por cima só encontrou um que é sevente pedreiro reformado com a quota social, quando na lista dos apoiantes dela o candidato às últimas eleições p'rá Junta, porque é muito pobrezinho paga a quota social.

Acredita pá, isto não é o PS, não pode ser o PS.
Eu fui apoiante dela, estou como apoiante dela, mais valia ter cagado um pé de merda.

A'tão na'é que a comissão de jurisdição lá de Setúbal deu razão ao Simão, marcou as eleições p'ra nova data, e ela fez-se mula não realizou as eleições e recorreu p'ró Rato, dizendo agora que não foi informada, que não recebeu a carta. Do que o Povo da Moita se livrou, olha se ela tivesse sido eleita.

E tu aí que tás a ouvir a conversa, não te esqueças que na CDU também hà merda desta, ou não vês as chatíces que os da Junta estão a ter, quem manda no teu partido são os gaijos da Baixa da Banheira e os de Alhos Vedros. A vereadora da cultura só faz o que o Presidente manda, anda p'ráli, a Srª Gaspar tem quase a totalidade das representações da Assembleia Municipal, já vão 9 ou 10. O vosso chefe da Assembleia só falta é levar uma vara e uma régua para as palmatuadas, boa merda que vocês também arranjaram.

E o homem lá continuou. Nisto a ficção infelizmente rareia, tratou-se de um duelo verbal nos arrebaldes do renovado Largo, exactamente ontem à noite, gostem ou não, foi o que ouvi.

TAUROMAQUIA / REGIONALIZAÇÃO

O debate vai ser no dia 27, conforme os promotores - porque a regionalização voltou à agenda politica, impunha-se também que a aficion reflectisse e reivindicasse que numa futura reorganização territorial se atendesse às especificidades culturais, colocando a Moita definitivamente no Ribatejo, anceio profundo e secular das populações.

Transcendendo até o âmbito da regionalização, argumentam também que "face a uma globalização que transforma o mundo num lugar cada vez mais igual,desencantado, podemos entender a cultura tauromáquica como um património da humanidade."

Isto segundo o Jornal da Moita. Verifica-se no entanto de entre os experts convidados, a falta do Srº Patarata e naturalmente a falta já congénita da presença do rei da festa, o Touro...

Deslocado em trabalho

Ficámos numa pensão rasca. Antes de deitar-me desci para beber um café, optei por uma meia de leite, enquanto bebia folheei revistas e restos de jornais mal arrumados numa pequena mesa redonda de pé de galo. Numa capa colorida de uma observei numa amálgama fotográfica, o Presidente de Portugal e sua Dama, a Letizia e o Filipe, a Cinha, a Lili e aquela coisa que não é gaijo nem gaija que aparece nas TVs, li uma frase " Continuo a pensar que a invasão foi honrosa", curioso desviei o que estava por cima, reparando que não era o título mas uma frase em destaque do artigo "O Pesadêlo Iraquiano", assinado por uma fulana numa revista domingueira do Público.

Ao lado a página Tarot, onde Maia com y destaca a conjuntura positiva das Virgens, olhei de relance para a TV que só por descuido parou na 2, por segundos vi porrada no Nepal.

Decidi ir dormir, sem recear pesadêlos, sorrindo-me, é que até a puta da mesa tinha pé de galo.

Ao amanhecer, ainda antes do pequeno almoço, surripiei da revista a tal página, o rasgo foi desajeitado, ficando por lá a foto e parte do nome da autora, sobrou Mónica, não é de certeza aquela que o viu na "Cama com Ela", a deste poema já célebre que daqui a cem anos por este andar cultural, ofuscará Camões, Pessoa ou Saramago. Concerteza que não será esta Mónica que é de Sintra, aliás incapaz de escrever uma merda daquelas.

É outra, por certo daquelas auto presunçosas por inumeras viagens, já afeitas à pequenez do seu mundo do bem bom, pragmática e caridosa, com a mente sustentada na sobranceria Ocidental, em que os demais no mundo estão a mais. É muito culta mas vulnerável nas convicções, deslizando por sacro oportunismo da profecia à incredulidade. Como ela própria escreveu "Não sei se por teimosia, se por convicção, continuo a pensar que a invasão foi honrosa... O mundo moderno divide-se em dois campos hostis, mas a luta já não é entre a burguesia e o proletariado, mas entre o Ocidente e o Islão. O futuro não é risonho."

Seja ela quem fôr, pois não estou para o esforço delicado de a tratar pelo nome, trata-se apenas de uma gaija com espaço no Público, que sem saber se por teimosia ou convicção, irá apoiar a invasão do Irão, da Venezuela, ou de outro país que os STATES entendam invadir.

Os Barcos d' O Rio

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O jornal O RIO inicia nesta edição, a nova colecção “Barcos d’O RIO”, uma reprodução em azulejos dos barcos que navegaram no Tejo, até meados do século XX.
Este coleccionável é constituído por 16 cromos que sairão, quinzenalmente, no Jornal O RIO. Os leitores poderão recortar os cromos e colá-los numa caderneta que, nesta edição, é distribuída gratuitamente, assim como o primeiro cromo.
Ao coleccionar estes cromos e como as cadernetas são numeradas, terá também acesso a um sorteio de três prémios, tendo, então, de apresentar a caderneta cheia com todos os cromos publicados:

1º Prémio: Um painel de 6 azulejos com a Falua e o Catraio, barcos de passageiros, preço estimado de 70 euros.
2º Prémio: Um relógio num azulejo de 30x20 cm, com a Falua, preço estimado em 40 euros.
3º Prémio: Um Azulejo de 20 x 20 cm com a Falua, preço estimado de 20 euros.

Todos estes trabalhos foram vidrados e pintados à mão por: Luís Cruz Guerreiro e são oferta da Azulejaria Artística Guerreiro, para este novo coleccionável do jornal “O RIO”. O patrocinador da caderneta é Francisco Guerreiro – “Talhos Nova Era”.
A edição online disponibilizará a caderneta brevemente, mas não será numerada. Apenas as cadernetas da edição impressa dão acesso ao sorteio dos três prémios.

domingo, abril 16, 2006

sexta-feira, abril 14, 2006

Pecado?

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Muita internet, muita leitura, muita televisão, já são considerados pecado (entre outros).
A pedofilia, a chibaria, o logro (entre muitos, muitos mais) não devem ser.
Ser inculto e esforçar-se para o ser, será o melhor caminho para atingir o ceu.
Pois como não gosto de pecar só por pecar, fui à igreja pagar a bula, porque o almoço é bife e já está descongelado (eu até nem sou vega) lá tive que ir me redimir de tamanho pecado (incluindo os outros todos).
De lembrar que as marinheiras e os marinheiros são peixe, os de signo Aquário ou Peixes também, não se incluem no pecado desta sexta-feira, pescadores e varinas idem, logo isentos de pagamento da bula.

Aleluia.

Viva a carne!

Viva a carne e o pecado
Viva sempre um bom bocado!

Viva Cunhal e a dinamite!
Viva Salgueiro Maia
à sombra da Chaimite!

Viva a Páscoa e o Entrudo!
Viva deus bebedo e cornudo!

Viva Azeitão e o Alcoitão!
Viva o Hospital do Outão!

Viva o Regional e o Internacional!
Viva a Triunfo e a Nacional!

Viva a sorte e o azar!
Viva a Rússia sem Czar!

Viva a melopeia a centopeia!
Viva a cachaça e sal p´rá veia!

Viva o Rabaçal e o Morangueiro!
Viva a fruta podre e o Barreiro!

Viva o pecado e a agonia!
Viva nossa senhora com azia!

Oremos irmãos e irmonas
com bananas e anonas!

É prá ceia e pró café
Viva o queijo com chulé!

Viva a mortadela e o caviar!
Viva a Carne acabada de enlatar!

Viva os prazeres da carne!
Viva os prazeres da vida!

a deus e vou-me embora
urbi et orbi: Fora!

quinta-feira, abril 13, 2006

Bíblia

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A Bíblia vai cumprir 10 anos neste mês de Abril.

Tiago Gomes (director da revista) tem estado por cá na Oficina "Faz-fanzines" na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça.
No dia 13 de Abril, quinta-feira, a partir das 23h até às tantas, no Cabaret Maxime, em Lisboa (Pr. da Alegria, 58) festejam-se os 10 anos de Bíblia onde actuarão também REF e The Act-Ups. A seguir às bandas haverá a actuação dos DJ's Señor Pelota e Mário Valente, que juntos respondem pelo nome de Glam Slam Dance. Ousamos mesmo em dizer, compareçam e estremeçam!

Bíblia, mais lida que a outra.

Vidas Precárias

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Finalmente o destaque merecido a este blog, que o Alberto Matos já tinha referenciado numa sua crónica.
Tem por edital o seguinte texto:

"O Vidas Precárias não pretende ser um Blog sobre a Precariedade. Pretende ser um Blog da precariedade. Construído com as opiniões, as denúncias, as experiências de quem sofre na pele vidas sem presente e sem futuro. Vidas a prazo. Sempre adiadas e sempre interrompidas. O nosso pedido é, portanto, simples. Enviem-nos os vossos textos por E-mail e nós publicá-los-emos como posts. Será um Blog aberto à discussão e à participação de todos.
Pedimos-vos que os vossos Posts versem as diversas vertentes da precariedade e que os enviem, para nós, identificados. Sempre que pretendam que essa identificação não seja tornada pública, basta uma pequena nota a pedir o anonimato e se possível com o nick que pretendem que seja usado
Vidas Precárias é um Blog. Com caixa de comentários, pois claro. Só assim haverá discussão. Com vida. Para isso precisamos dos vossos textos. Com um objectivo, fazer da precariedade passado e do trabalho com direitos e com dignidade, o futuro.
Pretende, paralelamente, servir de apoio a uma petição à Assembleia da República, para discutir e aprovar alterações ao código no trabalho, em particular, recuperando a antiga lei 64A /89 aprovada pelo BE, PCP e PS. Esta campanha insere-se na campanha pelo emprego que o BE está a promover e que culminará com uma marcha pelo emprego.
Nós estamos aqui para dar apoio a estes dois objectivos."

Aceda aqui à petição.

terça-feira, abril 11, 2006

Quadrícula

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Não posso começar esta crónica sem três notas prévias. A primeira sobre a morte, no passado 6 de Abril, de António Joaquim do Carmo que a maioria dos leitores só identificará se vos disser que foi marido de Catarina Eufémia. Filho do mestre sapateiro Adolfo do Carmo – originário do anarco-sindicalismo e dinamizador, com Francisco Miguel, das primeiras células comunistas do Baixo Alentejo – o jovem António herdou o “bichinho” revolucionário e distinguiu-se pelos dotes de oratória que lhe valeram na sua terra natal, Baleizão, a alcunha de “Carmona”. Após o assassinato de Catarina, com três filhos para criar mas sem nunca vergar a espinha, remeteu-se a um silêncio a que o 25 de Abril só episodicamente o arrancou. Desprezando o latifúndio assassino do seu grande amor, desprendido de bens materiais, quis, num último gesto simbólico, que as suas cinzas fossem lançadas ao Guadiana. Morreu convicto dos seus ideais, aberto à mudança e a novos desafios. Aos seus filhos Maria Catarina, Adolfo e José (o mais novo, ao colo da mãe quando esta foi varada por uma bala assassina), um abraço de homenagem a este homem simples e bom, com alma de poeta.

Após a crónica da semana passada, sobre a famigerada CPE que pôs a França em ebulição, quero destacar o recuo do primeiro-ministro Villepin, ao retirar o artigo 8.º – a primeira reivindicação dos estudantes e trabalhadores. É uma primeira vitória na guerra prolongada contra a precariedade e uma grande derrota de toda a direita, em especial do trio Chirac – Villepin – Sarkozy que poderá ser varrido do poder, em 2007. Mas não basta a alternância, como mostrou a experiência da “gauche plurielle” que envolveu socialistas, comunistas e “verdes”, é preciso inverter o rumo das políticas neoliberais e do PEC que conduziu a França e a Europa ao desastre económico e social. O mesmo direi em relação à Itália, onde se festeja o afastamento da direita mafiosa de Berlusconi mas está por desbravar a alternativa das políticas, no saco de gatos da vencedora coligação “Oliveira”.

Por cá, entre a visita de Sócrates a França e o jogging na baía de Luanda, sucedem-se anúncios de encerramentos de escolas e maternidades por todo o interior do país. A matriz destas medidas é a mesma que ditou o aumento do IVA para os 21% e está na origem da orgia especulativa das OPA’s e dos milhões de lucros anunciados pela banca, regados por benefícios e isenções ficais inaceitáveis.

A motivação desta fúria do “fecha a porta e apaga a luz” de escolas e maternidades é claramente economicista, em obediência aos critérios do “estúpido” PEC a quem Sócrates e Cavaco juraram fidelidade. Mas tem outra consequência: a degradação da qualidade de vida também no litoral, já sobrelotado, onde a construção de novos hospitais, pontes e viadutos agrava o caos da selva urbana, onde o tempo necessário para percorrer 10 quilómetros, de automóvel, de transporte público ou até de ambulância é equivalente ao que se gasta desde a raia ao perímetro dos grandes centros.

Vistas a partir do interior do país, estas medidas são ainda mais inaceitáveis porque representam uma dupla discriminação negativa para quem já se viu privado dos chamados “benefícios do desenvolvimento”. Agravam as desigualdades inter e intra-regionais e o processo de desertificação humana que, por sua vez, estimula a desertificação física do território.

Nas escolas, a bitola rígida dos dez alunos por sala ignora a diferença abissal que existe entre uma escola na Amadora ou na cidade de Beja, entre esta e a sua congénere numa freguesia rural, sem falar já do interior do concelho de Mértola ou de Almodôvar – onde a deslocação de alunos de algumas localidades da serra do Caldeirão para a sede do concelho os obrigará a percorrer cerca de 60 Km diários, por caminhos que não são propriamente os da auto-estrada Lisboa-Algarve. Mesmo com poucos alunos (e sem excluir, nalguns casos, o seu agrupamento numa aldeia vizinha), a escola pode ser reconvertida como centro comunitário, biblioteca ou espaço Internet, onde os mais idosos e as crianças partilhem saberes. É inaceitável o encerramento puro e simples – algumas foram vendidas como discotecas –, autêntico prenúncio de morte da aldeia ou do monte.

O que choca é o unilateralismo de ministérios como a Saúde e a Educação – a consulta às autarquias não passa de mera formalidade, apesar de estas terem hoje a cargo o ensino básico. Em quase todos os países europeus, o ensino básico e o secundário estão a cargo das regiões. Em Portugal, entre o nível micro das autarquias e o nível macro ministérios, sobra um deserto de irresponsabilidade da administração central que faz a quadrícula do território como um exército de ocupação.

Alberto Matos

segunda-feira, abril 10, 2006

Evangelho do Coelho Pascal

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A National Geographic apresentou o Evangelho de Judas.
Nós aqui apresentamos o Evangelho do Coelho da Páscoa.

sábado, abril 08, 2006

20º aniversário CACAV

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A CACAV endereça um convite a todos os sócios e amigos, para participarem neste momento musical, que assinalará a abertura das comemorações do seu 20º Aniversário.

Neste Concerto, Zeca Medeiros irá apresentar-nos um conjunto de músicas e canções, onde se cruza a vivência insular do autor, com o percurso feito de errâncias e regressos.

A não perder!

Não houve debate

Acabei de assistir á sessão de apresentação do livro O Rumo à Vitória de Àlvaro Cunhal, na biblioteca B.J.Caraça na Moita.

Na mesa estiveram o SrºPresidente Lobo, a Srª Vereadora da Cultura e José Casanova. Este último com a serenidade, saber e humildade que se lhe reconhece, contrastou com os tiques e gracejos inoportunos do Presidente na lástima da intervenção de abertura que resolveu fazer.

Casanova, dissertou sobre a história da luta anti-fascista, enquadrando o aparecimento do trabalho de Cunhal, O Rumo à Vitória, cuja importância trancendeu o próprio Partido pela enorme influência que então teve nas lutas travadas e na construção de opiniões, como contributo forte para o eclodir da Revolução de Abril.

Apesar do seu esforço, o debate não se verificou - as poucas intervenções, práticamente protagonizadas por um casal que lá estava, não passaram de expressões de louvor a Cunhal, algo intimistas, proferidas com indesfarçável vaidade, despropositadas, cujo conteúdo, Cunhal não gostaria de ter de ouvir.

Uma pessoa que lá estava pediu a palavra, levantou até o braço, mas a Srº Veradora preferiu continuar a ouvir o casal. Observando-se de repente, pressa em acabar com aquilo. Ouvi o homem dizer para outro, - não insisti por receio de incomodar.

Mediante isto, apraz-me dizer que já assisti a debates promovidos pelo PCP, em que os próprios promotores animaram à participação dos presentes, já neste caso os membros da Câmara, pareceram-me possuídos de um indecifrável preconceito que a todos retraíu. Em poucas palavras - de mansinho impediram o debate.

Não percebi porquê.

quinta-feira, abril 06, 2006

No Concelho da "LongaCena"

Neste Concelho não existe investigação jornalística.
Sequer ao menos um poucochinho de curiosidade, ou até de cusquíce não faria mal nenhum.

Não escrevem, não fotografam, não filmam as "Caras" do Concelho, da soçaite. Não informam que aquela que é esposa daquele que já não é advogado, aquele que está aposentado de forcado, não votaram na CDU, só votaram no presidente, mas que nas próximas, até vão dar a cara p'ró couchê.
Mais aquela que queria ir com a Lili e a esposa do ex-corticeiro a Nova Iorque arranjar o cabelo e comprar sapatos, que o marido não deixou e até lhe cortou na mesada, impedindo-a de ir na Romaria.
Nem sequer do outro que conseguiu ser Presidente que aguarda obcecado os fins de semana para fugir p'ró apartamento da Caparica, e ainda do mesmoutro que usa a chave do apartamento do Industrial amigo, lá em Lisboa, para as suas privacidíssimas quecas...

Não percebo o que está por cá a acontecer. - Acordem Porra!
O PêyeS teve eleições marcadas para eleger Comissão Politica Concelhia, para o passado dia 25 de Março. Sabe-se que Eurídice anulou-as. Voltaram a Marcar para o próximo Sábado, por obra de Eurídice já estão anuladas. A bronca anti democrática no interior daquele Partido é enorme. Mas o Jornal da Moita não pia, O RIO não aparece e A BOSTA só sai de vez em quando.

-Isto está mesmo a ficar por baixo!...

quarta-feira, abril 05, 2006

As Fintas São Outras

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Apesar de vibrar com o futebol (opiáceo do povo) e mais concretamente com o Benfica, hoje a escolha vai ser outra.



"Os espectáculos dos The Sisters of Mercy, de Andrew Eldritch e companhia, continuam a atrair multidões ávidas do som psicadélico e industrial da banda que marcou, de forma definitiva, o final da década de oitenta.
Ao longo da sua extensa carreira, os The Sisters of Mercy, partilharam o palco com muitas bandas, dos Public Enemy aos Ramones e encabeçaram festivais tão importantes como Reading e Roskilde.
O espectáculo do Coliseu de Lisboa, no dia 5 de Abril, promete arrastar a multidão de fans portugueses, para assistirem à entrada da banda em mais um ano de concertos memoráveis, enquanto aguardam por um novo álbum de originais, há muito prometido por Andrew Eldritch."

E pergunto eu: Deus conduzia um Mercedes branco?

Olhai a França…

O título desta crónica não é, deliberadamente, original – ele terá sido usado inúmeras de vezes, pelas mais diversas razões. Invoco-o hoje, porque a França é sempre um barómetro muito sensível da situação na Europa e um autêntico laboratório político e social do “velho continente”. Sem recuar mais no tempo, basta recordar a grande revolução de 1789, verdadeiro dobre de finados do absolutismo na Europa; as barricadas de 1848; a Comuna de Paris, em 1871, cercada pelo exército prussiano e pelas tropas de Versailles: “À Monmartre!”, gritavam os communnards, precursores da heróica Resistência dos partisans à ocupação nazi; e o Maio 68, hoje por vezes tão (mal) evocado. Enfim, a França, por vezes acusada de radicalismo verbal e pouco atreita a “terceiras vias”.

Há menos de um ano, o NÃO francês foi decisivo para o chumbo do projecto pseudo-constitucional que o directório das grandes potências queria impor aos povos. NÃO maioritariamente de esquerda (com profundas fracturas no seio do PSF) e sem ponta de chauvinismo, já que o pai desta cartilha neoliberal é o ex-Presidente Giscard D’Estaing. Em Novembro passado, a revolta dos banlieues ecoou como um sinal de alerta pela Europa-fortaleza: a recusa do gueto de uma pseudo-integração paternalista que atirou para as valetas da exclusão social milhões de franceses de segunda e terceira geração. Nessa altura, foi fácil catalogar os distúrbios como obra de marginais – la racaillle, a escumalha, como lhes chamou o ministro, perdão, sinistro Sarkozy, na esteira de Le Pen.

Mas o mal (francês e não só) é mais profundo. Março trouxe a erupção do combate contra o CPE, que começou por ser estudantil e depois se estendeu ao mundo do trabalho, em toda a França: 1 milhão de manifestantes na rua no dia 18, com a tradicional “bênção” dos casse-têtes – literalmente, quebra-cabeças – a cargo dos odiados flics, a polícia de choque, mais de 50 feridos e de 150 prisões. A 28 de Março, o número de grevistas e manifestantes subiu para 3 milhões, em 160 cidades, numa onda que não acalmou após o parecer do Conselho Constitucional e a promulgação da lei por Jacques Chirac, um Presidente da República com um fim de mandato horribilis, impotente perante a luta fratricida dos delfins Sarkozy e Villepin, actual primeiro-ministro e pai do odiado CPE.

Afinal, o que faz correr os jovens trabalhadores de França? Descodificando, CPE pode ler-se como “contrato do primeiro emprego” e destinava-se, supostamente, a facilitar o acesso dos jovens ao mercado de trabalho. A cláusula mais polémica permite aos patrões despedir, em qualquer altura e sem ter de invocar qualquer motivo, qualquer jovem até aos 26 anos – o ferrete da idade como factor de discriminação foi a mola que fez saltar para a rua a revolta estudantil; e a rua, na sua imensa sabedoria feita de mil lutas, logo baptizou o CPE de “primeiro desemprego”…

Não se trata, sequer, dum período experimental. Pergunta: para que serve um contrato sem prazo de garantia e que pode ser rompido por uma das partes – a mais forte, a patronal – sem invocar nenhum pretexto? Não queres trabalhar de borla, ao sábado ou ao domingo? Então é porque não sentes o ‘espírito de empresa’ e não tens futuro… Sem falar de todo o tipo de arbitrariedades e aliciamentos a que jovens dos dois sexos passariam a estar sujeitos, sob a chantagem de que “a porta da rua é já ali” e basta não seres simpático para o chefe para ires andando... Na verdade, tudo isto já existe, mas pô-lo em forma de lei é algo que não lembrava ao diabo… mas lembrou a Villepin!

Será a direita francesa estúpida por natureza? Não sejamos injustos. Entre nós, o director dum jornal de referência, propriedade do “senhor das OPA’s”, proclamou em editorial: “Com o desemprego a atingir 22% por cento na faixa dos 18 aos 25 anos, não só o CPE terá sempre muito pouco impacto, como aqueles que protestam deviam ver nele uma oportunidade, não uma ameaça” – pena que os jovens franceses não entendam tamanha argúcia... E não é estupidez, é feitio!

Quanto ao Maio de 68, para além da Sorbonne como epicentro dos protestos e da sua radicalidade, há diferenças óbvias: os estudantes, filhos duma elite, questionavam o carácter de classe do ensino, partiam “ao assalto dos céus”, “exigiam o impossível”, punham em causa o sistema, o poder a e a oposição tradicional, as manifestações a horas certas… Quatro décadas depois, apesar de a ofensiva neoliberal ter proclamado ‘o fim da História’, a massificação do ensino produz vagas de licenciados para o desemprego e para a precariedade laboral, lá como cá. E é isso que é contagiante…

Nota final: hoje, 4 de Abril, data de novas jornadas de luta, Sócrates encontra-se com Villepin, em Paris. Não sei que lições trará de França, mas anda por aí um abaixo-assinado contra a precariedade laboral que exige o fim dos falsos contratos a prazo e a fixação do limite máximo de um ano…

Alberto Matos

terça-feira, abril 04, 2006

A Ganir!

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( clique no cartaz para ampliar)

Depois de tudo o que se passou lá para os lados do Matão (canil municipal), é sempre bom ver iniciativas destas onde a Câmara até dá o seu apoio, é claro que contrasta com a tortura das boiadas, as quais também patrocinam e fomentam.


segunda-feira, abril 03, 2006

Novo Deputado na A.R.

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A Assembleia da Republica tem novo deputado do nosso concelho, desta feita pelo Bloco de Esquerda, António Chora, desde dia 1 de Abril (não é mentira).
Eleito pelo distrito de Setubal e no seguimento de regime de rotatividade do BE.

Vamos esperar que por lá dê uns coices valentes e que seja uma mais valia para o nosso concelho também.

E os outros Piratas?

"Nas próximas semanas, os portugueses que tenham carregado ou descarregado ilegalmente músicas na internet irão receber uma carta a convidá-los a pagar uma indemnização por desrespeito dos direitos de autor ou, em alternativa, enfrentar um processo judicial."
Noticia do Publico.

É engraçado quando se paga uma taxa de 21% num artigo musical, a cultura não deveria ter imposto, ou então querem que sejamos um país de "COLTORADOS".
Existem sites de bandas que oferecem o seu produto para o dar a divulgar e querem estes senhores piratear essas vontades? A musica deles é outra!

Convite "Loja de Ideias"

O Clube «Loja de Ideias» convida a estar presente na sua iniciativa

«Sistemas eleitorais e Partidos Políticos II: Que reformas para o caso português»

que ocorrerá na Biblioteca-Museu República e Resistência (Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego) Quinta-feira, dia 6 Abril de 2006, pelas 21.00h.

No âmbito do ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», e no suporte da iniciativa do «Call for Papers», o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «Sistemas eleitorais e Partidos Políticos II: que reformas para o caso português?»

Este evento apresenta a segunda parte de um conjunto de reflexões sobre os Partidos Políticos, partindo sempre da premissa da inevitabilidade sistémica da existência dos mesmos como intermediários privilegiados entre os cidadãos-eleitores e o Estado. Em todas as iniciativas a ideia é apresentar uma dupla dimensão analítica, criando um espaço discursivo preenchido quer por académicos quer por políticos, procurando no confronto entre a Teoria e a Prática o espaço de construção da reflexão.

Nesta conferência pretende-se abordar o tema da reforma dos partidos políticos, seleccionando para o efeito dois casos de estudo muito particulares: o PCP, o mais antigo partido português, que atravessou incólume as últimas 7 décadas da nossa história; e o recente Bloco de Esquerda que, assumindo-se como partido de novo tipo, pretende organizacionalmente apresentar algumas novidades. Contamos também com dois académicos e estudiosos da temática, que procurarão apresentar uma dimensão comparada e teórica, a articular com a experiência prática dos outros convidados.
A iniciativa contará com a presença dos seguintes conferencistas:

-João Teixeira Lopes, deputado do BE
-Representante do PCP
-Manuel Meirinho Martins (ISCSP-UTL)
-Andrès Malamud (CIES-ISCTE),
-Moderador: Clube «Loja de Ideias»

Debate aberto ao público.

O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária. Em suma, interessa-nos a actividade cívica, articulada numa múltipla dimensão social, política e cultural, contribuindo para uma redefinição conceptual do Espaço da Cidade Contemporânea

Contacto:

José Reis Santos

josereissantos@gmail.com

domingo, abril 02, 2006

FAZ HOJE ANOS

Faz hoje anos que os holandeses iniciaram a guerra contra o sultão de Achin, em Samatra. Desde 2 de Abril de 1873 até hoje a luta pela independência persiste, sem colher o apoio da comunidade internacional. Luta que não tendo nada com o dito terrorismo, foi agravada por esta caracterização dos States que apoia a Indonésia no domínio daquela populosa ilha.

Faz anos que na Rodésia os tribunais racistas, condenaram à morte 6 guerrilheiros e à prisão perpétua um jovem com 17 anos. Foi em 2 de Abril de 1976.
Hoje é o ZIMBABWE, país independente e ainda instabilizado.

Dois exemplos que demonstram, que a situação dramática em que hoje se encontram muitos povos e países pelo mundo, têm origem nos ex-impérios coloniais acrescida das posteriores formas de pilhagem coordenada pelas sedes do ex-colonizadores.

HOJE FAZ ANOS

Que a Constituição da Política da República Portuguesa foi promulgada,- 2 de Abril de 1976. Então considerada a mais progressista do Ocidente. Já foi revista 7 vezes, revisões que ajeitaram os interesses de classe dos mais poderosos e garantiram no plano polítíco, a instalação da actual "Ditadura da Alternância".
Apesar disto, o acual texto consagra ainda um largo conjunto de direitos e garantias aos cidadãos, cuja defesa deverá ser promovida por todos os que abraçam o avanço da civilização.

Os mais poderosos, cujos interesses de classe estão representados no plano politico pelo actual Governo de Sócrates e pela Presidência da República, já confessaram o seu interesse em reformular o texto constitucional, até em alguns dos seus limites materiais.

Cresce a lista de aldrabões, daqueles que juraram publicamente defender a Constituição.

Como então se gritava nas ruas,- a reacção não passará!

Os Cães num Post do Banheirense

O medo e o ódio não deixam saudades a quem os recusa, os expulsa da escala das referências da vivência humana. "Tive um amigo que a propósito de uma evacuação em combate escreveu esta frase."

Admiro a Leoa, o Leopardo, o Jaguar, o Tigre e outros na rapidez com que perseguem e matam para comer. Já não admiro, antes, tiram-me do sério os espécimes meus equiparados que estruturam prazeres, que vinculam referências de gozo , de aplauso e gáudio a tradições com ditas "raizes culturais".

O Post do Banheirense sobre os cães vadios da ilha Graciosa, a forma lá descrita como o Presidente da Cãmara, a tiro, pretende resolver. Trouxe-me á memória as entrevistas do cavaleiro tauromáquico João Moura, da Sónia Braga, do Queiroz e do Pedro Costa à alguns meses publicada. Trouxe-me á memória a dedicação do Presidente Lobo à tauromaquia, a preserverança do eleito Patarata na defesa das "tradições", mais o padre da Freguesia que as abençoa.

Veio-me á memória quando embebedo o Perú, antes de o matar, veio-me à memória quando p'rá festa mato a galinha. Está-me na memória a repulsa, o desgosto de ser omnívoro. Mas a certerza de nesta condição da natureza, não torturar o vivo, não gozar o sofrimento do outro. Saboreio apenas o assado, a cabidela ou o fricassé.

Não vou agora escrever mais sobre isto. Pois o assunto dos cães no post do Banheirense, pelas comparações lá usadas, parece-se com escritos de Goebels...

sábado, abril 01, 2006

The Legendary Tiger Man

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Com novo disco no escaparate, "Masquerade", Paulo Furtado volta à carga com riffs de blues e rock. Muito boa a apresentação deste disco no Lux, com a participação dos Dead Combo (Tó Trips e Pedro Gonçalves).

CCRUP 22º Aniversário

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