quinta-feira, março 09, 2006

À Princesa Catarina

As cidades invencíveis do devir, anunciavam o pretexto de uma nova inimizade. Estradas por calcorrear, palavras por acabar, e aquele susto de te ver partir, lá longe, no meio daquele frenético inferno de luzes, multidão, opulência.
Recordo-me de ti Catarina, minha prima, nesse Alentejo ressequido, nessa cidade de jovens universitárias, de amores e desamores, de lágrimas e sorrisos. Abraçámo-nos imensas vezes, partilhámos muitas aventuras, mas agora; -estou longe meu amor!
Suplicaste a minha vinda, tinhas perdido aquele primeiro amor, ele abandonou-te nas esquinas do esquecimento e tu, sempre forte, sempre fiel, não o desculpaste, antes culpaste-te dos inevitáveis tormentos de um fim de relação. Eu bem quis ir ter contigo, bem quis!, mas deuses, não podia, a distância era enorme! No entanto, trocámos aquelas cartas em que eu te podia contar da minha vida, das mesmas experiências,dos mesmos tormentos passados, para te esclarecer, ajudar, libertares-te desse constrangimento que te tolhia os afectos. E tu, plena de amor, de afecto, de paixão por mim, pelas palavras, pelo carinho que sempre partilhámos, fizeste-me chorar, fizeste-me sentir pequeno, doeu-me o coração de todos os momentos em que contigo não estive, não pude estar. Adoro-te catarina, são poucas as palavras para o sabor da emoção de te ver, de te ver adulta, crescida, de seres já quase Doutora. És a minha menina inteligente, sensível, sorridente, com um coração do tamanho do mundo! És a minha verdadeira princesa que dança por entre os girassóis!

1 comentário:

Trilby disse...

Chamava-se Catarina e o Alentejo a viu nascer. Bonita história de amor. :)