segunda-feira, janeiro 09, 2006

Prémio Pessoa 2005

Já vem atrasada esta notícia, mas vale a pena relembrar! Um dos meus mestres do teatro! O Sr. Luís Miguel Cintra!

O Premio Pessoa, no valor de 44 mil euros, foi hoje atribuído ao actor e encenador Luís Miguel Cintra, distinguindo pela primeira vez uma personalidade ligada às artes do espectáculo.
Luís Miguel Cintra, 56 anos, "tem construído ao longo de mais de três décadas um percurso exemplar tanto como actor, como nos planos da dramaturgia e da encenação", considerou o júri.

O Premio Pessoa, instituído em 1987 pelo semanário Expresso e a empresa Unysis, já distinguiu até hoje 21 personalidades portuguesas com "intervenção relevante" na vida cientifica, artística e literária do país, entre as quais o historiador José Mattoso, o neurocirurgião João Lobo Antunes, o escritor José Cardoso Pires, a pianista Maria João Pires e a pintora Menez.

Luís Miguel Cintra, Prémio Pessoa 2005, considerou o galardão "lisonjeiro para o Teatro", mas também "incomodo" por considerar o seu trabalho "uma arte colectiva".

"O que eu faço é fruto do trabalho de muitas pessoas (Ó) O Prémio Pessoa costuma distinguir uma carreira, mas para mim, o teatro não é uma carreira, antes um prazer e uma necessidade", disse Luís Miguel Cintra à Agencia Lusa.

O presidente da Republica, Jorge Sampaio, considerou o prémio "justo", afirmando que Luís Miguel Cintra "muito tem prestigiado o teatro e a cultura" portuguesas.

Manoel de Oliveira, o realizador que mais vezes dirigiu Luís Miguel Cintra no cinema, considerou Luís Miguel Cintra "um actor de excepção".

"Este prémio é mais do que merecido, mas talvez tardio", disse Manoel de Oliveira.

O encenador João Mota também considerou a distinção "merecida" e o dramaturgo Luís Francisco Rebello qualificou Luís Miguel Cintra como "o maior actor português vivo".

O realizador Paulo Rocha disse que Luís Miguel Cintra "é um monumento" que e "é difícil alguma vez voltar a haver alguém como ele".

Desde 1987, o Prémio Pessoa já distinguiu também António Ramos Rosa (poeta), Cláudio Torres (arqueólogo), António Damásio e Hanna Damásio (neurocientistas), Fernando Gil (filosofo), Vasco Graça Moura (escritor), Herberto Helder (poeta), Eduardo Souto Moura (arquitecto), Manuel Alegre (escritor), José Manuel Rodrigues (fotografo), Emmanuel Nunes (compositor), João Benard da Costa (presidente da Cinemateca), Manuel Sobrinho Simões (investigador), José Gomes Canotilho (constitucionalista) e Mário Cláudio (escritor).
Notícia orginal da Lusa: Agência de Notícias de Portugal


Viva as artes que por breves momentos ou “horas” nos fazem evadir-nos para um outro planeta. Para fugirmos à perversidade da vida quotidiana.

2 comentários:

odeusdamaquina disse...

É assim tão indiferente um prémio destes para nós? Por quem já fez tanto pela cultura e vai continuar a fazer, espero, por muitos anos!
Claro que todos nós somos avessos a prémios, pelos dinheiros envolvidos, por questões de outra ordem, mas há prémios merecidos, por quem apenas luta por fazer o melhor na sua actividade. Sendo uma actividade pública, deve ser reconhecida! Luís Miguel cintra merece bem esta atenção mediática. Ele que sempre foi avesso a essas atenções, e sei-o, vai continuar a sê-lo. O lugar natural dele é o Teatro, o seu teatro da cornucópia.

Aladdin Sane disse...

Luís Miguel Cintra, esse vulto da nossa cultura! Vaderetro!