sábado, janeiro 07, 2006

Dia de Reis

No calendário celebra-se o dia de reis a 6 de Janeiro, mas como a malta nesta terra de tendências repúblicanas antecipadas (4 de Outubro), está-se a c*gar para Pios e afins, fiquemo-nos pelas Janeiras.
Lembro-me agora de ter constatado há uns tempos, nas figuras reais (14 se não estou em erro), expostas no salão nobre da C.M.Moita em contraste com um pequeno busto da república, encostado para um canto, quase a perder-se de vista.
Não quero menosprezar a colecção de figuras reais, quero sim chamar a atenção para a nossa república, onde mais uma vez saliento que, na Vila da Moita foi implantada a 4 de Outubro de 1910.

3 comentários:

Anónimo disse...

A colecção a que te referes, são pinturas executadas por fraco ou fracos retratistas, virados á vassalagem, em que faziam crescer os pescoços dos Dons ou Donas, nem que fossem marrecos ou marrecas, dando-lhes um aspecto altivo para a posteridade. Coisas da vassalagem, dos lambecús da época, mais daqueles que se lembraram de já na República,irem desencantar uma colecção daquelas.
Mas não te incomodes, aquilo até já faz parte da mobilia. A nossa terra é assim - já repararam no pelourinho? já pensaram que daqui a cem anos os Moitenses vão estar orgulhosos por aquele marco significar a descoberta do caminho maritmo p'rá Moita?
- A nossa terra é assim!...

O Broncas disse...

Mesmo em cima da hora. Tem piada este comentário. Mas a nossa terra não é assim. Infelizmente existe por aí quem assim queira que seja, apoiados por outros que percebendo que não devem, se conformam.

Anónimo disse...

A República era para ter sido implantada a 4 de Outubro, só que em Lisboa a morte acidental do Miguel Bombarda (por um seu doente) e o suícidio que se seguiu do Cândido dos Reis pensando que tudo falhara é que fizeram adiar a coisa por umas horas.
Mas como à Moita as más novidades não chegaram, o plano manteve-se para a proclamação na data prevista.
Se quiserem saber mais consultem o Hermano Saraiva.

Quanto ao pelourinho, aquilo é apenas uma coisa típica do Estado Novo de que o poder moiteiro da época era digno representante.