Acabei de assistir á sessão de apresentação do livro O Rumo à Vitória de Àlvaro Cunhal, na biblioteca B.J.Caraça na Moita.
Na mesa estiveram o SrºPresidente Lobo, a Srª Vereadora da Cultura e José Casanova. Este último com a serenidade, saber e humildade que se lhe reconhece, contrastou com os tiques e gracejos inoportunos do Presidente na lástima da intervenção de abertura que resolveu fazer.
Casanova, dissertou sobre a história da luta anti-fascista, enquadrando o aparecimento do trabalho de Cunhal, O Rumo à Vitória, cuja importância trancendeu o próprio Partido pela enorme influência que então teve nas lutas travadas e na construção de opiniões, como contributo forte para o eclodir da Revolução de Abril.
Apesar do seu esforço, o debate não se verificou - as poucas intervenções, práticamente protagonizadas por um casal que lá estava, não passaram de expressões de louvor a Cunhal, algo intimistas, proferidas com indesfarçável vaidade, despropositadas, cujo conteúdo, Cunhal não gostaria de ter de ouvir.
Uma pessoa que lá estava pediu a palavra, levantou até o braço, mas a Srº Veradora preferiu continuar a ouvir o casal. Observando-se de repente, pressa em acabar com aquilo. Ouvi o homem dizer para outro, - não insisti por receio de incomodar.
Mediante isto, apraz-me dizer que já assisti a debates promovidos pelo PCP, em que os próprios promotores animaram à participação dos presentes, já neste caso os membros da Câmara, pareceram-me possuídos de um indecifrável preconceito que a todos retraíu. Em poucas palavras - de mansinho impediram o debate.
Não percebi porquê.
2 comentários:
E depois querem que um tipo apareça e tente falar.
Pois...
AV1
Se calhar era alguma "folha seca"
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