domingo, abril 30, 2006

Assembleia Municipal (enfadonha/espectacular...)



(2ªParte)

Após o longo tempo de distúrbios verbais, picados pelo sucessivo pede/palavra p'ra defesa da honra, só foi possível iniciar a O.T. pela legítima impetuosidade da mesa, não fosse aquilo descambar em cadeirada.

Já em O.T., foi lido o relatório elaborado pela Comissão Específica da Assembleia onde analisou a situação económica e financeira do Munícipio, concluindo ser grave na vertente financeira, pois por evidentes dificuldades de tesouraria irão verificar-se atrasos no pagamento a fornecedores e prestadores de serviços. Os números são mesmo assustadores.

Neste caso, registei o facto de o Presidente nada dizer, passando a bola para o conselheiro, afirmando "saber pouco disto", recurso que voltou a usar quando se tratou do inventário. Sorrindo sempre muito.

Suponho que não passa pela cabeça de ninguém, que o Presidente até pelas atribuições e responsabilidades emergentes da lei pudesse ter tal atitude, sem que da Assembleia ao menos alguém registasse o facto, ninguém falou.

Foi uma vergonha, aquela demonstração de ignorância e ligeireza sobre as questões ali em discussão, em que nem sequer uma palavra, uma frase que ao menos suscitasse confiança foi formulada.

Aconteceu irresponsabilidade num estilo bandalheiro, sempre sorridente, a lembrar o seu antecessor, que os comunistas, e bem, puseram dali p'ra fora.

(continua)

7 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Broncas,
Mas então os "técnicos" que apareceram a desmentir a gravidade da situação andarão mal informados ?

Anónimo disse...

Companheiro av1, apareçam técnicos ou não, os números foram os que ouvi na Assembleia, o relatório foi aprovado, o Presidente não falou, os técnicos ali não desmentiram - e se eu fosse fornecedor, pelo que ouvi, por ora não vendia mais nada à Cãmara.

AV disse...

Amigo Broncas,
Todos sabem que a situação é essa e só gostei e muito de o ver escrito por quem presenciou o jogar das responsabilidades para o lado do shôr Presidente.
É que quando fomos nós a dizer e a mostrar com os números do orçamento, aparecem uns miúdos a dizer que era mentira e que somos pagos por estes e aqueles.

AV1

Anónimo disse...

Não sei própriamente a quem se refere, no entanto os números sendo assustadores, por comparação e em sede própria explicados com responsabilidade, no quadro global das demais autarquias do país, não assustaria, pois terão de verificar-se alterações profundas na lei de financiamento a par do abandono de práticas imobiliárias, cujo esgotamento está á vista, traduzindo-se hoje em elevados custos para os Municípios e a fortunas acumuladas por especuladores, gente que soube explorar o desejo de brilharete fácil da maioria dos autarcas eleitos ao longo dos anos.
Digo assim, neste concelho pior que os números é a existência de um Presidente, cuja postura naquela Assembleia demonstrou não ter condições para tratar e assumir alterações, medidas essenciais para dar a volta a isto, sem ficar na dependência exclusiva de hipotéticas alterações à lei das finanças locais.

k7pirata disse...

Parece que só houve 5 votos contra este "Relatório e Contas", 2 PSD (pois) e 3 BE, Abstenções à brava e a Favor mais ainda.
Soluções precisam-se!!

Anónimo disse...

Mas o Presidente não ficou agora com o pelouro das Finanças ?
E não percebe do assunto ?

Anónimo disse...

O Sr. Presidente apresentou u Relatório e contas com uma simples frase:
Que não percebia nada do assunto, "que números são números" mas que tinha ali o chefe de departamento que teria muito gosto em explicar.
- Será que as opções tomadas ao longo do ano foram todas do chefe de departamento ou foram dele?
Mas o engraçado é que o documento era votado sem quase interverções dos diversos representantes dos partidos. Engoliram na integra a estratégia. Como o Presidente diz que não sabe do assunto, ninguém o questionou!

Claro que é verdade:
- á divida total a bancos
- a dívida de curto prazo a fornecedores
- a proibição de mais endividamento em 2006.

Antes da votação um elemento da CDU aflorou que era urgente encontrar soluções para pagar aos
fornecedores.