O medo e o ódio não deixam saudades a quem os recusa, os expulsa da escala das referências da vivência humana. "Tive um amigo que a propósito de uma evacuação em combate escreveu esta frase."
Admiro a Leoa, o Leopardo, o Jaguar, o Tigre e outros na rapidez com que perseguem e matam para comer. Já não admiro, antes, tiram-me do sério os espécimes meus equiparados que estruturam prazeres, que vinculam referências de gozo , de aplauso e gáudio a tradições com ditas "raizes culturais".
O Post do Banheirense sobre os cães vadios da ilha Graciosa, a forma lá descrita como o Presidente da Cãmara, a tiro, pretende resolver. Trouxe-me á memória as entrevistas do cavaleiro tauromáquico João Moura, da Sónia Braga, do Queiroz e do Pedro Costa à alguns meses publicada. Trouxe-me á memória a dedicação do Presidente Lobo à tauromaquia, a preserverança do eleito Patarata na defesa das "tradições", mais o padre da Freguesia que as abençoa.
Veio-me á memória quando embebedo o Perú, antes de o matar, veio-me à memória quando p'rá festa mato a galinha. Está-me na memória a repulsa, o desgosto de ser omnívoro. Mas a certerza de nesta condição da natureza, não torturar o vivo, não gozar o sofrimento do outro. Saboreio apenas o assado, a cabidela ou o fricassé.
Não vou agora escrever mais sobre isto. Pois o assunto dos cães no post do Banheirense, pelas comparações lá usadas, parece-se com escritos de Goebels...
5 comentários:
Eu quando tentava embebedar o perú, ficava sempre bébado antes dele e era ele que me levava a casa.
O rapazito depois diz que era a brincar.
Tá be, tá bem...
Escorregou-lhe o dedo para a verdade.
Só que o amor aos animais não deve chegar a outros quadrúpede mortos à estocada na Praça do costume.
Também eu não concordei com o post. A droga e falamos da substância traficada não da consumida (porque são realidades diferentes o produto e a acção de passar) são mais um espelho da exploração do homem, que o tira da realidade e não lhe permite tomar consciencia em estados de dependência.
Para um Moiteiro que já fez a passagem do emparaltado Pardal em época de cío, querendo até pegar toiros. Para beber uns copos ainda lá vou em dia de festa. Coitados, tratam tão mal do animal, nem a tradição respeitam. Estou a pensar nas festas de Setembro que posso emprestar ao AV1, até pode por mim levar a Praça em definitivo, embora o melhor seja um ano em cada Freguesia.
VOCÊS FUGIRAM DO ASSUNTO - mas alí na 32, ex-IC 13 OS CÃES SÃO DESPREZADOS, por ali atirados , sem fuga possível.
Talvez porque alguns civilizados descobriram, quando o animal cresceu, que cagava a preceito, outros menos higiénicos descubriram que em casa manter a higiéne com um cão, obriga a métodos que a LILI e as telenovelas nunca explicaram...
Um cão, treinado ou não, tem que ter espaço, tempo para vida de cão.
O que aparece é retórica de merda.
Como rezar aos Santinhos, para que o toiro não o apanhe p'los colhões.
Tudo muito correcto, mas esquecendo-se do que por vezes se passou (ou passa) no canil do Matão.
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