terça-feira, julho 31, 2007
Na Moita - Três Idiotas disfarçaram-se de Comissários Concelhios do PCP
A prevaricação descobre-se no intrincado uso de uma legislação que o PCP sempre condenou, não faltando trabalhos e conclusões de inúmeros encontros e conferências nas últimas décadas, até propostas na A.R., sobre o ordenamento do território e por uma politica de solos, cujo conteúdo contraria todo o processo que a Câmara da Moita adoptou para o PDM e não só.
Os três Comissários politicos, a serem tomados a sério, atiraram assim às malvas todos os estudos e credíveis orientações do PCP, considerando que afinal é bom usar a bagunça que a legislação em vigor faculta. Deste modo a desfaçatez no elogio que fizeram ao processo PDM, ou seja, à manta de retalhos ajeitada aos interesses de especuladores, cujas "mais valias" propaladas, valendo o que valem, não passam de reles paga a iludir a defesa do interesse público, consolidando assim um rumo de crescimento atafulhado da já desgraçada malha urbana existente no Concelho.
Naquela reunião, a prevaricação evidencia-se ainda mais na escusa, a considerar ou usar argumentos concretos, preferindo: porque nós somos maioria temos o direito de impor a nossa força, pois encarnamos a melhor gestão autárquica que existe.
Já o desejo da impunidade, descobre-se na firme esperança exposta pelos três Comissários, de que o Governo aprovará o PDM, que as investigações da Judiciária e inquérito do IGAT acabem em nada. Eles sabem que nestes casos não é fácil encontrar indícios probatórios - muitas coisas, as mariscadas, os charutos e os uisques velhos banqueteados no Porto Alto ou no Palácio, entre gente da mesma igualha, não são prova documental, tudo já foi expelido e cagado, nem tão pouco existem testemunhas... Eles sabem que existe gente do PS, até na A. Municipal que deseja que o PDM seja aprovado, que até puxam "cordelinhos" afeiçoando a correlação de forças nos bastidores das respectivas instâncias do poder, pois como os demais, objectivam consolidar tudo o que à revelia do PDM ainda em vigor foi construído, projectado e protocolado.
Naquela reunião e não só, o desejo da impunidade daqueles três Comissários, idiotas que não ouso considerá-los militantes comunistas, pois lá e no que dizem e escrevem por aí, não aceitam, nem reconhecem o contraditório, que comportando-se como anti-marxistas que mais parecem religiosos fanáticos profanando "o templo"- caracterizam o movimento daVárzea, como gente manipulada por especuladores derrotados na compíta, envolvidos numa conspiração anti-comunista que objectiva o derrube da Câmara, esquecendo que à 7 ou oito anos vários militantes comunistas, dentro de casa disseram, e até escreveram e assinaram um veemente desacordo em relação ao rumo que se esboçava para este PDM, e, aos experts escolhidos e avençados pela Câmara para concretizarem este "belo trabalhinho".
Tais procedimentos consagram o estilo do Srº Valdemar, quando naquele tempo respondeu a um municipe que se queixou de trato desigual por parte da Câmara -"... nestas coisas dinheiro é poder, quem tem dinheiro é que se safa..."
Vós, cuja idiotíce não se esgota em três, colhestes dos eleitores a maioria absoluta, facto que neste Concelho já sucedeu várias vezes, mas desta, quer pelo descrito quer pelo comportamento em sede da Instituição, conseguiram transformá-la em Ditadura do Voto. Era impensável que em nome dos comunistas, se viesse neste Concelho a viver um cenário exactamente igual ao que Sócrates criou, quando se apanhou com a maioria absoluta:
- Agora comam merda, os milhões de moscas que o fazem não podem estar enganadas.
Por tudo isto, estais desautorizados - não podeis invocar o ponto de vista de classe, que é identidade do PCP, pois tais práticas absurdas e abjectas não integram tal cultura. Invoquem antes os pontos de vista de uma certa burguesia, que caricata e tesa, tudo vende para conseguir degustar a futilidade consumista.
Acabo aqui, confesso que com um grande mal estar. Pois não sei se o que acabei de escrever serve para alguma coisa, porque já tenho a clara consciência de me estar a dirigir a um conjunto de idiotas com os cérebros aguados, capazes de não perceberem nada.
segunda-feira, julho 30, 2007
Gogol Bordello Sempre a Rasgar
sábado, julho 28, 2007
O FESTIVAL VIBRA NO CASTELO
«A nona edição do FMM Sines - Festival Músicas do Mundo apresenta 33 concertos de artistas dos cinco continentes entre os dias 20 e 28 de Julho de 2007.»
Hoje já sabem onde me encontrar, não dá para perder Gogol Bordello. Mais uma vez não chamem pela Elsa, chamem por mim, que eu vou ter convosco ;)
sexta-feira, julho 27, 2007
Hoje é que é (lolada)
Exposição "Os Barcos d'O Rio"
Caros Amigos, a Velhinha vai realizar durante as Festas de Alhos Vedros a Exposição "Artistas da Nossa Terra", para a qual fui convidado.
Para fechar o ciclo da Colecção, "Os Barcos d'O RIO", a Azulejaria Artística Guerreiro, mostrará nessa exposição os trabalhos em azulejaria, que proporcionaram a iniciativa dessa colecção de cromos, publicada no Jornal "O RIO".
"Esta Colecção de cromos em azulejos "Os Barcos d 'O RIO" resulta da colaboração de 3 parceiros;
Primeiro- O jornal O RIO que através do seu director Brito Apolónia, viabilizou pela segunda vez na sua história, a publicação de uma colecção de cromos com saída quinzenal e em cada edição do jornal O RIO, do nº 193 ao nº210, recordo que a primeira colecção de cromos de azulejos, "Imagens do Concelho da Moita", já antes tinha sido publicada no RIO.
Segundo- Francisco Guerreiro, proprietário dos Talhos "Nova Era', que patrocinou a Caderneta onde os cromos seriam coleccionados
Terceiro- A Azulejaria Artística Guerreiro, que assim efectuou uma forma de fazer publicidade e divulgar o seu trabalho na área da Azulejaria Artística por permuta dos seus azulejos com o jornal "O RIO".
-Não houve por isso através de Luís Cruz Guerreiro qualquer espécie de transacção comercial que implicasse dinheiro,apenas se efectuou uma troca de serviços. -Com o jornal 'O RIO", foram trocados azulejos por espaço publicitário e no caso das Talhos 'Nova Era", a publicidade das Capas da Caderneta pagaram impressão da mesma.
Quarto- A venda dos azulejos em cinco Papelarias / Tabacarias dos Concelhos da Moita e do Barreiro acrescentaram a possibilidade dos leitores do RIO, coleccionarem também os azulejos pintados à mão, além dos cromos impressos.
Quinto- Culmina esta iniciativa na exposição dos Trabalhos em Azulejaria "Os Barcos d 'O RIO", na exposição temática que decorrerá na Velhinha durante as Festas de Alhos Vedros, que decorrem de 27 a 31 de Julho, para que todos possam apreciar e talvez comprei os azulejos que retratam as embarcações típicas dos séculos XVIII, XIX e XX. que serviram de principal meio de transporte de passageiros e mercadorias, entre as margens do Estuário do Tejo."
Luís Cruz Guerreiro
quinta-feira, julho 26, 2007
Artes Vedros 2007
Sean Riley & The Slowriders
Um sótão e um encontro casual. Quatro microfones fazem ecoar, nos milhares de discos espalhados pelo chão, uma guitarra acústica, uma voz e alguns sons dispersos. Três amigos que se juntam para brindar sem pretensiosismo as raízes da música. Um brinde tão sincero quanto as canções. E não interessa que a honestidade seja apelidada de folk, rock ou outra coisa qualquer?
Sean Riley, com a voz e a guitarra dá o mote à dupla que o acompanha: Bruno Simões oscila entre os graves e as notas sintetizadas e Filipe Costa (ex-bunnyranch), multi-instrumentista, que de harmónica na mão, vagueia entre as teclas brancas de um Hammond e as negras de um Rhodes, juntando ainda bombo e pratos.
Num processo de composição com cerca de dois anos, Sean Riley & The Slowriders estrearam-se ao vivo no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, dia 3 de Março de 2006. O álbum estreia, "Farewell", gravado com o produtor holandês Wout Straatman será em breve editado.
Preenchendo, de forma extraordinariamente bela, um lugar no campo do songwritting, Sean Riley & The Slowriders afirma-se numa forma tranquila e descomprometida de fazer canções.
Passaram ontem no Coliseu dos Recreios com Aimee Mann
e tocam a 25 de Agosto nas Noites Ritual Rock no Porto. A não perder. Para aceder ao MySpace dos Sean Riley & The Slowriders clique na imagem abaixo.
quarta-feira, julho 25, 2007
Outras K7's
«PJ e ASAE fecham três sites
Informa a TSF Online.
terça-feira, julho 24, 2007
É Demais...
Qualquer dia sabem as horas da minha necessidade fisiológica de carácter duro.
Mais desenvolvimento aqui.
domingo, julho 22, 2007
... dois malucos a jogar a xadrês
Má Língua
no arruamento onde devía fazer obras?
Dizem as más línguas que a rua que devía sofrer obras de conservação era outra ( Rua da Quinta) e não esta situada no Largo Conde Ferreira.( O engano tambem não é assim tanto, só tem a Rua Silva Evaristo a separá-las)
Uma coisa é certa, se houve engano ou não, não sabemos, mas que as obras estão em ritmo acelerado lá isso estão, pelo menos a atentar pelas fotos , uma tirada por volta da 1 da manhã de sábado e a outra tirada por volta das 18 horas do mesmo sábado.
sábado, julho 21, 2007
BOSTA 13
Para aceder à fotocópia da Bosta clique na imagem.
sexta-feira, julho 20, 2007
Onde Vamos Parar?
Ou melhor ainda:"Todas as razões deveriam ser válidas para despedimentos, diz CAP".
Onde é que vamos parar?
quinta-feira, julho 19, 2007
Liberdade Sindical
"A Assembleia da República discutiu, esta quarta-feira, a nova legislação sobre a liberdade sindical dos trabalhadores. O Governo anunciou que vai alterar a lei para acabar com aquilo que considera ser o «abuso» dos sindicalistas. A oposição mostrou-se indignada."
E para quando uma notícia que diga: Povo quer acabar com «abuso» do Governo?
Por eles até se acabava com os Sindicatos. Agora sim, GREVE GERAL.
Verdade seja dita, que alguns delegados sindicais querem é "tacho" no aparelho conjugado ao partido. Nalguns casos, a eleição para a direcção do sindicato tinha pouco de democrático, recusando-se o uso do método de Hondt para duas listas concorrentes. Pois meus amigos, pelos vistos foi o oitenta agora preparem-se para o oito.
É a maioria a dizer: Quero, posso e mando.
quarta-feira, julho 18, 2007
Divulgação "AJA"
20 de Julho pelas 21,30 horas no Fórum Luísa Todi.
Agradecemos a atenção e toda a divulgação que julguem possivel.
Junto anexos com informação.
Para mais esclarecimentos e contactos
Telf: 265 185 580
Telm: 963 460 757
Helena Carmo
Objecção de Consciência
Parece que os médicos enquanto serviço público, invocam objecção de consciência, para não realizar o aborto, mas depois, parece que nas clínicas privadas já não há objecção.
" É errado que o estado recorra às clínicas privadas para a interrupção voluntária da gravidez porque, modernamente não se fazem abortos cirurgicos, basta tomar um comprimido."
Palavras de Albino Aroso - médico pioneiro no planeamento familiar.
Não haverá médicos no serviço público capazes de cumprir a lei?
terça-feira, julho 17, 2007
segunda-feira, julho 16, 2007
A POLÉMICA IBERISTA
As tentações Iberistas, ao longo de séculos nunca desapareceram da mente de muitas inteligências dos dois lados da fronteira, nunca vingaram, e hoje menos hipóteses terão - a Espanha não é uma nacionalidade acabada, Portugal é, e não será a supremacia económica, financeira ou mercantil de Espanha que alterará tal facto.
Neste tempo, a reafirmação das nacionalidades no quadro da UE, mais cedo do que tarde irão estar na ordem do dia, em resultado dos sucessivos tratados e da actual esgrima sobre a disfarçada Constituição Europeia, que os politicos eleitos por fidelidade ao capital pretendem impôr aos respectivos povos e países. Continuando assim o processo de perca de soberania, a par da diluição dos poderes politicos nacionais.
A actual e atribulada "globalização" em curso, entre outros objectivos do capital que a comanda, aponta neste rumo.
Por isto, profetizo grandes broncas.
O Iberismo não tem assim espaço nem sentido, não passa de uma secular paranóia, talvez dos tempos da Lusitânia por a capital ter sido em Mérida.
O Erro do Lobo
«Certa vez, numa localidade distante, e onde existia uma aparente acalmia nas vastas pastagens, apareceu um lobo (chefe de uma alcateia que dominava vastas cercanias) a quem pareceu a melhor altura para investir contra os estábulos onde viviam ovelhas que era hábito ali consumir pasto, não se apercebendo estas das suas intenções, apesar de há muito se sentirem incomodadas com o seu uivar.
Socorrendo-se da manha que tinha e da influência que sobre ele exerciam as Alcateias Construtoras de Tocas que já vinham progredindo na sua construção nas redondezas, aquele lobo avançou silenciosamente montanha abaixo, pensando que, com o apoio da sua alcateia e com a ajuda de outras que decerto lhe iriam reivindicar um pedaço do saque, conseguiria o seu intento, ou seja; dominar toda a região e, posteriormente, entregar as grandes parcelas daquilo que considerava seu território às alcateias especializadas em construção de tocas (num mero acto de vassalagem) desde que estas lhe assegurassem o seu sustento assim como aos outros lobos da escala hierárquica da sua alcateia, garantindo-lhes, para o resto das suas vidas (mesmo depois de abandonarem aquela vida nómada), uma existência mais desafogada e sem dificuldades.
As ovelhas há muito que andavam inquietas, parecendo-lhes que algo muito estranho estaria para acontecer: — Uma coisa sabiam elas; naquilo que anteriormente tinham sido grandes áreas de pastagem, iriam agora ficar repletas de tocas, e os lobos ficariam decerto cada vez mais gordos e o seu território de caça cada vez mais vasto, ao mesmo tempo que as áreas de pastagem diminuíam, criando algumas dificuldades de sobrevivência às pobres ovelhas. Sentindo-se ameaçadas, decidiram juntar-se a outros rebanhos das redondezas, com o objectivo de impressionar o lobo (e sua alcateia) com a dimensão do seu rebanho, persuadindo-o de descer ao vale e tentar de novo tomar as suas pastagens e transformá-las num grande aglomerado de tocas.
Há muito que o lobo (e sua alcateia) vinha concedendo à sua passagem, pequenos territórios a troco de alguns benefícios. Benefícios esses, que passavam pelo consentimento às Alcateias Construtoras de Tocas, a autorização de construírem cada vez mais em terrenos que anteriormente lhes estavam vedados, a troco da construção de outras, mas muito sumptuosas para os seus membros e em terrenos retirados às ovelhas, assim como de outros benefícios que permitiriam ao lobo dominante e sua alcateia uma vida faustosa, sempre de barriga cheia, e sem problemas na renovação dos seus apetites devoradores.
Certo dia, indignadas, as ovelhas decidiram, já com um rebanho bastante numeroso, começar a bramir em coro, insurgindo-se contra aquela investida que consideravam uma afronta ao seu bem-estar e à liberdade de circulação na sua área de pastoreio, fazendo ver ao lobo (e sua alcateia) que elas não permitiriam ser escorraçadas dos seus terrenos para que estes fossem entregues às Alcateias Construtoras de Tocas. Num amplo movimento que impressionou todo o vale e as pastagens mais próximas, as ovelhas fizeram ouvir o seu ensurdecedor bramido na tentativa de afugentar o lobo (e sua alcateia) para o interior das montanhas de onde tinha vindo, e deixarem-nas, coitadas, no seu pasto e viverem a tranquilidade de que se diziam merecedoras.
Assim não entendeu o lobo (e sua alcateia) e, no Verão, em pleno mês de Julho, e depois de ter estado refugiado por uns tempos nas montanhas, voltou a descer ao vale, usando do seu já tradicional autoritarismo que lhe garantia o domínio da alcateia e, escudando-se (confundindo poder com razão) na sua força e na subserviência da mesma (com o objectivo de continuar a beneficiar outras a quem prometera autorização para a construção de novas tocas no vale), desferiu (mas desta vez já com algumas limitações e sem legitimidade para o fazer) um intenso ataque, aplicando um rude golpe nas expectativas das ovelhas, que (silenciadas) assistiram mais uma vez e com alguma indignação, à consumação e delimitação das suas áreas de pastoreio em benefício dos seus predadores”.
Moral da história: Concluiu o avô à neta antes que esta adormecesse.
— O erro do lobo foi pensar que por ser um predador feroz, que só tem que se preocupar com o seu bem-estar e da sua alcateia, ignorando os mais fracos ao não querer ouvir as ovelhas e os seus lamentos, e aproveitar-se das suas fragilidades para garantir, para si e para os seus, um resto de vida mais tranquila e com amplas áreas de caça em abundância.
— O lobo a sua alcateia, ao ignorarem as humildes ovelhas beneficiando as Alcateias Construtoras de Tocas (o que lhes vai ser fatal para o seu futuro mas, que importa! (dizem) desde que lhes seja benéfico) só revela desconhecer que a aparente fragilidade dos mais fracos se transforma sempre num mar de razão, que acabará por inundar e corroer a consciência, denunciar, humilhar e vencer a arrogância dos que pretensamente pensam ser os mais fortes.»
domingo, julho 15, 2007
... Conversas no Arrabalde ...
sexta-feira, julho 13, 2007
Morte Asmática
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
quinta-feira, julho 12, 2007
À PAULADA na Câmara... também é recurso
Os tais procedimentos institucionais concerteza que resultaram de uma avaliação multidisplinar que o processo para um PDM obriga, correspondendo a decisões politicas em que o interesse público se deveria considerar salvaguardado - é exactamente aqui "que a porca torce o rabo".
Como se não bastasse tudo o que até agora já aconteceu, dito escrito e demonstrado, os eleitos da CDU na Câmara e A. Municipal acrescem aos duvidosos procedimentos institucionais, atitudes que estão a lesar princípios elementares do funcionamento democrático daqueles orgãos, e, até na sua relação com a população.
O que aconteceu na última Sessão Pública já não é apenas uma decisão ridícula, mas uma decisão politica grave - recorrer a regras regimentais ou legais tão raramente usadas para retirar a voz ao público, longe de corresponder à defesa e eficácia da democracia institucional, pela natureza do assunto em Ordem de Trabalhos, correspondeu a reduzir a uma "cambada de arruaceiros" todos aqueles que lá pretendiam intervir.
"O salão da "Boa Hora" encheu-se de apaniguados, fervorosos defensores do tachismo instalado, garantindo assim conformidade e silêncio à leitura da sentença que o Excelentíssimo Srº Juiz João Lobo, tão bem soube fazer.
Para inverter a lástima instalada, não basta percorrer ruas de bandeiras às costas distribuindo papelinhos sem conteúdo, iludindo o cumprimento da justa tarefa de prestar contas que o Partido por bem determinou, mas a ouvir (e não só a ouvir) a população e nomeadamente aqueles que usam o direito de participação, isto ao invés da ridícula cégada a que reduziram a correta orientação do PCP.
Apelo assim aos militantes comunistas que não deixem que este caso se transforme na fábula de Esopo - em que o Lobo diz e faz o que quer.
Não vos deixeis "comer por parvos". Se necessário recorram à paulada, é que não sendo legal e democrático, é já um recurso legitimo na situação a que se chegou.
quarta-feira, julho 11, 2007
IX Maratona Fotográfica de Alhos Vedros
Endereçamos um convite a todos os que manifestam o gosto pela fotografia, para participação na Maratona Fotográfica, que terá lugar no próximo dia 15 de Julho (Domingo).
Passa a palavra a outros amigos!
Com os melhores cumprimentos.
A Direcção da CACAV
Contacto: 932214015
Organização:
CACAV - Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros
Dois Pesos, Duas Medidas
Verdes pedem mais tempo para consulta do plano do Sado
«O Partido Ecologista “Os Verdes” quer o “alargamento” do período de consulta pública do Plano de Ordenamento do Estuário do Sado, até aos meses de Setembro ou Outubro, visto que este se encontra agendado para o mês de Agosto. Heloísa Apolónia, dirigente do partido, confessa que está a ser “privado o direito” de os cidadãos poderem reflectir sobre este assunto, reforçando que estes têm o dever de se “pronunciar”.»
Esta senhora é Verde, é deputada Nacional e tem também assento na nossa Assembleia Municipal. Porque deixa que o PDM do seu concelho siga contra tudo o que defende noutros locais?
Lute também por nós camarada.
Ouvir o Povo?
Mais uma vez a população para ser ouvida teve que se deslocar para a rua. Os repórteres abordaram os munícipes que nesta sessão extraordinária pública de Câmara não tiveram período reservado a intervenção.
É triste. É uma vergonha!
Irão agora os "Quero, Posso e Mando" ler as questões colocadas na imprensa pelo povo?
Não me parece, pois tiveram oportunidade para tal na sessão e não o quiseram.
Se a CDU censura o povo e o PSD/PP grita "A luta continua! O povo unido jamais será vencido!" (oxalá ele entenda o que diz e estou certo que sim), algo vai mal neste concelho. É o Mundo ao Contrário!!!
Só há um tema que me passa pela cabeça quando penso nisto tudo:
"Rabanetes"
Não te canses, não te mates,
Não me moas o sentido,
De amigos como tu
Cá por mim não sou servido
Eu conheço muita gente
Ao rabanete igualzinha
Tem a casca avermelhada
Por dentro toda branquinha
Toda a vida ouvi dizer
A lutar se muda a sorte
Vamos moldar o destino
P'ra dormir bem chega a morte
Devagar se vai ao longe
Diz o rabanetezinho
Tão devagar ele avança
Que até dorme no caminho
Vendo bem não dorme, não
Está apenas a fingir
Está a ver se põe o povo
Inteirinho a dormir.
Toda a vida ouvi dizer
A lutar se muda a sorte
Vamos moldar o destino
P'ra dormir bem chega a morte
O saber do povo ensina
E ninguém deve esquecer
Que o pior cego de todos
É aquele que não quer ver
Eu prefiro o inimigo
Que me ataca pela frente
Não há pior inimigo
Que o falso amigo da gente.
Toda a vida ouvi dizer
A lutar se muda a sorte
Vamos moldar o destino
P'ra dormir bem chega a morte.
(GAC)
terça-feira, julho 10, 2007
Opinião - o Livro Branco das Relações Laborais e os Sindicalistas
Artigo de opinião recebido na caixa de correio electrónico do Arre Macho (Mule Express). Passo a transcrever o dito:
Bastante se tem falado do Livro Branco das Relações Laborais sobre o qual se escreve muito, pouco ou bem, vindo de todas as orientações político-partidárias e sindicais.
Entre todas as opiniões que tenho ouvido e lido existe uma que me deixou particularmente preocupado, a qual poderá ter consequências entre os trabalhadores que decidiram travar uma luta feroz na greve geral de 2002, pois contraria tudo o que os levou a aderir à greve geral de 2002.
A opinião que tive a oportunidade de ouvir, de alguns experientes dirigentes sindicais, que transmitem aos representantes dos trabalhadores a preocupação de defender o actual código de trabalho porque dizem que aquele que vier será muito pior do que o temos, sobre isso não duvido, deixa-me tremendamente preocupado porque fui dos que lutaram em 2002, tal como os trabalhadores que represento , para derrotar o código de trabalho de então, proposto pelo ex Ministro Bagão Felix.
Recordo que na altura do actual código de trabalho, o qual o PS, o PCP e BE votaram contra, assim como a CGTP repudiou bem como os trabalhadores que lutaram contra ele, nos quais se incluíram os dirigentes sindicais que agora dizem que o devemos defender, é de uma estratégia completamente errada com a qual não posso de forma nenhuma concordar, bem como os trabalhadores que represento que se sentiriam ainda mais fragilizados e defraudados com a luta travada então que teve uma adesão por partes dos trabalhadores da empresa que represento na ordem dos 90% sendo na data os trabalhadores mobilizados e esclarecidos pela Comissão de Trabalhadores.
Quando falo com os trabalhadores dizem-me que temos de rejeitar todas as alternativas que se apresentem e lutar para que reponham o que nos tiraram a partir de 2003, com a entrada em vigor do actual código de trabalho, que não nos trouxe mais e melhor emprego como alguns defendiam que viriamos a ter, mas sim menos direitos, o mesmo poderá acontecer com estas propostas para uma revisão do Código de Trabalho que muito sugere para que de tanta sugestão alguma coisa fique para nos prejudicar tal como aconteceu em 2003.
Devemos manter uma postura que demonstre que o tipo de política laboral que se tem tentado impôr no nosso País não serve os trabalhadores nem as empresas.
Para derrotar o que nos querem tentar impôr tem de ser dado mais espaço de intervenção aos representantes dos trabalhadores que se encontram no interior das empresas, temos de pressionar para que as Centrais Sindicais nos oiçam e colaborem mais conosco.
Antes da greve geral de 30 de Maio de 2007, tive oportunidade de dizer em várias reuniões de organizações representativas dos trabalhadores (Ort's) que o momento para a greve e os temas que para ela contribuíam não seriam o mais correcto, mas não foi por isso que deixei de aderir e esforçar-me com os trabalhadores e Ort's para o seu sucesso, tendo mesmo convidado o secretário geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva e o João Paulo do Conselho Nacional da CGTP a realizarem plenários, conjuntamente com a CT na empresa que represento, para que os trabalhadores se sentissem melhor esclarecidos sobre os motivos da greve geral , o que aconteceu mas não chegou para os mobilizar, tivemos uma adesão de 30%.
Penso que só com a participação dos representantes dos trabalhadores, que trabalham nas empresas, tornaremos os sindicatos mais fortes deixando que façam ouvir a voz dos trabalhadores em vez de qualquer força partidária.
Daniel Bernardino
Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Faurecia
Parque Industrial Autoeuropa
As Declarações de Voto
A declaração dos vereadores do PS:
A declaração do vereador do Bloco de Esquerda:
E a declaração do vereador pela coligação PSD/PP:
segunda-feira, julho 09, 2007
Ouvir a População
"Contrariamente ao que divulgámos, em noticia anterior, esta reunião não tem período reservado a intervenção do público."
E eu que até queria dizer bem do PDM no período reservado à intervenção do público.
Será isto o "Triunfo dos Porcos" na prática?
Já só resta convocarem uma Assembleia Municipal extraordinária com ponto único para votação do PDM, onde o período reservado à intervenção do público seja também negado. Aliás, nem sei para que se dão ao trabalho de promover a discussão do PDM.
Basta assinarem os protocolos com quem acharem por bem e siga.
É um fartar vilanagem. Estamos entregues aos bichos.
Blog Activista
O Arre Macho foi nomeado um Blog Activista, pelo Momentos & Documentos.
O Blog Bodega Cultural criou o selo “Blog Activista“, que deverá ser livremente oferecido aos blogueiros que lutam por um mundo melhor.
Para fazer parte do “Blog Activista” o blogueiro deverá promover e defender:
A paz
A liberdade
O Socialismo
O meio ambiente
A Igualdade de gênero
Os direitos Humanos
Os movimentos sociais
Cada blogueiro nomeado deverá nomear os blogs que tenham essas características, via e-mail ou nos comentários, não sendo necessário postar as nomeações. Cada blog nomeado deverá citar abaixo do banner, o nome do blogueiro ou do blog que o nomeou.
Ludovicus Rex disse...
«Venho aqui nomear-te como “blog activista”, passa no meu blog e retira o banner para colocares no teu. 07 Julho, 2007 13:50»
(Não é) Direito de resposta
Espero que entendas que efectivamente nada me move contra a CGTP, antes pelo contrário, por isso pretendo e vou continuar a lutar no seu seio por uma CGTP efectivamente ao serviço dos trabalhadores e não de qualquer partido político.
Daí não me poder calar sobre o que se passou com a convocação desta greve “geral”.
Eu só consigo entender a democracia sindical numa base participativa, e como sabes, a verdade é que a convocação desta greve “geral” nada teve de participativa, começando logo pela votação no seio da CGTP, onde pela primeira vez vários membros foram .mij…. na hora da votação, por lhes faltar a coragem de assumir o voto contra.
A minha análise dos números da greve, só aparece porque ninguém quis revelar números e assim deveria ter continuado, mas quando o “missário” vem com valores cuja soma dá os tais 1,4 milhões, e todos os que trabalhamos nas empresas referidas e ou autarquias vimos os números empolados em 50, 70 ou 80%, senti a necessidade de desmontar esta tramóia.
Até hoje tenho participado em todas as greve gerais realizadas em Portugal independentemente da minha opinião sobre as mesmas, e já agora refiro-te que estive de alma e coração com todas excepto com esta que me pareceu extemporânea, não me impedindo isso de a fazer, e de trabalhar para o seu sucesso.
Parece-me que tens uma leitura sectária dos meus artigos a propósito da greve geral, primeiro porque o artigo sobre as “lições da greve geral”, visava como já disse o aprender com os erros, se tivesses participado nas mesmas reuniões que eu, e ouvisses os dirigentes sindicais dizerem que foram para o conselho geral da CGTP alertar para as dificuldades de fazer uma greve neste momento, perguntarias como eu perguntei:
“Que raio se passou lá se vocês todos foram com reticencias à greve e depois ela aparece marcada?” A resposta foi “Não sabemos não podemos ir foi o….,etc.”.
È isto que eu não quero que se repita, não me importa que os “missários.” burgueses mintam, esse é o seu papel e aprendi a ler nas entrelinhas deles no tempo da censura, o que não quero é que os meus “missários” me mintam a mim, e aos trabalhadores em geral, em vez de fazerem autocrítica.
Quanto ao J.C.que não conheces, ele é membro do Comité Central do PCP e membro da CT da Autoeuropa eleito na lista desse partido, tem as suas opiniões, que valem o que valem, e eu apenas critico o que refiro no parágrafo anterior “não quero é que os meus “missários” me mintam a mim, e aos trabalhadores em geral, em vez de fazerem autocrítica..
Dou de barato todas as referencias a que as minhas criticam se confundem com as criticas da direita, porque foi com essas insinuações que o Socialismo real encheu as prisões e com isso tanto mal causou ao movimento operário em todo o mundo
Vemo-nos por aí, nas lutas justas e nas outras, porque mais vale participar em todas que em nenhuma, mas ninguém me vai impedir de elogiar as que achar justas, e de criticar as outras mesmo participando nelas.
PS:
Não sei companheiro donde tiras a conclusão de que seríamos escravos na Grécia Antiga, tens razão que embora tenha sido o berço da democracia, a verdade é que nem todos podiam participar. “..Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade,, “. Portanto, esta forma antiga de democracia era limitada, mas penso que não seríamos escravos, talvez estrangeiros e não poderíamos participar nas decisões, mas isso não acontece hoje aos estrangeiros no nosso País?
Quanto a melhorar os meus conhecimentos Bíblicos, sempre te digo que tenho alguns e se te referes à minha abordagem a vida de Barrabás, digo-te que não foi na Bíblia que conheces que os li, mas em outros documentos e opiniões, os mesmos que referem que João Batista (que como diz António Aleixo (teve o grande condão de ao baptizar Jesus Cristo fazer Cristo Cristão) mas como dizia, os mesmos documentos e opiniões referem que João Batista foi decapitado não pela sua crença, mas pelo seu ódio à ocupação Romana.
domingo, julho 08, 2007
Companheiro António Chora
Já li três artigos que escreveste, no Público, no Jornal da Moita, neste blog e no Rio com o titulo " lições da greve geral".
Sem ter a ousadia de pretender equiparar-me a ti, pelos conhecimentos que possuis sobre a história e actividade sindical, pois neste âmbito apenas adiro a algumas greves e vou a manifestações promovidas pela CGTP-IN, e ainda menos capaz de comparações com outros sindicalistas, pois não conheço o bastante do teu curriculum nesta frente de luta, escrevo apenas o que penso daquilo que escreveste.
Já no dia 3 de Junho neste blog, escrevi sobre a greve de 30 de Maio, e, de então para cá não descortinei factos que alterem o que escrevi.
Das análises que fazes, surpreende-me o balanço em que sustentas as tuas posições sobre a convocação da greve e a sua dimensão - pois, pelos números que referiste no Rio, não só me demonstras que a greve foi um erro, como por investigação minha venho a descobrir que as anteriores realizadas em 1982, 1988 e 2002 foram enormes argoladas das organizações sindicais. É que as diferenças, tendo como universo o número de trabalhadores por conta de outrem em cada ano daqueles, na relação com os então sindicalizados e os aderentes não sindicalizados, não são de forma a extrair qualquer êxito pelo método de análise que usas.
Tal rumo pragmático, levar-me-ia a concluir fácilmente que o melhor é não fazer nada, talvez nem manifestações, posto que até na última realizada, que até nos encontrámos, estavam lá pouco mais de doze trabalhadores da Auto Europa.
Companheiro, não me espanta pretenderes dar umas "mocadas" no Vitor Pereira que conheço, ou no JC que não sei quem é - mas por isto resvalares para uma postura criticista, generalizadora e troglodita em relação à CGTP-IN e seus activistas sindicais, não só é despropositado pelas responsabilidades que emergem do facto de seres representante dos trabalhadores, como também, um enorme disparate por não te coíbires de referências politico-partidárias, num espaço em que a vertente unitária tem de ser interiorizada por todos os activistas, aliás, condição esssencial para o tal envolvimento massivo que por diversas vezes afirmas necessário.
As "lições da greve geral" que colheste pelo teu método, estão despidas de conteúdo de classe e de ideologia, quase exactamente como os analistas escrevem nos "missais" burgueses - onde todos intencionalmente nas suas avaliações não entraram com o actual sistema de emprego e a situação sócio-laboral existente. Esqueceram:
- A destruição de grande parte do aparelho produtivo nas duas últimas décadas, e, as suas incidências no tecido social e nas organizações dos trabalhadores;
-A generalização da precariedade a par da sucessiva desregulamentação laboral, da impunidade e consequente fragilização dos vinculos contratuais;
- A alteração de todo o sistema de emprego, - com o aumento da insegurança laboral, e, o generalizado receio de falhar a compromissos elementares, determinados pelos actuais parâmetros de vida.
Isto é o que apraz-me dizer, é que não sou especialista no assunto, se o fosse também escrevia nos jornais, mas penso que basta para perceberes que não aceito as tuas "lições da Greve Geral", e já agora, tenta melhorar os teus conhecimentos sobre a "Democracia" na antiga Grécia - é que a dar por acabado o que referiste, eu e tu lá naquele tempo seriamos escravos. Também não era mau se cuidasses dos teus conhecimentos biblícos.
Apesar disto, estou certo que nos vamos encontrar numa próxima manifestação, acredito que estejas lá, mesmo que da Auto Europa não venha mais ninguém.
sábado, julho 07, 2007
Oh! Que Felicidade!
quinta-feira, julho 05, 2007
Claro que sim !!!
No blog We Have Kaos In The Garden o Kaos elaborou um lógotipo para a coisa e passo a transcrever o post:
"Foi-me pedido pela amiga "Espectadora Atenta" do blog "Portucale actual", um pequeno logotipo para divulgar a petição de apoio à causa do Professor António Caldeira do Blogue "Do Portugal Profundo". Como estou solidário com a sua causa e contra mais esta tentativa de amedrontar quem tem a coragem de falar claro e dizer aquilo que pensa, a imagem com o link para a petição encontra-se na barra lateral deste blog. Todos os que o desejarem podem copiá-la e utiliza-la. Importante mesmo é que nos lembremos que esta luta do Professor Caldeira, é uma luta por todos nós e que tem também de ser de todos nós, pela liberdade que desejamos e pela verdade a que temos direito."
Para assinar a petição clique no logotipo criado pelo Kaos.
quarta-feira, julho 04, 2007
1001 Razões para Continuar a Luta!
Movimento Cívico Várzea da Moita apresenta "Declaração de Cidadãos da Moita"
Exmºs Senhores,
Exmºs Senhores Jornalistas,
É com gosto que vos convidamos para o evento breve seguinte:
Quarta-feira 4 Julho '07 pelas 17:00 H em ponto:
- Movimento Cívico Várzea da Moita apresenta "Declaração de Cidadãos da Moita" na Praça da República, na própria Praça, na rua, de fronte aos Paços do Concelho da Moita, visto o Presidente da Câmara ter negado o acesso dos Munícipes às instalações do Município.
- Nesta ocasião, será proferida uma breve declaração cívica sobre o Processo de Revisão do PDM e sobre o Projecto de novo PDM da Moita, bem como a necessidade imperativa de uma nova Discussão Pública da Revisão do PDM / Plano Director Municipal da Moita '07.
- De igual modo, serão divulgadas as linhas estruturais da nova Discussão Pública da Revisão do PDM / Plano Director Municipal da Moita '07 e o Programa já disponível para as primeiras iniciativas, a terem lugar em Julho e Agosto, até 2 Setembro próximo.
Recorda-se que por força da movimentação cidadã em todo este Processo, e pela intervenção de Partidos Políticos e de Eleitos Autárquicos, em múltiplas ocasiões e pelas mais diversas formas de expressão de liberdade e de participação democrática, ficou claro que muitos são de opinião que o Projecto de Revisão do PDM da Moita, e toda a orientação política que lhe subjaz e o acompanha, são um desastre para o Concelho e para a maioria dos Munícipes, traduzindo a expressão de políticas erradas, de má governação sistemática, de desrespeito generalizado pela lei e total atropelo da ética e da transparência devidas pelos Poderes Públicos e pelos Órgãos de Estado às Cidadãs e aos Cidadãos, sede última do verdadeiro poder em Democracia.
Por outro lado, o Senhor Presidente da Câmara da Moita e a direcção política da Câmara, que o suporta, defendem que o tal Projecto de Revisão do PDM da Moita é uma coisa muito boa, abrindo para o melhor dos mundos e para um futuro do tipo paraíso celestial para a Moita.
É por isso que todas as razões, e mais algumas, justificam esta nova Discussão Pública da Revisão do PDM / Plano Director Municipal da Moita '07, iniciativa de Cidadãs e Cidadãos do Município da Moita.
Muito obrigado pela vossa atenção, e desejada publicitação.
Cordialmente
3 Julho '07
Movimento Cívico Várzea da Moita
varzeamoita@gmail.com
terça-feira, julho 03, 2007
Alterações ao PDM?
O homem das 4 sogras parece que vai dormir descansado e o povo da várzea (tal como os restantes municipes), bem pelo contrário, vão começar a ter pesadelos.
Que raio de bicho estranho é este PDM?
segunda-feira, julho 02, 2007
Srº Presidente da Câmara, eu estou disposto a ajudá-lo
Cá por mim, que em situações de grande desgraceira sem sabonete para me lavar, nunca voltei costas à higiene, usei sabão macaco, sem perfume é certo, mas bom desinfectante. No seu caso, sendo de facto mais complicado pois tem contornos de higiene pública, um pouco de imaginação e inteligência há-de abrir-lhe o caminho para as soluções.
Por exemplo, um passeio ponderador activado pelas bermas do frondoso Espelho de Água, mesmo ali nas traseiras da Câmara ( é que muitas vezes acontece estar-se na aldeia e não conhecer a côr das casas), concerteza que o Srº sabe onde é. Inspire-se aí (...)
Entretanto e por agora, apresento-lhe dois caminhos sobre o caso da revogação da anterior exclusão que envolve o palácio do seu ex-consultor jurídico para o PDM:
1 - Caso conclua que o tal consultor promoveu tais actos confundindo os serviços da Câmara, ou por informações incompletas ou por pareceres forjados, iludindo assim toda a vereação e nomeadamente Vª Excelência, deverá por burla evidente processar judicialmente o Drº Rui Encarnação. Em coerência com o exposto, alugar de imediato uma buldozer e demais máquinas que garantam a destruição do referido palácio e limpeza do terreno, imputando os custos ao Excelentissimo Doutor.
2 - Caso não se trate da situação referida, mas de um qualquer "Bailinho" que Vª Excelência recorde ter autorizado, tenha dançado ou não, porque neste caso nem sabão macaco terá, aconselho-o a renunciar ao mandato para que foi eleito, mesmo antes do resultado de um qualquer processo judicial que venha ser encetado.
Calculo que as opções não são fáceis, nesta altura para mim seria bem pior, pois nem sequer o direito à reforma tenho garantido. O que já não é o caso do Senhor, que é mais ou menos da minha idade.
Decida bem.Que o frondoso Espelho de Água o inspire.
MILAGRE ?
O homem estava desempregado, Deus compungido com o desespero daquele seu filho, conhecendo bem a sua vocação e saber, decidiu iluminá-lo com o Espirito Santo, admitindo-o como servidor da boa nova.
Sem qualquer identificação ou diploma, apenas com o omnipotente poder de Deus enveredou pelo sacerdócio, colaborando com os diversos párocos daquela região durante mais de três anos, não recebia nada pelo seu trabalho, sustentava-se apenas com as oferendas que lhe faziam.
Durante aquele tempo, foi várias vezes substituto de Padres por férias, doença ou outros afazeres, isto sem que a a Arquidiocese de Braga tivesse gasto um cêntimo com o seu trabalho. A sua competência nunca foi posta em causa, até porque estava a ser visionado directamente por Deus e não pelo Vaticano - ele exerceu todos os ministérios sacerdotais, o baptismo, o matrimónio, a eucaristia, a penitência e funerais. Para uns era o Padre Pedro, para outros o Padre João Luís, talvez em memória de bons Padres que por lá passaram.
Um bufo denunciou o homem, é perseguido pela policia e teme-se que também pelo Stº Oficio. Incapaz de exibir qualquer documento, nem uma cópia de qualquer coisa falsificada, pôs-se em fuga.
Acredito que Deus acabe por pôr todos na ordem, pois por certo não irá aceitar que a Igreja neste caso não aceite a existência de milagre.
- Se fosse advogado, até pelo nojo que a crescente delação suscita, oferecia-me gratuitamente para organizar a sua defesa.
Não foi uma Assembleia
- Que ao invés do divulgado, não se tratou de uma Assembleia, mas de uma rotineira reunião em que os militantes foram convocados na base de uma "nova figura" não estatutária, a de "Participante";
- Que pelo método seguido, não só os resultados dos trabalhos não tiveram qualquer efeito vinculativo, como a Comissão de Freguesia lá eleita está à margem dos estatutos, pois o número de militantes na localidade não admite este método basista;
- Que das diversas intervenções não foram abordadas questões essenciais que afectam o desenvolvimento do Concelho como a alteração do traçado do TGV, as alterações propostas pelas instituições regionais ao PDM, as propostas dos Moradores da Várzea, as buscas da P. Judiciária à Câmara, a intervenção do IGAT e até o actual atentado à saúde pública, que resulta do estado calamitoso a que chegou o almejado Espelho de Água;
- Que a análise politica à situação do País lá exposta, no ponto de vista de classe que felizmente ainda identifica este Partido, foi correta, embora naquele cenário arrisque não passar de "um chuto para cima", pela opacidade em que ficaram temas sentidos pela população do Concelho e particularmente da Freguesia da Moita.
Querem mesmo aprender com a Autoeuropa?
Nos últimos dias várias referencias tem sido feitas ao acordo de 2003 na Autoeuropa a propósito das conclusões do livro branco para as relações laborais e da anunciada flexigurança.
Houve mesmo quem, com responsabilidades, tivesse garantido que face à lei actual o acordo que assinamos não seria legalmente possível. Não é verdade. Tal acordo de ilegal não tem nada. Baseado num acordo de não aumento salarial por dois anos (de 2003 a 2005), ele só foi possível porque as tabelas salariais da Autoeuropa estão muito acima das negociadas com os sindicatos.
Ao contrário do que se tem dito, a Autoeuropa não tem adaptabilidade de horários. O que temos é a possibilidade de, havendo trabalho normal, trabalhar 230 dias por ano. Não havendo, o trabalhador fica em casa os dias que forem necessários, cobrando exactamente o mesmo. Não é simples de explicar mas tentarei: todos os anos temos direito a 22 dias “não trabalháveis”. São dias em que recebemos na mesma e podemos trabalhar ou não, conforme a empresa decida. Recebemos sempre. No fim do ano são feitos acertos. Houve, por exemplo, um ano em que ficámos 36 dias sem trabalhar e a receber. Os 14 dias que não estavam incluídos nos dias “não trabalháveis” passaram para o ano seguinte como dívida dos trabalhadores. O que quer isto dizer? Que no ano seguinte ficámos apenas com 8 dias “não trabalháveis” em vez de 22. Se o saldo for positivo (infelizmente ainda não aconteceu à maioria), a empresa paga por isso. E se o saldo for nulo, os trabalhadores recebem, na realidade, 15 meses de salário em vez de 14. É isto que se propõe para o resto das empresas? Não me parece.
Quanto às férias, temos 23 dias de férias garantidos (em vez dos 22 do resto das empresas) e dois dependendo da assiduidade (em vez dos três do resto das empresas). E a avaliação da assiduidade é mais favorável para os trabalhadores do que o que está definido no Código de Trabalho.
O acordo de então também nada tem a ver com o que alguns entendem por flexigurança. Tendo havido uma redução da produção em 60 000 unidades, que punha em perigo 850 postos de trabalho e no limite a continuidade da empresa, o que foi negociado não é nem uma versão local de flexinsegurança, nem qualquer liberdade de despedir. Pelo contrário: ele só foi possível perante a garantia de que não haveria um único despedimento até Dezembro de 2008. Garantia que está a ser cumprida. Em troca, os trabalhadores prescindiram do aumento salarial por dois anos. Em 2005 voltou a haver aumento. E em 2006 o aumento foi decidido para dois anos e foi de 4,5% (o que quer dizer que o aumento do ano seguinte entrou um ano antes) e em Setembro de 2008 haverá, antes de qualquer negociação, um aumento de um por cento logo à partida. Logo em Dezembro de 2006 recebemos um prémio de 1,2 salários no mínimo de 1.200 euros, para todos. Estão as empresas portuguesas disponíveis para este tipo de acordos?
Que não haja enganos. A empresa ganhou com isto. Foi acordado a redução do custo de trabalho extraordinário ao sábado de 200% para 100% em troco da vinda de um novo produto que implicou um investimento de 500 milhões de euros. E a empresa manteve ao seu serviço uma mão-de-obra com excelente formação, para utilizar logo que as encomendas o justificassem, como veio a acontecer.
Comparar isto com a possibilidade de cada empresa despedir a seu belo prazer, pela cor dos olhos, ou por que se é delegado ou activista sindical, com o direito arbitrário do patrão mexer nos horários dos trabalhadores e com a perda de dias de férias é um truque de ilusionismo extraordinário. Os acordos assinados foram exactamente no sentido inverso. Aqui, na Autoeuropa, não há menos férias, menos subsídios ou mais facilidade de despedimentos do que no resto do país. Antes pelo contrario.
O segredo destes acordos não tem segredo nenhum. Está num diálogo permanente, em reuniões semanais com a Administração, e na informação que recebemos sobre a situação da empresa, a todo o momento. Saber utilizar essa informação a favor dos trabalhadores é o que se exige a um dirigente sindical. É isso que fazemos. Não é necessária uma nova lei ou a imposição da flexinsegurança (provavelmente sem segurança nenhuma) para tornar as empresas competitivas. É necessária outra cultura de gestão e de negociação.
Qualquer activista sindical, principalmente os que estão dentro da empresa e que, por isso, dependem da empresa para o seu sustento, está em condições de avaliar, caso a caso, as necessidades de acordos sem interferências governamentais. Mas para isso tem de receber informação e saber passar essa informação para os trabalhadores, discutindo-a com eles, para estar certo de que contará com o seu apoio quando chega e quando não chega a acordo com a administração.
Só que todos sabemos que os patrões portugueses e os administradores da maioria das multinacionais aqui implantadas não querem dar este salto: partilhar informação com as estruturas representativas dos trabalhadores. Preferem continuar, em pleno século XXI, a portar-se como pequenos ditadores, escondendo a situação da empresa, deturpando a informação que dão aos sindicatos e às Comissões de Trabalhadores, trocando a negociação pela imposição, não cumprindo os acordos firmados. É isto e não a lei vigente que leva à desconfiança e a situações de conflito inultrapassáveis dentro das empresas.
Quem queira gerir as empresas e relacionar-se com os trabalhadores de uma forma inovadora e quem queira representar os trabalhadores de forma eficaz, tem de estar preparado para apresentar e receber propostas concretas e criativas que tenham como primeiro objectivo a manutenção dos postos de trabalho.
Infelizmente, esta é a cultura oposta à dos que, aplaudindo as propostas apresentadas no livro branco, não querem nem acordos nem negociações com os representantes dos trabalhadores das suas empresas. A cultura de imposição e da opacidade torna o modelo negocial que temos tido na Autoeuropa numa miragem. Não o usem, por isso, para fazer exactamente o oposto do que aqui temos conseguido.