segunda-feira, julho 09, 2007

(Não é) Direito de resposta

Resposta ao post colocado pelo Broncas por António Chora:

Espero que entendas que efectivamente nada me move contra a CGTP, antes pelo contrário, por isso pretendo e vou continuar a lutar no seu seio por uma CGTP efectivamente ao serviço dos trabalhadores e não de qualquer partido político.
Daí não me poder calar sobre o que se passou com a convocação desta greve “geral”.
Eu só consigo entender a democracia sindical numa base participativa, e como sabes, a verdade é que a convocação desta greve “geral” nada teve de participativa, começando logo pela votação no seio da CGTP, onde pela primeira vez vários membros foram .mij…. na hora da votação, por lhes faltar a coragem de assumir o voto contra.
A minha análise dos números da greve, só aparece porque ninguém quis revelar números e assim deveria ter continuado, mas quando o “missário” vem com valores cuja soma dá os tais 1,4 milhões, e todos os que trabalhamos nas empresas referidas e ou autarquias vimos os números empolados em 50, 70 ou 80%, senti a necessidade de desmontar esta tramóia.
Até hoje tenho participado em todas as greve gerais realizadas em Portugal independentemente da minha opinião sobre as mesmas, e já agora refiro-te que estive de alma e coração com todas excepto com esta que me pareceu extemporânea, não me impedindo isso de a fazer, e de trabalhar para o seu sucesso.
Parece-me que tens uma leitura sectária dos meus artigos a propósito da greve geral, primeiro porque o artigo sobre as “lições da greve geral”, visava como já disse o aprender com os erros, se tivesses participado nas mesmas reuniões que eu, e ouvisses os dirigentes sindicais dizerem que foram para o conselho geral da CGTP alertar para as dificuldades de fazer uma greve neste momento, perguntarias como eu perguntei:
“Que raio se passou lá se vocês todos foram com reticencias à greve e depois ela aparece marcada?” A resposta foi “Não sabemos não podemos ir foi o….,etc.”.
È isto que eu não quero que se repita, não me importa que os “missários.” burgueses mintam, esse é o seu papel e aprendi a ler nas entrelinhas deles no tempo da censura, o que não quero é que os meus “missários” me mintam a mim, e aos trabalhadores em geral, em vez de fazerem autocrítica.
Quanto ao J.C.que não conheces, ele é membro do Comité Central do PCP e membro da CT da Autoeuropa eleito na lista desse partido, tem as suas opiniões, que valem o que valem, e eu apenas critico o que refiro no parágrafo anterior “não quero é que os meus “missários” me mintam a mim, e aos trabalhadores em geral, em vez de fazerem autocrítica..
Dou de barato todas as referencias a que as minhas criticam se confundem com as criticas da direita, porque foi com essas insinuações que o Socialismo real encheu as prisões e com isso tanto mal causou ao movimento operário em todo o mundo
Vemo-nos por aí, nas lutas justas e nas outras, porque mais vale participar em todas que em nenhuma, mas ninguém me vai impedir de elogiar as que achar justas, e de criticar as outras mesmo participando nelas.

PS:
Não sei companheiro donde tiras a conclusão de que seríamos escravos na Grécia Antiga, tens razão que embora tenha sido o berço da democracia, a verdade é que nem todos podiam participar. “..Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade,, “. Portanto, esta forma antiga de democracia era limitada, mas penso que não seríamos escravos, talvez estrangeiros e não poderíamos participar nas decisões, mas isso não acontece hoje aos estrangeiros no nosso País?

Quanto a melhorar os meus conhecimentos Bíblicos, sempre te digo que tenho alguns e se te referes à minha abordagem a vida de Barrabás, digo-te que não foi na Bíblia que conheces que os li, mas em outros documentos e opiniões, os mesmos que referem que João Batista (que como diz António Aleixo (teve o grande condão de ao baptizar Jesus Cristo fazer Cristo Cristão) mas como dizia, os mesmos documentos e opiniões referem que João Batista foi decapitado não pela sua crença, mas pelo seu ódio à ocupação Romana.

3 comentários:

O Broncas disse...

Companheiro A.Chora
do que escreveste só me incomodou o recurso ao direito de resposta, pois neste Blog nunca aconteceu limitações que obrigassem a tal esforço - é que temos uma regra não comtemplada na corrente "democracia", não se impedem quaisquer escritos nem se apagam comentários, cultivamos um estilo LIBERTÁRIO.

Do que escreveste retirando os recursos retóricos no caso, que até surgiram com o que publicaste no Rio, está claro que "não sais da tua, como eu não saio da minha".

Apesar disto calculo teres inaugurado um debate sobre o sindicalismo, é que apesar de não poder equiparar-me a ti, disponho-me a mexer neste tema - liberto de referências retóricas, apenas com a preocupação de descortinar como é que todas as vastas questões subjacentes jogam no comportamento e influem a vida das pessoas, a vida dos trabalhadores, a tua e a minha vida.

Sinceramente só de fim de semana, pois neste preciso momento vou viajar pela noite fora por trabalho a fazer.

Neste blog, nunca mais invoques o direito de resposta.

Unknown disse...

Companheiro,
eu não invoquei qualquer direito de respota, enviei a minha resposta ao teu artigo para a caixa de coreio do Arre Macho, apenas isso, pois creio estar certo não necessitar de utilizar tal direito neste blog.

k7pirata disse...

Mea culpa.
Apenas utilizei aquele titulo porque não era um comentário e sim material para um post.
Não vás aos arames Broncas, o titulo partiu da redacção.