Melhores dias virão.
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Mar adentro…
Neste Inverno tem sido tema de noticiários a cedência das defesas naturais ou artificiais, em vários pontos da nossa costa, perante as investidas do mar. A Costa de Caparica tem ocupado o lugar de destaque. Mas os casos generalizam-se: Esmoriz, no concelho de Ovar, é o mais recente. E se hoje o tema é a ameaça do oceano às habitações degradadas sobre a duna primária, em Agosto a notícia eram as descargas poluentes. “Todos os anos, é a mesma telenovela, a barrinha é uma fossa séptica que abre para o mar”, afirmava o presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz.
Mais a Norte, foi denunciada a construção de uma moradia com mais de 300 metros quadrados sobre as dunas da praia Suave Mar, licenciada pela Câmara de Esposende e com parecer favorável do Parque Natural do Litoral Norte. Este jogo-de-empurra (ir)responsabilidades é bem revelador do caos urbanístico do litoral e de todo um país entregue à gula da especulação imobiliária.
Os alertas são mais do que suficientes, mesmo para quem continue a ignorar as alterações climáticas globais e a subida tendencial do nível das águas do mar. Até George W. Bush, o maior responsável mundial por crimes ambientais e pelo aquecimento global, elegeu este tema no seu último discurso do estado da União. Mas basta olhar o que se passa neste pequeno rectângulo à beira-mar plantado.
Conheço bem a Costa de Caparica, até porque residi no concelho de Almada durante dez anos e durante quatro integrei a Assembleia Municipal. A Costa é alvo de intervenções há várias décadas. Nos anos sessenta do século passado, os avanços do mar causaram situações de pânico semelhantes às que hoje vivemos. A solução adoptada pela engenharia costeira foi, como em diversos pontos do litoral, a construção de esporões de pedra que chegam, nalguns casos, a ultrapassar cem metros. Durante a segunda metade da década de setenta e nas seguintes, as praias da frente urbana da Costa transformaram-se em extensos areais que fizeram as nossas delícias. Mas a Natureza tem um jogo de equilíbrios muito sensíveis, que o homem está longe de dominar. Essas areias vieram de algum lado e os efeitos da sua deslocação far-se-iam sentir, mais cedo ou mais tarde…
Já neste início de século, as praias da frente urbana da Costa começaram a minguar, para desolação de milhares de banhistas obrigados, na maré-cheia, a trepar as rochas de protecção do cordão dunar. Não se adivinhava nada de bom, mas nada foi feito. Até que, neste Inverno, se consumou a ameaça dos últimos anos, com destruição de bares na Praia de S. João e, recentemente, de parte do paredão rochoso frente ao parque de campismo do CCL. E não adianta a troca de acusações entre as diversas entidades que tutelam o litoral: o Ministério do Ambiente a APL e a Câmara de Almada. Até porque neste processo não há inocentes, desde logo em relação ao Polis da Caparica que continua a apostar em zonas ameaçadas, a prazo, pelas águas do oceano.
Embora à distância, tenho apreciado a sensatez dos técnicos do INAG, confrontados com a natural angústia das populações: a aposta na areia como primeira defesa da costa, aparentemente mais frágil que a pedra, mas também mais flexível e adaptável à dinâmica das correntes e dos sedimentos. A força do mar é capaz de partir pedra: nos anos 80, o molhe industrial de Sines foi vergado pelas ondas, dando razão à aposta feita pelos pescadores durante a sua construção. E qualquer intervenção de curto prazo não pode adiar o reordenamento urgente da a orla costeira, no respeito pela Natureza e pelos seus equilíbrios, nos quais o homem se terá de (re)inserir.
Com um olhar mais a Sul, não será preciso um tsunami para pôr a nu situações insustentáveis já criadas na península de Tróia ou na ilha de Faro, só para citar dois casos visíveis. Urge travar a betonização do Litoral Alentejano, a costa mais preservada da Europa, enquanto é tempo. Depois do resort da Sonae, da Soltróia e da Galé, vêm aí a Costa Terra, os Pinheirinhos e, quem sabe, um novo Pinheiro da Cruz.... Resta-nos Santo André, Porto Covo, o Malhão e o belo litoral de Odemira, mas por quanto tempo? É preciso agir já para evitar previsões catastrofistas para 2100, se não queremos o mar às portas de Beja e o Alqueva transformado no maior estuário da Europa!
Duas décadas sem a presença física do Zeca fazem-nos lembrar este amigo maior que o pensamento que cantou também o nosso litoral, de Odeceixe à Fuzeta, passando pelos Índios da Meia-Praia. Até num país de poetas, é preciso travar a especulação para cumprir o sonho… e evitar o pesadelo. Senão, um dia, o país de Abril vai mar adentro…
terça-feira, fevereiro 27, 2007
FÓRUM TSF - Estado da Justiça em Portugal
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
S/declaração politica dos eleitos da CDU
domingo, fevereiro 25, 2007
Contrastes na Assembleia Municipal
TÊM MEDO DO LOBO
Percebido que está o silêncio adoptado pela maioria, entrecortado apenas por balôfa retórica, impressiona o comportamento, o inesperado silêncio de toda a oposição, nomeadamente dos representantes do PêYES.
Para que isto aconteça, só vislumbro duas hipóteses:
- Temor pela recente "convicta exposição" feita pelo SrºPresidente Lobo, onde exaltou a honestidade e transparência que presidiu a todos os protocolos inerentes ao PDM, assim como da respectiva legalidade;
- Existência de outros envolvimentos, outros cozinhados, "também legais", cujas coincidências de de pessoas e interesses, seriam tão óbvias como as já identificadas.
Das duas uma, - ou temem a hipótese de um processo judicial da inicíativa do Presidente, onde seriam arguidos pela propagação de mentiras e calúnias, ou, receiam que surja um trombone a identificar outros mamões, cujas coincidências os deixaria de rastos no plano político.
Será a Ferida Assim Tão Grande???
O Manel Madeira ficou fechado nas catacumbas e não apareceu para dar animo à coisa, ficou o Patarata a falar de comboios e TGV'S (o soice até percebe de chiquelinas).
O P.S. não disse nada sobre o assunto, o B.E. nada idem (só com 2 elementos e nas votações apareceram 3). Rabos de Palha ??? Sarilhos Pequenos ou Gaio/Rosário mais as desanexações de terrrenos para construção de vivendas. Como é que em Salvaterra de Magos com uma simples dunúncia anónima a Judite entra nas instalações da C.M. e na residência da presidente, e aqui depois de tantas notícias, não haver uma simples investigação???
É curioso, muito curioso.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
20 Anos Depois
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
domingo, fevereiro 18, 2007
E vá lenha para a fogueira...
a António Fonseca Ferreira, o urbanista que preside desde 1998 à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, integrou, em lugar de destaque, a equipa com que o gabinete de projecto do arquitecto Luís Bruno Soares ganhou, em 1997, o concurso público para a revisão do Plano Director Municipal (PDM) da Moita. Fonseca Ferreira confirma que participou em "trabalhos preliminares" da revisão do plano, mas garante que se desligou da equipa quando entrou para a CCDR.A cargo do antigo director de planeamento estratégico da Câmara de Lisboa estavam os sectores fulcrais da estratégia de desenvolvimento do concelho, da habitação, do mercado imobiliário e dos solos. Com muitos planos de ordenamento no seu currículo, grande parte deles em colaboração com a empresa de Bruno Soares, Fonseca Ferreira - um socialista das áreas mais à esquerda do PS - já tinha sido, em regime de profissão liberal, um dos autores do PDM da Moita de 1993, ainda em vigor. De acordo com a proposta apresentada em Fevereiro de 1997 no concurso para a revisão deste plano, o então responsável pela requalificação da frente ribeirinha de Lisboa ficaria a liderar todos os trabalhos relativos ao planeamento estratégico. A coordenação geral da vasta equipa que meses depois ganhou a adjudicação, por 225 mil euros, pertenceria a Bruno Soares.Entre as tarefas que a proposta atribuía a Fonseca Ferreira encontrava-se o estudo do sector da habitação no município, "procurando estimar as carências quantitativas ainda existentes e caracterizar o tipo de oferta nos últimos cinco anos, assim como o tipo de promotores que intervêm no concelho, as suas estratégias, capacidades e projectos". Com recurso a diversos instrumentos de trabalho descritos no documento, entre os quais se encontravam "entrevistas a promotores imobiliários locais", competia-lhe a "definição de objectivos, estratégias, linhas de desenvolvimento e condicionantes (internas e externas) para os sectores da habitação e imobiliário no concelho".Ainda no final de 1997, Fonseca Ferreira iniciou o seu trabalho, recolhendo informação documental e reunindo-se com os vereadores e dirigentes dos serviços municipais. Três meses depois, porém, foi nomeado presidente da Comissão de Coordenação Regional (actual CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo - entidade a quem compete um lugar central no acompanhamento, e em certa medida na fiscalização, em nome do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, da elaboração de todos os PDM da região."Dei o meu contributo nesses primeiros três meses, mas desliguei-me quando assumi estas funções, em 16 de Março de 1998", disse o presidente da CCDR ao PÚBLICO, acrescentando que comunicou "verbalmente" esse facto ao coordenador da equipa e à Câmara da Moita. Fonseca Ferreira adiantou que não teve qualquer influência na preparação de oito protocolos de iniciativa camarária que, segundo os adversários do projecto de revisão do plano, favorecem os grandes promotores imobiliários e são de legalidade duvidosa. "Se eu fosse autor da matriz daquele que veio a ser o projecto de revisão desse PDM assumiria isso como uma inibição", afirmou Fonseca Ferreira, a propósito das funções de tutela que lhe cabem enquanto presidente da CCDR. Sustentando que se limitou a participar em "trabalhos muito preliminares", vincou que não se lhe põem quaisquer questões "do ponto de vista legal ou ético", pois passaram nove anos. "Sinto-me perfeitamente à vontade para tentar resolver os problemas levantados", concluiu, referindo-se às críticas ao projecto que a CCDR tem acarinhado e sobre o qual terá de se pronunciar.
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
Quem será o Rocha?
Caro amigo do Rocha
Porque esse não é o meu nome embora conheça muitos Rochas, um até esteve comigo na tropa, era o nº 9 de 12 irmãos que só por três abortos não chegaram aos 15. TRÊS abortos motivados por razões que a Física Quântica não explica.
Tal como sucedeu com a Andorinha. Tinha eu 5 anos, o vizinho, criador de galgos deixava que ela andasse comigo, até dormia junto da minha cama. Um dia fiquei triste, foi vendida a alguém de Santana, chorei quando a levaram. Passados dias, talvez duas semanas, a Andorinha apareceu-me em casa, magra e escanzelada, ainda não tinha parido.
O vizinho, com quem acabei por "fazer as pazes", acolheu-a, tratando-a como bem sabia. Quatro dias após ter chegado, quase à noite pariu 5 crias, - ainda hoje mexe comigo esta lembrança. No dia seguinte, para espanto e tristeza minha só lá estava uma cria. O velhote, o ti(...) explicou-me que a Andorinha tinha comido os filhos, deixara apenas aquele que sabia poder alimentar. Mais uns dias e isto não acontecia, ela chegou em fraqueza, fugiu, veio de Sesimbra até à Moita.
A Andorinha nunca mais teve crias, morreu tinha eu 10 anos. No dia do referendo recordei-a em conversa com um amigo, escreve neste blog, mas não se chama Rocha.
De facto não nos passou pela cabeça a comprovação Física da Quântica. Partilhámos apenas a ideia aberrante, de na vivência humana o aborto ser também um profundo e sacrificado acto maternal. Acredite que não nos lembrámos da Fisica Quântica.
Deste modo, ao comparar o tal Rocha seu amigo com um Burro, usando rapazola como trato, caracterizou-se a si próprio sem recurso aquântico - você é apenas um espécime com a mania e o saber apanhados na catequese, - de que as outras espécies, os outros animais, o burro, só existem para servir os homens, tal como Deus determinou.
Cá por mim, que não sou o seu amigo Rocha, que assino "o Broncas", - uso o conhecimento, incluindo a Física Quântica, interiorizando a "mania" de que por vontade da natureza, do universo, tenho a mesma importância que um mosquito.
Vozes ao alto!
O Festival já tem nome e data – vai ser no dia 17, no Fórum Lisboa, a partir das 21h.
A escolha do nome foi objecto de uma disputa cerrada, mas por fim ficou Vozes ao alto!, das Canções Heróicas musicadas por Fernando Lopes Graça, de quem acaba de se celebrar o centenário do nascimento, a partir de poemas de José Gomes Ferreira.
A lista dos artistas-convidados ainda não está fechada, mas podem desde já anunciar-se como confirmados os seguintes:
Ângela Pinto, António Toscano, Bartolomeu Dutra, Camacho Vieira, Carlos Alberto Moniz, Carlos Carranca, Carlos Couceiro, Clara Branco, Chullage, Coro Lopes Graça, Erva de Cheiro, Fernando Tordo, Hélder Costa, João Pimentel, Jorge Castro, Júlia Lello, Maria do Céu Guerra, Mingo Rangel, Pedro Branco, Rui Curto, Teotónio Xavier, Tino Flores, Zé Manel, Zé Pinho e mais Vozes ao Alto.
A Barraca, através de Hélder Costa e Maria do Céu Guerra, assegurará a apresentação e o alinhamento do espectáculo.
Reserva de Bilhetes: No SPGL, na Ass. 25 de Abril e exclusivamente no próprio dia no local.
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Vitória Laica
Viva a Libertação da Mulher!
Depois do SIM Vieram Os NIN...
Pois foi assim, logo depois de saber os resultados cá no nosso concelho, desloquei-me à capital para assistir a um concerto no Coliseu dos Recreios situado nas Portas de Santo Antão. Até aqui tudo bem. Quando ao chegar próximo do local, começo a ver grande aparato televisivo, era a SIC, era a RTP, era a TVI tudo nas Portas de Santo Antão. Interroguei-me e pensei para com os meus botões: "O concerto vai ser transmitido. Quero o meu dinheiro de volta."
Mas afinal os média estavam ali por causa da plataforma NÃO, reunida na Associação Comercial de Lisboa. Fiz-me à entrada do concerto e dirigi-me ao bar onde na varanda conseguia ter visão do edifício e da sala em frente. Os rapazitos e as rapariguitas, tod@s bet@s chei@s de nove horas, com carinhas de amuad@s. Comentava-se na varanda já depois de umas burras: "Vocês é que são criminosos em querer impor a vossa vontade aos outros.", lá vinham apalusos do bar para a varanda, eh eh eh.
A banda começava a fazer barulho e lá arrancamos direito a sala, para assistir a um excelente trabalho performado pelos NIN (Nine Inch Nails).
Como sou bom rapaz, bom anónimo e bom pirata, deixo-vos uma gravação da coisa ;)
terça-feira, fevereiro 13, 2007
IMPORTANTE
Desta vez, garantidos que estão os meios financeiros, serão editados 20 000 exemplares.
Para despertar a curiosidade, informaram também que serão publicadas duas entrevistas, uma ao famoso Homem das 4 Sogras e a outra, uma surpresa.
A redacção também informou que manterá um espaço até à última hora, para publicar o aguardado comunicado da C. Concelhia da Moita da CDU.
Abril em Fevereiro…
Na madrugada de 11 para 12 de Fevereiro, no rescaldo da vitória do SIM, perguntava-me uma jovem, via Internet: “Foi assim que viveste o 25 de Abril”? Ultrapassado o efeito surpresa da pergunta, lá respondi que a situação era muito diferente, não havia propriamente uma guerra nem uma revolução, etc.… E, depois de alguns “argumentos racionais”, concluí: “Sim, o que tu estás a sentir deve ser muito parecido com o que a minha geração viveu no 25 de Abril”. António Damásio explicará melhor as conexões entre razão e emoção mas, para boa parte dos “filhos da revolução”, nascidos a partir da segunda metade da década de 70, este 11 de Fevereiro foi “o seu 25 de Abril”. E, convenhamos, para muitos “kotas” como eu, este é uma espécie de “segundo 25 de Abril” – pelo menos no sentido da entrada de Portugal na modernidade do século XXI.
A vitória política do SIM no referendo é inquestionável. Valeu a pena a paciência democrática de oito anos de espera pela “segunda volta” do referendo de 1998. E não foi fácil, exigiu muito esforço e perseverança. Recordo o movimento cívico que, em 2004, apresentou à Assembleia da República uma petição com mais de 125 mil assinaturas por um novo referendo, ignorada por uma maioria em que pontificavam Durão Barroso, Paulo Portas, Marques Mendes e Bagão Félix. Eles tinham todas as razões para temer o referendo, como agora ficou demonstrado. E, se não atingimos ainda os 50% de participação que o tornariam formalmente vinculativo, a abstenção recuou 12 pontos e o quase “empate técnico” de 1998 deu lugar a uma vantagem de mais de 18% para o SIM!
O parlamento tem inquestionável legitimidade política para legislar no cumprimento da vontade expressa do eleitorado: “a despenalização da IVG, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado”. E não é despiciendo que esta legitimidade tenha sido confirmada nas urnas. Ao ouvir alguns assanhados partidários do NÃO, na noite da derrota, pressentia-se a saudade dos “velhos tempos” de Salazar, quando a abstenção foi contabilizada como um voto a favor da Constituição de 1933… Felizmente não são essas as regras da democracia, cujos riscos valem sempre a pena e cujos custos só podem ser contabilizados como benefícios. É que se o parlamento alterasse a lei sem novo referendo, não faltariam os cortejos e as romarias por esse país fora. Assim, ficam as lamentações…
É verdade, no que toca à reparação das injustiças contra as mulheres e no apoio à maternidade, consciente, que há muito por fazer. Mas, a partir de agora, abrem-se novos horizontes, a começar por uma lei justa que quebre o isolamento da mulher no momento da sua decisão mais difícil e almeje a redução drástica do aborto clandestino. Um novo impulso ao planeamento familiar só pode começar por uma educação sexual informada e desinibida nas escolas – a clandestinidade e o sentimento de culpa são sempre os piores conselheiros, nesta como noutras áreas.
A vitória do SIM tem ainda outro significado profundo: a afirmação dos valores da República e do Estado laico, o princípio da separação das Igrejas do Estado que é vital para a própria liberdade de todos os cultos e da propaganda religiosa ou anti-religiosa. Isto é, o Estado democrático não pode nem deve conformar-se ou acolher uma particular concepção ético-religiosa e dar-lhe força de lei, como acontecia até hoje com a questão do aborto em Portugal. E é justo salientar o contributo de muitos católicos nesta decisão histórica do povo português, ao recusarem o condicionamento da sua consciência por uma hierarquia retrógrada: além das ameaças de excomunhão de alguns bispos, o próprio Papa – SS Ratzinger – chegou ao desplante de equiparar aborto e terrorismo. Só por pudor ou alguns telhados de vidro não terá falado no Holocausto, como o Bispo de Bragança em 1998…
Saúdo as vozes corajosas de leigos e membros do clero em defesa do SIM, da tolerância e da dignidade das mulheres, tratadas como cidadãs de segunda classe pela hierarquia – quando é que acabará a expiação do “pecado original”? Não é assunto que me toque particularmente, mas alarga-se o conflito entre uma Igreja que opte por calçar “as sandálias do pescador” e a sua hierarquia, comodamente instalada no trono de Roma – o mesmo que lançava o povo cristão às feras!
Por último, uma saudação muito especial a todas e a todos os que integraram e/ou subscreveram a plataforma “BEJA pelo SIM”, aberta do primeiro ao último dia, sem nenhuma discriminação. Podem orgulhar-se do seu contributo cívico para a expressiva vitória do SIM no nosso distrito.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Tché ome
Ora vejam e comparem, provávelmente caso único a nível nacional.
Eleitores - 980
Votantes - 593
Abstenção - 39 %
SIM - 547 - 92,87 %
NÃO - 42 - 7,13 %
Francisco Louçã diría: Bem-Vindos ao século XXI que Sarilhos Pequenos já cá está.
A Carinha "deles"
A diferença entre os que o Broncas observou e os que eu observei é que os meus são dos que injectam, são mais refinados, não correm , passeiam. Eles, vestidos de fato domingueiro, uns mais pareciam aqueles senhores das funerárias, os outros, gêénierres reformados. Elas, todas muito delicodoces, tipo, não me toques, que me desafinas. Mal podiam pisar o chão enlameado não fosse o verniz dos sapatos perder a graça. Todos muito sorridentes, pelo menos até á contagem dos votos. A procissão não chegou a sair, sim , porque a gente faz cortejos, comícios e nao sei que mais, eles é missas e procissões , tudo organizado por aquela "mocidade portuguesa" dos escuteiros, todos contentes por terem nascido, e eu, farto disto tudo,a pensar que ainda há gente que gostava de ver mulheres a serem humilhadas em tribunal. Resta-me o consolo de viver num concelho onde a grande maioria trata a mulher por igual.
domingo, fevereiro 11, 2007
A LEI que se LIXE
Metros adiante do local de voto observei gente e mais gente que vinha de carreirinha lá do lado da Igreja, acabara a última missa, íam todos e todas votar. Íam alegres e determinados, até os mais velhos marchavam com pressa,- achei estranho(...) talvez para não perderem o efeito da droga, aliás, da benzedura que é "legal".
Percebi que aquela gente, coitada, nem teve tempo de reflexão, que foi impedida até à última missa, à última homília, neste caso proferida pelo Padre "Terrorista" que ainda há bem pouco apelou à oração para que o Barco se afundasse.
Este facto deu-me o direito de mandar a lei às malvas. Por isso nesta hora estou neste combate contra a exclusividade do desmando Canónico que persiste em abandalhar a Constituição da República.
Hoje por todo o país, naquelas horas, aconteceu a manipulação pelos artifícios da benzedura da StªMadre Igreja.
No caminho, um velhota com o cartão de eleitor na mão, perguntou-me onde é que ía votar, expliquei-lhe o local e até a posição dos quadrados do sim e do não, de repente, olhando para a minha neta disse que ela é bonita e que ía votar não. Fiquei calado, conheço-a bem, até conheço a neta que abortou em Badajoz por vontade da beata da mãe, pessoa sem trambelho que andou por aí, porventura em penitência, a distribuir manifestos pelo Não.
Fiquei instintivamente afónico, com raiva à velha, ainda por cima destentada e quase careca, com pêlos a sair das orelhas orelhudas - contive-me, embora já sem respeito nenhum por aquele espécime triunfante, com os miolos no bandulho cheio de Deuses.
Por vezes é impossível conversar com alguém drogado, neste caso, uma velha já incapaz de se libertar do efeito da benzedura da Stªa Madre Igreja Católica.
NEM QUE SEJA POR UM VOTO, a hipocrísia tem de ser arredada, adiada. Vencer é difícil, só será possível quando a inteligência recusar inventar mais deuses.
sábado, fevereiro 10, 2007
Reflexão para DOMINGO
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Carminho & Sandra
Carminho senta-se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe conduz o carro e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de Espanha.
(Mais abaixo na cidade)
Sandra senta-se no banco côr de laranja do autocarro 22 que sai de Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela. Encosta o guarda-chuva aos pés gelados e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho da casa de uma Senhora.
O BMW e o autocarro 22 cruzam-se a subir a Avenida Infante Santo.
Carminho despe-se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Veste uma bata verde. Deita-se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe entoa palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente-se a adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala. Chora enquanto dorme.
Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa, brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa de lhe recuperar a infância. A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora. A Senhora abre-o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente-se doente e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme.
Carminho acorda do seu sono induzido. Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo. Sai da clínica de rosto destapado. Sabe-lhe bem o ar fresco da manhã. É tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surge na estrada a dizer PORTUGAL, Carminho chora convulsivamente.
Sandra não acorda. E não acorda. E não acorda. A mãe geme baixinho desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A Senhora não deixa: "ponha-se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá em baixo, livre-se de dizer a alguém que eu existo". A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho cansado, chama o 112 e a polícia. Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não poderás ter mais filhos, Sandra, disse-lhe uma médica, emocionada. Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco da manhã. No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a um tribunal do seu país: Portugal.
Eu voto sim. Pela Sandra e pela Carminho. Pelas suas mães e avós. Por mim.
Rita Ferro Rodrigues
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Dr. NÃO
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Mais grave que Marvila?
- 1- Com vista à viabilização da terceira travessia do rio Tejo, no eixo Chelas-Barreiro, na área delimitada nas plantas anexas ao presente decreto, que dele fazem parte integrante, ficam sujeitos, pelo prazo de dois anos, e sem prejuizo da respectiva prorrogação, quando tal se mostre necessário, por prazo não superior a um ano, a prévia autorização da REFER e da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo os seguintes actos e actividades:
- a) Criação de novos núcleos populacionais;
- b) Construção, reconstrução ou ampliação de edifícios ou outras instalações;
- c) Instalação de explorações ou ampliação das já existentes;
- d) Alterações importantes, por meio de aterros ou escavações, à configuração geral do terreno.
- 2- As câmaras municipais não podem, sob pena de nulidade, conceder quaisquer licenças ou autorizações relativas aos actos e actividades identificados no numero anterior sem que esteja concedidas as autorizações no mesmo previstas.
Ora tudo isto se pode ler aqui no Diário da República. É grave!
terça-feira, fevereiro 06, 2007
O LOBO ESTÁ MASCARADO
- generalidades preambulares adequadas à introdução de um qualquer discurso, relativo a um qualquer PDM;
- nenhuma explicação detalhada aos diferenres casos concretos referenciados na imprensa;
- silêncio protector de nomes e processos de envolvimento por interesses específicos, alheios ao bem público, já sobejamente identificados.
No blá, blá usado referiu um erro do jornalista, um despropósito, privilegiando um ataque à impunidade dos anónimos, de tal forma que permite concluir:
- que os moradores da Várzea são todos anónimos;
- que os jornais locais e quem lá escreve são todos anónimos;
- que alguns vereadores são anónimos.
Tudo e todos, uma cambada de cobardes que escudados no anonimato, impedem o Srº Presidente de proceder judicial e criminalmente contra quem lança tais suspeições.
Neste caso os blogues, únicos anónimos, pouco mais fizeram do que martelar, repetir aquilo que a maioria nos orgãos autárquicos sabendo, escondem.
É também por isto que continuo a aguardar um comunicado da Comissão Concelhia da Moita do PCP.
João Lobo Finalmente Responde
Reunião Da Vereação
Amanhã quarta-feira, realiza-se mais uma reunião do executivo camarário. Vai ser o bom e o bonito. A julgar pelas últimas notícias, toda a oposição deverá "cascar" e tentar apurar respostas sobre os temas quentes que têm vindo a "Público". Só é pena a reunião não ser pública, pois essas estão apontadas para a última quarta-feira de cada mês e logo por azar ainda estamos no princípio de Fevereiro. No entanto, fica o calendário das reuniões com acesso ao público aqui ao lado.
Hora H
Ao fim de uma semana de campanha e a cinco dias do Referendo sobre a despenalização do aborto, já é possível fazer um balanço. A primeira constatação é que muita coisa mudou nestes oito anos e meio: o NÃO vencedor em 1998, por uma estreita margem, carrega às costas um pesado fardo que bem tenta alijar, mas sem êxito. Na nossa memória colectiva estão as imagens dos julgamentos de mulheres na Maia, em Setúbal, em Aveiro, em Lisboa… Eis o resultado inevitável da actual lei que investiga, devassa, julga e criminaliza as mulheres vítimas de aborto clandestino com uma pena de prisão até três anos, segundo o artigo 140.º do Código Penal. Os que hoje querem que tudo fique na mesma são os mesmos que em 1998 MENTIRAM com todos os dentes quando garantiram que mais nenhuma mulher seria julgada – e uma mentira com dolo, pois sabiam que nada podiam prometer.
Hoje, vendo que o povo português abomina estes julgamentos que nos colocam na cauda da Europa, vêm com falinhas mansas repetir a mesma mentira. Primeiro foi o prestidigitador Marcelo no site “Assim Não”: em causa não estaria a despenalização do aborto, mas sim a sua liberalização. Dele tratou, de forma exemplar, Ricardo Araújo Pereira na rábula do “Gato Fedorento”. Pergunta a menina de Cascais: “O aborto é uma coisa extremamente horrível, não é, professor? É! E devia ser proibido? Exacto! Mas eu poderia fazê-lo? Podia! E o que é que me acontecia? Nada!”.
À boleia de Marcelo vem, no último fim-de-semana, Marques Mendes prometer uma alteração ao Código Penal, desde que o NÃO ganhe… “Ganda nóia!” Só que o PSD foi governo durante três anos e nada fez para reduzir as penas e, menos ainda, para evitar os julgamentos de mulheres. Pior: em 2005, com o CDS, votaram contra uma petição de mais de 120 mil cidadãos que solicitava a realização de um novo referendo sobre o aborto. Ou sejam: querem que tudo fique como está!
Na mesma onda de uma pseudo despenalização, um novel intelectual português, recentemente doutorado em Navarra, declarava ao “Expresso” de 27 de Janeiro: “O aborto deve ser um crime sem pena. É um problema de consciência. Sou pela despenalização, mas há que reprovar a sua prática.” Adivinhe quem é o autor: já morou em Belém mas regressou à Madre de Deus. Exactamente: Ramalho Eanes. Crime sem pena? Julgará o senhor general que vive numa república das bananas? A coisa soava mais autêntica quando o homem das patilhas ainda usava óculos escuros…
Na mesma linha, as deputadas independentes do PS, propõem que não haja pena de prisão efectiva, desde que a mulher se confesse criminosa e peça perdão à sociedade; nesse caso, a prisão poderia ser substituída por uma espécie castigo de “serviço social”. Ainda me consigo espantar com esta proposta, vinda de mulheres inteligentes e supostamente caridosas, como Maria Rosário Carneiro: querem impor uma penitência à mulher, confundindo o Estado com o Templo! Deviam reflectir nas palavras de Jesus Cristo: “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Infelizmente, continuam a encarar-se a si próprias com o complexo das “filhas de Eva” – a primeira pecadora – e desconfiam do livre arbítrio da mulher que só pode trazer “perturbação” à sociedade. A que distância ficam do artigo notável de Frei Bento Domingues “Por opção da mulher”: “Para os cristãos, esta desconfiança em relação às mulheres deveria ser insuportável. Não foram as mulheres que testemunharam que Jesus estava vivo, quando os Apóstolos já tinham concluído que estava tudo acabado? Não foi Maria Madalena a escolhida, por Jesus para evangelizar os Apóstolos?”.
Basta de hipocrisia! Quase prefiro a franqueza de um Fernando Santos ou de um Gentil Martins que defendem que uma mulher, mesmo vítima de violação ou transportando uma malformação do feto, deve ser obrigada a carregar a gravidez até ao fim! E condenada a pena de prisão, pois claro, se ousar interrompê-la. Há uns séculos, iriam para a fogueira. Hoje, podem dar-se por satisfeitas por irem parar às Mónicas ou a Custóias… Mas essa ameaça só pode ser definitivamente varrida com a vitória do SIM no próximo dia 11 de Fevereiro.
Em julgamento vão estar também a ausência duma verdadeira política de planeamento familiar e de uma educação sexual realista e desinibida. No banco dos réus, entre outros, estão Mariana Cascais e Bagão Félix, o ministro mais anti-social desde o 25 de Abril e que hoje chora lágrimas de crocodilo pelos gastos com a despenalização do aborto… O povo não pode desperdiçar esta oportunidade soberana para varrer as réstias do Portugal salazarento que alguns tentam ressuscitar.
Natália Correia e a IVG
Em maré de novo referendo sobre a IVG, vale a pena recordar o célebre episódio parlamentar. Em 3 de Abril do já bem recuado ano de 1982, num debate na Assembleia daRepública sobre a legalização do aborto, dizia o deputado do CDS JoãoMorgado: «O acto sexual é para ter filhos».
A resposta de Natália Correia não se fez esperar, com a acutilância e a graça que só ela sabia pôr em poema – depois publicado (5 de Abril) pelo Diário de Lisboa – suscitando a hilariedade de todas as bancadas parlamentares:
Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração!
-uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
(Natália Correia, 3 de Abril de 1982
domingo, fevereiro 04, 2007
Um Presidente PIMPÃO
sábado, fevereiro 03, 2007
Fumo Branco
Mais vale tarde que nunca.
A Igreja Não Faz Campanha???
Ah pois não! A Igreja é o maior partido político que eu tenho conhecimento. Como explicam esta propaganda sobre o referendo na vitrine da "Vossa" Senhora Da Boa Viagem? HIPÓCRISIA meus amigos.
- Uma violação pode gerar uma gravidez (e agora? O argumento do coração já não conta?).
- Os métodos contraceptivos não são totalmente seguros (é certo e comprovado).
- O vão de escada continua a matar mulheres que não têm posses monetárias para se deslocar a países onde é permitido a interrupção da gravidez (mais que sabido).
- As Freiras e os Padres não são de pau, quando dá para o torto é uma carrada de afilhados ou o desmancho ilegal (até os bichinhos gostam).
- Etç, etç, etç.
Chega de qurerem impor a vossa moral aos que querem optar.
Maravilhosamente Hipnotizador
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Que o vento o leve... para lá de longe.
Cá para mim ainda arranjam maneira de colocá-lo dentro da escola e até mesmo dentro das salas, pelo menos o gajo pendurado no sinal mais já lá está.
Mais Um Diário...
...que aborda a "situação" cá pelo concelho. Desta feita a notícia é divulgada no Diário de Notícias, na pag. 33. Esperava mais empenho por parte da correspondente de Almada, mas ok. O Brocas já digitalizou a página e aqui fica para mais tarde recordar.
(clique na foto para melhor visualizar)
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Setúbal Pelo Sim
A coordenação, SETÚBAL PELO SIM, toma posição face à situação noticiada pelo Diário de Notícias de dia 1 de Fevereiro de 2007, vivida nos Jardins-de-infância do Centro Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada em Setúbal, onde crianças utentes deste equipamento social foram utilizadas como veículos de propaganda dos movimentos do não ao referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, através de folhetos radicais e hediondos (carta de um feto a uma mãe) colocados nas suas mochilas.
É com total desagrado que vimos uma instituição reconhecida e apoiada pelo Estado, promover de forma inaceitável, desrespeitadora das crianças e das suas famílias e violenta na mensagem que veiculou, a desinformação relativa à pergunta que vai ser colocada aos portugueses e às portuguesas dia 11 de Fevereiro.
Os movimentos do Sim que compõem esta coordenação defendem uma campanha séria, respeitadora das liberdades e garantias de um estado democrático através de uma discussão saudável na defesa das diferentes posições face à pergunta do referendo.
Afirmamos os princípios da tolerância, da liberdade e do respeito pelo debate sério e plural desta campanha, reafirmando a nossa total rejeição pela utilização e instrumentalização das crianças neste processo e pela falta de ética plasmada na atitude do Centro Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada, reconhecido pelo Estado Português através do estatuto de utilidade pública, o qual lhe confere importante responsabilidade na forma como actua no contexto da comunidade onde se insere.
- Responsabilidade e cidadania pelo SIM
- Voto SIM
- Jovens pelo SIM
- Médicos pela Escolha
A Saga Continua
Seguindo atentamente este caso está o AVP para onde os reencaminho com a notícia do Público de hoje num post intitulado "F1 - Mais um tiro na fragata". Já devem ter sido lançados à agua os botes salva vidas, (ou os Kaiaks) mas que a coisa ainda vai levar mais uns tiros, ai isso vai.