domingo, fevereiro 11, 2007

A LEI que se LIXE

Era quase hora de almoço, levei a neta no carrinho e decídi ir votar, tirei-a do carro e acompanhou-me no SIM - tem dois anos, não percebe, mas p'las birras que faz por cada vez que se aperta os cintos da cadeirinha, mostra ter uns neurónios libertários bem apurados. Cá por mim, a ditadura canónica e masculina não irá lixar a minha neta.

Metros adiante do local de voto observei gente e mais gente que vinha de carreirinha lá do lado da Igreja, acabara a última missa, íam todos e todas votar. Íam alegres e determinados, até os mais velhos marchavam com pressa,- achei estranho(...) talvez para não perderem o efeito da droga, aliás, da benzedura que é "legal".

Percebi que aquela gente, coitada, nem teve tempo de reflexão, que foi impedida até à última missa, à última homília, neste caso proferida pelo Padre "Terrorista" que ainda há bem pouco apelou à oração para que o Barco se afundasse.

Este facto deu-me o direito de mandar a lei às malvas. Por isso nesta hora estou neste combate contra a exclusividade do desmando Canónico que persiste em abandalhar a Constituição da República.
Hoje por todo o país, naquelas horas, aconteceu a manipulação pelos artifícios da benzedura da StªMadre Igreja.

No caminho, um velhota com o cartão de eleitor na mão, perguntou-me onde é que ía votar, expliquei-lhe o local e até a posição dos quadrados do sim e do não, de repente, olhando para a minha neta disse que ela é bonita e que ía votar não. Fiquei calado, conheço-a bem, até conheço a neta que abortou em Badajoz por vontade da beata da mãe, pessoa sem trambelho que andou por aí, porventura em penitência, a distribuir manifestos pelo Não.

Fiquei instintivamente afónico, com raiva à velha, ainda por cima destentada e quase careca, com pêlos a sair das orelhas orelhudas - contive-me, embora já sem respeito nenhum por aquele espécime triunfante, com os miolos no bandulho cheio de Deuses.
Por vezes é impossível conversar com alguém drogado, neste caso, uma velha já incapaz de se libertar do efeito da benzedura da Stªa Madre Igreja Católica.

NEM QUE SEJA POR UM VOTO, a hipocrísia tem de ser arredada, adiada. Vencer é difícil, só será possível quando a inteligência recusar inventar mais deuses.

4 comentários:

AV disse...

Não havia necessidade.
A vitória foi por larga margem.

AV disse...

Claro que havia necessidade, não é só a vitória que conta, mas sim a mudança de postura sobre dogmas e a analogia que o Broncas faz da religião com a Droga tem muito a ver e é relevante da mentalidade dos portugueses que é muito influênciada pela religião cristã e pelos seus apologistas que não se importam de apelar ao voto, mesmo sabendo que estão contra a lei de Deus.

AV2

Agnus disse...

Eis um post com o aroma de Marx.
Que coisa detestável, tanto ódio contra a Igreja, que nunca lhe fez mal nenhum. E tal é o seu ódio que não se cala. Pois até a "velha,[...] destentada e quase careca, com pêlos a sair das orelhas orelhudas" lhe deu ódio por vir da missa e ir votar no Não. Ou será que o ódio seria das orelhas orelhudas e peludas ou apenas de ser velha ou de ser católica? Não, de ser velha não seria, pois vc ao que parece é velho também, mas dos modernos, claro, dos que votam no sim, e dos que não têm orelhas grandes nem peludas. É dos velhos com os olhos fechados, fechados pelo ódio à Santa Igreja.

"A religião é o ópio do povo"
Sabe quem o disse? Foi o seu amigo Marx e até concorda com o infeliz ao comparar a fé com uma droga:

"talvez para não perderem o efeito da droga, aliás, da benzedura que é "legal"."

"Por vezes é impossível conversar com alguém drogado" Pois é verdade isso que disse. É dificl conversar com alguem intoxicado, e o que intoxica é mau e ruim. Mas aqui nesta frase vc mesmo diz quem é o drogado e que droga era: "neste caso, uma velha já incapaz de se libertar do efeito da benzedura da Stªa Madre Igreja Católica." Em suma: a drogada é a velha orelhuda, careca e peluda e a droga é a benzedura da Sta Igreja Católica.

E o senhor, tal como a sua neta é bem libertário, grita grita... mas a Santa Igreja põe-nos o cinto na mesma: para nossa [minha, sua e até da velhota] protecção. Já viu que ditatorial que é a igreja, mesmo não querendo ela nos proteje sempre, como uma BOA MÃE, e bom avô faz, e até para o efeito usa um "Padre "Terrorista"" e uma "ditadura canónica". O seu ódio à Sta Madre (mãe) Igreja é tanto que até chama à Sua Santíssima Lei de ditatorial e os seus agentes, os padres, de terroristas. Mas o seu amor a Marx,verdadeiro tóxico, coisa ruim e má, não o deixa ver a imperfeição da constituição da repuplica que está toda remendada. De tão 'perfeita' que é a constituição já foi "aperfeiçoada". E a Sta Lei? Essa sim, é Perfeita, nunca nem será remendada, porque é perfeita.

Desintoxique-se da mentira, deixe Marx, deixe o ateímos de fora. E compreenda a perfeição da Lei Divina.

Anónimo disse...

Caro Agnus
Sem saber onde foi buscar o "aroma de Marx", explico-lhe que o referido ódio é apenas raiva - é que eu descobri por investigação ser descendente de uma Maria,linda que com 15 anos não entregou "à roda" o seu bébé, filho de um fidalgo que nunca o reconheceu, ela foi queimada em lisboa, acusada de bruxa, de desafiar os homens para maus caminhos.

Fui delicado ensinei à velha como votar, mas porque a conheço, e lá da missa você também, sempre foi má, p'rós vizinhos, marido, filhos e netos. Tem mau feitio, intriguista e fingida. O seu deus será um granda parvalhão se por rezas e penitências lhe garantir o tal Reino dos Céus...

Quer goste quer não, Marx existiu, o bandalho Pio XII tambám, mas o seu deus é apenas uma invenção que você sustenta.

Desculpe o atraso.