Na actual situação do Médio Oriente, oponho-me ao envio de uma força internacional para o território Libanês e opôr-me-ei também frontalmente à eventual participação de Portugal.
Outra atitude, só será possível se verificarsse o regresso das forças militares Israelitas às posições anteriores ás ocupações de 1967 na Palestina, a par da retirada imediata do Líbano, com troca de prisioneiros, pondo fim imediato à destruição e massacres a que se assiste.
O contrário disto, é a manutenção de todos os factores que sempre determinaram a existência daquele conflito. Actualmente significaria transformar a latente conivência States/Israel num maior envolvimento deste no processo violento de "aniquilação de vários países daquela região" enquanto Estados soberanos.
Mas afinal, - quem sou eu?...
MESMO ASSIM. É O QUE EXIJO.
domingo, julho 30, 2006
sábado, julho 29, 2006
sexta-feira, julho 28, 2006
quinta-feira, julho 27, 2006
Os muros do Império
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A notícia não teve eco na imprensa portuguesa mas o 1.º de Maio de 2006, nos EUA, assistiu às maiores manifestações desde o fim da II Guerra Mundial: 120 anos depois da saga dos mártires de Chicago, o Dia Internacional dos Trabalhadores fica na história da América como “O Dia sem Imigrantes”. “Somos milhões de costa a costa, vamos mudar este país”, declarava à CNN Javier Rodríguez, da Coligação 25 de Março, contra a nova lei de imigração em debate no Senado.
Obras, fábricas e campos abandonados, lojas, escolas e restaurantes vazios, transportes parados e milhões de manifestantes nas ruas das 75 maiores cidades. Los Angeles foi o epicentro de todos os protestos, com um milhão de pessoas na rua; em Chicago eram mais de 300 mil latino-americanos, polacos, irlandeses, chineses..., a somar às marchas e manifestações de Washington, Dallas, Phoenix, Nova Iorque, Denver, San Francisco, San Diego, Milwaukee ou Atlanta.
É simbólica a escolha do 1.º de Maio para o eclodir deste gigante adormecido: os imigrantes estiveram na origem do pujante movimente operário norte-americano que, há um século, tinha uma das expressões mais combativas no IWW – operários industriais do mundo. Em 2006, a luta das camadas inferiores do proletariado, representadas pelos imigrantes ilegais, teve enorme repercussão e apoio de outros trabalhadores: em Los Angeles mais de metade dos professores não deram aulas.
Alguns economistas mostram-se preocupados com a ameaça de expulsão em massa de ilegais, cujo contributo representa cerca de 2% do crescimento da economia norte-americana. Em 2004, devido à escassez de mão-de-obra ilegal para a colheita de alface, na Califórnia houve uma perda quase total da produção e prejuízos da ordem dos mil milhões de dólares – inferiores, no entanto, aos custos de contratação de trabalhadores norte-americanos ou de imigrantes legais. Algo de semelhante ocorre em pleno Alentejo, nas estufas do Brejão a Vila Nova de Milfontes.
Em Abril de 2005, “La Prensa”, de Nova Iorque, anunciava uma tragédia iminente na fronteira do Arizona com o vizinho estado mexicano de Sonora, onde o grupo paramilitar “Minuteman Project” e outros bandos praticam a “caça ao imigrante” como uma espécie de “desporto radical”. No deserto de Yuma, na Califórnia, num cemitério clandestino, estavam enterrados 180 brasileiros – é comum a descoberta de ossadas nas terras desérticas. Para agravar este estado de coisas, em Dezembro de 2005 o Congresso dos EUA aprovou um projecto de lei que prevê a construção de mais 1600 quilómetros de muros na fronteira – já há um muro próximo das cidades de Tijuana e Juarez.
O arcebispo primaz do México considerou que os EUA deveriam criar pontes, em vez de construir muralhas: “proclamam a globalização, mas não são coerentes". Já a Confederação Nacional Camponesa avisa que cinco milhões de agricultores mexicanos sem-terra “são candidatos a emigrar para as cidades e para os EUA, pois em 2005 o emprego no campo diminuiu 47%”. Mais de metade dos dez milhões de mexicanos que vivem nos EUA estão em situação ilegal. Um milhão de pessoas por ano atravessa a fronteira “a salto” e mais de 400 morrem no deserto ou afogados no rio Bravo.
Os muros são mais um obstáculo desumano para milhares de imigrantes, mas revelam-se ineficazes perante o crime organizado e o narcotráfico. Em Janeiro de 2006 foi descoberto um túnel de mais de um quilómetro de extensão, a 26 metros de profundidade, com início numa casa em Tijuana e fim num armazém de Otay Mesa, na Califórnia. Construída em betão armado, com mais de cinco metros de diâmetro, instalação eléctrica, ventilação, saneamento e um sistema de elevadores e roldanas para levantamento e transporte de cargas, esta verdadeira obra de engenharia só é possível com grandes meios e conivências poderosas. A construção de um novo muro só vem espicaçar a capacidade de inovação dos cartéis da droga, que dispõem de recursos quase ilimitados.
Seguindo a visão securitária dos neocons, George W. Bush anunciou o destacamento de seis mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira com o México e pediu ao Congresso mais dois mil milhões de dólares para um programa de vigilância de alta tecnologia, com vedações invisíveis, câmaras e sensores. Mas, enquanto persiste uma globalização não solidária e as desigualdades se aprofundam por todo o planeta, a imigração continuará a ser um barril de pólvora, pronto a explodir nas próprias metrópoles. O problema do Império – de todos os impérios – é que não pode prescindir dos “bárbaros” que, inexoravelmente, o cercam: por fora, mas também (e sobretudo) por dentro.
Alberto Matos
A notícia não teve eco na imprensa portuguesa mas o 1.º de Maio de 2006, nos EUA, assistiu às maiores manifestações desde o fim da II Guerra Mundial: 120 anos depois da saga dos mártires de Chicago, o Dia Internacional dos Trabalhadores fica na história da América como “O Dia sem Imigrantes”. “Somos milhões de costa a costa, vamos mudar este país”, declarava à CNN Javier Rodríguez, da Coligação 25 de Março, contra a nova lei de imigração em debate no Senado.
Obras, fábricas e campos abandonados, lojas, escolas e restaurantes vazios, transportes parados e milhões de manifestantes nas ruas das 75 maiores cidades. Los Angeles foi o epicentro de todos os protestos, com um milhão de pessoas na rua; em Chicago eram mais de 300 mil latino-americanos, polacos, irlandeses, chineses..., a somar às marchas e manifestações de Washington, Dallas, Phoenix, Nova Iorque, Denver, San Francisco, San Diego, Milwaukee ou Atlanta.
É simbólica a escolha do 1.º de Maio para o eclodir deste gigante adormecido: os imigrantes estiveram na origem do pujante movimente operário norte-americano que, há um século, tinha uma das expressões mais combativas no IWW – operários industriais do mundo. Em 2006, a luta das camadas inferiores do proletariado, representadas pelos imigrantes ilegais, teve enorme repercussão e apoio de outros trabalhadores: em Los Angeles mais de metade dos professores não deram aulas.
Alguns economistas mostram-se preocupados com a ameaça de expulsão em massa de ilegais, cujo contributo representa cerca de 2% do crescimento da economia norte-americana. Em 2004, devido à escassez de mão-de-obra ilegal para a colheita de alface, na Califórnia houve uma perda quase total da produção e prejuízos da ordem dos mil milhões de dólares – inferiores, no entanto, aos custos de contratação de trabalhadores norte-americanos ou de imigrantes legais. Algo de semelhante ocorre em pleno Alentejo, nas estufas do Brejão a Vila Nova de Milfontes.
Em Abril de 2005, “La Prensa”, de Nova Iorque, anunciava uma tragédia iminente na fronteira do Arizona com o vizinho estado mexicano de Sonora, onde o grupo paramilitar “Minuteman Project” e outros bandos praticam a “caça ao imigrante” como uma espécie de “desporto radical”. No deserto de Yuma, na Califórnia, num cemitério clandestino, estavam enterrados 180 brasileiros – é comum a descoberta de ossadas nas terras desérticas. Para agravar este estado de coisas, em Dezembro de 2005 o Congresso dos EUA aprovou um projecto de lei que prevê a construção de mais 1600 quilómetros de muros na fronteira – já há um muro próximo das cidades de Tijuana e Juarez.
O arcebispo primaz do México considerou que os EUA deveriam criar pontes, em vez de construir muralhas: “proclamam a globalização, mas não são coerentes". Já a Confederação Nacional Camponesa avisa que cinco milhões de agricultores mexicanos sem-terra “são candidatos a emigrar para as cidades e para os EUA, pois em 2005 o emprego no campo diminuiu 47%”. Mais de metade dos dez milhões de mexicanos que vivem nos EUA estão em situação ilegal. Um milhão de pessoas por ano atravessa a fronteira “a salto” e mais de 400 morrem no deserto ou afogados no rio Bravo.
Os muros são mais um obstáculo desumano para milhares de imigrantes, mas revelam-se ineficazes perante o crime organizado e o narcotráfico. Em Janeiro de 2006 foi descoberto um túnel de mais de um quilómetro de extensão, a 26 metros de profundidade, com início numa casa em Tijuana e fim num armazém de Otay Mesa, na Califórnia. Construída em betão armado, com mais de cinco metros de diâmetro, instalação eléctrica, ventilação, saneamento e um sistema de elevadores e roldanas para levantamento e transporte de cargas, esta verdadeira obra de engenharia só é possível com grandes meios e conivências poderosas. A construção de um novo muro só vem espicaçar a capacidade de inovação dos cartéis da droga, que dispõem de recursos quase ilimitados.
Seguindo a visão securitária dos neocons, George W. Bush anunciou o destacamento de seis mil soldados da Guarda Nacional para a fronteira com o México e pediu ao Congresso mais dois mil milhões de dólares para um programa de vigilância de alta tecnologia, com vedações invisíveis, câmaras e sensores. Mas, enquanto persiste uma globalização não solidária e as desigualdades se aprofundam por todo o planeta, a imigração continuará a ser um barril de pólvora, pronto a explodir nas próprias metrópoles. O problema do Império – de todos os impérios – é que não pode prescindir dos “bárbaros” que, inexoravelmente, o cercam: por fora, mas também (e sobretudo) por dentro.
Alberto Matos
terça-feira, julho 25, 2006
Verdura Fresquinha
segunda-feira, julho 24, 2006
O Navegador Narcisista
Infelizmente,
na gratuita
névoa oceânica
o poeta partiu
E os acasos e mudanças
do tenebroso vento
fizeram o navegador
ainda mais solitário
Compreendeu um dia
que o mar faz-se de partilhas,
de abraços e muita serenidade
oculta num mar revolto
Sem essa vulnerabilidade
o poeta cai, o navegador
é naufrago, a bruxa sempre adivinha
o que nos vai na alma
Em rotas circulares
o aventureiro navegador
perde-se, ensimesma-se com o seu próprio rosto
vai à bolina com o seu narcisístico olhar
E encalha, gratuitamente
fica na modorra das cálidas
águas superficiais.
na gratuita
névoa oceânica
o poeta partiu
E os acasos e mudanças
do tenebroso vento
fizeram o navegador
ainda mais solitário
Compreendeu um dia
que o mar faz-se de partilhas,
de abraços e muita serenidade
oculta num mar revolto
Sem essa vulnerabilidade
o poeta cai, o navegador
é naufrago, a bruxa sempre adivinha
o que nos vai na alma
Em rotas circulares
o aventureiro navegador
perde-se, ensimesma-se com o seu próprio rosto
vai à bolina com o seu narcisístico olhar
E encalha, gratuitamente
fica na modorra das cálidas
águas superficiais.
sábado, julho 22, 2006
O Eremita Circunspecto
Particular existência do mal
Malignas cogitações na periferia
dos olhares transviados
Coágulos insuspeitos, miudezas
da carne e do espírito
Opíparas bocas sedentas de ambição
Nascem as mais vetustas leis
as perversas criaturas do pensar
incoerente e funesto
Marcas a distância dos afectos
não te dás a esses ditirâmbicos seres
preferes a modorra da solidão
Demarcas-te da multidão
soçobras nas praças públicas
inundadas de suor operário
Perdes a noção do espaço
o tempo está a galopar ferozmente
nas tuas costas, avança sobre ti
Corrres em direcção ao mar
à serra, à gruta, tanto faz.
Tornas-te um eremita circunspecto
Só o teu corpo, a tua solidão
os teus vícios interiores
a tua paranóia individual
contam para o breve
silêncio do universo
Deixas-te ficar
choras, ris, vives sujo
e apaixonado
Foste vítima dos
teus devaneios de amor
Amaste tanto que a sociedade
te via como um ladrão de corações
um ingénuo e infantil brincalhão
dos afectos
Por isso renunciaste a tudo
deixaste que o tempo se
afeiçoasse às tuas costas
Pensaste demais
quando tudo à tua volta
era de menos
Partiste, em direcção ao mar,
à serra, à gruta, tanto faz.
És o eremita velho, cansado
mas que ainda tem nos olhos
a felicidade de sonhar acordado!
Malignas cogitações na periferia
dos olhares transviados
Coágulos insuspeitos, miudezas
da carne e do espírito
Opíparas bocas sedentas de ambição
Nascem as mais vetustas leis
as perversas criaturas do pensar
incoerente e funesto
Marcas a distância dos afectos
não te dás a esses ditirâmbicos seres
preferes a modorra da solidão
Demarcas-te da multidão
soçobras nas praças públicas
inundadas de suor operário
Perdes a noção do espaço
o tempo está a galopar ferozmente
nas tuas costas, avança sobre ti
Corrres em direcção ao mar
à serra, à gruta, tanto faz.
Tornas-te um eremita circunspecto
Só o teu corpo, a tua solidão
os teus vícios interiores
a tua paranóia individual
contam para o breve
silêncio do universo
Deixas-te ficar
choras, ris, vives sujo
e apaixonado
Foste vítima dos
teus devaneios de amor
Amaste tanto que a sociedade
te via como um ladrão de corações
um ingénuo e infantil brincalhão
dos afectos
Por isso renunciaste a tudo
deixaste que o tempo se
afeiçoasse às tuas costas
Pensaste demais
quando tudo à tua volta
era de menos
Partiste, em direcção ao mar,
à serra, à gruta, tanto faz.
És o eremita velho, cansado
mas que ainda tem nos olhos
a felicidade de sonhar acordado!
quarta-feira, julho 19, 2006
Pixies
.
Os Pixies estão de volta a uma sala de concertos, depois de terem passado por Paredes de Coura e pelo SuperBock SuperRock finalmente voltam para um concerto com condições sonoras aceitaveis, porque isto de festivais com "n" bandas à mistura dá sempre granel.
Frank Black passou pela Aula Magna, a Kim Deal com The Breeders no Paradise Garage mas o outro projecto The Amps nem sombras, paciência. É de ouvir a Radar FM (97.8) durante a emissão de hoje, se estiverem com vontade de ganhar um ingresso (2 por hora) para o Pavilhão Atlântico.
Os Pixies estão de volta a uma sala de concertos, depois de terem passado por Paredes de Coura e pelo SuperBock SuperRock finalmente voltam para um concerto com condições sonoras aceitaveis, porque isto de festivais com "n" bandas à mistura dá sempre granel.
Frank Black passou pela Aula Magna, a Kim Deal com The Breeders no Paradise Garage mas o outro projecto The Amps nem sombras, paciência. É de ouvir a Radar FM (97.8) durante a emissão de hoje, se estiverem com vontade de ganhar um ingresso (2 por hora) para o Pavilhão Atlântico.
- Em 1991 foi assim:
- Amanhã vai ser assim:
Guerra total no Médio Oriente
.
Horrorizado e impotente, o mundo assiste à barbárie de uma guerra total na Palestina, de Gaza e da Cisjordânia, estendendo-se ao Líbano e ameaçando a Síria. Com a mortandade e o caos à solta no Iraque e o Irão debaixo da mira dos EUA, é fácil perceber o perigo de contágio global do conflito. Entretanto as labaredas da guerra se crepitam no Afeganistão, numa vasta zona fronteiriça com o Paquistão; sem esquecer o conflito latente deste pais com a Índia, a propósito de Caxemira e não só: o governo indiano já responsabilizou o Paquistão pela actuação de grupos islamistas, alegadamente envolvidos no recente atentado de 11/7 – no qual, implacavelmente, em 11 minutos, sete bombas provocaram mais de 160 mortos em Bombaim.
Olhando para este tsunami do terror e unindo os seus pontos – Telavive, Jerusalém, Gaza, Belém, Beirute, Damasco, Amã, Bagdad, Teerão, Kabul, Islamabad, Nova Deli, Bombaim… – eis o Grande Médio Oriente, a “visão genial” do não menos genial presidente G. W. Bush. O Grande Médio Oriente que ele, o cúmplice Blair e outros de quem não reza a história quiseram democratizar à bomba…. Os resultados estão à vista!
Ninguém de bom senso acreditará que Israel alguma vez pretendeu resgatar, pelo menos com vida, os soldados raptados pelo Hezbollah. E o que representam três vidas para os estrategas sionistas, num rol que, só desde o início da actual ofensiva, já vitimou mais de vinte israelitas e centenas de palestinianos e libaneses? A invasão dum país soberano, como o Líbano, o bombardeamento das suas cidades, da capital e do aeroporto, configura uma violação flagrante do direito internacional. Mas a ONU e o G8 assistem como cúmplices, sem uma admoestação sequer ao invasor, a quem ainda é reconhecido “o direito de defesa”… E às suas vítimas?
No Líbano, o criminoso voltou ao local do crime: em 1982, as tropas comandadas por Ariel Sharon invadiram Beirute e consentiram o massacre de mais de um milhar de idosos, mulheres e crianças nos campos de refugiados de Sabra e Shatila. Cercada a resistência palestiniana e imposta a retirada de Yasser Arafat de Beirute, iniciou-se um prolongado processo de isolamento político que visava a capitulação da OLP. Após a criação da Autoridade Palestiniana, debaixo de fogo permanente, Arafat foi um resistente até ao fim mas confinado à célebre Muqata, onde se esfumou o sonho dum Estado palestiniano democrático, laico e tolerante. Israel tudo fez para facilitar a ascensão de grupos fundamentalistas, como Hamas e o Hezbollah – o pretexto ideal para o seu belicismo. E Sharon, mesmo em coma profundo, pode sorrir: tem como sucessores assassinos à sua altura.
A invasão de Gaza, da Cisjordânia e do Líbano não são passos em falso nem uma mera “reacção desproporcionada” de Israel: trata-se de uma estratégia coordenada (pelo menos com os EUA) para o Médio Oriente, em paralelo com a guerra no Iraque e o risco da sua extensão, a prazo, à Síria e ao Irão. Vale a pena observar os argumentos dos analistas de serviço. No “Público” de 8 de Julho, pode ler-se em “Ciclo de Violência”: “A actual crise israelo-palestiniana tem uma origem bem definida: a saída de Israel de Gaza, a entrega de todo o território aos palestinianos; (…) em vez da criação de infra-estruturas, da construção de escolas e de hospitais, o essencial das energias e dos recursos palestinianos esgotam-se no fabrico frenético e no lançamento de mísseis Qassam sobre Israel”. Assina Esther Mucznik, “investigadora em assuntos judaicos” e agente da Mossad, pelo menos desde os tempos de Paris, onde se infiltrou nos meios antifascistas e anticoloniais.
Em directo de Telavive, “a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita”, escreve o director do “Público”: “Se um dia Israel perdesse pela primeira vez uma guerra, desapareceria do mapa”. Entretanto, os mapas vão sendo engolidos pelas invasões israelitas… Já de regresso, publica o artigo “Uma guerra diferente”. Só que a principal diferença, como José Manuel Fernandes bem sabe, não reside no facto de este ser um conflito religioso e não político: “Era bom que nas capitais europeias, em Washington e em Nova Iorque fosse compreendido depressa que esta nova guerra no Médio Oriente não é uma guerra local, como as anteriores. É porventura muito mais global do que no tempo em que a URSS apoiava um lado e os EUA outro”.
É verdade que a história não se repete. A invasão do Líbano, 24 anos depois, tem um alcance maior: a guerra infinita imposta aos povos, como estratégia global de dominação imperialista. Com uma consequência óbvia: a resistência e a luta pela Paz terão de ser cada vez mais globalizadas.
Alberto Matos
Horrorizado e impotente, o mundo assiste à barbárie de uma guerra total na Palestina, de Gaza e da Cisjordânia, estendendo-se ao Líbano e ameaçando a Síria. Com a mortandade e o caos à solta no Iraque e o Irão debaixo da mira dos EUA, é fácil perceber o perigo de contágio global do conflito. Entretanto as labaredas da guerra se crepitam no Afeganistão, numa vasta zona fronteiriça com o Paquistão; sem esquecer o conflito latente deste pais com a Índia, a propósito de Caxemira e não só: o governo indiano já responsabilizou o Paquistão pela actuação de grupos islamistas, alegadamente envolvidos no recente atentado de 11/7 – no qual, implacavelmente, em 11 minutos, sete bombas provocaram mais de 160 mortos em Bombaim.
Olhando para este tsunami do terror e unindo os seus pontos – Telavive, Jerusalém, Gaza, Belém, Beirute, Damasco, Amã, Bagdad, Teerão, Kabul, Islamabad, Nova Deli, Bombaim… – eis o Grande Médio Oriente, a “visão genial” do não menos genial presidente G. W. Bush. O Grande Médio Oriente que ele, o cúmplice Blair e outros de quem não reza a história quiseram democratizar à bomba…. Os resultados estão à vista!
Ninguém de bom senso acreditará que Israel alguma vez pretendeu resgatar, pelo menos com vida, os soldados raptados pelo Hezbollah. E o que representam três vidas para os estrategas sionistas, num rol que, só desde o início da actual ofensiva, já vitimou mais de vinte israelitas e centenas de palestinianos e libaneses? A invasão dum país soberano, como o Líbano, o bombardeamento das suas cidades, da capital e do aeroporto, configura uma violação flagrante do direito internacional. Mas a ONU e o G8 assistem como cúmplices, sem uma admoestação sequer ao invasor, a quem ainda é reconhecido “o direito de defesa”… E às suas vítimas?
No Líbano, o criminoso voltou ao local do crime: em 1982, as tropas comandadas por Ariel Sharon invadiram Beirute e consentiram o massacre de mais de um milhar de idosos, mulheres e crianças nos campos de refugiados de Sabra e Shatila. Cercada a resistência palestiniana e imposta a retirada de Yasser Arafat de Beirute, iniciou-se um prolongado processo de isolamento político que visava a capitulação da OLP. Após a criação da Autoridade Palestiniana, debaixo de fogo permanente, Arafat foi um resistente até ao fim mas confinado à célebre Muqata, onde se esfumou o sonho dum Estado palestiniano democrático, laico e tolerante. Israel tudo fez para facilitar a ascensão de grupos fundamentalistas, como Hamas e o Hezbollah – o pretexto ideal para o seu belicismo. E Sharon, mesmo em coma profundo, pode sorrir: tem como sucessores assassinos à sua altura.
A invasão de Gaza, da Cisjordânia e do Líbano não são passos em falso nem uma mera “reacção desproporcionada” de Israel: trata-se de uma estratégia coordenada (pelo menos com os EUA) para o Médio Oriente, em paralelo com a guerra no Iraque e o risco da sua extensão, a prazo, à Síria e ao Irão. Vale a pena observar os argumentos dos analistas de serviço. No “Público” de 8 de Julho, pode ler-se em “Ciclo de Violência”: “A actual crise israelo-palestiniana tem uma origem bem definida: a saída de Israel de Gaza, a entrega de todo o território aos palestinianos; (…) em vez da criação de infra-estruturas, da construção de escolas e de hospitais, o essencial das energias e dos recursos palestinianos esgotam-se no fabrico frenético e no lançamento de mísseis Qassam sobre Israel”. Assina Esther Mucznik, “investigadora em assuntos judaicos” e agente da Mossad, pelo menos desde os tempos de Paris, onde se infiltrou nos meios antifascistas e anticoloniais.
Em directo de Telavive, “a convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita”, escreve o director do “Público”: “Se um dia Israel perdesse pela primeira vez uma guerra, desapareceria do mapa”. Entretanto, os mapas vão sendo engolidos pelas invasões israelitas… Já de regresso, publica o artigo “Uma guerra diferente”. Só que a principal diferença, como José Manuel Fernandes bem sabe, não reside no facto de este ser um conflito religioso e não político: “Era bom que nas capitais europeias, em Washington e em Nova Iorque fosse compreendido depressa que esta nova guerra no Médio Oriente não é uma guerra local, como as anteriores. É porventura muito mais global do que no tempo em que a URSS apoiava um lado e os EUA outro”.
É verdade que a história não se repete. A invasão do Líbano, 24 anos depois, tem um alcance maior: a guerra infinita imposta aos povos, como estratégia global de dominação imperialista. Com uma consequência óbvia: a resistência e a luta pela Paz terão de ser cada vez mais globalizadas.
Alberto Matos
terça-feira, julho 18, 2006
Bush e Blair Off The Record
Se duvidas existiam, elas desvanecem-se neste video onde o micro estava ligado e capta a conversa de Bush com Blair.
segunda-feira, julho 17, 2006
Espaço Infecto-Contagioso
O Vaticano, apesar da beleza escultórica, dos registos históricos e arqueológicos, dos tesouros que encerra e do saber que esconde, é um espaço infecto.
Até o vírus Epstein-Barr lá se desenvolveu, gerando a grave doença infecto-contagiosa, a Mononucleose.
Calcula-se que tudo tivesse começado nos hábitos desvairados de promiscuidade e até incêsto dos tempos de Lucrécia, no entanto só recentemente e na Basílica de S. Pedro, os cientistas detectaram a proveniência daquela doença, - exactamente no hábito de beijar o pé do "Santo" que a baptizou.
Aquelas longas filas de crentes a cumprir aquele gesto de fé, embora o "Santo" não cheire mal dos pés, pela saliva e baba lá depositadas, concluiram que o Epstein-Barr adora aquele gesto emporcalhado. Por isto é bem possível que Bento XVI no combate aos relativismos, no novo catecismo coloque o beijo como acto de Satan.
Mulheres e homens, beijem-se á vontade, os filhos, as filhas, netos e netas, todos os que amam devem beijar-se. Nenhum de vós é Santo ou Santa, a doença pega-se pela saliva, mas para isso é preciso um pé, nem que seja de plástico a ser sucessivamente babado.
-Viva o beijo!
-Vivam os amantes!
Até o vírus Epstein-Barr lá se desenvolveu, gerando a grave doença infecto-contagiosa, a Mononucleose.
Calcula-se que tudo tivesse começado nos hábitos desvairados de promiscuidade e até incêsto dos tempos de Lucrécia, no entanto só recentemente e na Basílica de S. Pedro, os cientistas detectaram a proveniência daquela doença, - exactamente no hábito de beijar o pé do "Santo" que a baptizou.
Aquelas longas filas de crentes a cumprir aquele gesto de fé, embora o "Santo" não cheire mal dos pés, pela saliva e baba lá depositadas, concluiram que o Epstein-Barr adora aquele gesto emporcalhado. Por isto é bem possível que Bento XVI no combate aos relativismos, no novo catecismo coloque o beijo como acto de Satan.
Mulheres e homens, beijem-se á vontade, os filhos, as filhas, netos e netas, todos os que amam devem beijar-se. Nenhum de vós é Santo ou Santa, a doença pega-se pela saliva, mas para isso é preciso um pé, nem que seja de plástico a ser sucessivamente babado.
-Viva o beijo!
-Vivam os amantes!
ATÉ QUANDO?
Na Palestina, os gatos os cães e demais viventes estão a ser espezinhados pelo fanatismo de Abraão, aquele que se dispôs a matar o filho pela vontade de um Deus ignóbil.
Os misseis voltam a atingir Beirute.
Até quando?
Os misseis voltam a atingir Beirute.
Até quando?
Sinfonia para Ti
Prelúdio. Eterno.
Vaga-lumes no deserto
A poeira das estradas
assenta-me no caminho
Início. Fuga modal.
Precipícios sem fim
O atolar dos sentimentos
nas urbanas paixões
Primeiro andamento. Adágio.
Marulhar de silêncios
Perspicaz lembrança
dos corpos conspurcados
Segundo andamento. Allegro.
Agitação interior
No devaneio dos limites
da augusta sapiência
Terceiro andamento. Vivace.
Perigosa sedução
Espreito na orla do bosque
para a nudez juvenil
Término. Majestoso.
Cópula consentida
O sangue, o suor e
as lágrimas da despedida
Ocaso. Andante.
Sozinho nas dunas.
O Mar, onde me afogo
lentamente com saudade
Vaga-lumes no deserto
A poeira das estradas
assenta-me no caminho
Início. Fuga modal.
Precipícios sem fim
O atolar dos sentimentos
nas urbanas paixões
Primeiro andamento. Adágio.
Marulhar de silêncios
Perspicaz lembrança
dos corpos conspurcados
Segundo andamento. Allegro.
Agitação interior
No devaneio dos limites
da augusta sapiência
Terceiro andamento. Vivace.
Perigosa sedução
Espreito na orla do bosque
para a nudez juvenil
Término. Majestoso.
Cópula consentida
O sangue, o suor e
as lágrimas da despedida
Ocaso. Andante.
Sozinho nas dunas.
O Mar, onde me afogo
lentamente com saudade
domingo, julho 16, 2006
TERCEIRO MUNDO
O homem vinha descendo a rua, assustou-se, caíu-lhe na cabeça um saco de plástico, húmido e cheio de cagalhões de cão ou de gato, vociferou com razão," cambada de porcos, os da Câmara é que deviam ver isto, parece que estamos no Terceiro Mundo."
Outro, no autocarro sentou-se num banco que estava rachado, refilou que se fartou, "no estrangeiro assim não circulava, só cá, até parece o Terceiro Mundo."
Conheço os dois, o primeiro foi pouco mais longe que fátima e umas quantas voltas saloias, o segundo com a mania dos toiros conhece V.Franca, Badajoz e talvez Sevilha, a Santarém sei que nunca foi. Mas ambos conseguem a proeza de "conhecer o Terceiro Mundo".
A expressão Terceiro Mundo, como a da República das Bananas, vulgarizou-se desde a simples conversa ou refílisse, até a recurso empolado nos discursos de muitos politicos eleitos, sendo neste caso, diferente e perigoso, pois não traduz normalmente ignorância, antes contém uma intenção ideológica e política, mais das vezes uma postura eivada de "inevitabilidades", a empurrar-nos para o conformismo com o actual sistema que vigora no mundo.
Quando o demógrafo francês, Alfred Sauvy em 1952 empregou a expressão Terceiro Mundo, aludiu em análise histórica ao Terceiro Estado da sociedade Francesa, anterior á Revolução de 1786. Este Estado correspondia a todo o povo desapossado de privilégios em oposição ao Clero e à Nobreza. O Terceiro Estado caracterizava a marginalização politica na sociedade da época e a consciência social que crescia para superar aquela situação.
A generalização então promovida por jornalistas e meios diplomáticos, coincidiu com o ascenso dos movimentos de libertação e a sublevação dos Povos contra o colonialismo, de onde brotaram novos Países num quadro internacional que os "condenou" à marginalização.
Recentemente descobri escritos do economista Egipcio, Ismael-Sbri Agdalla anteriores à Conferência de Bandung em 1955, onde escreve "... a visão histórica é fundamental para a compreensão do Terceiro Mundo, porque, em definitivo, este é a periferia do sistema produzido pela expansão do Capitalismo Mundial."
(continua)
Outro, no autocarro sentou-se num banco que estava rachado, refilou que se fartou, "no estrangeiro assim não circulava, só cá, até parece o Terceiro Mundo."
Conheço os dois, o primeiro foi pouco mais longe que fátima e umas quantas voltas saloias, o segundo com a mania dos toiros conhece V.Franca, Badajoz e talvez Sevilha, a Santarém sei que nunca foi. Mas ambos conseguem a proeza de "conhecer o Terceiro Mundo".
A expressão Terceiro Mundo, como a da República das Bananas, vulgarizou-se desde a simples conversa ou refílisse, até a recurso empolado nos discursos de muitos politicos eleitos, sendo neste caso, diferente e perigoso, pois não traduz normalmente ignorância, antes contém uma intenção ideológica e política, mais das vezes uma postura eivada de "inevitabilidades", a empurrar-nos para o conformismo com o actual sistema que vigora no mundo.
Quando o demógrafo francês, Alfred Sauvy em 1952 empregou a expressão Terceiro Mundo, aludiu em análise histórica ao Terceiro Estado da sociedade Francesa, anterior á Revolução de 1786. Este Estado correspondia a todo o povo desapossado de privilégios em oposição ao Clero e à Nobreza. O Terceiro Estado caracterizava a marginalização politica na sociedade da época e a consciência social que crescia para superar aquela situação.
A generalização então promovida por jornalistas e meios diplomáticos, coincidiu com o ascenso dos movimentos de libertação e a sublevação dos Povos contra o colonialismo, de onde brotaram novos Países num quadro internacional que os "condenou" à marginalização.
Recentemente descobri escritos do economista Egipcio, Ismael-Sbri Agdalla anteriores à Conferência de Bandung em 1955, onde escreve "... a visão histórica é fundamental para a compreensão do Terceiro Mundo, porque, em definitivo, este é a periferia do sistema produzido pela expansão do Capitalismo Mundial."
(continua)
Moer a Cabecinha
sábado, julho 15, 2006
Verão Quente 2006
.
Nos dias 17, 18 e 19 de Setembro, 300 dirigentes e altos quadros das mais ricas
empresas do mundo reunir-se-ão em Lisboa. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, visa promover a instalação das sedes europeias dessas empresas na cidade e assim garantir que a imagem da capital sobressaia no mapa financeiro mundial. Há muito que Lisboa se prepara para um espectáculo desta magnitude.
Não fomos convidados, mas vamos aparecer.
No contexto de mais uma operação de renovação urbana - na calha da Expo '98 e do Euro 2004 - que ambiciona aumentar os fluxos de dinheiro na cidade, intensificando assim a economia local e nacional, um grupo de pessoas e associações decide-se a enfrentar o_implacável_ : uma lógica de cidade assente no lucro e no consumo, apoiada num discurso intransponível, espalhado
por todo o lado e barricado nos media. Esta festa inicia as hostilidades.
Nos dias 17, 18 e 19 de Setembro, 300 dirigentes e altos quadros das mais ricas
empresas do mundo reunir-se-ão em Lisboa. O evento, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, visa promover a instalação das sedes europeias dessas empresas na cidade e assim garantir que a imagem da capital sobressaia no mapa financeiro mundial. Há muito que Lisboa se prepara para um espectáculo desta magnitude.
Não fomos convidados, mas vamos aparecer.
No contexto de mais uma operação de renovação urbana - na calha da Expo '98 e do Euro 2004 - que ambiciona aumentar os fluxos de dinheiro na cidade, intensificando assim a economia local e nacional, um grupo de pessoas e associações decide-se a enfrentar o_implacável_ : uma lógica de cidade assente no lucro e no consumo, apoiada num discurso intransponível, espalhado
por todo o lado e barricado nos media. Esta festa inicia as hostilidades.
sexta-feira, julho 14, 2006
Um Desconhecido Sonho
Um sonho vagaroso
melancólica atracção dos sentidos
O tempo pára, as nuvens correm,
devagar
O silêncio inunda o quarto,
tu és a existência velada
o luzidio corpo
numa mente brilhante
Levantas-te num impulso criador
pintas todas as paredes do teu quarto
Sorris, ao olhar para a obra-prima feita de girassóis,
muito calor para aquecer a alma resfriada
Saíste de casa e nunca mais olhaste para trás
A tua vida tinha um novo sentido
agora... em frente, rumo ao desconhecido!
melancólica atracção dos sentidos
O tempo pára, as nuvens correm,
devagar
O silêncio inunda o quarto,
tu és a existência velada
o luzidio corpo
numa mente brilhante
Levantas-te num impulso criador
pintas todas as paredes do teu quarto
Sorris, ao olhar para a obra-prima feita de girassóis,
muito calor para aquecer a alma resfriada
Saíste de casa e nunca mais olhaste para trás
A tua vida tinha um novo sentido
agora... em frente, rumo ao desconhecido!
quinta-feira, julho 13, 2006
Pelo Jornal...
Fiquei a saber que a aprazada reunião para debater a revisão do PDM, ficou sem prazo, deduzindo no caso a enorme comichão, os maus olhados e pesadêlos que andará naquela edilidade. São as desclassificações de REN como as do Trabuco, Arroteias, Penteado, Cabau, Fontaínhas e Esteiro Furado - calculo ser difícil voltar atrás, é que após a Encarnação de decisões, promessas e compromissos, aparece sempre quem argumente com direitos adquiridos ou com a boca no trombone... é uma chatíce!...
Fiquei a saber que a Feira Equestre foi um sucesso e que o Vice Srº Rui Garcia defende a evolução do evento, facto que me alegra, desejando desde já que no próximo, a presença de Gitanos a Cavalo seja préviamente anunciada, pela beleza e alegria que trouxeram à festa, exactamente como as Sevilhanas e demais Espanhois que até eram portugueses.
Fiquei a saber que António Chora não defende a abertura de conflitos, embora se mantenha em "guerra" com Manuel Madeira. Sendo já assunto dos dois, podemos dormir em segurança, sem alarmismos. É que a possível validade dos argumentos de ambos, esfumou-se nas considerações excessivas e anacrónicas a que recorreram.
Fiquei a saber que o Srº Hélio Lopes é muito esquecido, esqueceu-se do elementar quando pretendeu lembrar outros sobre o conflito Israel/Palestina.
Fiquei a saber pelo Srº David Borralho a excelência que é o espaço Qi, o seu modelo pedagógico, de tal forma que vou tentar que os meus netos lá se inscrevam. Não sei é se os pais têm salário que aguente.
Fiquei a saber que foi empossada a nova C. Politica Concelhia do PS Moita. Gostei da fotografia, transmite poder, e a existência de família em abastança e alegria, a ideia de paraíso...
Mas na página 7 está a solução de todos os problemas, nomeadamente para os responsáveis da edilidade. Bastará uma Sessão com Orações Fortes, ficarão libertos dos maus olhados, das maldições, dos vultos, dos pesadêlos e até das comichões, libertos da Encarnação de todos os Males. Vão ver que poderão marcar data para a reunião de debate sobre a revisão do PDM.
Estou a gostar do JORNAL DA MOITA...
Fiquei a saber que a Feira Equestre foi um sucesso e que o Vice Srº Rui Garcia defende a evolução do evento, facto que me alegra, desejando desde já que no próximo, a presença de Gitanos a Cavalo seja préviamente anunciada, pela beleza e alegria que trouxeram à festa, exactamente como as Sevilhanas e demais Espanhois que até eram portugueses.
Fiquei a saber que António Chora não defende a abertura de conflitos, embora se mantenha em "guerra" com Manuel Madeira. Sendo já assunto dos dois, podemos dormir em segurança, sem alarmismos. É que a possível validade dos argumentos de ambos, esfumou-se nas considerações excessivas e anacrónicas a que recorreram.
Fiquei a saber que o Srº Hélio Lopes é muito esquecido, esqueceu-se do elementar quando pretendeu lembrar outros sobre o conflito Israel/Palestina.
Fiquei a saber pelo Srº David Borralho a excelência que é o espaço Qi, o seu modelo pedagógico, de tal forma que vou tentar que os meus netos lá se inscrevam. Não sei é se os pais têm salário que aguente.
Fiquei a saber que foi empossada a nova C. Politica Concelhia do PS Moita. Gostei da fotografia, transmite poder, e a existência de família em abastança e alegria, a ideia de paraíso...
Mas na página 7 está a solução de todos os problemas, nomeadamente para os responsáveis da edilidade. Bastará uma Sessão com Orações Fortes, ficarão libertos dos maus olhados, das maldições, dos vultos, dos pesadêlos e até das comichões, libertos da Encarnação de todos os Males. Vão ver que poderão marcar data para a reunião de debate sobre a revisão do PDM.
Estou a gostar do JORNAL DA MOITA...
Tempo para Amar
Peço-te calma,
amante do olhar.
Nas horas de espera
carcomida do tempo
O mar onde desaguei
foi o da tua infância
e os gestos, óbvios enlevos
em que me atraiçoei
foram expurgados numa outra
margem insalubre e ressequida
Encontrei-te! Nas minhas mãos
os luzentes pirilampos ainda vivos,
prestes a conquistar o teu sorriso
Depois, é deixá-los partir
abraçarmo-nos compulsivamente
e num frémito, aquela boca enorme
e impaciente de paixão
Eu, de corpo lívido, arrepiado
com um nervoso miudinho por ser
tão sensível, nem sei que te dizer.
Talvez fale do mar! Talvez fale de viagens por acontecer,
talvez me faltes TU na enseada dos sonhos,
quiçá o meu grande coração resista a ínfimo corpo de poeta.
Não sei que projecto concebeste,
amante dos frenéticos e lúcidos abraços eternos.
Eu apenas falo e falo,
espreito por ti, na mínuscula janela prestes a abrir-se!
Foi um amor poético, incomensurável
que me trouxe até aqui.
Nunca mais te cales,
amante do olhar.
amante do olhar.
Nas horas de espera
carcomida do tempo
O mar onde desaguei
foi o da tua infância
e os gestos, óbvios enlevos
em que me atraiçoei
foram expurgados numa outra
margem insalubre e ressequida
Encontrei-te! Nas minhas mãos
os luzentes pirilampos ainda vivos,
prestes a conquistar o teu sorriso
Depois, é deixá-los partir
abraçarmo-nos compulsivamente
e num frémito, aquela boca enorme
e impaciente de paixão
Eu, de corpo lívido, arrepiado
com um nervoso miudinho por ser
tão sensível, nem sei que te dizer.
Talvez fale do mar! Talvez fale de viagens por acontecer,
talvez me faltes TU na enseada dos sonhos,
quiçá o meu grande coração resista a ínfimo corpo de poeta.
Não sei que projecto concebeste,
amante dos frenéticos e lúcidos abraços eternos.
Eu apenas falo e falo,
espreito por ti, na mínuscula janela prestes a abrir-se!
Foi um amor poético, incomensurável
que me trouxe até aqui.
Nunca mais te cales,
amante do olhar.
NOVO RANKING
Na coluna das curiosidades, do estilo sabes que para teres a força de uma formiga terias de levantar três locomotivas, numa revista dos STATES do tipo da MARIA, apareceu a seguinte tabela:
- 1 Branco vale 300 pretos, 200 Chinocas, 2000 árabes; tratando-se de americanos os números crescem, exceptuando os israelitas em que 1 vale 5000 palestinianos.
Com uma introdução a tecer considerações sobre o QI de cada raça, com tal veemência que estou em crer que decorrem trabalhos, para aparecer uma nova onda manipuladora a suscitar mais violência neste mundo, que até podia ser pacífico...
- 1 Branco vale 300 pretos, 200 Chinocas, 2000 árabes; tratando-se de americanos os números crescem, exceptuando os israelitas em que 1 vale 5000 palestinianos.
Com uma introdução a tecer considerações sobre o QI de cada raça, com tal veemência que estou em crer que decorrem trabalhos, para aparecer uma nova onda manipuladora a suscitar mais violência neste mundo, que até podia ser pacífico...
quarta-feira, julho 12, 2006
Para quem ainda não foi de férias
Para quem está em Lisboa, Almada, ou nestas margens, tenho de sugerir o Festival de Teatro de Almada, que já vai na sua 23ª edição. Entre 4 e 18 de Julho, em Almada (Escola D. António da Costa, Teatro Municipal de Almada, Fórum Romeu Correia - Junto à praça de São João), mas com extensões em Lisboa, na Culturgest, no teatro D.Maria II, no Teatro Municipal de São Luís, no Teatro do Bairro Alto - Cornucópia e no CCB.
Aliás, estou a pensar em ir ver o espectáculo do Teatro da Cornucópia, "O Gingal" de Tchekóv, depois de em Abril passado ter visto o excelente espectáculo "A Gaivota", do mesmo autor. Pergunta: alguém gostava de ir comigo? Bilhetes a 7 euros. E já com desconto, preço de estudante. Quem é amigo, quem é? Talvez Sexta ou Sábado deva ir. Julgo que é às 21.30.
Se desejarem ir, vão ao meu perfil e mandem-me mail. simplex!
Bom, no fundo, aproveitem pra ver bom teatro.
Mais informações em www.ctalmada.pt
Aliás, estou a pensar em ir ver o espectáculo do Teatro da Cornucópia, "O Gingal" de Tchekóv, depois de em Abril passado ter visto o excelente espectáculo "A Gaivota", do mesmo autor. Pergunta: alguém gostava de ir comigo? Bilhetes a 7 euros. E já com desconto, preço de estudante. Quem é amigo, quem é? Talvez Sexta ou Sábado deva ir. Julgo que é às 21.30.
Se desejarem ir, vão ao meu perfil e mandem-me mail. simplex!
Bom, no fundo, aproveitem pra ver bom teatro.
Mais informações em www.ctalmada.pt
"Fábrica"- Teatro pela Vigilâmbulo Caolho, no Barreiro
Apareçam para ver este espectáculo. Eu também lá vou estar pra ver!!!
E divulguem! vão ao blogue e saibam mais: vigilambulocaolho.blogspot.com
Ciclo Fábricas
F Á B R I C A
de Ascanio Celestini
de 29 de Junho a 29 de Julho, às 22h - de Quinta a Domingo pelas 22 horas
na Sala de Ensaios
do Auditório Municipal Augusto Cabrita no Barreiro
ingressos a cinco euros
Autor: Ascanio Celestini Tradução: José Lima (no âmbito do Atelier Européen de la Traduction) Interpretação: João Fernandes, Jorge Pedro, Júlio Mesquita, Pedro Manuel Direcção de Actor: Júlio Mesquita, Pedro Manuel Concepção Cénica: Ricardo Guerreiro, Sara Franqueira Material gráfico: Ricardo Guerreiro, Fast Eddie Nelson Produção: João Fernandes, Pedro Manuel Apoios: Auditório Municipal Augusto Cabrita, Câmara Municipal do Barreiro, Quimiparque - Parques Empresariais SA, Governo Civil de Setúbal, Hey Pachuco! Recs, Jornal do Barreiro, Notícias do Barreiro, Artbarreiro, Setúbal na Rede.
E divulguem! vão ao blogue e saibam mais: vigilambulocaolho.blogspot.com
Ciclo Fábricas
F Á B R I C A
de Ascanio Celestini
de 29 de Junho a 29 de Julho, às 22h - de Quinta a Domingo pelas 22 horas
na Sala de Ensaios
do Auditório Municipal Augusto Cabrita no Barreiro
ingressos a cinco euros
Autor: Ascanio Celestini Tradução: José Lima (no âmbito do Atelier Européen de la Traduction) Interpretação: João Fernandes, Jorge Pedro, Júlio Mesquita, Pedro Manuel Direcção de Actor: Júlio Mesquita, Pedro Manuel Concepção Cénica: Ricardo Guerreiro, Sara Franqueira Material gráfico: Ricardo Guerreiro, Fast Eddie Nelson Produção: João Fernandes, Pedro Manuel Apoios: Auditório Municipal Augusto Cabrita, Câmara Municipal do Barreiro, Quimiparque - Parques Empresariais SA, Governo Civil de Setúbal, Hey Pachuco! Recs, Jornal do Barreiro, Notícias do Barreiro, Artbarreiro, Setúbal na Rede.
terça-feira, julho 11, 2006
O que é que aconteceu?
Por volta das 13 horas passei perto da Câmara Municipal, observei vários agentes da autoridade fortemente armados entre as colunas do edificio e uma barreira lá montada, impedindo que cerca de 30 ou pouco mais cidadãos de etnia cigana se aproximassem.
Com a pressa, perguntei a um tanseunte se sabia o que se passava, respondendo-me que "os ciganos queriam casas à borla", de imediato um outro a que não perguntei nada, berrou-me que "no tempo do Salazar isto não acontecia, só acontece por culpa dos comunistas e dos bloquistas".
Como só agora cheguei do trabalho, não consegui perceber o que se passou.
Será que aquela gente estava chateada com os adiamentos da discussão do PDM?...
Com a pressa, perguntei a um tanseunte se sabia o que se passava, respondendo-me que "os ciganos queriam casas à borla", de imediato um outro a que não perguntei nada, berrou-me que "no tempo do Salazar isto não acontecia, só acontece por culpa dos comunistas e dos bloquistas".
Como só agora cheguei do trabalho, não consegui perceber o que se passou.
Será que aquela gente estava chateada com os adiamentos da discussão do PDM?...
Ultima Hora
Sessão de Câmara de dia 12 de Julho, 4ª Feira (onde a revisão do PDM viria à baila) adiada sem data definida.
A nova lei da R.E.N. anda a trocar as voltas ao executivo desta autarquia. Já lá vai um ano desde que o projecto de revisão foi apresentado, será que não existem prazos para que a coisa fosse aprovada ou chumbada? Se da mesma Revisão se tratar, espero que exista nova discussão sobre a mesma e de preferência com sessões em horário acessivel e divulgadas por todo o concelho.
A nova lei da R.E.N. anda a trocar as voltas ao executivo desta autarquia. Já lá vai um ano desde que o projecto de revisão foi apresentado, será que não existem prazos para que a coisa fosse aprovada ou chumbada? Se da mesma Revisão se tratar, espero que exista nova discussão sobre a mesma e de preferência com sessões em horário acessivel e divulgadas por todo o concelho.
-Por onde é que Deus Anda?...
.
Bento XVI visitou o Reino do Estado Espanhol.
Confiante na mobilização que aí os seus discipulos sabem organizar, da manipulação de que são capazes, como aconteceu em Abril passado naquela manif. politica mobilizada pelos principes da Igreja e o Partido Popular. Sentiu-se em casa, naquele espaço memorizado pelo Reino de Castela, outrora expoente máximo do Santo Ofício, pela Espanha Franquista cujo regime e crimes Pio XII abençoou, a terra do patrono da OpusDei, o Santo Balaguer que o seu antecessor beatificou.
Bento XVI deu assim brado à sua luta preferida, o combate aos relativismos. Não só enveredando pela ingerência politica daqueles Países e Povos, no descaro de enviar até recados a Zapatero, como deixou cair de vez o propalado esforço ecuménico da igreja, pois o que interessa "é a nossa doutrina", as outras religiões e crenças é como se não existissem.
A sobranceria do Vaticano aí está, sem nuances, acima de tudo e de todos, impondo até como deveremos viver - só existe família com a benção de Deus, garantindo herdar aos filhos a religião e fé cristãs.
Servindo-se da omnipotência de DEUS, cuja existência não consegue provar, coloca-se como patrono-mor da ética e da moral, quando no secretismo do seu Estado, já não consegue sequer disfarçar a sucessão de escandalos e desmandos, equiparados aos tempos dos Bórgias.
É caso de perguntar: - por onde é que Deus anda?...
O dever de respeitar a religião e a fé que cada um abraça, é uma condição essencial para que se viva em paz. Mas esta certeza não obriga ninguém a ter de suportar em silêncio, tanta sobranceria, tanta hipocria.
Bento XVI visitou o Reino do Estado Espanhol.
Confiante na mobilização que aí os seus discipulos sabem organizar, da manipulação de que são capazes, como aconteceu em Abril passado naquela manif. politica mobilizada pelos principes da Igreja e o Partido Popular. Sentiu-se em casa, naquele espaço memorizado pelo Reino de Castela, outrora expoente máximo do Santo Ofício, pela Espanha Franquista cujo regime e crimes Pio XII abençoou, a terra do patrono da OpusDei, o Santo Balaguer que o seu antecessor beatificou.
Bento XVI deu assim brado à sua luta preferida, o combate aos relativismos. Não só enveredando pela ingerência politica daqueles Países e Povos, no descaro de enviar até recados a Zapatero, como deixou cair de vez o propalado esforço ecuménico da igreja, pois o que interessa "é a nossa doutrina", as outras religiões e crenças é como se não existissem.
A sobranceria do Vaticano aí está, sem nuances, acima de tudo e de todos, impondo até como deveremos viver - só existe família com a benção de Deus, garantindo herdar aos filhos a religião e fé cristãs.
Servindo-se da omnipotência de DEUS, cuja existência não consegue provar, coloca-se como patrono-mor da ética e da moral, quando no secretismo do seu Estado, já não consegue sequer disfarçar a sucessão de escandalos e desmandos, equiparados aos tempos dos Bórgias.
É caso de perguntar: - por onde é que Deus anda?...
O dever de respeitar a religião e a fé que cada um abraça, é uma condição essencial para que se viva em paz. Mas esta certeza não obriga ninguém a ter de suportar em silêncio, tanta sobranceria, tanta hipocria.
segunda-feira, julho 10, 2006
Estive no Paraíso
O Jornal da Moita possibilitou-me esta viagem. Tive como cicerone o Zé Caria.
Cultura, educação, ciência, tecnologia e inovação têm sido, e continuarão a ser, imagens de marca do XVII Governo da República... Para a cultura, prevêm-se verbas na ordem de 260,6 milhões de euros... e assim continuou Zé Caria, levando-me numa viagem paradisíaca, pontuada pela eficácia das parcelas do Orçamento de Estado, de outros programas, projectos e orçamentos numa bela sucessão de coisas bem sucedidas.
Quando a viagem terminou, pensei - que grande bêsta que eu sou!... Vivo no paraíso e ainda não tinha dado por isso...
Pretendeu Zé Caria com aquele escrito, contrapôr a um artigo assinado por Manuel Madeira. Escrito este que não me entusiasmando pelo menos tem a virtude de manter um ponto de vista de classe, com o qual me identifico. Já o Zé Caria, agora paladino da Ditadura da Alternância, distante da classe, com o seu expediente, está de facto em condições de promover "a cultura e o choque tecnológico", a FANTASIA que tanto agrada a Sócrates e seu governo.
Cultura, educação, ciência, tecnologia e inovação têm sido, e continuarão a ser, imagens de marca do XVII Governo da República... Para a cultura, prevêm-se verbas na ordem de 260,6 milhões de euros... e assim continuou Zé Caria, levando-me numa viagem paradisíaca, pontuada pela eficácia das parcelas do Orçamento de Estado, de outros programas, projectos e orçamentos numa bela sucessão de coisas bem sucedidas.
Quando a viagem terminou, pensei - que grande bêsta que eu sou!... Vivo no paraíso e ainda não tinha dado por isso...
Pretendeu Zé Caria com aquele escrito, contrapôr a um artigo assinado por Manuel Madeira. Escrito este que não me entusiasmando pelo menos tem a virtude de manter um ponto de vista de classe, com o qual me identifico. Já o Zé Caria, agora paladino da Ditadura da Alternância, distante da classe, com o seu expediente, está de facto em condições de promover "a cultura e o choque tecnológico", a FANTASIA que tanto agrada a Sócrates e seu governo.
sábado, julho 08, 2006
O Jornal destas bandas
O último número do Jornal da Moita, nem está meio cheio nem meio vazio.
O Secretário de Estado esteve cá, estava acompanhado por aquela que Plutão pôs fora do inferno com um balde de brazas p'ra ir fazer o inferno p'ra outro lado, o Soeiro também lá estava, desejo que consiga desta. Pois com a actual Câmara, seria mais fácil uma nova Praça de Boiadas.
Fiquei a saber que o criminoso voltou ao local do crime e que teve a Praça meio vazia, até beijou o animal, só não sei quem é a Fernanda Velez que se afirma deputada municipal, nem quem é o tal que veio do Seixal, falha minha, porventura serão personalidades importantes. Disto, aconselho o tal João Duarte a inscrever o Pedrito no IEFP, existem Matadouros com falta de pessoal especializado, neste caso não é preciso emigrar para Espanha.
Também fiquei a saber que se pode envelhecer com direitos, calculo que não fiz confusão, pois não observei qualquer referência ao Viagra.
Fiquei foi deveras preocupado, até estou cheio de medo, pela insegurança na Moita, é que as ameaças por telefone e mail, feitas p'los inimigos dos Toiros já são tantas, que a GNR não vai ter meios p'ra acudir-me.
Bem espremido, o Jornal só ficou meio cheio com o correio do leitor e o anúncio da pag.7, nomeadamente desta, que abre a possibilidade a Sessões de Limpeza Espiritual, com a garantia de orações fortes.
O Secretário de Estado esteve cá, estava acompanhado por aquela que Plutão pôs fora do inferno com um balde de brazas p'ra ir fazer o inferno p'ra outro lado, o Soeiro também lá estava, desejo que consiga desta. Pois com a actual Câmara, seria mais fácil uma nova Praça de Boiadas.
Fiquei a saber que o criminoso voltou ao local do crime e que teve a Praça meio vazia, até beijou o animal, só não sei quem é a Fernanda Velez que se afirma deputada municipal, nem quem é o tal que veio do Seixal, falha minha, porventura serão personalidades importantes. Disto, aconselho o tal João Duarte a inscrever o Pedrito no IEFP, existem Matadouros com falta de pessoal especializado, neste caso não é preciso emigrar para Espanha.
Também fiquei a saber que se pode envelhecer com direitos, calculo que não fiz confusão, pois não observei qualquer referência ao Viagra.
Fiquei foi deveras preocupado, até estou cheio de medo, pela insegurança na Moita, é que as ameaças por telefone e mail, feitas p'los inimigos dos Toiros já são tantas, que a GNR não vai ter meios p'ra acudir-me.
Bem espremido, o Jornal só ficou meio cheio com o correio do leitor e o anúncio da pag.7, nomeadamente desta, que abre a possibilidade a Sessões de Limpeza Espiritual, com a garantia de orações fortes.
sexta-feira, julho 07, 2006
Nem são santas nem precisam de remédios!
Olá amigos. Hoje venho divulgar uma série que há algum tempo começou na 2 da RTP, que eu já devia ter divulgado, mas o pouco tempo, e o esquecimento às vezes, me têm feito adiar tão importante boa nova.
A série "a letra l" que passa de 2ª a 6ª à meia-noite e meia no referido canal, é espectacular, pois mostra as vidas, os amores e desamores, os encantos de muitas e bonitas mulheres...lésbicas. A série é tão real, bem feita, que evita os clichés, a espectacularidade balofa por um nível intelectual, que nos faz pensar, sorrir, viver com aquelas personagens. A ver desde já, para tirar alguns macaquinhos na cabeça, àquelas almas bem-pensantes que pululam por aí nas nossas praças (de toiros ou não)!
Divirtam-se e vejam com olhos atentos.
A série "a letra l" que passa de 2ª a 6ª à meia-noite e meia no referido canal, é espectacular, pois mostra as vidas, os amores e desamores, os encantos de muitas e bonitas mulheres...lésbicas. A série é tão real, bem feita, que evita os clichés, a espectacularidade balofa por um nível intelectual, que nos faz pensar, sorrir, viver com aquelas personagens. A ver desde já, para tirar alguns macaquinhos na cabeça, àquelas almas bem-pensantes que pululam por aí nas nossas praças (de toiros ou não)!
Divirtam-se e vejam com olhos atentos.
quinta-feira, julho 06, 2006
OS GAULESES VENCERAM Á BORLA...
O serviço prestado pelos representantes da Lusitânia, exactamente neste jogo, foi grandioso. Eu que sou português, que pouco ou nada tenho que ver com aquilo, até entusiasmei-me...
Apesar da vitória chocha dos Gauleses, existe um facto que registei com alegria. Le Pen pelas más prestações da equipa no inicio, acusou a existência de pretos a mais naquele grupo. Que dirá ele agora?.
Lembrem-se todos que o Futebol também tem destas coisas e que amanhã é outro dia.
Apesar da vitória chocha dos Gauleses, existe um facto que registei com alegria. Le Pen pelas más prestações da equipa no inicio, acusou a existência de pretos a mais naquele grupo. Que dirá ele agora?.
Lembrem-se todos que o Futebol também tem destas coisas e que amanhã é outro dia.
quarta-feira, julho 05, 2006
terça-feira, julho 04, 2006
Na Vila da Moita o Crime Compensa
"QUEM VAI À MOITA, MUITO SE AFOITA" dito antigo motivado por razões bem diferentes e menos gravosas que aquelas a que hoje presenciamos.
Um chavalo de lantejoulas, vaidoso como mandam os canônes para gáudio de um público assanhado e sedento de sangue, matou um vivente saído de um curro que sem saber ou se ter chateado na vida com alguém, sequer marrado na vida, foi acorrentado, enclausurado, picado e com os cornos quase limados até ao sabugo, foi ali humilhado e morto sem jeito nem razão, apenas pelo absurdo de uma dita cultura que o avanço dos civilizados impedem de ser tradição, isto mesmo não recorrendo á lei que não o permite.
As bêstas podem invocar o que quiserem, mas exactamente não deixam de ser bêstas pela dimensão da cobardia de tais práticas.
Prefiro ser comparado a um Lobo, a um Jaguar, a um Crocodilo ou uma Leoa, estes matam p'ra comer, não humilham as vitimas que a natureza lhes dispôe, eu mato p'ra comer, mas não me dá gozo, prazer, tenho apenas que matar p'ra comer.
Vós sois umas bêstas de facto fora da lei.
I
O crime foi cometido, o tribunal decidiu e estipulou a pena;
II
Os Tribunais são orgãos de soberania, exercem a sua parte do poder p'la Justiça nos termos e âmbitos definidos na Constituição da República;
III
Emergem daqui obrigações legais a que todos os cidadãos estão sujeitos, não existindo além dos recursos judiciais hipóteses de granjear de outros, nomeadamente de instituições oficiais, apoios expressos ou confessos que contrariem as decisões dos Tribunais;
IV
Deste modo, o evento do passado Domingo de apoio ao criminoso Pedro, é não só uma tentativa de abandalhar a decisão do tribunal, como por desafio propagandista uma provocação ao legisladores, deputados da Assembleia da República eleitos p'lo Povo.
Por tudo isto percebe-se que a nossa Terra, a Moita, está assim a ficar dominada por um gang que até recolhe fundos para apoiar um criminoso a pagar uma coima de €100 000, mediante uma autarquia que autorizou com licença assinada um evento de homenagem ao crime então praticado.
Na Assembleia Municipal realizada no dia 30 de Junho, nem uma moção, nem uma palavra sobre o evento. Facto que demonstra a conivência institucional com práticas do estilo - quando convém caga-se na lei, pois a Câmara nessa altura já tinha licenciado o nojento espectáculo, porventura até com a orgulhosa assinatura taurina do Srº Presidente.
Na Moita o crime compensa. Por cá até o Presidente da Câmara licencia espectáculos para recolha de fundos de apoio aos criminosos.
Um chavalo de lantejoulas, vaidoso como mandam os canônes para gáudio de um público assanhado e sedento de sangue, matou um vivente saído de um curro que sem saber ou se ter chateado na vida com alguém, sequer marrado na vida, foi acorrentado, enclausurado, picado e com os cornos quase limados até ao sabugo, foi ali humilhado e morto sem jeito nem razão, apenas pelo absurdo de uma dita cultura que o avanço dos civilizados impedem de ser tradição, isto mesmo não recorrendo á lei que não o permite.
As bêstas podem invocar o que quiserem, mas exactamente não deixam de ser bêstas pela dimensão da cobardia de tais práticas.
Prefiro ser comparado a um Lobo, a um Jaguar, a um Crocodilo ou uma Leoa, estes matam p'ra comer, não humilham as vitimas que a natureza lhes dispôe, eu mato p'ra comer, mas não me dá gozo, prazer, tenho apenas que matar p'ra comer.
Vós sois umas bêstas de facto fora da lei.
I
O crime foi cometido, o tribunal decidiu e estipulou a pena;
II
Os Tribunais são orgãos de soberania, exercem a sua parte do poder p'la Justiça nos termos e âmbitos definidos na Constituição da República;
III
Emergem daqui obrigações legais a que todos os cidadãos estão sujeitos, não existindo além dos recursos judiciais hipóteses de granjear de outros, nomeadamente de instituições oficiais, apoios expressos ou confessos que contrariem as decisões dos Tribunais;
IV
Deste modo, o evento do passado Domingo de apoio ao criminoso Pedro, é não só uma tentativa de abandalhar a decisão do tribunal, como por desafio propagandista uma provocação ao legisladores, deputados da Assembleia da República eleitos p'lo Povo.
Por tudo isto percebe-se que a nossa Terra, a Moita, está assim a ficar dominada por um gang que até recolhe fundos para apoiar um criminoso a pagar uma coima de €100 000, mediante uma autarquia que autorizou com licença assinada um evento de homenagem ao crime então praticado.
Na Assembleia Municipal realizada no dia 30 de Junho, nem uma moção, nem uma palavra sobre o evento. Facto que demonstra a conivência institucional com práticas do estilo - quando convém caga-se na lei, pois a Câmara nessa altura já tinha licenciado o nojento espectáculo, porventura até com a orgulhosa assinatura taurina do Srº Presidente.
Na Moita o crime compensa. Por cá até o Presidente da Câmara licencia espectáculos para recolha de fundos de apoio aos criminosos.
Mitos Eternos
Paisagens petulantes
Promíscuas reservas ecológicas
do olhar
Síndromas da saciedade,
oníricas expressões encantatórias
dos devaneios do viandante
Mergulhas na água salgada
do mar
morto o desafio de te encontrar
na ubiquidade das paragens
Segregas sons de um dionisíaco
torvelinho de cidades por começar
acabas agora a paleta de cores
na inebriante Atenas poluída
Socorres-te do alfa beta
procurando o ómega que há-de vir
mapeias a circulação do tráfego
inusitado em torpor constante
Vislumbras a Acrópole dos teus sonhos
Divagas na contra-luz dos propiléus
E esfusiante de alegria e cansaço
reencontras-te com a memória,
com os odores da matéria-prima
invisível a teus olhos
O teatro, essa invenção dos deuses
ofereceu-te Talma nas suas mais sincréticas
colinas, desde Epidauro a Delfos
Soerges-te perante o sol impiedoso
que te queima a pele e a vitalidade
orgânica dos teus tendões, qual
Aquilles temperamental
Fitas os monumentos horas a fio
como Ariadne no labirinto de Creta
tentando salvar Teseu das laboriosas
intenções de Zeus
Deixei a mitologia penetrar o meu
doce sangue naquela tarde
ensolarada e festiva
Só o passsado se regenerava
nas asas da Fénix
ao percorrer tão semelhantes
e orogénicos passos
rumo aos heróis nunca esquecidos
Junto às pedras, imóvel
deixei o cansaço perder-me
no ritual, na dança incandescente
Dei asas aos sentidos
e com Eolo voei
na interminável imaginação
dos grandes deuses
Promíscuas reservas ecológicas
do olhar
Síndromas da saciedade,
oníricas expressões encantatórias
dos devaneios do viandante
Mergulhas na água salgada
do mar
morto o desafio de te encontrar
na ubiquidade das paragens
Segregas sons de um dionisíaco
torvelinho de cidades por começar
acabas agora a paleta de cores
na inebriante Atenas poluída
Socorres-te do alfa beta
procurando o ómega que há-de vir
mapeias a circulação do tráfego
inusitado em torpor constante
Vislumbras a Acrópole dos teus sonhos
Divagas na contra-luz dos propiléus
E esfusiante de alegria e cansaço
reencontras-te com a memória,
com os odores da matéria-prima
invisível a teus olhos
O teatro, essa invenção dos deuses
ofereceu-te Talma nas suas mais sincréticas
colinas, desde Epidauro a Delfos
Soerges-te perante o sol impiedoso
que te queima a pele e a vitalidade
orgânica dos teus tendões, qual
Aquilles temperamental
Fitas os monumentos horas a fio
como Ariadne no labirinto de Creta
tentando salvar Teseu das laboriosas
intenções de Zeus
Deixei a mitologia penetrar o meu
doce sangue naquela tarde
ensolarada e festiva
Só o passsado se regenerava
nas asas da Fénix
ao percorrer tão semelhantes
e orogénicos passos
rumo aos heróis nunca esquecidos
Junto às pedras, imóvel
deixei o cansaço perder-me
no ritual, na dança incandescente
Dei asas aos sentidos
e com Eolo voei
na interminável imaginação
dos grandes deuses
domingo, julho 02, 2006
E Você, Já Contribuiu???
.
O rapazito parece estar aflito quanto a pagar a coima por ter morto um animal na arena da praça de toiros da Moita. Ora segundo ele, foi por culpa do publico que exigiu a morte do toiro. Proponho o seguinte: Ele que pague a coima e que o tribunal aplique uma coima ao publico presente também, de igual valor a cada espectador.
O rapazito parece estar aflito quanto a pagar a coima por ter morto um animal na arena da praça de toiros da Moita. Ora segundo ele, foi por culpa do publico que exigiu a morte do toiro. Proponho o seguinte: Ele que pague a coima e que o tribunal aplique uma coima ao publico presente também, de igual valor a cada espectador.
sábado, julho 01, 2006
Assembleia Municipal (cordata e curta)
Acrescendo o titúlo, foi uma Assembleia unanimista. Talvez influenciada pela frescura desta noite estival, calma com a leve aragem que corria na rua. Uma maravilha recheada de sorrisos e cavaqueira após o final dos trabalhos.
O Presidente da Mesa, o Srº Doutor Joaquim Gonçalves sorridente no final até desejou boas férias a todos os presentes, nessa altura, tive até ganas de pertencer a tal grupo de pessoas que ainda conseguem manter o direito a férias e o direito ao subsidio...mas nisto não me posso queixar, sou o unico culpado, eles lutaram e eu não...
A calma estival prevaleceu naquela Assembleia, talvez adivinhando a proximidade das inúmeras romarias que até fins de Setembro, se realizarão neste Concelho vincadamente festeiro.
Talvez até só por isto, porque tantas Feiras e Festas se aproximam o efeito seja evidente. Ou não fosse verdade que Burros em Festas e Feiras, nunca dão coices!?...
O Presidente da Mesa, o Srº Doutor Joaquim Gonçalves sorridente no final até desejou boas férias a todos os presentes, nessa altura, tive até ganas de pertencer a tal grupo de pessoas que ainda conseguem manter o direito a férias e o direito ao subsidio...mas nisto não me posso queixar, sou o unico culpado, eles lutaram e eu não...
A calma estival prevaleceu naquela Assembleia, talvez adivinhando a proximidade das inúmeras romarias que até fins de Setembro, se realizarão neste Concelho vincadamente festeiro.
Talvez até só por isto, porque tantas Feiras e Festas se aproximam o efeito seja evidente. Ou não fosse verdade que Burros em Festas e Feiras, nunca dão coices!?...
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