terça-feira, julho 11, 2006

O que é que aconteceu?

Por volta das 13 horas passei perto da Câmara Municipal, observei vários agentes da autoridade fortemente armados entre as colunas do edificio e uma barreira lá montada, impedindo que cerca de 30 ou pouco mais cidadãos de etnia cigana se aproximassem.

Com a pressa, perguntei a um tanseunte se sabia o que se passava, respondendo-me que "os ciganos queriam casas à borla", de imediato um outro a que não perguntei nada, berrou-me que "no tempo do Salazar isto não acontecia, só acontece por culpa dos comunistas e dos bloquistas".

Como só agora cheguei do trabalho, não consegui perceber o que se passou.

Será que aquela gente estava chateada com os adiamentos da discussão do PDM?...

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais sabe V.exa. que não.
Muito respeitosamente

Anónimo disse...

É por estas e por outras que a politica me faz confusão, os políticos nos seus gabinetes, decidem que as populações têm de viver em casas no sentido estrito da palavra, não entendem que existe um sentido amplo de casa, a que chamamos a nossa casa, que não tem de ser necessariamente igual à dos meus vizinhos.
Passando a explicar, no alto da Moita vivem uma série de famílias Ciganas, todos eles têm casa no vale da amoreira, mas não se sentem lá bem, falta-lhes a sua cultura, a qual em prédios de apartamentos não podem desenvolver a seu modo.
A CMM e a do Barreiro resolveram demolir as barracas, as suas casa, eu não sei se assim será, mas em vez de a CMM ter de arranjar apartamentos arejados para essas famílias, se lhes fornecesse um espaço, em campo aberto, com algumas condições de higiene, não seria mais barato e a comunidade Cigana não se sentiria mais integrada na sociedade, eles desconfiam de nós e nós deles.

Anónimo disse...

A solução é dar-lhes carradas de ensino profissional.
Já agora, que relacionamento existe entre o Projecto de Ensino Profissional, um terreno nos 4 MArcos para construção da escola,

e um projecto anterior (ORSIFOR)que à data tinha um certo político da praça (actualmente bem instalado), que saltitou da Orsisa para a Aerset e depois para a Orsisa e que angariou muitas subsídios para esse antigo projecto que ficou em águas de bacalhau?

Anónimo disse...

Ás perguntas não sei responder, mas saber ler e escrever não tem importância no ensino profissional? Na via escolar não tem, isso já sabemos pelos resultados dos exames nacionais, mas no profissional deve ser importante, veja só, se por acaso um técnico for a sua casa instalar um esquentador deve ser importante ele saber ler as instruções do aparelho, é que os aparelhos não são todos iguais, e se souber inglês tanto melhor.
Pode parecer estranho, mas há muitas crianças com 8,9,10,11,12,13,14,15,16 anos que não sabem ver as horas, sim esses mesmo que o "broncas" gostou de ver na feira do cavalo e que atravessam a moita a toda a hora a galope, nem as horas sabem ver, quanto mais cursos profissionais, em que mundo você vive, desculpe, mas deve ser o do "sócrates"

Anónimo disse...

O visitante Id deixou-me preocupado. É que se o pessoal que refere não sabe ver as horas, coitados dos animais, que nunca bebem e comem a horas certas. Se se trata do pessoal de etnia cigana, já não me preocupo, é que eles têm todo o tempo da vida e os animais vão comendo e bebendo p'los caminhos.

Anónimo disse...

Como já o vou conhecendo sei que esta a brincar e não escreve a sério. É que é grave que uma série de crianças não frequente a escola (aprender é outra coisa), eu garanto que eles não sabem ler ou escrever nem ver as horas, que é algo que temos como adquirido que nem reparamos, que ao nosso redor essas coisas ainda existam. Pergunto por onde andam as senhoras assistentes sociais que não sabem estas e outras coisas que são bem mais graves, eu sei que ainda à poucos anos (1958) se discutia na então assembleia nacional se a quarta classe devia ou não ser obrigatória e passou a ser, foi uma vitoria para muitas camadas sociais da altura, o que torna a coisa mais grave é que muitos destes miúdos já frequentaram a escola, têm por isso registos e muito me espanta que ninguém venha saber o que aconteceu para não se terem transferido para outra escola enfim é a sociedade que temos, paciência.