O Sócrates apareceu angélico, resvalou para a arrogância. Passos Coelho apresentou-se cândido, mas suponho uma metaformose mais rápida, pois tanta candura num "quéque da linha"só dá para desconfiar.
Por isto e mais o exemplo grego, o conselho de família hoje reunido, deliberou que os mais novos, os meus netos, com 1, 4 e 6 anos, não vão como antes ás próximas manifestações, pois tudo indica que a s liberdades vão ser limitadas, que a alegria e a festa vão ser extinguidas.
Deliberou-se também aguçar a vigilância sobre os inevitáveis paisanos radicalistas que na actual conjuntura irão aparecer contratados pelos defensores do sistema, com o objectivo de criarem cenários de violência, geradores de medos e retracção na participação individual, na pujante acção colectiva que travará o recuo civilizacional que a troyca e os traidores à pátria pretendem impôr.
Deliberou-se também pela preparação para o caso de eventualidades mais violentas - juntar os químicos que a natureza faculta, tê-los à mão para as mesinhas em "doses cavalares"que porventura a conjuntura obrigue - por exemplo, se aparecer uma ordem de despejo da casa mais de meio paga, há um que vai ficar com capacidades e meios alquimistas.
É que ninguém pense que vai estoirar com uma civilização, com direitos elementares, com a liberdade - apenas discursando, cantando e rindo...