quarta-feira, junho 29, 2011

Na última Assembleia Municipal...

Onde mais uma vez arranjei paciência para assistir, destaco os seguintes casos:

I - Antes da ordem do dia, onde onde foram discutidas várias moções, registei com interesse o aparecimento de três em solidariedade com os trabalhadores da Pluricoop no concelho, em que a do PS em escrito telegráfico coloca o encerramento das respectivas lojas como resultado da má gestão, isto sem qualquer referência concreta, escrita ou verbal a fundamentar tal conclusão. Como se o disparate não bastasse, os seus mentores acrescentaram ainda mais disparates, quando exactamente todos esperavam que explicassem o fundamento daquela moção e dissertassem sobre a importância do cooperativismo, no ideário de António Sérgio que é referência daquele partido.

Por isto, sem duvidar da possível existência de erros e até de má gestão, na actual conjuntura é visível que as Coops, não só não iriam aguentar a alteração dos hábitos de consumo que se tem vindo a verificar pela proliferação de grandes superfícies, e assim a respectiva concorrência, como a manutenção de uma relação laboral, em geral respeitadora de direitos que se traduzia em mais do dobro em custos por trabalhador, que outro de qualquer grande superficie. Deste modo atalhar este assunto com a ligeireza com que o PS fez, só por má fé, sectarismo e estupidez se percebe - isto, quando a verdade reside no facto de o cooperativismo não ter espaço na onda neo liberal prevalecente.


II- Na eleição do Pres. de Junta representante das Juntas do Concelho ao Congresso da ANMP, os membros da CDU, detentores da maioria absoluta (administrativa) daquele orgão, não só recusaram uma metodologia que permitiria eleger um suplente, como a lei indica, como o Presidente Joaquim se enrolou em disparates e considerações sórdidas, retirando solenidade ao acto, credibilidade à Assembleia, animando mesmo à devassa, mas onde apesar de tudo permitiu umas gargalhadas.


III- Foi estranha a votação para a extinção da CDR,SA- agência de desenvolvimento regional, empresa intermunicipal que ninguém sabe o que fez nem para para que serviu, o certo é que o municipio vai ter de entrar com 89.814,39 euros para satisfazer dívidas e a extinção verificar-se sem mais problemas. Mediante a explicação dada e a documentação apresentada, apenas gostei da abstenção do BE, pois o resto votou a favor. Porém, já ouvi que um dos administradores nunca mais apareceu, que anda pelos brasis, porventura para fugir a responsabilidades, acabando livre delas a partir desta decisão, pois se a opção fosse de insolvência e não de extinção, ele teria de casar com uma brasileira e conseguir duas nacionalidades como aquela de Felgueiras. Foi e é muito estranho.


3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Broncas, não estive na AM que relatas mas tenho que discordar de ti e concordar, sem saber o que mais foi evocado, em geral, pelos membros do PS que descreves. É que se andas distraído fala com algumas trabalhadoras da Coop e ove o que elas têm para dizer. Divergências entre directores, má gestão, gastos à vara larga, etc. laro que são sempre os trabalhadores quem se lixa, sejam os patrões capitalistas sejam cooperativistas pseudo-comunistas. Como pode uma cooperativa de consumo dar prejuízo? Compra a 10 e vende a 12, como pode dar prejuízo? E as cotas que os sócios pagaram, quem as devolve aos mesmos? Pagas cotas no Modelo ou no Pingo Doce? Não, e essas superfícies dão lucros e não é só pelos salários baixos como referes. Se a Coop não pode pagar o dobro dessas superfícies porque é que paga o que não tem? E então o que querem agora, que os bancos emprestem mais dinheiro ou que o estado, dos nossos impostos, paguem a má gestão de uns quantos que malbarataram ums instituição cooperativa? Porque é que os senhores que mandam na Coop não justificam para onde foi o dinheiro gasto e o que justificou claramente o estado a que a instituição chegou? Lembro que o Sr. Miguel Canudo, dignsíssimo vereador desta cãmara, incompetendte como todos vêem, foi dos responsáveis pela situação a que aquilo chegou, mas pirou-se a tempo para o tachinho de vereador. Por isso é que defende, como lemos, a instituição da forma que o faz. A culpa é sempre dos governos, do liberalismo, dos coxox, dos marrecos, de todos menos de quem lixou aquilo tudo. tenham juízo e os trabalhadores da Coop, que são os mais sacrificados e que nada contribuiram para aquele estado a que a Coop chegou que lhes peçam responsabilidades.

O Broncas disse...

Até sou capaz de estar de acordo contigo, se me detalhares o que afirmas, nomeadamente essa do "à vara larga", pois que pessoalizar como o fizeste em relação ao Canudo,não é o melhor método nestes casos. Entretanto é visivel o principal erro - a estratégia de crescimento implementada há cerca de uma década com enormes investimentos em infraestruturas e consequentes custos de manutenção, talvez em excesso a par do abandono da ideia de loja de bairro e de aldeia, quando só meia dúzia teriam condições para outros voos,estes e outros exemplos sem esquecer o "À vara larga...", concerteza que foram decisivos para a actual desgraça. Mesmo assim não retiro nem uma palavra do post, pois a postura do PS na Assembleia Municipal não tem qualquer sentido.
Os grandes ganhos das grandes superficies, actualmente resultam dos métodos de compra de duvidosa legalidade,dos baixos salários que praticam e da "impunidade institucionalizada" com que operam em vários âmbitos.

Anónimo disse...

E o dinheiro que o Governo lhes deu, que fizeram? queriam mais!? foram os camaradas os culpados de fecharem as coop, e nada mais, chama-se incompetência, alguns levavam para casa sem pagar, perguntem ao camarada já reformado, o tal Canudo, que fugiu a tempo, ou melhor pediu emprego em bom tempo como Vereador na Câmara. E ESTA HEM!!!