Nem sei quem é o artista, só desconfio de tamanha abertura e largura - a verdade é que esta exposição encontra-se em Serralves e o tema é precisamente, "o Olho do Cu".
Considero tratar-se de um trabalho inédito, só ao alcance de quem possui uma mente obcecada pelo cagueiro.
Acreditem que está exposta em Serralves e em breve estará na Moita, a convite das elites que só promovem cagadas.
terça-feira, fevereiro 28, 2012
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
Assembleia Munícipal - 25/Janeiro
A Bronca que aconteceu na última
Assembleia Munícipal, resultou das alterações autorizadas pela Câmara Municipal
(*), que vieram a gorar as expectativas dos habitantes
do respectivo local, posto que sempre acreditaram que aquele espaço viria ser
público e de lazer.
Deste modo, os factos ocorridos na última
Assembleia em consequência de aí os habitantes do local, legitima e legalmente
terem exposto o seu desagrado e revolta pelas alterações verificadas,
merecem-nos as seguintes considerações factuais:
b) A deliberação da CMM (*) cumpriu todas as formalidades legais, incluindo a sua divulgação em
edital, sem que se verificasse qualquer manifestação contrária;
r) Os habitantes do local desconheceram os
Editais publicados, vindo a conhecer as alterações só posteriormente, e por
isto, só a partir de aí solicitaram reuniões e explicações à CMM, nunca as obtendo;
o) Mediante a recusa ao diálogo e antes que se verificasse a conclusão da obra, os habitantes
recorreram, com pleno direito à Assembleia Munícipal, orgão que nunca fora
informado com detalhe sobre o tema, embora se conheça hoje que alguns dos seus
membros sabiam do assunto, onde até tendo sido solicitada a sua intervenção,
a recusaram fazer;
Mediante isto, conclui-se:
n) que a CMM
embora conhecendo informalmente as aspirações e expectativas dos habitantes do
local, optou intencionalmente pelo uso da formalidade legal, exclusivamente e
conforme o interesse de quem propôs as respectivas alterações, configurando a
defesa do interesse público apenas à opinião dos respectivos vereadores, como
se comprova pela posição de sistemática recusa ao diálogo - postura apenas
alterada nesta tumultuosa Assembleia, onde o Srº Presidente da Câmara, acabou
por ter de agendar uma reunião com os habitantes do local;
c) que deste
modo, quando os detentores da maioria
absoluta enfatizam ter-se
verificado unanimidade naquela deliberação, só o fazem por oportunismo político,
demonstrando desonestidade intelectual - posto que nenhum dos vereadores da
oposição detêm qualquer pelouro nem informação detalhada, que no caso,
permitisse contrariar com objectividade um documento que traduzia o cumprimento
de todas as formalidades legais - acrescendo o facto de existirem também na Assembleia
Munícipal, quem da maioria
absoluta conhecia a
sensibilidade dos habitantes do respectivo local, sem que tivesse tomado
qualquer atitude perante o orgão, ou assumido qualquer compromisso, como
deveria ter feito perante aqueles munícipes;
a) que em
resultado deste processo onde a democracia
participativa foi anulada, aconteceram
situações nesta Assembleia que nunca deveriam ter acontecido, cujas
caracteristicas impõem inevitávelmente, que em defesa da dignidade e autonomia
dos Orgãos Autárquicos e eleitos que os integram - terão de verificar-se
consequências politicas, quer ao nível do Executivo da CMM, quer da Assembeia
Municipal - é que apesar da barafunda em que o país se encontra, ainda
recentemente por um gesto obceno, um ministro demitiu-se.
s) alguém tem de demitir-se ou ser
demitido.
Os acontecimentos da última Assembleia Munícipal,
não deverão ser apagados pela ditadura do voto
imposta pela actual maioria.
(*)documento abaixo publicado
Documento para consulta
(leitura obrigatória para perceber o post acima)
da Câmara Municipal da Moita
Exmos. Senhores,
No seguimento das Vossas comunicações sobre o assunto supra referenciado, esclarecemos que:
Fazendo um requerimento – o n.º 2341 de 22 de Novembro de 2010 -, a firma Pequeno Torreão – Imobiliária, LDA, na qualidade de proprietária do lote 12 do alvará 1/96, solicitou uma alteração ao referido alvará que teve origem no processo de urbanização n.º 17/90.
Este lote, o número 12, destinava-se, tendo presente o alvará inicial, à construção de uma cave com boxes de estacionamento individuais, possuindo sobre a sua laje uma pequena área disponibilizada para instalação de zona de lazer e parque infantil.
A requerente, no referido requerimento, solicitou alterações às premissas construtivas e edificativas, para apreciação da Câmara Municipal. Em rigor, pretendia ver aprovada uma alteração que permitisse a construção de boxes e disponibilização de estacionamento público à superfície.
Tendo presente a pretensão de alteração, julgou-se como conveniente aprovar-se essa intenção, baseada nos seguintes pressupostos técnicos:
1. O citado lote 12, que previa uma área de construção de 1770 m2, em edifício subterrâneo e privado, seria, na sua aptidão urbanizável, reconvertido para uma construção à superfície, mas com redução da área construção, para um total de 697 m2;
2. Reduzir-se-ia o número de estacionamentos privados e, ao mesmo tempo, criavam-se 29 lugares à superfície e de utilização pública e gratuita, o que seria uma mais-valia;
3. Como imposição da condição da Câmara no quadro das cedências e exigências, seriam, em definitivo, resolvidas as questões de espaço público e zonas não consolidadas, através de:
a) Correto e ordenado espaço de circulação de veículos, bem como estacionamentos com recurso a grelhas de enrelvamento;
b) Execução de passeio, desde o limite o lote até ao futuro edificado de garagens, em calçada, e mantendo os afastamentos legais para o efeito;
c) Exigência de cuidado estético com essas garagens, cuja solução mais harmoniosa e para se compatibilizar com a envolvente, através de platibanda;
Assim, e para cumprir a legislação aplicável, a pretensão, acompanhada da opinião favorável dos serviços técnicos, foi objeto de ponderação e deliberação do órgão Câmara Municipal. Na reunião de 2 de Fevereiro de 2011, a referida proposta de alteração ao loteamento foi aprovada por unanimidade, bem como aprovada a sua remessa para consulta pública nos termos do n.º 2 do Artigo 27º do D.L. 555/99, de 16 de Dezembro.
Essa consulta pública decorreu dentro dos prazos legais, foi legalmente publicitada através de edital, não havendo participação contrária à pretensão.
Nesse sentido, o órgão Câmara Municipal, na sua reunião de 13 de Abril de 2011, deliberou a alteração do Lote 12, incluindo todos os pressupostos exigidos pelo Município.
Por fim, resta uma consideração, que esteve sempre presente na apreciação dos serviços e acompanhou a presente opinião da Câmara Municipal:
- O local em apreço foi, abundantemente, objeto de queixas por parte dos residentes, uma vez que se encontrava devoluto;
- Era e é um local de propriedade privada, sobre o qual pendia um direito de construção;
- A supressão da área de lazer e parque infantil não foi negligenciada, pois, na sua envolvente muito próxima, encontra-se disponível um parque de recreio e infantil de dimensão assinável – Parque 25 de Abril; e essa supressão foi compensada por uma arranjo de espaços exteriores e disponibilização de 29 lugares de estacionamento públicos e gratuitos;
- Ao mesmo tempo, reduziu-se muito significativamente a área de construção, passando, no total, de 1770 m2 para 697 m2;
- Todo o procedimento cumpriu as obrigatoriedades legais, designadamente a consulta pública.
Com efeito, estamos perante um procedimento de alteração urbanística, que garante ganhos para as populações e resolve o problema de um espaço que estava devoluto e em péssimas condições.
da Câmara Municipal da Moita
Exmos. Senhores,
No seguimento das Vossas comunicações sobre o assunto supra referenciado, esclarecemos que:
Fazendo um requerimento – o n.º 2341 de 22 de Novembro de 2010 -, a firma Pequeno Torreão – Imobiliária, LDA, na qualidade de proprietária do lote 12 do alvará 1/96, solicitou uma alteração ao referido alvará que teve origem no processo de urbanização n.º 17/90.
Este lote, o número 12, destinava-se, tendo presente o alvará inicial, à construção de uma cave com boxes de estacionamento individuais, possuindo sobre a sua laje uma pequena área disponibilizada para instalação de zona de lazer e parque infantil.
A requerente, no referido requerimento, solicitou alterações às premissas construtivas e edificativas, para apreciação da Câmara Municipal. Em rigor, pretendia ver aprovada uma alteração que permitisse a construção de boxes e disponibilização de estacionamento público à superfície.
Tendo presente a pretensão de alteração, julgou-se como conveniente aprovar-se essa intenção, baseada nos seguintes pressupostos técnicos:
1. O citado lote 12, que previa uma área de construção de 1770 m2, em edifício subterrâneo e privado, seria, na sua aptidão urbanizável, reconvertido para uma construção à superfície, mas com redução da área construção, para um total de 697 m2;
2. Reduzir-se-ia o número de estacionamentos privados e, ao mesmo tempo, criavam-se 29 lugares à superfície e de utilização pública e gratuita, o que seria uma mais-valia;
3. Como imposição da condição da Câmara no quadro das cedências e exigências, seriam, em definitivo, resolvidas as questões de espaço público e zonas não consolidadas, através de:
a) Correto e ordenado espaço de circulação de veículos, bem como estacionamentos com recurso a grelhas de enrelvamento;
b) Execução de passeio, desde o limite o lote até ao futuro edificado de garagens, em calçada, e mantendo os afastamentos legais para o efeito;
c) Exigência de cuidado estético com essas garagens, cuja solução mais harmoniosa e para se compatibilizar com a envolvente, através de platibanda;
Assim, e para cumprir a legislação aplicável, a pretensão, acompanhada da opinião favorável dos serviços técnicos, foi objeto de ponderação e deliberação do órgão Câmara Municipal. Na reunião de 2 de Fevereiro de 2011, a referida proposta de alteração ao loteamento foi aprovada por unanimidade, bem como aprovada a sua remessa para consulta pública nos termos do n.º 2 do Artigo 27º do D.L. 555/99, de 16 de Dezembro.
Essa consulta pública decorreu dentro dos prazos legais, foi legalmente publicitada através de edital, não havendo participação contrária à pretensão.
Nesse sentido, o órgão Câmara Municipal, na sua reunião de 13 de Abril de 2011, deliberou a alteração do Lote 12, incluindo todos os pressupostos exigidos pelo Município.
Por fim, resta uma consideração, que esteve sempre presente na apreciação dos serviços e acompanhou a presente opinião da Câmara Municipal:
- O local em apreço foi, abundantemente, objeto de queixas por parte dos residentes, uma vez que se encontrava devoluto;
- Era e é um local de propriedade privada, sobre o qual pendia um direito de construção;
- A supressão da área de lazer e parque infantil não foi negligenciada, pois, na sua envolvente muito próxima, encontra-se disponível um parque de recreio e infantil de dimensão assinável – Parque 25 de Abril; e essa supressão foi compensada por uma arranjo de espaços exteriores e disponibilização de 29 lugares de estacionamento públicos e gratuitos;
- Ao mesmo tempo, reduziu-se muito significativamente a área de construção, passando, no total, de 1770 m2 para 697 m2;
- Todo o procedimento cumpriu as obrigatoriedades legais, designadamente a consulta pública.
Com efeito, estamos perante um procedimento de alteração urbanística, que garante ganhos para as populações e resolve o problema de um espaço que estava devoluto e em péssimas condições.
sábado, fevereiro 25, 2012
Guerra Cívil
É sem dúvida uma hipótese desastrosa e dolorosa que está cada vez mais próxima. O resultado do Benfica de hoje com a Académica e a circunstância de na próxima jornada encontrar-se com o F.C. do Porto com a mesma pontuação, é suficientemente esclarecedor do enorme risco que o País enfrenta.
A estupidez reaccionária marcada pelo fanatismo está em dinâmica crescente - aguarda-se por isto que o Srº Presidente da República como chefe da Forças Armadas, ordene que os Fuzileiros , Comandos e esquadra de F16 fiquem de prevenção no dia do encontro.
Importante
O colectivo deste blog, determinou intervir no processo de promoção da luta contra o actual sistema que está a dilacerar as famílias portuguesas, decisão que nos levará à divulgação de objectivos concretos e atinginveis num quadro pré-revolucionário de desobediência social.
Em breve começaremos pela divulgação de habitações vagas sob o controlo dos Bancos, em resultado da crise que os mesmos geraram.
A única forma de eliminar a usura instalada na sociedade portuguesa, é começar a desrespeitar toda a legislação que protege as instituições usurárias.
Ontem - A. Municipal da Moita
Bordoada na Assembleia
Esta Assembleia à revelia da presidência da mesa, permitiu ontem um grave precedente no periodo antes da ordem do dia, ao abrir espaço para uma representação teatral.
Não pondo em causa a opção de alguns eleitos em elevarem as respectivas sessões daquele orgão autárquico ao erudito, discordo no entanto do tema, pois as imagens de violência e agressão da peça escolhida, acabaram para quem desconhecia a decisão, a sair de lá a concluir que houve bordoada entre os eleitos e o público, ao ponto de no II acto, por razões de ruído o Srº Vereador Carlos Santos ter ficado muito mal na fotografia.
- infelizmente não é ficção, antes o fosse. O que por lá aconteceu nunca deveria ter acontecido. Alguém terá de retirar conclusões e assumir as inevitáveis consequências políticas. Já aconteceu por um gesto obceno, um ministro demitir-se.
sexta-feira, fevereiro 24, 2012
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
A Reviravolta
A reviravolta à actual situação não acontecerá apenas com greves gerais - as greves têm que ter outros condimentos e continuidades - como imaginação na promoção da desobediência civil, gerando fortes explosões sem recurso a explosivos.
Por exemplo: não pagar transportes; organizar por bairros e ruas o não pagamento da energia eléctrica; mobilizar contra acções de despejo; não pagar taxas moderadoras e portagens. Faltando a Tribunal sempre que notificado por estas iniciativas.
Aos Sindicatos, cabe-lhes a tarefa de construir a unidade na acção de todos os trabalhadores dos países que integram o euro, convergindo em lutas que ultrapassem a realização de manifestações em Bruxelas ou Estrasburgo. Porque não, a realização de uma Greve Geral para breve, envolvendo Portugal, Espanha, Itália e Grécia, países onde só os experts da economia e finanças descortinam e validam diferenças, quando para os respectivos povos e nomedamente para os trabalhadores, os efeitos desastrosos são idênticos em todos eles ?
Neste caso não interessa comparações entre os salários minimos, ou outros direitos praticados em cada país, pois não vale perder tempo em tais discussões, quando já se percebeu que todos estamos perder.
A luta continua, mas a persistência e a diversidade têm de aumentar. Que ninguém venha com as trêtas da legalidade democrática para atemorizar - a Constituição da República Portuguesa e demais legislação garante-nos o direito de lutar contra os ladrões, as elites terroristas compostas por eleitos que só o foram pelas aldrabices que pregaram.
A alegria dos cínicos...
A Troyca está satisfeita com a prestação subserviente dos governantes portugueses pelo cumprimento das soluções contractualizadas para o empobrecimento do país.
Entre a burla, a doideira e o cinismo - aparecem os dados insuspeitos do INE, do Banco de Portugal, Eurostat e OCDE, descobrindo-se que a economia reduziu 1,5% em 2011, sendo que só nos últimos três meses reduziu quase o dobro daquele valor. A queda do consumo público deverá andar pelos 7,5% entre 2011 e 2013. O ritmo das exportações está a diminuir, verificando-se em Dezembro de 2011 menos 4,4 % que no mês homólogo de 2010.
Nas contas públicas, o défice em 2011 ultrapassou a previsão do OE em 1.893 milhões de euros, onde a despesa desceu para 440 milhões e as receitas reduziram 2,332 milhões de euros. A dívida portuguesa aumentou em cerca de 20% e os juros da dívida, para prazos de 10 e 5 anos estão entre 14,5% e quase 19%.
Com o desemprego a 13,6%, deixando de fora quase tantos que nem direito têm a integrar as estatísticas, mais o aumento generalizado do custo de vida acrescido do congelamento e redução salarial, cujos efeitos se manifestam de diferentes formas, como a existência de cerca de 700 000 famílias em incumprimento com o pagamento das suas habitações, ou a crescente humilhação de terem de recorrer à la mierda de la caridad cristianíssima - sem dúvida o melhor indicador do empobrecimento generalizado, que se verifica na sociedade portuguesa.
É isto a essência daquilo que consideram ser um sucesso perante a Troyca, exactamente a justificar o conteúdo dos discursos abjectos, proferidos por ministros, comparsas e demais comentadores, que até conseguem sorrir, neste cenário macabro gerado em nove meses pela aplicação do tal memorando dito "regenerador".
terça-feira, fevereiro 21, 2012
“As Comissões de Utentes e as Lutas das Populações”
Artigo de opinião chegado à nossa Mule Express que passamos a divulgar:
As Comissões de Utentes e as Lutas das Populações
Um dos pilares fundamentais do Regime Democrático após a Revolução de Abril de 1974 foi, sem dúvida a organização e desenvolvimento dos Serviços Públicos com a promoção da universalidade de acesso, mormente os serviços de água, transportes e comunicações e, pela primeira vez, foram reconhecidos ao povo e consagrados na Constituição da República Portuguesa, o direito universal à saúde gratuita por meio do SNS.
O ataque aos Serviços Públicos, é parte integrante de uma ofensiva mais geral que visa a destruição do Sector Empresarial do Estado (SEE), tendo como objectivo principal a futura privatização e o controlo de sectores fundamentais da nossa economia, nomeadamente transportes e comunicações, Serviço Nacional de Saúde, água, serviços postais (CTT), escola pública e o regime geral da Segurança Social.
As Comissões de Utentes foram surgindo um pouco por todo o País vocacionadas para a defesa dos Serviços Públicos em geral ou para as áreas mais específicas como a saúde, educação, transportes e comunicações, água, ambiente e portagens.
Na área da saúde, a luta tem sido intensa pela abolição das taxas moderadoras e pelo acesso aos cuidados de saúde, manutenção de centros de saúde e hospitais, assim como a reivindicação de novos hospitais como é caso no Concelho do Seixal.
Nos transportes, a luta tem sido contra o aumento dos transportes e o famigerado Plano Estratégico de Transportes (PET), que visa a retirada de carreiras de autocarros, barcos e metro, diminuição da oferta nos transportes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, o encerramento de mais de 600 Km de via-férrea, deixando as populações do interior cada vez mais abandonadas com a retirada do serviço público, como é o caso da linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, na linha do Leste, na centenária linha do Vouga, Aveiro-Sernada do Vouga-Espinho, no Alentejo, Funcheira-Beja, no Sul entre Setúbal-Tunes-Setúbal.
Não satisfeitos com estas medidas gravosas para as populações, alteraram os locais das paragens do Intercidades, Lisboa-Faro-Lisboa, deixando a capital do Distrito de Setúbal sem qualquer ligação ao Algarve.
Ainda no Sector Ferroviário, foi devido à persistente acção da Comissão de Utentes da Linha do Sado, que ficou a dever-se em grande parte a electrificação do troço entre o Barreiro e Pinhal Novo, sem nunca deixar ficar para trás a denúncia do favoritismo de que tem sido objecto o operador privado Fertagus na concessão da Linha Lisboa-Setúbal.
No Sector das Comunicações, destaque para as lutas das Comissões de Utentes contra o encerramento das estações dos CTT, em que nalguns casos os utentes têm de se deslocar dezenas de quilómetros para levantarem as suas reformas e pensões, como é o caso da vila do Couço.
Assume extraordinária importância luta contra a privatização da água, em que a Comissão Promotora, “Água é de Todos”, se tem empenhado e mobilizado as populações para o perigo da privatização de um bem comum, essencial à vida de todos nós enquanto seres humanos.
Também a luta das Comissões de Utentes contra a introdução de portagens nas SCUTs, como são os casos na A-22, A-23, A-24, e A-25, entre outras, têm de ser valorizadas e apoiadas.
Destaque para o trabalho do MUSP-Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, constituiu-se com o intuito de, organizar, congregar, articular e unificar a acção de centenas de Comissões de Utentes que têm surgido ao longo dos últimos anos, garantindo nas suas estruturas a representatividade das diversas áreas dos Serviços Públicos e das várias regiões do País.
Cresce a compreensão para a importância do Serviço Público e simultaneamente cresce a disponibilidade das populações de se organizarem em torno de Comissões de Utentes. Os resultados obtidos com a luta, as pequenas e grandes vitórias que se têm alcançado, são um estímulo para todos aqueles que têm estado na luta, mas também para os que tardam em intervir nesta luta que é de todos nós.
A razão assiste-nos, vamos continuar a lutar!
Frederico Tavares
Membro do MUSP-Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e da Comissão de Utentes da Linha do Sado.
A Derrota do Benfica
A derrota do Benfica frente ao Guimarães, é um sinal perigoso para o início de uma guerra cívil no país, ainda por cima o Porto virá à Luz, jogo que por certo irá juntar aquela grande massa de estúpidos, que por aquilo são vergonhosamente capazes de tudo.
segunda-feira, fevereiro 20, 2012
Entrei no Emprendedorismo
Inventei o produto e preparei o projecto, pretendendo deste modo avançar sem recorrer aos actuais promotores de falências, aos bancos. O único receio é o continuado empobrecimento como comprova a diminuição do consumo de pasta de dentes, recuando-se para épocas em que o seu uso não estava vulgarizado, como hábito elementar de higiene pessoal - uma tristeza! é que deste modo o meu projecto que assenta num produto alimentar, arrisca apesar de barato ao insucesso, pelo fraco ou quase nulo poder de compra que acabará por verificar-se.
Pretendo dizer com isto, que apesar da minha preserverança emprendedora, não vai ser fácil comercializar Almôndegas de Casca de Tremoço ou de Grão de Bico. Mesmo assim vou avançar e penso convidar Cavaco Silva para o dia da inauguração.
PS - este produto, que as análises laboratoriais demonstram que bastariam duas almôndegas diárias, para suprir as necessidades elementares de uma pessoa, seria um contributo para a defesa da democracia e para libertar os mais pobres e os sem abrigo, da crescente humilhação que resulta da merda da caridade cristianissima.
Começou a censura na internet. Preparem-se para mais...
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
ZECA 25 Anos Depois
A pedido dos organizadores passamos à divulgação:
A entrada tem um custo solidário de apenas 3 € para a colectividade, onde se faz o espectáculo.
Foi criado recentemente o núcleo de Lisboa da Associação José Afonso.
Este ano tem um especial enfoque, na medida que se completam 25 anos da morte do Zeca e nessa medida vamos organizar um espectáculo no dia 23 de Fevereiro, data em que ele faleceu, em 1987. Assim, vimos convidá-lo a estar presente no espectáculo que conta com um vasto conjunto de músicos, conforme constam no cartaz que envio em anexo.A entrada tem um custo solidário de apenas 3 € para a colectividade, onde se faz o espectáculo.
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Anti-Clockwise + Club Sin @ In Live Caffé
Divulgação RL Produções:
"Os Anti-Clockwise estão de volta ao In Live Caffé para mais uma noite onde vamos deitar o bar abaixo!!! (desculpa lá, oh Quim!) A noite abre com os Club Sin, na sua estreia na margem sul. Aaaaaaaauuuuuuuuuuuuuu!!! Entre os concertos contamos com o set do Dj Rocha 'n' Roll e diz quem já esteve nestas noites e sobreviveu, não há alminha que fique parada, não salte do balcão ao som do punk 'n' roll e não saia do bar com um "leve" cheiro a cerveja e aconselhado a não conduzir... A entrada custa 5 Labs com direito a uma imperial. A festarola vai ser no sábado de carnaval, por isso, mascarem-se, tirem a mascara, vale tudo, só não vale faltar à festa que só acaba quando nos meterem na rua!!!!"
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Operação Cabidela
Troika exige que Mota Soares dê mais 15 litros de sangue até amanhã.
O ministro da solidariedade social, Pedro Mota Soares, aderiu ontem à Operação Cabidela, foi entregar um saquito de sangue a apelou a doações regulares por parte dos portugueses, para além do sangue, rins e córneas que estão a deixar nas repartições de finanças.
O sangue do ministro foi muito bem recebido pelos técnicos porque é de um tipo extremamente raro, o Audi A7 RH 3.0 V6 TDi, mas não terá sido doado numa quantidade que fosse do agrado da Troika. Poul Thomsen, em contacto telefónico com o INIMIGO e com Medina Carreira, pediu “pelo menos mais 15 litros de sangue do ministro, até amanhã à hora do lanche, como está previsto no memorando entre a Troika, o governo português e os fãs de ‘Crepúsculo’.”
Tem de haver "bronca" na Moita
A informação divulgada no blog Amigos do Cais, terá de ter desenvolvimentos que permitam à população do Concelho e nomeadamente aos Moitenses, conhecerem toda a verdade sobre os efluentes perigosos que estão a ser incorrecta e ilegalmente despejados para o Tejo.
Desta vez, a actual maioria absoluta na Câmara e particularmente na Assembleia Munícipal, não poderá exercê-la, posto que pelas atribuições legais, basta um membro daquele orgão formular perguntas, para que obrigatóriamente obtenha respostas.
Acontece que não se trata de um acontecimento pontual, consequência de erro, avaria ou acidente, mas de uma prática de anos, só agora evidenciada pela retenção das águas nas comportas da caldeira junto ao cais.
Por isto, acabaram-se as evasivas e as respostas da trêta sobre o tema - pois pode-se estar perante factos que configurem a prática continuada de um crime de cariz ambiental, pondo em risco a saúde da população.
Haja alguém que assuma os deveres de eleito.
domingo, fevereiro 12, 2012
Um Parvalhão na Defesa
Já tivemos o Paulo Portas em ministro da defesa - nem tropa foi, embora provasse ser um bom conhecedor dos meios técnicos militares, nomeadamente nas compras que promoveu, destacando-se os submarinos, que garantem hoje a soberania portuguesa do novo arquipélago do Alqueva.
Agora temos o Aguiar Branco - não sei se foi tropa, mas pelo estilo se o foi, por certo que teve uma recruta aligeirada, planeada para cagarolas.
É que tanta sobranceria, demonstra um traço psicológico próprio dos cobardes quando têm as costas quentes. A nojeira dos seus discursos, gestos e atitudes incomodam-me - eu que fui um militar então muitas vezes desavindo do sistema, mesmo assim, considero que Aguiar Branco, para além de ser um ignorante sobre a organização militar, é uma bêsta insensível a tratar todas as pessoas envolvidas.
Penso até, que o srºdeveria continuar no respectivo ministério, mas na condição de estafeta, evitando-se deste modo mais um para o desmprego.
Ontem no Terreiro do Povo
Não sei quantos lá estiveram, nem tão pouco me importa, uma vez que para mim será necessária a presença de muitos mais para virar isto do avêsso. Entretanto afirmo que tive o prazer de lá estar naquela imponente jornada de luta, com a família naquele Terreiro do Povo.
Governo prepara encurtamento da Páscoa:
Jesus Cristo morre crucificado e ressuscita no mesmo dia.
Depois de ter acabado com o Corpo de Deus, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Dezembro e de não ter dado tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval, Passos Coelho prepara uma pequena alteração ao ano litúrgico, nomeadamente a Semana Santa, de forma a obter uma versão da Páscoa mais adaptada a um país que quer ser mais competitivo.
“A Última Ceia a uma quinta-feira é coisa de garoto mimado e irresponsável que chula os pais e o Estado. Acabou-se a Sexta-Feira Santa e a Última Ceia passa a lanche ajantarado no sábado até às 23 horas, no máximo. Domingo de Páscoa passa a ser o dia do julgamento, paixão, crucificação, morte, sepultura e ressurreição. Também Jesus Cristo tem de deixar de ser piegas!”, revelou Passos Coelho.
Via O Inimigo Público
Depois de ter acabado com o Corpo de Deus, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Dezembro e de não ter dado tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval, Passos Coelho prepara uma pequena alteração ao ano litúrgico, nomeadamente a Semana Santa, de forma a obter uma versão da Páscoa mais adaptada a um país que quer ser mais competitivo.
“A Última Ceia a uma quinta-feira é coisa de garoto mimado e irresponsável que chula os pais e o Estado. Acabou-se a Sexta-Feira Santa e a Última Ceia passa a lanche ajantarado no sábado até às 23 horas, no máximo. Domingo de Páscoa passa a ser o dia do julgamento, paixão, crucificação, morte, sepultura e ressurreição. Também Jesus Cristo tem de deixar de ser piegas!”, revelou Passos Coelho.
Via O Inimigo Público
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Manifestação contra a ACTA é sábado
Este próximo sábado, dia 11, realiza-se uma manifestação internacional contra o Anti-Counterfeiting Trading Agreement (ACTA). Os protestos realizam-se em mais de uma centena de cidades da Europa, e nalgumas cidades dos Estados Unidos e da Austrália.
Em Portugal, a manifestação está marcada para Viseu (Praça da República), Porto (Av. dos Aliados), Coimbra (Praça da República) e Lisboa (Marquês de Pombal), às 11h30.
Os organizadores recordam que “o que o ACTA propõe é que seja criminalmente punido todo e qualquer individuo que partilhe, ou usufrua, de forma livre e gratuita de qualquer tipo de informação protegida por direitos de autor na Internet, seja essa informação uma música, um filme, ou mesmo uma citação de jornal ou livro. Isto significa que, a partir do momento em que o projecto-lei seja posto em vigor, passará a haver um apertadíssimo controlo de todos os conteúdos publicados online, sejam eles música ou textos de opinião. Enquanto que, à partida, apenas a informação protegida por direitos de autor seja bloqueada, todos os conteúdos que o utilizador queira partilhar estão suscetíveis a ser censurados por uma figura anónima, escolhida de forma anti-democrática”.
Quem for à manifestação, dizem os organizadores na página do evento no Facebook, “pode ou não trazer mascara, sendo o seu uso apenas uma maneira de preservar a vossa identidade ou passar a imagem que tem vindo a ser passada a nível mundial”.
Quem optar pelo uso da máscara, pode comprar uma pela net ou fazer uma de papel, a partir do modelo.
Exposição "in memorian" ao Mestre Manuel Cabanas
Exposição “in memorian” do Kira, em homenagem ao Mestre Manuel Cabanas, na Cooperativa Operária Barreirense "Os Corticeiros" (Rua Eusébio Leão nº11, Barreiro)
A inauguração é no dia 11, sábado, pelas 16 horas. Nos restantes dias abrirá entre as 17 e 21 horas.
terça-feira, fevereiro 07, 2012
Gesto a repetir no Terreiro do Paço
Limitações à Liberdade
Desde que o 1º Ministro afirmou estar disposto a tudo, para cumprir as ordens da Troyca - surgem decisões e atitudes nas pessoas, que resultam de um sentimento próprio de quem está a viver um processo de limitação das liberdades.
Por exemplo na minha família, em que habitualmente desde o 25 de Abril (os mais velhos até muito antes) todos participam em manifestações, na próxima que se vai realizar dia 11 de Fevereiro, os netos que têm 2, 4 e 6 anos, não vão pela primeira vez.
Isto pelo sinistro enigma que integra as frases proferidas pelo 1º Ministro, que ainda ontem com desfaçatez e sobranceria, disse que somos piegas.
segunda-feira, fevereiro 06, 2012
Que grande burla...
Porque não sou nenhum expert em economia politica, acontece que os que o são ou disso estão convencidos, quase diáriamente me deslumbram nos comentários e debates televisivos, pelo empenho como defendem o actual sistema - o capitalismo prevalecente, na sua dimensão globalizada pela batuta dos mercados e da esgrima financeira.
Espantam-me assim com os rumos que defendem, nomeadamente no que trata ao sistema de emprego/desemprego e respectiva regulamentação, a par da manipulada confusão entre os conceitos, desenvolvimento e crescimento económico, que vão impondo no debate das ideias.
É claro, que já percebi que tais abnegados defensores não andam distraídos - eles sabem como usar os saberes da humanidade e a riqueza por esta criada, eles sabem como usar as referências mais negativas da condição humana, para garantirem a sua presença no poder, grangeando segurança e exclusividades do bembom desta vida.
Exactamente porque por convicção discordo de tais elites, apraz-me por este meio ao meu alcance, denunciar as suas habilidades, a grande burla.
Com a revolução técnico científica, nas últimas décadas tem-se observado a rápidas e profundas alterações de todos os meios de produção nos diversos sectores de actividade, com maior ou menor expressão consoante o nível desenvolvimento de cada país em todo o mundo. Este facto entre outras consequências, determina por si mesmo que para atingir os níveis de produção de bens para suprir as necessidades da humanidade, intervêm cada vez menos pessoas, existindo até estudos da FAO que indicam que em 2050 haverá apenas ocupação para 20% da população com idade activa no mundo.
Aqui está uma evidência a mostrar a necessidade de se verificarem profundas alterações na distribuição internacional do trabalho, na organização da produção e na busca de outros modelos para a organização económica e financeira dos países num cenário global, que impeça que 80% da população do mundo, fique de fora, seja espoliada dos bens da humanidade.
É por aqui que se detecta a enorme burla mundial em curso, promovida pela maioria dos detentores do poder e teólogos do mercado - por exemplo na europa, a actual desregulamentação laboral, não corresponde a qualquer inovação que altere os factores que determinam o crescente desemprego estrutural, com a agravante de a par e em consequência ir reduzindo os sistemas de protecção social.
Tal rumo, a manter-se o actual modelo, (podendo aligeirar conjunturalmente os efeitos em onda de crescimento) o ferrête estrutural do desemprego manter-se-á em crescente, cuja manutenção se traduzirá no empobrecimento generalizado de países e povos, entorpecendo a breve prazo o desenvolvimento das regiões e paises com economias emergentes - isto, exactamente porque não se vislumbra qualquer tentativa para contrariar a latente crise paradigmática do capitalismo.
Acresce também que o actual sistema impede a definição de uma eco-estratégia mundial (falhanço de Quioto) que contrarie o excesso de energia desarrumada no planeta, cuja atmosfera respirável não ultrapassa 8 km de altura - isto para sustentar um modelo de crescimento económico determinado pelo deus-mercado, opondo-se a um processo de desenvolvimento sustentável que nos aproxime e equilibre com a natureza.
É este o cenário da burla, que o pragmatismo dos ideólogos do capital financeiro preparam, forjando inevitabilidades com o propósito de afeiçoar 80% da humanidade ao conformismo, à subserviência, ao servilismo senão mesmo a uma nova escravatura.
A sociedade está assim envolvida numa tenebrosa armadilha politica, pois não só a subserviência e o servilismo são incompatíveis com a democracia e a liberdade, como o ressurgimento nas elites governantes de conceitos maltusianos,(*) onde não escondem como boas soluções a repressão e as guerras, as pandemias e até as catástrofes naturais, mostram a disposição de retrocederem em todos valores e direitos civilizacionais.
Aqui está uma evidência a mostrar a necessidade de se verificarem profundas alterações na distribuição internacional do trabalho, na organização da produção e na busca de outros modelos para a organização económica e financeira dos países num cenário global, que impeça que 80% da população do mundo, fique de fora, seja espoliada dos bens da humanidade.
É por aqui que se detecta a enorme burla mundial em curso, promovida pela maioria dos detentores do poder e teólogos do mercado - por exemplo na europa, a actual desregulamentação laboral, não corresponde a qualquer inovação que altere os factores que determinam o crescente desemprego estrutural, com a agravante de a par e em consequência ir reduzindo os sistemas de protecção social.
Tal rumo, a manter-se o actual modelo, (podendo aligeirar conjunturalmente os efeitos em onda de crescimento) o ferrête estrutural do desemprego manter-se-á em crescente, cuja manutenção se traduzirá no empobrecimento generalizado de países e povos, entorpecendo a breve prazo o desenvolvimento das regiões e paises com economias emergentes - isto, exactamente porque não se vislumbra qualquer tentativa para contrariar a latente crise paradigmática do capitalismo.
Acresce também que o actual sistema impede a definição de uma eco-estratégia mundial (falhanço de Quioto) que contrarie o excesso de energia desarrumada no planeta, cuja atmosfera respirável não ultrapassa 8 km de altura - isto para sustentar um modelo de crescimento económico determinado pelo deus-mercado, opondo-se a um processo de desenvolvimento sustentável que nos aproxime e equilibre com a natureza.
É este o cenário da burla, que o pragmatismo dos ideólogos do capital financeiro preparam, forjando inevitabilidades com o propósito de afeiçoar 80% da humanidade ao conformismo, à subserviência, ao servilismo senão mesmo a uma nova escravatura.
A sociedade está assim envolvida numa tenebrosa armadilha politica, pois não só a subserviência e o servilismo são incompatíveis com a democracia e a liberdade, como o ressurgimento nas elites governantes de conceitos maltusianos,(*) onde não escondem como boas soluções a repressão e as guerras, as pandemias e até as catástrofes naturais, mostram a disposição de retrocederem em todos valores e direitos civilizacionais.
Não é dificil deste modo prever que a intenção dos poderosos, filhos bastardos de todas as pátrias, em manterem este modelo onde a gula confunde crescimento com desenvolvimento, vai descontractualizar a sociedade, aprofundar as diferenças e aumentar as injustiças sociais, com o risco de gerarem situações tenebrosas não compatíveis com o saber, a informação e a inteligência actuais.
Não é preciso ser um expert, desses que enxameiam as televisões a viver à conta, para perceber a enorme burla em curso.
(*)revejam com atenção o debate do 1º programa Senadores, na SIC-notícias e comparem as intervenções de António Barrêto e Ferreira Leite, com o que Malthus escreveu no Ensaio sobre o princípio da população.
(...)
Penso que estas são gravuras adequadas para ilustrar as frases do 1º Ministo, quando afirmou estar disposto a tudo fazer para cumprir as imposições da Troyca - lembrei-me da situação dos trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo.
Uma Postura Interessante
“Documento Verde”
Reforma Administrativa Local
O “Documento Verde” para a Reforma
Administrativa Local surgiu por enxertia conjuntural da Troika, como uma
encomenda imposta do exterior e não como uma iniciativa nacional, sustentada na
realidade portuguesa.
Deste modo, o “Documento Verde” não é uma
proposta ponderada, que tão pouco tenha em conta a realidade sócio-económica do
país – realidade onde se evidenciam contrastes territoriais flagrantes, quer ao
nível dos espaços em si mesmos, quer ainda ao nível dos sistemas de articulação
territorial, cimentados ao longo de mais de um século, por transformações que
incidiram na sistemática litoralização deste território tão estreito.
O “Documento Verde” não oferece, assim, quaisquer opções metodológicas e conceptuais que induzam a uma estratégia de inversão a longo prazo da prevalecente tendência litoralizadora persistindo, deste modo no agravamento das desigualdades regionais.
Por outro lado, põe em causa todas as
experiências e saberes acumulados desde Abril de 1974, colhidos num período de
resposta às carências mais elementares das populações, cuja necessidade de suprir era imediatamente percetível, a par do
atual desafio autárquico de intervir, de forma decisiva, no curso do
desenvolvimento local.
Repare-se que os novos paradigmas teóricos,
baseados no desenvolvimento endógeno, desenvolvimento a partir “de baixo”, já
ensaiados e com raízes, enfatizam a pequena escala e a especificidade
sócio-territorial dos problemas e vias de desenvolvimento, que na realidade já
estão presentes na consciência da necessidade do planeamento, da
regionalização, tendo como objetivo o desenvolvimento local.
Nada disto o “Documento Verde“ contempla –
embora pretendendo alterar um mapa administrativo, dizendo-o desajustado à
realidade de hoje, apenas pretende edificar o absurdo, começar pelo telhado
como os arquitetos da Troika ordenam, pois omitem a regionalização e o
planeamento local, entendido, e aí sim, como condição para um processo de
crescimento e modificação qualitativo-estrutural, com forte índole económica,
baseado no aproveitamento das potencialidades endógenas e no respeito pela
identidade histórica e vontade própria das populações locais.
A provar tão grande ligeireza são os diversos
comentários públicos e as declarações tecidas na esgrima político-ideológica
pelos próprios promotores, sendo previsível por tal cartilha, que tudo acabe pela redução de algumas Juntas de
Freguesia para Troika ver, colando o
almejado desejo político de alterar a lei eleitoral autárquica.
No caso das Freguesias (que abarcam cerca de
0,1% do O.E.) e concretamente neste Concelho, o Bloco de Esquerda não entende como
é que é possível verificar-se qualquer redução, posto que todas se diferenciam
pelas características, identidades e origem histórica próprias, onde mesmo as
mais recentes, como Sarilhos Pequenos, Gaio-Rosário e Vale da Amoreira, não só
possuem vincada identidade própria, como foram fundadas em consequência do seu
próprio desenvolvimento, a par da consciência de comunidade que facilmente em
cada uma se identifica. Pelo facto, e a verificar-se a tentativa de extinção,
exige-se que a Assembleia da República legisle, garantindo a participação das
populações, com recurso ao referendo com efeito vinculativo, de forma a que as
populações expressem a sua vontade.
No caso da alteração
à lei eleitoral, desejo almejado tanto pelo
PS como pelo PSD, não existe nenhum aprofundamento da democracia local,
pelo contrário, a transformação proposta visa reforçar o bipartidarismo, impor
executivos monocolores, reduzindo drasticamente a representatividade eleitoral,
promovendo o presidencialismo - afetando deste modo toda a estrutura,
composição e funcionamento dos órgãos executivos e deliberativos, arriscando a
cultura da informalidade, com a consequente redução da transparência na gestão
autárquica e menor participação das populações.
O Documento Verde do PSD/CDS é apenas o princípio
de um mais ambicioso projeto que visa a alteração do sistema eleitoral para as
autarquias, projeto que tem tido, pelo menos verbalmente, o suporte do PS.
Estes partidos apresentam como argumento uma
preocupação sobre “o reforço dos poderes de fiscalização da Assembleia
Municipal sobre o Executivo”, sem nada de concreto adiantarem.
O Bloco de Esquerda considera que é de
ponderar o atual sistema de eleição direta dos membros do executivo, que
permite que no funcionamento desta Assembleia Municipal residam práticas em que
este órgão deliberativo é muitas vezes subalternizado pelo Executivo da Câmara
Municipal. É de realçar que o atual Executivo da Câmara funciona objetivamente
num sistema presidencialista onde os próprios vereadores com pelouro, quando
questionados pelos eleitos na Assembleia, só com autorização do Presidente
podem responder.
O Bloco de Esquerda não se fecha em posições
cristalizadas sobre a Lei eleitoral para as Autarquias Locais; por isso,
perante qualquer alteração de eleição de um único órgão municipal, o Bloco
defende que o Executivo passe a ser eleito pela Assembleia Municipal, podendo
ser demitido na sequência da aprovação de moção de censura ou do chumbo do
Plano, Orçamento e Contas, seguindo-se assim um caminho de aprofundamento da
democracia local.
Assim, o Executivo encontra a sua própria
legitimidade na Assembleia, cujos membros adquirem poderes efectivos de
fiscalização e de apresentação de propostas que, sendo aprovadas, vinculam o
Executivo (ao nível dos atuais Vereadores).
Para o Bloco de Esquerda, outra matéria
controversa é o direito de voto dos Presidentes de Freguesia nas AM.
Em nosso entender as Juntas de Freguesias
têm-se afundado numa espiral de dependência financeira(e política), das Câmara
Municipais, degradando a autonomia que lhes é constitucionalmente conferida. A
participação dos Presidentes de Junta nas Assembleias Municipais não resolve o
problema e, em muitos casos, acentua essa dependência.
O Bloco defende o reforço das transferências
diretas do OE para as Freguesias (actualmente cerca de 0,1% do OE), assim como
das suas atribuições e competências, resgatando o papel de representação
política, necessariamente autónoma. A concretização deste pressuposto retira
qualquer justificação para a integração por inerência, dos Presidentes de Junta
nas Assembleias Municipais.
Queremos
realçar que este direito de voto dos Presidentes de Junta desvirtua, em muitos
casos, a proporcionalidade na AM, como é o caso na Moita.
Por tudo isto, o Bloco de Esquerda manterá
uma postura propositiva, aprofundando nas suas propostas todos os mecanismos da
democracia participativa, contrariando todas as temáticas contidas no Livro
Verde, que restrinjam o desenvolvimento da atividade autárquica, da sua
composição e funcionamento democráticos e limitem a intervenção e envolvimento
das populações.
Moita, 24 de janeiro
de 2012
Autarcas Eleitos BE
Concelho da Moita
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
Conversa em Surdina
Não sei se os tipos conseguiram fazer o que queriam - ouvi a conversa em surdina, quando vasava a barriga na retrete da estação dos barcos no Terreiro do Paço. Não lhes vi o rosto, mas calculo que a esta hora já concluiram o serviço. Desejo que os tipos tivessem sido agarrados, que se encontrem já presos a aguardar julgamento.
É que na conversa que ouvi, tinham como objectivo assaltar a casa do Srº Isaltino, daqui o meu entusiasmo pela hipótese de um julgamento já na próxima Segunda-Feira, é que a ser assim, tenho ganas em saber se o Juiz os irá ou não absolver.
À partida e por uma questão de equidade, estou inclinado para a ideia de que o Juiz neste caso tranformará em jurisprudência o ditado, "ladrão que rouba a ladrão, tem cem anos de perdão".
Procura-se...
Alguém viu por aí o Srº Isaltino? é que o tipo em Cabrela que roubou 20Kg de pinhas (1,2Kg de pinhões), foi logo detido e julgado.
(assim vai o estado de direito !...)
(assim vai o estado de direito !...)
Nem com a onda de frio que aí vem
os governantes e demais eleitos troycanos se dispõem a levantar as calcinhas,"tal não é a sua disposição para os sacríficios". Continuar a cumprir o rumo de empobrecimento imposto, sem procurar alianças com países em situações equiparadas, preferindo manter-se no caminho da perca de soberania, desde que pessoalmente se mantenham à tona do apodrecido sistema, que a eles e banqueiros, em exclusividade lhes garante o bembom da vida.
Em nome da competitividade, forjaram um acordo que desregulamenta as relações laborais -enquanto borrifando-se para a mesma competitividade não arranjam 10 milhões, para que o Estaleiro de Viana com 650 trabalhadores, labore, adquira aço para iniciar encomendas para exportação estabelecidas por via diplomática com outros países, quando ainda por cima pelas mesmas está contratualizada a entrada de 13 milhões já em Abril.
Ora, os 10 milhões não existem, mas mais 600 milhões para enterrar no BPN, que será vendido por 40 milhões, já estão garantidos.
Aqui está mais um exemplo da trêta que é o conceito de competitividade, pois se em competição há sempre derrotados, na actual conjuntura prevêm-se fácilmente os derrotados - é bem possível que acabem por ser os trabalhadores, acabando no desemprego e espoliados pelo acordo ora firmado em nome da competitividade. E é assim deste modo absurdo, que empurram o País para a pobreza e perca de soberania.
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Divulgação RL Produções
Trash Candies + RedLizzard @ In Live Caffé (Moita)
4 de Fevereiro pelas 22H30
Vai ser o concerto de estreia da Banda Almadense - Trash Candies - que vão ter o prazer de partilhar o palco com os RedLizzard, também de Almada, e que dispensam apresentações.
Por esses, e muitos outros motivos, estão todos convidados para uma grande noite de Rock'n'Roll.
A entrada são apenas 5 paus, com direito a uma imperial.
As 2 bandas vão ter à disposição vários artigos para merchandising, tais como:
- t-shirts,
- cd´s,
- chapéus,
- etc, etc.
Apareçam e vamos fazer uma grande festa!!!
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Doideira a tornar-se pandemia
O Proença ficou feliz por agradar à Troyca. Hoje o Secretário de Estado na Assembleia da República explicou, porque é que os portugueses estão felizes e contentes pelas alterações e aumentos efectuados nos transportes.
Resgate no Futebol ...
Vai acabar por acontecer, pelo sucessivo aumento das dívidas dos clubes, nomeadamente do Sporting, Porto e Benfica. Desejando-se desde já que não apareçam magias que coloquem mais uma vez o povo a pagar os tradicionais excessos negocistas da máfia futebolistica.
Ainda por cima na actual situação, em que nem sequer existem equipas genuínamente portuguesas, qualquer apoio significará continuar a ajudar à enorme fuga de capitais que se verifica em nome do Futebol.
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