Esta que aprovou o slogan de combate ao desemprego, com incentivos e projectos voluntaristas para os países em maiores dificuldades, faz-me lembrar os slogans que resultaram da conferência de 1993 sobre o livro branco do tempo de Delors, então sem uma crise da dimensão da actual, ficou estabelecida como meta baixar o desemprego na Europa em 5% ao ano - nunca aconteceu.
Calculo que a decisão de hoje, vai acabar no mesmo.
Em relação ao que originou a crise que está instalada, à gula financeira que impera no sistema bancário e que estalou em 2008, mais uma vez não tocaram. O sistema bancário que é ou devia de ser um bem público, destinado à intermediação das poupanças que capta e canaliza para a economia real através do crédito, pela crise escancarou-se, mostrando bem como tão importante função pode ser prevertida quando os poderes públicos se demitem de usar os meios politicos de que dispõem. À desistência de regulação juntou-se a sucessiva entrega sem controlo nem contrato de avultados recursos públicos, para salvamentos e recapitalizações dos bancos, colocando desde modo os Estados (os povos a pagar) a socializarem as perdas daquelas instituições.
Em relação a este cancro que nos corrói, nem uma medida em tantas cimeiras da UE foi adoptada. Podendo os próximos seis meses serem decisivos para o nosso país, isto com governantes subservientes e afeiçoados à gula financeira e a politicas colonizadoras - traidores à pátria que há muito se esqueceram que Portugal é um país com oito séculos de história, em risco de ser condenado por eles à pobreza e à perca de soberania.
Começo a temer que a conflitualidade social ultrapasse o uso do direito à greve e o direito de manifestação, posto que actual conjuntura está marcada por líderes politicos, tarados e aldrabões. de facto por gente perigosa.