"O compromisso da UGT permitiu evitar males maiores, designadamente um excessivo alargamento dos motivos de despedimento individual e a introdução da famigerada meia hora de trabalho a mais.
... as soluções não são assim tão más, nomeadamente na medida em que salvaguardando uma substancial estabilidade do emprego, atenuam o dualismo em vigor no regime das relações laborais entre nós, que superprotege quem tem trabalho à custa dos que não têm."
Debulhando o 1º parágrafo - como é que podem afirmar que em consequência do acordo, não vai existir um excessivo alargamento dos motivos de despedimento individual, se na actual conjuntura as instituições fiscalizadoras, tribunais e demais instâncias actuam sem autonomia e quadradas pela pressão das politicas vigentes? Que sentido é que tem argumentar com mais meia hora, quando se percebeu de imediato que tal não passava de uma trêta, talvez mesmo apenas uma habilidade negocial a acompanhar aquele "drama trágico-cómico", em que João Proença foi um brilhante Bôbo da Côrte.
Debullhando o 2º parágrafo - ao afirmar com tamanha subjectividade que as soluções não são assim tão más, por salvaguardarem a estabilidade no emprego, quando o vísivel e o que se estima é a continuação do aumento do desemprego, escondendo que actualmente o dualismo que existe no mundo laboral, é o medo de perder o emprego e a revolta de não o ter, é no minimo entrar num discurso cínico além da mentira que transmite.
A verdade é que se ficarmos entregues a gente desta, acabaremos mais pobres e entregues à sorte sem quaisquer prespectivas - será na luta que acabaremos por encontrar caminhos, de vencer a incredulidade.
(nota: é triste, que seja um deputado do PS no parlamento europeu a escrever coisas destas.)
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