domingo, dezembro 30, 2007
SINAIS DO TEMPO
O Cardeal Patriarca de Lisboa, eminência D.José Policarpo, na homilia de Natal, transmitiu aos crentes o valor da Esperança, alertando-os para o maior perigo que a humanidade actualmente enfrenta.
Ao invés do que se poderia supôr, não se referiu à influência e poder de Satan, nem sequer lembrou por práticas similares a Al-Qaeda e Bin Laden, nem tão pouco Bush,Blair,Aznar e Barroso. Para fundamentar a ideia que expôs, não lembrou a fome, a sida, a miséria e as guerras que persistem e alastram pelo mundo. Preferiu dizer - "Todas as formas de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade".
Eu, porque não sou crente e nasci sem a benção de Deus por opção dos meus pais, nem baptizado sou. Sem saber, integro uma hipotética horda de malfeitores, responsável nas palavras de D. Policarpo, pelo maior drama da humanidade.
Porque sei eliminar o ódio, fico-me apenas pelo nojo e raiva geradas por tal homilia, não resvalando por isto para a tentação jacobina de desejar a limitação das liberdades religiosas.
Sei que D.Policarpo é uma pessoa culta - formado em filosofia e licenciado em teologia dogmática pela Pontificia Universidade Gregoriana de Roma, foi reitor da Universidade Católica de 1988 a 1996 e já publicou cerca de 40 livros e estudos. Percurso este que torna inaceitável e até assustador, ainda possuir convicções que o levam a proferir tais homilias.
Use D.Policarpo ou os crentes católicos os argumentos que quiserem, mas tais ideias não foram inspiradas pelo vosso Deus, nem são recado do vosso profeta. O recado veio do Vaticano. É a orientação de Bento XVI a ser divulgada, à qual o Cardeal submisso se curva.
Infelizmente são estes os sinais do tempo - as orientações doutrinárias do Vaticano desde o anterior Papa têm vindo a distanciar a Igreja da sua matriz cristã. O esforço de aproximação ás religiões Muçulmana e Judaica explicam a obcessão de João Paulo II por Maria. Pois esta é uma personagem reconhecida pelas três religiões, ao contrário de Jesus, só reconhecido por cristãos.
Percebendo-se assim o lento mas persistente caminhar de retorno ás origens, ao pai reconhecido pelas três religiões monoteístas - o profeta Abraão - cuja descrição biblica o identifica com a violência e o fanatismo, posto que até se dispôs a matar o filho para merecer a confiança de Deus.
Por tudo isto, e apesar do que escrevi, desejo que D.Policarpo não se volte a curvar ao Papa, pois se o fizer, ainda o verei a lançar na fogueira livros que escreveu, como: " O que o espirito diz à Igreja hoje" e " Sinais do Tempo".
Hoje é o dia de evocar a Sagrada Familia, que embora eu não goste da composição por faltar uma mulher. Sem ser crente, não me agrada que alterem o calendário litúrgico
em resultado de no Vaticano, um dia destes, decidirem meter os Evangelhos na gaveta.
É que sem a benção de Deus, os não crentes, não são piores cidadãos que vocês.
- VIVA A LIBERDADE !
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Os "Amigos do Cais" perderam um Amigo
Faleceu o arrais da Bonitinha, António Augusto.
Deixou-nos hoje, um dos maiores entusiastas pelo nosso braço de Rio.
O gosto pelo Rio era tanto, que o levou a deixar para a história réplicas em miniatura dos vários tipos de embarcações que navegam nas nossas águas.
Obrigado por tudo o que deste ao engrandecimento da nossa Terra e à salvaguarda das suas tradições.
"Nesta terra quem não cava já cavou , quem não rema já remou"
Deixou-nos hoje, um dos maiores entusiastas pelo nosso braço de Rio.
O gosto pelo Rio era tanto, que o levou a deixar para a história réplicas em miniatura dos vários tipos de embarcações que navegam nas nossas águas.
Obrigado por tudo o que deste ao engrandecimento da nossa Terra e à salvaguarda das suas tradições.
"Nesta terra quem não cava já cavou , quem não rema já remou"
Arranjem uma Manta e Tapem-se...
A divulgada moção de solidariedade com o Jornal O RIO, orgão de informação local estrangulado, por comprovadamente ter resistido a várias tentativas de manipulação. Na Assembleia Municipal, foi reprovada pela concentração maioritária dos votos da CDU.
A elevada "consciência democrática" de todos os membros da CDU naquele orgão, ficou mais uma vez demonstrada, pela disciplina, apêgo e respeito ao Chefe aí evidenciados. Para isto concorreu a eloquência dos Excelentissimos Senhores Diamantino Patarata, Manuel Madeira e Vicente Merendas, que nas suas eloquentes intervenções, aliás, "decisivas para aquela expressão colectiva do voto", proferiram frases que destaco:
...na vida tudo tem um principio e um fim, nada é eterno...
...não é correcto manter empresas artificialmente a funcionar...
PORQUE A ESTUPIDEZ TAMBÉM DESLUMBRA
Que raio de comunistas são estes que atiram ás malvas o materialismo dialético - onde até esquecem que o principio é consequência de um processo de transformação, e que o fim não o deixando de ser é o inicio de outro... mas mais grave é a 2ª frase, que obriga-me a recordar reuniões com ministros e secretários de Estado dos governos do PS e do PSD que na década de 80 e parte de 90 a vulgarizaram, ao ponto de quase ser slogan obrigatório nos discursos dos seus deputados na Assembleia da República.
Foi um periodo marcado pelo artificialismo de politicas monetaristas, que promovendo o 8 e o 80 das taxas de juro, estoiraram com a Indústria, primeiro as empresas e sectores que dependiam da importação, seguindo as que dependiam da exportação. Recordo-me de reuniões com Mira Amaral, em que aquela frase era a única que ele proferia - ouvi-a com as empresas Aluminio Português, M.Setubalense e a Renault na 1ª crise (redução dos postos de trabalho). Isto no sector privado, porque no público tal frase simbolizava um propósito ainda mais intenso e negativo para os trabalhadores e o País. É pois uma frase de triste memória no ponto de vista politico e de classe.
O uso de tal frase na Assembleia Municipal, até pelo despropósito, demonstra ignorância e fragilidade ideológica, logo o resvalo para o evidenciado sectarismo manifestado - onde nem sequer tiveram em conta a natureza do assunto, acrescido do facto de estar envolvido um Militante Comunista, ex-Presidente desta Câmara. Isto com a agravante de conhecerem as iniciativas de descaro e arbitrio com que o actual presidente se envolveu neste caso.
Optaram, sem aprumo nem senso pelo uso do dislate como argumento, apenas no fito de proteger o Chefe.
De tal modo assim foi, que até esqueceram deveres elementares dos Estatutos do seu Partido. Para proteger o Chefe, optando pelo absurdo, não lembraram que os militantes comunistas quando eleitos pelo Povo, têm o dever estatuário e consciente de defender e garantir a autonomia das Instituições para que são eleitos.
Por tudo isto, considero que os actuais membros da CDU na A.Municipal, já não são da CDU e ainda menos do PCP - são apenas membros da quadrilha do Chefe Lobo.
CALCULO que irão recorrer ao vosso ideólogo, áquele que explora, e bem, as vulnerabilidades do Chora, mas não esqueçam das vossas, para que a desgraceira ainda não seja maior. O melhor, mesmo o melhor, é arranjarem uma manta e taparem-se.
A elevada "consciência democrática" de todos os membros da CDU naquele orgão, ficou mais uma vez demonstrada, pela disciplina, apêgo e respeito ao Chefe aí evidenciados. Para isto concorreu a eloquência dos Excelentissimos Senhores Diamantino Patarata, Manuel Madeira e Vicente Merendas, que nas suas eloquentes intervenções, aliás, "decisivas para aquela expressão colectiva do voto", proferiram frases que destaco:
...na vida tudo tem um principio e um fim, nada é eterno...
...não é correcto manter empresas artificialmente a funcionar...
PORQUE A ESTUPIDEZ TAMBÉM DESLUMBRA
Que raio de comunistas são estes que atiram ás malvas o materialismo dialético - onde até esquecem que o principio é consequência de um processo de transformação, e que o fim não o deixando de ser é o inicio de outro... mas mais grave é a 2ª frase, que obriga-me a recordar reuniões com ministros e secretários de Estado dos governos do PS e do PSD que na década de 80 e parte de 90 a vulgarizaram, ao ponto de quase ser slogan obrigatório nos discursos dos seus deputados na Assembleia da República.
Foi um periodo marcado pelo artificialismo de politicas monetaristas, que promovendo o 8 e o 80 das taxas de juro, estoiraram com a Indústria, primeiro as empresas e sectores que dependiam da importação, seguindo as que dependiam da exportação. Recordo-me de reuniões com Mira Amaral, em que aquela frase era a única que ele proferia - ouvi-a com as empresas Aluminio Português, M.Setubalense e a Renault na 1ª crise (redução dos postos de trabalho). Isto no sector privado, porque no público tal frase simbolizava um propósito ainda mais intenso e negativo para os trabalhadores e o País. É pois uma frase de triste memória no ponto de vista politico e de classe.
O uso de tal frase na Assembleia Municipal, até pelo despropósito, demonstra ignorância e fragilidade ideológica, logo o resvalo para o evidenciado sectarismo manifestado - onde nem sequer tiveram em conta a natureza do assunto, acrescido do facto de estar envolvido um Militante Comunista, ex-Presidente desta Câmara. Isto com a agravante de conhecerem as iniciativas de descaro e arbitrio com que o actual presidente se envolveu neste caso.
Optaram, sem aprumo nem senso pelo uso do dislate como argumento, apenas no fito de proteger o Chefe.
De tal modo assim foi, que até esqueceram deveres elementares dos Estatutos do seu Partido. Para proteger o Chefe, optando pelo absurdo, não lembraram que os militantes comunistas quando eleitos pelo Povo, têm o dever estatuário e consciente de defender e garantir a autonomia das Instituições para que são eleitos.
Por tudo isto, considero que os actuais membros da CDU na A.Municipal, já não são da CDU e ainda menos do PCP - são apenas membros da quadrilha do Chefe Lobo.
CALCULO que irão recorrer ao vosso ideólogo, áquele que explora, e bem, as vulnerabilidades do Chora, mas não esqueçam das vossas, para que a desgraceira ainda não seja maior. O melhor, mesmo o melhor, é arranjarem uma manta e taparem-se.
A-Sul destaca Movimento Cívico
Um excerto do post "2007 EM BALANÇO AMBIENTAL (3) - MOVIMENTO CÍVICO" Via A-Sul:
«A nossa eleição de Movimento Cívico do Ano vai para o exemplar Movimento Civico da Várzea da Moita, um movimento que se opôs contra os planos de duvidosa legalidade da autarquia de alterar o Plano Director Municipal e com ele Zonas de Reserva Agricola e Ecologica beneficiando mais uma vez, é claro a construção civil (alguns construtores e especuladores, melhor dizendo) em detrimento dos valores naturais e culturais locais.»
Não podia estar mais de acordo. Excelente escolha.
«A nossa eleição de Movimento Cívico do Ano vai para o exemplar Movimento Civico da Várzea da Moita, um movimento que se opôs contra os planos de duvidosa legalidade da autarquia de alterar o Plano Director Municipal e com ele Zonas de Reserva Agricola e Ecologica beneficiando mais uma vez, é claro a construção civil (alguns construtores e especuladores, melhor dizendo) em detrimento dos valores naturais e culturais locais.»
Não podia estar mais de acordo. Excelente escolha.
A coisa mexe
Os tostanitos enterrados no dique que levam ao açoreamento do espelho de agua, é uma das causas que move esta comissão.
Verbas para destruir o dique e construir uma porta de agua decente, não estão contempladas nas Grandes Opções do Plano e Orçamento 2008 da C.M. Moita.
Verbas para destruir o dique e construir uma porta de agua decente, não estão contempladas nas Grandes Opções do Plano e Orçamento 2008 da C.M. Moita.
clique na imagem para melhor leitura
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Um Redondo Vocábulo
Via A.J.A. (Blog):
O Teatro Viriato, em Viseu, vai receber na próxima sexta-feira, dia 28, um concerto intitulado «Um Redondo Vocábulo» pela voz de João Afonso e piano de João Lucas.
O concerto pretende revelar um olhar diferente e intimista, materializado num recital único, testemunho inédito da obra poética e musical de Zeca Afonso.
«Um Redondo Vocábulo» é um espectáculo delicado, no qual sobressaem os arranjos para a voz e piano, e vai percorrer cronologicamente as canções menos e mais intimistas do cantor.
Este concerto será uma prenda que o Teatro Viriato vai oferecer à cidade de Viseu, pois a entrada é gratuita.
O Teatro Viriato, em Viseu, vai receber na próxima sexta-feira, dia 28, um concerto intitulado «Um Redondo Vocábulo» pela voz de João Afonso e piano de João Lucas.
O concerto pretende revelar um olhar diferente e intimista, materializado num recital único, testemunho inédito da obra poética e musical de Zeca Afonso.
«Um Redondo Vocábulo» é um espectáculo delicado, no qual sobressaem os arranjos para a voz e piano, e vai percorrer cronologicamente as canções menos e mais intimistas do cantor.
Este concerto será uma prenda que o Teatro Viriato vai oferecer à cidade de Viseu, pois a entrada é gratuita.
Eu já li
Esta publicação prefaciada por José Casanova, para quem tem o PCP por referência, não sendo militante ou tão pouco simpatizante, por certo que formulará a pergunta: - Porquê agora?
Atento, presumo que esta publicação acresce de oportunidade não apenas pela actual conjuntura vincada pela politica do Governo PS,que de tão juntinho com o PSD, focados apenas se vê uma sombra, numa aliança que objectiva o retrocesso democrático pelas evidências já concretizadas no caminho da sujeição do poder politico ao económico/financeiro, como também, pela necessidade de esclarecer e alertar - que a retoma do processo democrático depende da activa intervenção da generalidade dos portugueses, nomeadamente do proletariado, para impedir que o poder económico/financeiro molde o Estado aos seus exclusivos interesses.
É bom lembrar que existem revoluções para fazer, é importante que muitos na idade dos 50, com filhos e já netos, descalcem ou não calcem as pantufas - que ilucidem e animem os mais jovens do que desejamos e é preciso fazer, e com eles, por certo mais informados e preparados que nós, desbravarmos as teias de entretenimento estupidificante, criadas por poderosas "inteligências" para que sejamos apáticos e conformistas, e assim descrentes ou apenas isoladamente revoltados, acabemos por consentir as "inevitabilidades" que nos impingem.
Romper com o que nos engata a vida, no caso, é impedir que o Estado fique nas mãos daqueles que têm vindo a engatar isto tudo.
Atento, presumo que esta publicação acresce de oportunidade não apenas pela actual conjuntura vincada pela politica do Governo PS,que de tão juntinho com o PSD, focados apenas se vê uma sombra, numa aliança que objectiva o retrocesso democrático pelas evidências já concretizadas no caminho da sujeição do poder politico ao económico/financeiro, como também, pela necessidade de esclarecer e alertar - que a retoma do processo democrático depende da activa intervenção da generalidade dos portugueses, nomeadamente do proletariado, para impedir que o poder económico/financeiro molde o Estado aos seus exclusivos interesses.
É bom lembrar que existem revoluções para fazer, é importante que muitos na idade dos 50, com filhos e já netos, descalcem ou não calcem as pantufas - que ilucidem e animem os mais jovens do que desejamos e é preciso fazer, e com eles, por certo mais informados e preparados que nós, desbravarmos as teias de entretenimento estupidificante, criadas por poderosas "inteligências" para que sejamos apáticos e conformistas, e assim descrentes ou apenas isoladamente revoltados, acabemos por consentir as "inevitabilidades" que nos impingem.
Romper com o que nos engata a vida, no caso, é impedir que o Estado fique nas mãos daqueles que têm vindo a engatar isto tudo.
quarta-feira, dezembro 26, 2007
Tony Blair converteu-se
Tony Blair aguardou pelo Natal para anunciar o seu abandono da Igreja Anglicana aderindo ao Catolicismo. Sendo hoje um servo de Deus sob a benção da Igreja Católica Apostólica Romana. Gente próxima, pouco dada a humildades, garante que ainda há muito a esperar do relacionamento entre Blair e a Religião.
Próximo que tenho andado de Deus, consegui sacar o que seria segredo eterno - a penitente oração da nova conversão de Blair: "Oh Senhor, meu socorro e meu redentor, agora revelo e confesso à glória do teu nome como me libertaste das garras da luxúria e da mentira que me mantinha escravizado ás coisas deste mundo. Como sabeis Senhor, nesta minha entrega sondei as profundezas ocultas da minha alma e arranquei-lhe os meus segredos, e quando os coloquei perante os olhos do meu coração, uma grande tempestade se desencadeou no meu intímo, ai Senhor! senti vergonha pelas monstruosas mentiras que arranjei e levaram destruição e morte às Santas Terras Biblicas.
Acreditai Senhor que estou arrependido e que na busca do teu perdão, estou disposto a todos os sacrificios, se quiserdes Senhor irei para o Iraque de bandeira branca em punho propagar a ideia da paz e da concórdia; se quiserdes Senhor, andarei de escola em escola a combater a liberdade sexual e os beneficios do sexo oral que outrora defendi. Farei tudo o que quiserdes para merecer o teu perdão. Não quero eternamente ser considerado bandalho e criminoso. Sou teu escravo, de joelhos te rogo!..."
Que se cuide Bento XVI, é que se o tal Deus que a Santa Madre Igreja representa fôr na conversa de Blair, se tal adesão merecer a benção - pode arrebentar a bronca lá supra reunião dos Deuses, pois ninguém acredita que Alá vá na conversa.
Pondo de parte a conversão do Tony - de facto não são só os Portugueses, os Ingleses no uso do voto,também sabem escolher bem.
Próximo que tenho andado de Deus, consegui sacar o que seria segredo eterno - a penitente oração da nova conversão de Blair: "Oh Senhor, meu socorro e meu redentor, agora revelo e confesso à glória do teu nome como me libertaste das garras da luxúria e da mentira que me mantinha escravizado ás coisas deste mundo. Como sabeis Senhor, nesta minha entrega sondei as profundezas ocultas da minha alma e arranquei-lhe os meus segredos, e quando os coloquei perante os olhos do meu coração, uma grande tempestade se desencadeou no meu intímo, ai Senhor! senti vergonha pelas monstruosas mentiras que arranjei e levaram destruição e morte às Santas Terras Biblicas.
Acreditai Senhor que estou arrependido e que na busca do teu perdão, estou disposto a todos os sacrificios, se quiserdes Senhor irei para o Iraque de bandeira branca em punho propagar a ideia da paz e da concórdia; se quiserdes Senhor, andarei de escola em escola a combater a liberdade sexual e os beneficios do sexo oral que outrora defendi. Farei tudo o que quiserdes para merecer o teu perdão. Não quero eternamente ser considerado bandalho e criminoso. Sou teu escravo, de joelhos te rogo!..."
Que se cuide Bento XVI, é que se o tal Deus que a Santa Madre Igreja representa fôr na conversa de Blair, se tal adesão merecer a benção - pode arrebentar a bronca lá supra reunião dos Deuses, pois ninguém acredita que Alá vá na conversa.
Pondo de parte a conversão do Tony - de facto não são só os Portugueses, os Ingleses no uso do voto,também sabem escolher bem.
domingo, dezembro 23, 2007
Natal, uma referência que nos envolve...
A data do nascimento de Jesus, é mais um dos mistérios que os Evangelhos não esclarecem. O dia 25 de Dezembro foi a data que a partir de Roma alastrou desde o ano 250, muito antes das muitas transformações aos estilos de festejos litúrgicos por decisão de Concílios ou determinações Papais.
Uma ideia entre outras que pairou durante alguns séculos, talvez até ao Concílio de Éfeso com o Papa Sisto III - indicava que o dia do nascimento de Jesus resultava da criação do mundo se ter verificado no equinócio da Primavera, cujos cálculos astronómicos de então apontavam 25 de Março, sendo esta mais ou menos a data da sua morte (coincidente com a Páscoa Judaica) e também com a da Encarnação. Bastando assim acrescentar os 9 meses da gravidez de NªSenhora, para se encontrar a data de 25de Dezembro.
Esta, sendo uma conclusão carregada de simbolismo, pois trata-se de uma figura que integra a Sagrada Família e que à Igreja interessava enfantizar. Acabou por não vencer no tempo - pois se por um lado existe a preferência pela manutenção dos mistérios, por outro, a evolução do conhecimento retira a hipótese de tanta coincidência.
O mais acertado, será aceitar que se tratou da absorção das festas pagãs que em 25 de Dezembro então se realizavam em Roma - a festa solesticial de adoração ao Sol, data em que a luz começa a vencer a noite. Por isto e porque os Evangelhos descrevem que "Jesus é a luz do mundo", é fácil que o Clero, até pela influência politica que usufruíam, assim o tivessem determinado.
É claro que hoje, neste Reino do Mercado, pouco importam "trêtas destas"- onde até as missas acabam muito antes dos Galos cantarem, onde os Presépios dão lugar ao Pai Natal que a CocaCola e os Shopings p'raí vulgarizam, onde ir fazer comprinhas e trazer muitos embrulhos coloridos, é chiquérrimo - é assim normalissima a vantagem da futilidade e assim a apatia ou a facilidade com que é aceite qualquer aldrabíce.
Isto, nesta época tão distante do Século III.
Hoje, neste espaço de matriz cristã em que o Natal a todos envolve, até aos não crentes pela força ancestral da confraternização, TUDO É MERCADO.
Sendo verdade que alguns exemplos ainda recentes de experiências de novos modelos no âmbito da economia, falharam estrondosamente por politicas que não valorizaram a importância do mercado, - não é mentira afirmar, que o excesso de produção e consumo do modelo prevalecente, empurra toda a sociedade para um buraco de difícil saída.
Por isto, nesta quadra recordo-me sempre de um companheiro de muitas lutas, cristão que ao entrar em véspera de Natal no Pingo Doce, logo de entrada, amedrontado pelo deslumbre das solicitas decorações natalícias, elevou os braços e gritou:- AJUDAI-ME SENHOR! a descobrir e comprar apenas o que preciso.
Desejo-lhes Boas Festas
Rock e má onda natalícia na Zé Dos Bois
Terça 25 de Dezembro às 23h00 - 10€
"fuck_christmas_i_got_the_blackout_sessions"
The Legendary Tiger Man*
Proveniente das cinzas da mais mítica banda rock nacional da década de 90, os Tédio Boys, Paulo Furtado tem-se afirmado, ao longo dos anos subsequentes ao terminus do grupo de Coimbra, como uma das figuras mais emblemáticas, visíveis e aclamadas da música portuguesa, através dos Wray Gunn e deste, o seu projecto de «one man band», o alter-ego The Legendary Tiger Man.
Com quatro álbuns já editados («Fuck Christmas I Got The Blues», de 2003, «Naked Blues», de 2002, «In Cold Blood – A Sangue Frio» em colaboração com o fotógrafo Pedro Medeiros e o mais recente «Masquerade»), Furtado continua aqui a dar continuidade a um evento que já se tornou tradição. Esta actuação do Legendary Tiger Man na Galeria Zé dos Bois ser-lhe-á entregue, pelo sexto ano consecutivo, na noite de Natal, dia 25 de Dezembro. Furtado, orquestra de um homem só ao bom estilo de Bog Log III (com quem já partilhou palcos além fronteiras), encontrou um Mondego da mente que desagua no Mississipi Delta, rio de mágoa onde Johnny Cash, John Lee Hooker, Robert Johnson e Charlie Feathers um dia beberam. Com a forte crença que os «blues» não conhecem países nem continentes, Furtado oferece-se aos que escolherem atender à ZDB para ver um muito especial Pai Natal do rock, sem renas, com um vazio saco de prendas onde cabem todas as suas mágoas e descarga eléctrica.
6º ano consecutivo de rock e má onda natalícia com Legendary Tiger Man na ZDB
vídeo "route 66"
"fuck_christmas_i_got_the_blackout_sessions"
The Legendary Tiger Man*
Proveniente das cinzas da mais mítica banda rock nacional da década de 90, os Tédio Boys, Paulo Furtado tem-se afirmado, ao longo dos anos subsequentes ao terminus do grupo de Coimbra, como uma das figuras mais emblemáticas, visíveis e aclamadas da música portuguesa, através dos Wray Gunn e deste, o seu projecto de «one man band», o alter-ego The Legendary Tiger Man.
Com quatro álbuns já editados («Fuck Christmas I Got The Blues», de 2003, «Naked Blues», de 2002, «In Cold Blood – A Sangue Frio» em colaboração com o fotógrafo Pedro Medeiros e o mais recente «Masquerade»), Furtado continua aqui a dar continuidade a um evento que já se tornou tradição. Esta actuação do Legendary Tiger Man na Galeria Zé dos Bois ser-lhe-á entregue, pelo sexto ano consecutivo, na noite de Natal, dia 25 de Dezembro. Furtado, orquestra de um homem só ao bom estilo de Bog Log III (com quem já partilhou palcos além fronteiras), encontrou um Mondego da mente que desagua no Mississipi Delta, rio de mágoa onde Johnny Cash, John Lee Hooker, Robert Johnson e Charlie Feathers um dia beberam. Com a forte crença que os «blues» não conhecem países nem continentes, Furtado oferece-se aos que escolherem atender à ZDB para ver um muito especial Pai Natal do rock, sem renas, com um vazio saco de prendas onde cabem todas as suas mágoas e descarga eléctrica.
6º ano consecutivo de rock e má onda natalícia com Legendary Tiger Man na ZDB
vídeo "route 66"
Voto solidariedade para com o Jornal O Rio
Passo a transcrever e-mail enviado por Luís Chula através do nosso Mule Express, sobre o voto de solidariedade apresentado na Assembleia de Freguesia da Moita (CDU) para com o jornal O Rio e que foi aprovado por unanimidade, ao contrário da assembleia municipal onde a CDU votou contra e reprovou este voto de solidariedade:
"Para v/ conhecimento envio o "Voto solidariedade para com o Jornal O Rio" que a bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Moita apresentou na sua última sessão, a qual decorreu na passada 6ª feira tendo sido aprovado por unanimidade.
Com os melhores cumprimentos e votos de Boas Festas,
Luís Chula
VOTO DE SOLIDARIEDADE PARA COM O JORNAL “ O RIO “
Considerando, tal como diz o Estatuto da Imprensa Regional:
“A imprensa regional desempenha um papel altamente relevante, não só no âmbito territorial a que naturalmente mais diz respeito, mas também na informação e contributo para a manutenção de laços de autêntica familiaridade entre as gentes locais e as comunidades de emigrantes dispersas pelas partes mais longínquas do Mundo. Muitas vezes, ela é, com efeito, o único veículo de publicitação das aspirações a que a imprensa de expansão nacional dificilmente é sensível; e constitui, por outro lado, um autêntico veículo de difusão, junto daqueles que se encontram fora do País, daquilo que se passa com os que não os quiseram ou não puderam acompanhar. Além disso, tem, por regra, sabido desempenhar uma função cultural a que nenhum órgão de comunicação social pode manter-se alheio. “.
e ainda, entre outras afirmações, o que se pode ler no Jornal «Avante!» Nº 1387 – de 29.Junho.2000 sobre a imprensa regional:
“…é um dos mais importantes factores de contenção da iliteracia, pois há muito boa gente, mesmo a viver nas áreas metropolitanas, que o que lê, além de algum jornal desportivo e dos folhetos das telenovelas, é o «jornalzinho da terra». E este constitui, em muito casos, a única leitura para os poucos que ainda lêem …. “
e entre muitas e muitas outras posições, a do sr. Presidente da Junta de Freguesia da Moita que recentemente manifestou publicamente:
“… enquanto leitor assíduo do jornal "O Rio", sempre encontrei nesta prestigiada publicação um mar de pluralismo e isenção, o qual é justo dizer e, sem desprimor para qualquer elemento do corpo redactorial ou colaborador, é fruto da verticalidade e do espírito democrático do seu director, apanágio da superioridade moral dos comunistas e de todos os democratas, mulheres e homens amantes da liberdade…“
Considerando ainda, o brilhante percurso deste Jornal ao longo dos 10 anos da sua existência, o inquestionável contributo para o desenvolvimento das gentes do concelho, bem como o facto de ser o único Jornal não comercial do Concelho da Moita e as lamentáveis pressões e falta de apoios que o conduziram para a inevitável situação de ter de suspender a sua publicação,
A Assembleia de Freguesia da Moita reunida no dia 21 de Dezembro de 2007:
a) – Manifesta a sua total solidariedade para com o Director e colaboradores do Jornal “ O Rio “, lamentando profundamente as razões que levaram à sua suspensão, desejando que as instituições a quem cabe fomentar e apoiar o desenvolvimento local, tudo façam, de forma inequívoca e incondicional, no sentido de ser possível, num curto espaço de tempo, devolver ao concelho da Moita este seu Jornal, livre, independente, aberto a todas as correntes de opinião, de forma a poder continuar a contribuir para o desenvolvimento e elevação de toda a população deste concelho.
A bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Moita
Moita, 21 de Dezembro de 2007"
"Para v/ conhecimento envio o "Voto solidariedade para com o Jornal O Rio" que a bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Moita apresentou na sua última sessão, a qual decorreu na passada 6ª feira tendo sido aprovado por unanimidade.
Com os melhores cumprimentos e votos de Boas Festas,
Luís Chula
VOTO DE SOLIDARIEDADE PARA COM O JORNAL “ O RIO “
Considerando, tal como diz o Estatuto da Imprensa Regional:
“A imprensa regional desempenha um papel altamente relevante, não só no âmbito territorial a que naturalmente mais diz respeito, mas também na informação e contributo para a manutenção de laços de autêntica familiaridade entre as gentes locais e as comunidades de emigrantes dispersas pelas partes mais longínquas do Mundo. Muitas vezes, ela é, com efeito, o único veículo de publicitação das aspirações a que a imprensa de expansão nacional dificilmente é sensível; e constitui, por outro lado, um autêntico veículo de difusão, junto daqueles que se encontram fora do País, daquilo que se passa com os que não os quiseram ou não puderam acompanhar. Além disso, tem, por regra, sabido desempenhar uma função cultural a que nenhum órgão de comunicação social pode manter-se alheio. “.
e ainda, entre outras afirmações, o que se pode ler no Jornal «Avante!» Nº 1387 – de 29.Junho.2000 sobre a imprensa regional:
“…é um dos mais importantes factores de contenção da iliteracia, pois há muito boa gente, mesmo a viver nas áreas metropolitanas, que o que lê, além de algum jornal desportivo e dos folhetos das telenovelas, é o «jornalzinho da terra». E este constitui, em muito casos, a única leitura para os poucos que ainda lêem …. “
e entre muitas e muitas outras posições, a do sr. Presidente da Junta de Freguesia da Moita que recentemente manifestou publicamente:
“… enquanto leitor assíduo do jornal "O Rio", sempre encontrei nesta prestigiada publicação um mar de pluralismo e isenção, o qual é justo dizer e, sem desprimor para qualquer elemento do corpo redactorial ou colaborador, é fruto da verticalidade e do espírito democrático do seu director, apanágio da superioridade moral dos comunistas e de todos os democratas, mulheres e homens amantes da liberdade…“
Considerando ainda, o brilhante percurso deste Jornal ao longo dos 10 anos da sua existência, o inquestionável contributo para o desenvolvimento das gentes do concelho, bem como o facto de ser o único Jornal não comercial do Concelho da Moita e as lamentáveis pressões e falta de apoios que o conduziram para a inevitável situação de ter de suspender a sua publicação,
A Assembleia de Freguesia da Moita reunida no dia 21 de Dezembro de 2007:
a) – Manifesta a sua total solidariedade para com o Director e colaboradores do Jornal “ O Rio “, lamentando profundamente as razões que levaram à sua suspensão, desejando que as instituições a quem cabe fomentar e apoiar o desenvolvimento local, tudo façam, de forma inequívoca e incondicional, no sentido de ser possível, num curto espaço de tempo, devolver ao concelho da Moita este seu Jornal, livre, independente, aberto a todas as correntes de opinião, de forma a poder continuar a contribuir para o desenvolvimento e elevação de toda a população deste concelho.
A bancada do Partido Socialista na Assembleia de Freguesia da Moita
Moita, 21 de Dezembro de 2007"
sábado, dezembro 22, 2007
Joe Strummer 1952 - 2002
O Click Variações não se esqueceu de Joe Strummer e narra a história de Strummer com os seus projectos. A imagem do "Strummer Memorial" foi sacada lá.
Algumas linhas sobre o documentário que retrata a vida de Strummer, "The Future is Unwritten" por Dean Goodman:
«Há trinta anos, um novo documentarista, Julien Temple, recebeu um ultimato dos Clash, uma das duas bandas punk de Londres que ele acompanhava.
"Tens de escolher. Não pode haver tanta cobiça. Tens de escolher entre nós e eles", disseram os membros do Clash a Temple.
Então, ele escolheu "eles" - os Sex Pistols. E acabou por realizar dois filmes "The great rock 'n' roll Swindle" e "O lixo e a fúria". Temple também realizou videoclipes para artistas como Rolling Stones e David Bowie.
Os Clash tornaram-se um mito do rock com a sua mistura de letras políticas e estilos musicais com raízes no reggae e rockabilly. O seu terceiro álbum, "London calling", foi considerado o melhor disco dos anos 1980 pela revista "Rolling Stone", mesmo tendo sido lançado em 1979.
Temple às vezes privava com o líder dos Clash, Joe Strummer, mas não eram amigos próximos. Isso mudou há cerca de uma década, quando Strummer comprou uma casa de campo em Somerset, Inglaterra. A amizade dos sobreviventes do punk foi estimulada por terem em comum um idealismo de esquerda e origens de classe média.
Foram bons tempos, que terminaram em 22 de Dezembro de 2002, quando Strummer morreu de ataque cardíaco , enquanto lia o jornal, sentado no sofá. Tinha 50 anos. Temple, agora com 53 anos, foi uma das pessoas que carregaram o caixão do amigo, no funeral.
Agora, presta homenagem a Strummer no documentário "Joe Strummer The future is unwritten" (Joe Strummer: o futuro não está escrito).
Filósofo equivocado
O documentário de duas horas narra a infância privilegiada de Strummer como filho de diplomata, o suicídio do seu irmão mais velho, os seus dias de hippie nos "squats" (prédios invadidos ilegalmente por comunidades alternativas) de Londres, a sua ascensão à fama com os Clash, e a sua luta para encontrar um propósito na vida depois de o seu autoritarismo levar a banda a separar-se.
A tendência de Strummer de magoar as pessoas mais próximas é um tema recorrente, assim como o seu lado maquiavélico e a sua ânsia pela fama. Foi um mulherengo, mas também um anfitrião sedutor e um pensador profundo, que sempre falou contra a injustiça.
"Considero-o um filósofo e uma pessoa que tinha um código de vida que é muito viável", disse Temple.
Dos seus antigos colegas dos Clash, apenas o baixista Paul Simonon se recusou a participar no filme. O baterista Topper Headon, que batalhou longamente contra o vício na heroína, fez-se difícil, mas finalmente contou histórias de Strummer a roubar-lhe a namorada e a expulsá-lo da banda.
A entrevista de Temple com o guitarrista Mick Jones começou de forma desastrosa, ainda que os dois músicos sempre se tivessem dado bem.
"Ele ficou incrivelmente desconfortável, nervoso. E aquilo afectou-me. Não conseguimos falar de nada durante meia hora", disse Temple. Mas acabaram por soltar a língua e Jones falou durante horas.
Strummer narra o filme, com áudio retirado de cerca de 100 entrevistas e trechos do seu programa de rádio London Calling, da BBC World Service.
A maior parte das imagens do filme é inédita, incluindo 14 minutos de imagens a preto-e-branco da época em que os Clash foram formados. A família de Strummer também cedeu o seu arquivo.»
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Joe Strummer
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Estou em divida
Com os neurónios amarfanhados no disfarce desgraçado que a busca de felicidade ás vezes obriga, mais o dever de não incomodar os outros, apesar da carga não ser pequena. Num dia destes armei-me em expert da informática, a fazer experiências com este "cajado" de 1985 que acabando mal sucedidas, até troquei o nome, ficando não só impedido de arengar, como de exercer a minha domingueira função de Cónego. Acreditem que foi uma tristeza. Só hoje fui "rebatizado", não pelo Baptista mas com a benção do K7.
- RESUSCITEI!
Devia esta explicação.
- RESUSCITEI!
Devia esta explicação.
A Última Edição Impressa
Pois é verdade meus amigos, esta é a última edição d'O Rio.
Festas Felizes dizem eles. Pois, pois. Conseguiram estrangular um órgão de informação local e ainda desejam boas festas (hipocrisia dissimulada).
O Rio impresso morreu. VIVA "O RIO" !!
quarta-feira, dezembro 19, 2007
Vicio a quanto obrigas
Vai entrar em vigor no próximo dia 1 de Janeiro de 2008, a Lei n.º 37/2007, da Assembleia da República que aprova as normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.
Clique aqui para aceder à Lei n.º37/2007.
Clique aqui para aceder à Lei n.º37/2007.
Os nossos Avençados
terça-feira, dezembro 18, 2007
Tiro pela Culatra?
Por ironia dum destino cruel, Paulo Portas já não é ministro do Mar nem da Defesa. Em 2002, um milagre de Fátima tirou-lhe a hipótese de combater a maré negra do Prestige; em 2004, deu uma amostra da sua raça ao enviar a Marinha contra o barco das Women on Waves – ganhou a “batalha naval” mas perdeu a guerra no referendo ao aborto, o acontecimento deste ano de 2007. E ontem perdeu a oportunidade histórica de demonstrar todo o seu génio militar no combate aos 23 mouros que invadiram a Culatra, oriundos de Marrocos – qual quinta-coluna dos infiéis, projectando a reconquista da Península para aqui restaurar o Al-Andaluz… e o Al-Gharb.
Mas afinal quem são estes invasores? Um grupo de 23 cidadãos marroquinos, entre os quais cinco mulheres, que chegaram a terra cheios de fome, sede e frio… Alguns ainda encontraram forças para tentar uma fuga para a liberdade no deserto da Culatra, incluindo uma jovem de 15 anos que acabou por ser conduzida ao Hospital de Faro, acompanhada dum colega com sintomas de hipotermia. Perante este quadro, é difícil evitar o vómito ao ouvir esse campeão da demagogia chorar lágrimas de crocodilo sobre “os dramas humanos” destes náufragos que andaram quatro dias à deriva para, logo a seguir, reclamar “a máxima firmeza contra a imigração ilegal”. Um tiro pela culatra?
Os próprios responsáveis da Marinha e o Director Regional do SEF reconheceram: “tudo indica que Portugal não fosse o destino inicial” destes imigrantes que, no entanto, hoje vão a tribunal como se fossem criminosos. Independentemente dos ventos e tempestades que os desviaram da rota provável para além do estreito de Gibraltar, este episódio tem o mérito de confrontar a sociedade portuguesa com o drama da imigração ilegal, agora por via marítima; quanto às fronteiras terrestres, há muito que a realidade nua e crua é uma política de portas fechadas e janelas escancaradas. Contam-se por largas centenas os imigrantes africanos que chegam até nós, vindos do sul de Espanha, depois de ultrapassarem o Cabo Bojador, em pirogas bem mais frágeis que as caravelas do século XV…
As causas desta autêntica epopeia são conhecidas: a desesperança de vida em África cresce quase na proporção directa das necessidades de mão-de-obra barata nos mercados europeus. Enquanto um visto legal para a Europa custa 4 mil euros e um tempo médio de espera de um ano, uma passagem de piroga custa 150 euros, como afirmava um participante senegalês na recente Cimeira Alternativa Europa-África. Quem já nada tem a perder arrisca, mesmo se a probabilidade de ficar sepultado no fundo do oceano rondou os 20% em 2006 – bem inferior à hipótese de arranjar trabalho ilegal.
Suprema hipocrisia: depois de as autoridades expulsarem uns quantos imigrantes para as televisões, a grande maioria sai das Canárias e é abandonada em estações de comboio de Sevilha, Madrid ou Barcelona; tal e qual o que acontece em Itália, com milhares de imigrantes transportados da ilha de Lampedusa para o continente, com a recomendação expressa para “abandonarem o país”… que toda a gente sabe que ninguém vai cumprir! A própria lógica de mercado, tão incensada pelos governos neoliberais, assim o determina nesta Europa que precisa da mão-de-obra imigrante como pão para a boca, até para combater a crise demográfica e sustentar os sistemas de segurança social. A escolha é apenas uma: imigração ilegal e mercado negro, a coberto da hipocrisia dos governos, ou abertura de canais acessíveis e expeditos de imigração legal e com direitos.
A outra face desta moeda, essa sim dramática, é a sangria permanente das riquezas de África: não só o saque continuado das matérias-primas e o desastre ambiental provocado pelas transnacionais, mas sobretudo a perda dos melhores recursos humanos que procuram emigrar, por todos os meios. A inversão deste estado de coisas, de forma a permitir o regresso de quadros e recursos acumulados na diáspora, é uma empreitada de longa duração que não será bem sucedida se os povos africanos ficarem à espera das dádivas neocoloniais. Assim ficou demonstrado na recente Cimeira de Lisboa, face à tentativa de imposição dos EPA ou APE – acordos de parceria económica – das potências europeias com agrupamentos forçados de Estados africanos, ao pior estilo da Conferência de Berlim de 1884/85 – imposição recusada por Estados da dimensão da África do Sul, Nigéria ou Senegal.
Propaganda socrática à parte, a solidariedade entre africanos e europeus não passa pelos governos e exige, no caso da Culatra, que os náufragos marroquinos sejam protegidos como vítimas de tráfico humano.
Neste “Natal dos Tristes”, o Zeca dedicar-lhes-ia, certamente, “Os Índios da Meia-Praia”.
Mas afinal quem são estes invasores? Um grupo de 23 cidadãos marroquinos, entre os quais cinco mulheres, que chegaram a terra cheios de fome, sede e frio… Alguns ainda encontraram forças para tentar uma fuga para a liberdade no deserto da Culatra, incluindo uma jovem de 15 anos que acabou por ser conduzida ao Hospital de Faro, acompanhada dum colega com sintomas de hipotermia. Perante este quadro, é difícil evitar o vómito ao ouvir esse campeão da demagogia chorar lágrimas de crocodilo sobre “os dramas humanos” destes náufragos que andaram quatro dias à deriva para, logo a seguir, reclamar “a máxima firmeza contra a imigração ilegal”. Um tiro pela culatra?
Os próprios responsáveis da Marinha e o Director Regional do SEF reconheceram: “tudo indica que Portugal não fosse o destino inicial” destes imigrantes que, no entanto, hoje vão a tribunal como se fossem criminosos. Independentemente dos ventos e tempestades que os desviaram da rota provável para além do estreito de Gibraltar, este episódio tem o mérito de confrontar a sociedade portuguesa com o drama da imigração ilegal, agora por via marítima; quanto às fronteiras terrestres, há muito que a realidade nua e crua é uma política de portas fechadas e janelas escancaradas. Contam-se por largas centenas os imigrantes africanos que chegam até nós, vindos do sul de Espanha, depois de ultrapassarem o Cabo Bojador, em pirogas bem mais frágeis que as caravelas do século XV…
As causas desta autêntica epopeia são conhecidas: a desesperança de vida em África cresce quase na proporção directa das necessidades de mão-de-obra barata nos mercados europeus. Enquanto um visto legal para a Europa custa 4 mil euros e um tempo médio de espera de um ano, uma passagem de piroga custa 150 euros, como afirmava um participante senegalês na recente Cimeira Alternativa Europa-África. Quem já nada tem a perder arrisca, mesmo se a probabilidade de ficar sepultado no fundo do oceano rondou os 20% em 2006 – bem inferior à hipótese de arranjar trabalho ilegal.
Suprema hipocrisia: depois de as autoridades expulsarem uns quantos imigrantes para as televisões, a grande maioria sai das Canárias e é abandonada em estações de comboio de Sevilha, Madrid ou Barcelona; tal e qual o que acontece em Itália, com milhares de imigrantes transportados da ilha de Lampedusa para o continente, com a recomendação expressa para “abandonarem o país”… que toda a gente sabe que ninguém vai cumprir! A própria lógica de mercado, tão incensada pelos governos neoliberais, assim o determina nesta Europa que precisa da mão-de-obra imigrante como pão para a boca, até para combater a crise demográfica e sustentar os sistemas de segurança social. A escolha é apenas uma: imigração ilegal e mercado negro, a coberto da hipocrisia dos governos, ou abertura de canais acessíveis e expeditos de imigração legal e com direitos.
A outra face desta moeda, essa sim dramática, é a sangria permanente das riquezas de África: não só o saque continuado das matérias-primas e o desastre ambiental provocado pelas transnacionais, mas sobretudo a perda dos melhores recursos humanos que procuram emigrar, por todos os meios. A inversão deste estado de coisas, de forma a permitir o regresso de quadros e recursos acumulados na diáspora, é uma empreitada de longa duração que não será bem sucedida se os povos africanos ficarem à espera das dádivas neocoloniais. Assim ficou demonstrado na recente Cimeira de Lisboa, face à tentativa de imposição dos EPA ou APE – acordos de parceria económica – das potências europeias com agrupamentos forçados de Estados africanos, ao pior estilo da Conferência de Berlim de 1884/85 – imposição recusada por Estados da dimensão da África do Sul, Nigéria ou Senegal.
Propaganda socrática à parte, a solidariedade entre africanos e europeus não passa pelos governos e exige, no caso da Culatra, que os náufragos marroquinos sejam protegidos como vítimas de tráfico humano.
Neste “Natal dos Tristes”, o Zeca dedicar-lhes-ia, certamente, “Os Índios da Meia-Praia”.
Recital de Guitarra - CACAV
RECITAL DE GUITARRA NA IGREJA MATRIZ DE ALHOS VEDROS
Endereçamos um convite a todos os sócios e amigos da CACAV, para assistirem ao Recital de Guitarra, que terá lugar no próximo dia 22 de Dezembro/2007, pelas 18,30 h. na Igreja Matriz de Alhos Vedros.
Neste Recital de Guitarra intervirão os alunos do Atelier de Guitarra da CACAV, dinamizado por Rui Pais.
Músicos convidados: Carlos Filipe e Luís Macedo.
Vai ser um momento a não perder!
Gostaríamos de poder contar com a V. presença.
Saudações.
A Direcção da CACAV
segunda-feira, dezembro 17, 2007
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Um cerco à liberdade
Via O Rio
Os habitantes de Vila Maior há muito que andavam inquietos, principalmente a população mais esclarecida ou mais idosa que já não se revia naquilo que diziam ser o seu “Partido”, uma vez que diziam que as novas gerações que dele se tinham apoderado em Vila Maior, já não eram dignas das suas tradições de luta e de preocupação para com os mais desfavorecidos, que fora em tempos uma das suas características. Dizia-se na Vila que andavam muito engravatados, que ostentavam sinais exteriores de riqueza muito estranhos e que já não tinham como amigos os seus companheiros de escola nem os velhos fragateiros e corticeiros, mas os industriais e os construtores civis da região, colocando-se ao lado destes contra as populações que foram vendo as suas terras desvalorizadas em seu favor, sendo estas obrigadas a vendê-las por uma ninharia para depois aqueles as trocarem por milhões.
O descontentamento começou a ser mais evidente quando um movimento de agricultores de Vila Maior se insurgiu contra a tentativa de desvalorização das suas terras, e à proibição de construírem nas mesmas pequenas habitações para os seus familiares, enquanto tudo era permitido a alguns construtores civis que posteriormente se apoderavam delas então valorizadas, e nelas construíam através de protocolos firmados com o presidente da câmara de Vila Maior a troco de outros favores.
A tudo isto não ficou alheio o jornal local, “O RIACHO”, que começou a questionar determinados comportamentos daqueles que se diziam representantes do povo de Vila Maior mas que o apunhalavam pelas costas, dando voz ao descontentamento das populações e às restantes forças vivas da terra, que se insurgiam nas suas páginas contra a especulação imobiliária e à tentativa de enriquecimento de alguns daqueles que ajudaram a eleger, através de benefícios concedidos aos seus amigos da área do betão.
Com alguns dos seus militantes a sentirem-se incomodados com as irregularidades cometidas pelos seus dirigentes; com as populações de Vila Maior incluindo a rural em constante protesto e o jornal local a insurgir-se contra aquelas práticas que em nada dignificavam as tradições de luta daquelas gentes, o “Partido”, que geria os destinos daquela Câmara decidiu tomar medidas e pôr cobro a todo aquele descontentamento, sugerindo alguém, numa das suas reuniões restritas e longe da maioria dos militantes, (que decerto iriam reprovar aquelas práticas) que se recorresse aos mesmos métodos que já vinha sendo hábito utilizar quando se tratava de eliminar ou humilhar alguém que passasse a discordar das suas orientações oficiais.
Tudo teria que ser efectuado de uma forma discreta, para que os seus mentores pudessem continuar a passear-se por Vila Maior (cumprimentando as suas populações somente em dias festivos) como se nada tivessem a ver com o que iria ocorrer.
A solução passaria por isolar o líder da contestação rural assim como silenciar o jornal “O RIACHO”, que diziam agora (depois de lhes ter sido fiel durante uns bons tempos) ser o jornal oficial da contestação às negociatas do “Partido” e da Câmara de Vila Maior com os especuladores imobiliários, e de protesto contra aqueles que lhes faziam o frente.
Quanto ao líder da contestação rural, o “Partido” deu orientações aos seus escribas para criarem na blogosfera um site onde aquele cidadão seria ofendido e a sua vida pessoal enxovalhada, de forma a desencorajá-lo a continuar a denunciar os atropelos e a violação dos mais elementares direitos de cidadania, de que se fazia notícia em Vila Maior.
Quanto ao jornal local, a coisa teria que ser tratada de uma forma muito mais discreta. Sabendo o Presidente da Câmara de Vila Maior das dificuldades em manter um jornal com aquelas características e sabendo de algumas das formas de financiamento do mesmo, ordenou, em primeiro lugar e aproveitando-se das estruturas partidárias que controlava, que todos os militantes do seu “Partido” deixassem de comprar o “RIACHO” e de enviar para lá os seus artigos de opinião, e que todos os organismos dependentes daquela câmara reduzissem (de forma gradual, para não dar muito nas vistas) o envio de publicidade institucional para as suas páginas.
Por outro lado, e sabendo que determinado construtor e um empresário apoiavam financeiramente o “O RIACHO” mas que ao mesmo tempo necessitavam dos seus favores, o presidente da Câmara de Vila Maior convidou-os para um almoço informal, onde lhes propôs, a dado passo, que, se quisessem continuar a beneficiar dos seus favores teriam que cancelar todos os apoios financeiros ao “RIACHO”, lembrando ao primeiro que, por ser um pequeno construtor e por os seus terrenos se situarem na jurisdição da sua Câmara, que a sua futura urbanização iria depender da sua assinatura, mas também da concretização da proposta que lhe acabava de fazer.
Como se não bastasse este atentado à liberdade de informação, o “Partido” de Vila Maior encomendou aos blogueiros por si fabricados que encetassem uma companha de difamação contra o director de o “RIACHO”, denegrindo a sua imagem que dantes veneravam, só porque o mesmo fez daquele jornal um espaço de liberdade, pluralidade e de isenção ao que aqueles há muito não estavam habituados.
E é assim que, passados que são alguns anos da sua existência, vemos mais uma vez ser colocada uma mordaça à democracia e montado um cerco à liberdade de expressão, com o anunciado fim de o “RIACHO”, desencadeada por aqueles que também já a sofreram mas que parece dela já se terem esquecido.
Os habitantes de Vila Maior há muito que andavam inquietos, principalmente a população mais esclarecida ou mais idosa que já não se revia naquilo que diziam ser o seu “Partido”, uma vez que diziam que as novas gerações que dele se tinham apoderado em Vila Maior, já não eram dignas das suas tradições de luta e de preocupação para com os mais desfavorecidos, que fora em tempos uma das suas características. Dizia-se na Vila que andavam muito engravatados, que ostentavam sinais exteriores de riqueza muito estranhos e que já não tinham como amigos os seus companheiros de escola nem os velhos fragateiros e corticeiros, mas os industriais e os construtores civis da região, colocando-se ao lado destes contra as populações que foram vendo as suas terras desvalorizadas em seu favor, sendo estas obrigadas a vendê-las por uma ninharia para depois aqueles as trocarem por milhões.
O descontentamento começou a ser mais evidente quando um movimento de agricultores de Vila Maior se insurgiu contra a tentativa de desvalorização das suas terras, e à proibição de construírem nas mesmas pequenas habitações para os seus familiares, enquanto tudo era permitido a alguns construtores civis que posteriormente se apoderavam delas então valorizadas, e nelas construíam através de protocolos firmados com o presidente da câmara de Vila Maior a troco de outros favores.
A tudo isto não ficou alheio o jornal local, “O RIACHO”, que começou a questionar determinados comportamentos daqueles que se diziam representantes do povo de Vila Maior mas que o apunhalavam pelas costas, dando voz ao descontentamento das populações e às restantes forças vivas da terra, que se insurgiam nas suas páginas contra a especulação imobiliária e à tentativa de enriquecimento de alguns daqueles que ajudaram a eleger, através de benefícios concedidos aos seus amigos da área do betão.
Com alguns dos seus militantes a sentirem-se incomodados com as irregularidades cometidas pelos seus dirigentes; com as populações de Vila Maior incluindo a rural em constante protesto e o jornal local a insurgir-se contra aquelas práticas que em nada dignificavam as tradições de luta daquelas gentes, o “Partido”, que geria os destinos daquela Câmara decidiu tomar medidas e pôr cobro a todo aquele descontentamento, sugerindo alguém, numa das suas reuniões restritas e longe da maioria dos militantes, (que decerto iriam reprovar aquelas práticas) que se recorresse aos mesmos métodos que já vinha sendo hábito utilizar quando se tratava de eliminar ou humilhar alguém que passasse a discordar das suas orientações oficiais.
Tudo teria que ser efectuado de uma forma discreta, para que os seus mentores pudessem continuar a passear-se por Vila Maior (cumprimentando as suas populações somente em dias festivos) como se nada tivessem a ver com o que iria ocorrer.
A solução passaria por isolar o líder da contestação rural assim como silenciar o jornal “O RIACHO”, que diziam agora (depois de lhes ter sido fiel durante uns bons tempos) ser o jornal oficial da contestação às negociatas do “Partido” e da Câmara de Vila Maior com os especuladores imobiliários, e de protesto contra aqueles que lhes faziam o frente.
Quanto ao líder da contestação rural, o “Partido” deu orientações aos seus escribas para criarem na blogosfera um site onde aquele cidadão seria ofendido e a sua vida pessoal enxovalhada, de forma a desencorajá-lo a continuar a denunciar os atropelos e a violação dos mais elementares direitos de cidadania, de que se fazia notícia em Vila Maior.
Quanto ao jornal local, a coisa teria que ser tratada de uma forma muito mais discreta. Sabendo o Presidente da Câmara de Vila Maior das dificuldades em manter um jornal com aquelas características e sabendo de algumas das formas de financiamento do mesmo, ordenou, em primeiro lugar e aproveitando-se das estruturas partidárias que controlava, que todos os militantes do seu “Partido” deixassem de comprar o “RIACHO” e de enviar para lá os seus artigos de opinião, e que todos os organismos dependentes daquela câmara reduzissem (de forma gradual, para não dar muito nas vistas) o envio de publicidade institucional para as suas páginas.
Por outro lado, e sabendo que determinado construtor e um empresário apoiavam financeiramente o “O RIACHO” mas que ao mesmo tempo necessitavam dos seus favores, o presidente da Câmara de Vila Maior convidou-os para um almoço informal, onde lhes propôs, a dado passo, que, se quisessem continuar a beneficiar dos seus favores teriam que cancelar todos os apoios financeiros ao “RIACHO”, lembrando ao primeiro que, por ser um pequeno construtor e por os seus terrenos se situarem na jurisdição da sua Câmara, que a sua futura urbanização iria depender da sua assinatura, mas também da concretização da proposta que lhe acabava de fazer.
Como se não bastasse este atentado à liberdade de informação, o “Partido” de Vila Maior encomendou aos blogueiros por si fabricados que encetassem uma companha de difamação contra o director de o “RIACHO”, denegrindo a sua imagem que dantes veneravam, só porque o mesmo fez daquele jornal um espaço de liberdade, pluralidade e de isenção ao que aqueles há muito não estavam habituados.
E é assim que, passados que são alguns anos da sua existência, vemos mais uma vez ser colocada uma mordaça à democracia e montado um cerco à liberdade de expressão, com o anunciado fim de o “RIACHO”, desencadeada por aqueles que também já a sofreram mas que parece dela já se terem esquecido.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
Dakar ou Lisboadar?
Foi hoje aprovada na sessão da CML a proposta de transferência de 400 mil euros e de isenção de todas as taxas municipais, no valor de muitos milhares de euros, para a 30ª edição do Rally Dakar.
É o EuroMilhões para a Sociedade João Lagos Sports, S.A.
Como somos da Margem sul e isto até é deserto, já não estranhamos coisas assim.
É o EuroMilhões para a Sociedade João Lagos Sports, S.A.
Como somos da Margem sul e isto até é deserto, já não estranhamos coisas assim.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
A prenda no sapato
Trabalhadores da Gestenave e da Erecta vão concentrar-se nesta 4ª feira de manhã, no Largo de Camões em Lisboa, onde realizam uma tribuna popular. Estes trabalhadores lutam contra o despedimento e pela intergação na Lisnave, como estabelecia o acordo assinado em 1997 entre o grupo Mello e o Estado português, estando sob a ameaça de despedimento colectivo no final de Dezembro. Ao final da manhã os órgãos representativos dos trabalhadores serão recebidos no Ministério da Economia.
terça-feira, dezembro 11, 2007
SOS Racismo completa 17 anos
O Jumento lembrou-me o 17º aniversário do SOS Racismo.
Ficam aqui os parabéns a todos os que trabalham em prol desta causa e um abraço em especial para o "Bolche".
Constituição Europeia? Oiçam as pessoas!!!
O processo para estabelecer uma constituição na União Europeia prossegue com o objectivo de implementar o próximo tratado antes das eleições europeias de Junho de 2009.
Mas este processo não pode continuar sem a participação directa e a aprovação dos povos europeus. O próximo tratado da UE não pode ser estabelecido sem se ouvirem as pessoas!
X09.eu visa recolher assinaturas de toda a UE apelando para um referendo sobre o próximo tratado europeu.
X09.eu é o desenvolvimento da Carta Aberta aos Primeiros-Ministros endereçada após a Cimeira de Berlim de 25 de Março de 2007 e assinada pelos seguintes 10 deputados do Parlamento Europeu pertencentes a sete diferentes grupos políticos:
Anna Zaborska, Eslováquia (EPP)
Panayiotis Demetriou, Chipre (PPE)
Max van den Berg, Holanda (PSE)
John Attard-Montalto, Malta (PSE)
Diana Wallis, Reino Unido (ALDE)
Silvana Koch-Mehrin, Alemanha (ALDE)
Ryszard Czarnecki, Polónia (UEN)
Gérard Onesta, França (GREENS/EFA)
Tobias Pflueger, Alemanha (GUE)
Jens-Peter Bonde, Dinamarca (IND/DEM)
X09.eu é apoiado por outros deputados do Parlamento Europeu e ONG’s em todos os 27 estados membros.
Só podia, né?
Propostas para PIDDAC 2008 para o nosso concelho apresentadas pelo Bloco de Esquerda, divulgado no site distrital do BE:
Moita: 4 000 000 € para a construção da escola secundária da Moita; 50 000 € para a construção de pista de atletismo em Alhos Vedros; 500 000 € para a construção de centro de saúde na Baixa da Banheira.
Todas as propostas apresentadas pelo BE foram rejeitadas com os votos contra do PS, PSD e CDS/PP.
O que é que se passa?
Será que os vereadores PS e coligação PSD/CDS/PP também estão de acordo com esta votação na Assembleia da República ou não falam a mesma língua?
Moita: 4 000 000 € para a construção da escola secundária da Moita; 50 000 € para a construção de pista de atletismo em Alhos Vedros; 500 000 € para a construção de centro de saúde na Baixa da Banheira.
Todas as propostas apresentadas pelo BE foram rejeitadas com os votos contra do PS, PSD e CDS/PP.
O que é que se passa?
Será que os vereadores PS e coligação PSD/CDS/PP também estão de acordo com esta votação na Assembleia da República ou não falam a mesma língua?
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Em Segunda Visita
Aquilo até teve algum jeito, mas como por cá a bandalheira, a falta de higiene e de manutenção vão vencendo - tive dificuldades em observar o quer que fosse, pois aquele telhado e paredes que suponho de vidro, não se parecem com nada, tanta é a merda que por lá vai.
Seria óbvio demais se com isto estivesse a referir-me a um blog, acreditem que não. Trata-se apenas da maltratada barraca de um cão, que às vezes anda por aí à trela...
Seria óbvio demais se com isto estivesse a referir-me a um blog, acreditem que não. Trata-se apenas da maltratada barraca de um cão, que às vezes anda por aí à trela...
Na Vila da Moita
as obras de renovação do Parque Municipal vão entrar na 2ª fase. A câmara está assim de parabéns, - é desta que a velha e degradada vedação vai ter arranjo.
sábado, dezembro 08, 2007
UE - ÁFRICA
A cimeira que decorre, esquecendo o já propalado sucesso da presidência portuguesa, tem o envolvente e nebuloso cenário do Cínico Paternalismo dos países europeus ex-colonizadores, cujos interesses do capital sempre acabaram e acabarão mais uma vez salvaguardados.
Gerir tais interesses vinculando aqueles países a compromissos que facilitem a ingerência e a supramacia europeia, são os objectivos confessos e não expressos desta cimeira.
Por isto, a verbalista exaltação dos Direitos Humanos, invocada pelos dirigentes europeus, não tem qualquer significado - é apenas trêta!
Se os inúmeros e horríveis focos de instabilidade em África, - a guerra, a corrupção e a tirania legitimam o incómodo e a revolta de todo o cidadão ou cidadã civilizados - o certo, é que "em todos os pratos entram garfos e colheres de europeus".
Deste modo, será mais uma vez em que os Povos Africanos, cujas fronteiras dos seus países foram outrora determinadas pelos europeus, não terão incentivo e apoio à emancipação, - continuarão a ser os derrotados da competição capitalista neo-liberal que as democracias europeias tão bem sabem gerir.
Mesmo assim, continuo acreditando que a luta dos Povos Africanos acabará no tempo, por determinar outro trato.
Gerir tais interesses vinculando aqueles países a compromissos que facilitem a ingerência e a supramacia europeia, são os objectivos confessos e não expressos desta cimeira.
Por isto, a verbalista exaltação dos Direitos Humanos, invocada pelos dirigentes europeus, não tem qualquer significado - é apenas trêta!
Se os inúmeros e horríveis focos de instabilidade em África, - a guerra, a corrupção e a tirania legitimam o incómodo e a revolta de todo o cidadão ou cidadã civilizados - o certo, é que "em todos os pratos entram garfos e colheres de europeus".
Deste modo, será mais uma vez em que os Povos Africanos, cujas fronteiras dos seus países foram outrora determinadas pelos europeus, não terão incentivo e apoio à emancipação, - continuarão a ser os derrotados da competição capitalista neo-liberal que as democracias europeias tão bem sabem gerir.
Mesmo assim, continuo acreditando que a luta dos Povos Africanos acabará no tempo, por determinar outro trato.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
O que seria do Natal?
O que seria do Natal e de algumas religiões, se um juiz qualquer entendesse ordenar a entrega do Menino Jesus ao Pai biológico?????????
Esta eu pagava para ver!
Esta eu pagava para ver!
Revolta no RockLab
Os REVOLTA passam amanhã pelo RockLab às 22:00H. Está um tema incluido na nova box do Som No Palheiro.
"A REVOLTA juntou-se pela primeira vez numa sala de ensaios no mês de Setembro de 2006. O local da rebelião foi a sala 3 do complexo de salas de ensaio e estudios Jap em Moscavide.
Bruno Alves (ex: Aldebaran e Porta Voz) – voz/baixo
António Côrte-Real (UHF) – guitarra/voz
Anselmo Alves (ex: Lulu Blind) – bateria/voz
Três músicos experientes e com largo curriculum que na REVOLTA exprimem os seus sentimentos e pensamentos de forma directa e precisa.
A sonoridade do projecto encontra-se entre o punk e o rock cantado em Português.
Em Dezembro a banda entra em estúdio para gravar o seu disco de estreia que contará com 10 das 18 canções que o grupo toca neste momento ao vivo."
Contacto para concertos:
Tmn: 965-697667
Mail: revoltarock@sapo.pt
Para aceder ao MySpace dos revolta clique na imagem.
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Revolta
Opinião - País de fantasia para os trabalhadores
Os Ministros dos vinte sete Países da União Europeia chegaram a acordo sobre a "flexigurança". Até aqui nada de novo porque todos os trabalhadores Portugueses sabem que o Ministro Vieira da Silva não deixará que esta medida deixe de ser aplicada no nosso País.
Esta fórmula mágica que o Governo afirma que será melhor para o mercado de trabalho, vai trazer mais e melhores empregos, mais melhor protecção social, facilidade nos despedimentos e facilidade na procura de emprego. Parece que todos vamos viver no País da fantasia!
Onde vai o Governo arranjar subsídios de emprego como os que têm os trabalhadores Dinamarqueses? Será que temos uma Segurança Social com bastante dinheiro? Segundo o nosso Ministro do Trabalho teremos o reforço da negociação colectiva.Vamos negociar os contratos colectivos de trabalho reforçando os direitos dos trabalhadores ou vamos negociar a sua caducidade e retirar-lhes direitos consagrados nestes?
A adaptabilidade dentro das empresas. O que é isto? A Facilidade de adaptação a horários flexíveis? As escolas, os infantários também se adaptam aos horários fléxiveis dos trabalhadores?
Mas se olharmos ao País real, e este é que conta, temos uma taxa de desemprego cada vez mais alta com cada vez maior precariedade e menos direitos, e sabemos que é por este caminho que as associações patronais querem seguir, senão vejamos:
Flexibilidade de despedimentos, o Código de Trabalho prevê os despedimentos colectivos e são cada vez são mais.
As empresas estão a recorrer cada vez mais aos despedimentos colectivos o aumento foi em Agosto de 54% em relação ao ano de 2006, isto revela claramente a facilidade para despedir.
Relativamente à protecção social cada vez há menos, os subsídios de desemprego são cada vez menores, os trabalhadores precários têm menos regalias, não têm férias, subsídios de férias ou de Natal.
Os trabalhadores questionam onde está a rigidez no mercado laboral Português? Porque somos cada vez mais famílias endividadas (já vai em 128%)?
Vamos aguardar o que nos vai trazer a revisão do Código de Trabalho para se dar a resposta adequada.
Esta fórmula mágica que o Governo afirma que será melhor para o mercado de trabalho, vai trazer mais e melhores empregos, mais melhor protecção social, facilidade nos despedimentos e facilidade na procura de emprego. Parece que todos vamos viver no País da fantasia!
Onde vai o Governo arranjar subsídios de emprego como os que têm os trabalhadores Dinamarqueses? Será que temos uma Segurança Social com bastante dinheiro? Segundo o nosso Ministro do Trabalho teremos o reforço da negociação colectiva.Vamos negociar os contratos colectivos de trabalho reforçando os direitos dos trabalhadores ou vamos negociar a sua caducidade e retirar-lhes direitos consagrados nestes?
A adaptabilidade dentro das empresas. O que é isto? A Facilidade de adaptação a horários flexíveis? As escolas, os infantários também se adaptam aos horários fléxiveis dos trabalhadores?
Mas se olharmos ao País real, e este é que conta, temos uma taxa de desemprego cada vez mais alta com cada vez maior precariedade e menos direitos, e sabemos que é por este caminho que as associações patronais querem seguir, senão vejamos:
Flexibilidade de despedimentos, o Código de Trabalho prevê os despedimentos colectivos e são cada vez são mais.
As empresas estão a recorrer cada vez mais aos despedimentos colectivos o aumento foi em Agosto de 54% em relação ao ano de 2006, isto revela claramente a facilidade para despedir.
Relativamente à protecção social cada vez há menos, os subsídios de desemprego são cada vez menores, os trabalhadores precários têm menos regalias, não têm férias, subsídios de férias ou de Natal.
Os trabalhadores questionam onde está a rigidez no mercado laboral Português? Porque somos cada vez mais famílias endividadas (já vai em 128%)?
Vamos aguardar o que nos vai trazer a revisão do Código de Trabalho para se dar a resposta adequada.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
II Feira das Capacidades
Clique na imagem para aceder ao programa
«Entre 6 e 9 de Dezembro, a Câmara Municipal volta a promover a Feira das Capacidades, no Pavilhão Municipal de Exposições, na Moita. Contribuir para a divulgação das capacidades de pessoas portadoras de deficiência e para a formação de cidadãos mais solidários, tornando a Feira das Capacidades num ponto de encontro de referência no contexto nacional, são os principais objectivos da Câmara Municipal. Este ano, a Festa do Livro, que conta já com quatro edições, realiza-se em simultâneo com a II Feira das Capacidades, oferecendo diferentes géneros de livros a preços especiais.»
É desta que os edifícios públicos cá do sitio vão começar a ter acessibilidades para as pessoas portadoras de deficiência.
Taxas em atraso é motivo para recusa de consulta
Noticia do Público na edição impressa de hoje na página 9:
«Confirma-se: o hospital de Guimarães recusa mesmo a realização de consultas de especialidade aos doentes com taxas moderadoras em dívida. Foi o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Alto Ave (a que pertence o hospital de Guimarães) que ontem o admitiu à Lusa. "A lei diz que os utentes têm de pagar taxas moderadoras, não é nenhuma lei que o hospital inventou", justificou Silva Pinheiro, indiferente às queixas entretanto apresentadas por vários doentes.
A situação foi denunciada pelo deputado do BE João Semedo em 16 de Novembro, no Parlamento. Confrontado com uma convocatória para uma consulta de urologia em que se avisava que esta só se realizaria, caso o doente não tivesse taxas moderadas em dívida, o ministro da Saúde comentou então que, "a ser verdade", o tom "ameaçador" do documento era "lamentável".»
Não pagas, não tens direito à saúde. Nem pensem em ficar doentes se não tiverem dinheiro, escolham a melhor altura para adoecer.
«Confirma-se: o hospital de Guimarães recusa mesmo a realização de consultas de especialidade aos doentes com taxas moderadoras em dívida. Foi o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Alto Ave (a que pertence o hospital de Guimarães) que ontem o admitiu à Lusa. "A lei diz que os utentes têm de pagar taxas moderadoras, não é nenhuma lei que o hospital inventou", justificou Silva Pinheiro, indiferente às queixas entretanto apresentadas por vários doentes.
A situação foi denunciada pelo deputado do BE João Semedo em 16 de Novembro, no Parlamento. Confrontado com uma convocatória para uma consulta de urologia em que se avisava que esta só se realizaria, caso o doente não tivesse taxas moderadas em dívida, o ministro da Saúde comentou então que, "a ser verdade", o tom "ameaçador" do documento era "lamentável".»
Não pagas, não tens direito à saúde. Nem pensem em ficar doentes se não tiverem dinheiro, escolham a melhor altura para adoecer.
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Saúde
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Blood Safari na ZDB
Hoje pelas 22:00 passam pela galeria Zé Dos Bois os Blood Safari. O preço da entrada são 7,5€.
Depois dos Tédio Boys e dos Parkinsons, Vítor Torpedo e Pedro Xau recrutaram os britânicos Charlie Fink (voz) e Mr. Stix (bateria) e formaram os Blood Safari, imparável celebração rock na linha dos Gun Club ou The Cramps. Menos Clash que Parkinsons, mais Gun Club e Damned (do início). Carisma e festa a rasgar.
Fica aqui um video da sua passagem pelo Barreiro Rocks em 2006.
terça-feira, dezembro 04, 2007
Lembram-se da Carneirada?
No dia da morte de Sá Carneiro (Primeiro Ministro de então), na Moita lançaram-se foguetes. Não fiquei feliz pela morte de seres humanos, mas a alegria invadiu todo o Portugal que esperava uma fuga da direita e da política por este senhor e seus comparsas levada a cabo.
O MDLP violava e assassinava a seu belo prazer. A população deixava-se levar pelo populismo demagógico em que os "Comunistas" destruíam tudo e comiam criancinhas ao pequeno almoço.
Quando colocaram um comentário no Arre Macho sobre Eanes, Jaime Neves e outros que tais (25 de Novembro pois claro), apercebi-me que não temos de mudar de governo, mas sim de povo.
Hoje reparo na juventude que procura carreira e tacho na politica, ( e são vari@s) cagando nos valores e liberdade que Abril lhes ofereceu, demagogia já em fase universitária.
Recordam-se de Santana e de Paulo Portas com os seus ministros? (eles já aí estão novamente).
Alianças sempre em prol do povo, não é?
Como diz o Zé Mário Branco no FMI: "FILHOS DA P*TA".
Para lembrar os foguetes e a revolta deste povo que estava farto da carneirada, fica o FMI no som do palheiro.
O perfil de Sócrates
Com pompa e circunstância, José Sócrates veio a Beja, acompanhado do ministro Mário Lino, para anunciar a terceira data de adjudicação das obras do IP 8, que ligará Sines a Beja e a Vila Verde de Ficalho. Outubro de 2008, “desta vez é que é”! Na sua intervenção, o primeiro-ministro justificou a obra como “um imperativo nacional” mas, sobretudo, pelos investimentos privados “previstos e pensados” para o porto de Sines e pela sua complementaridade com os outros vértices do “triângulo estratégico”: Alqueva e o Aeroporto de Beja, cujas obras foram visitadas por Mário Lino.
Em várias declarações, Sócrates insistiu sobre um ponto: o IP8, entre Sines e Beja, terá “perfil de auto-estrada”, isto é, vai ter portagens – o que está longe de ser um pormenor, pelas suas várias implicações. Sines, o maior e melhor porto de águas profundas da costa portuguesa, com valências industriais e de carga e um enorme potencial de crescimento que o torna apetecível a investimentos transnacionais, não tem impacto meramente regional, pois vai servir um vasto “interland” que pode e deve ir muito além da fronteira, estendendo-se à Andaluzia e Extremadura.
A construção do IP8 com quatro vias, apenas entre Sines e Beja, revela vistas curtas em termos de planeamento estratégico, pois fica a meio do caminho – e Beja fica exactamente a meio caminho entre Lisboa e Sevilha, o que devia fazer pensar qualquer governante, mesmo que não fosse o presidente em exercício da União Europeia. Se o Aeroporto entrar em funcionamento até ao final de 2008 e tendo em conta que o IP8 só estará concluído em 2011 (sem atrasos…), nessa data as duas vias previstas entre Beja e Ficalho já estarão mais do que saturadas; basta ver o actual movimento de camiões de e para Espanha, ainda sem o aeroporto nem o IP8.
A introdução de portagens, além de questões de equidade no tratamento das regiões do interior, é outro sintoma de vistas curtas: do lado de lá da fronteira, há centenas de quilómetros de autovias sem portagem, nas quais se pode atravessar praticamente toda a península. E não se trata de nenhum despesismo inútil, como a evolução comparativa dos dois países mostra, infelizmente, ao longo das últimas décadas. Alguns apoiantes do governo argumentam que hoje há uma estrada apenas sofrível desde o Rosal de la Frontera até Aracena, a meio caminho de Sevilha. Por isso mesmo, é a altura de Portugal, para variar, tomar a iniciativa: e se o IP8 chegar à fronteira com quatro vias, lá para 2011 ou ainda mais tarde, não duvido que a correspondente espanhola não irá tardar – como já aconteceu, aliás, na ligação à Ponte do Guadiana e à Via do Infante, no Algarve.
O “perfil de auto-estrada”, invocado por Sócrates, não se vai limitar ao IP8 e tem muito mais água no bico: ele está intimamente ligado à negociata das Estradas de Portugal, transformadas em SA mas suportadas pelo bolso dos contribuintes – o que gera dúvidas até a dirigentes do PS, como Vera Jardim e Manuel Alegre. Além do monopólio da BRISA sobre as auto-estradas, a privatização das EP entregará durante 75 anos, a gestão de todas as estradas ao grupo chefiado por Vasco de Mello – é fartar vilanagem, um autêntico retrocesso à Idade Média por via neoliberal.
A introdução das portagens no IP8 terá consequências imediatas no bolso dos alentejanos e de todos os utentes que a venham a utilizar. É, além do mais, uma vigarice política: Sócrates fez bandeira da gratuitidade das SCUT, em particular das do interior, nas eleições de 2005. Basta olharmos para a A23, que liga a A1 desde Torres Novas até à fronteira de Vilar Formoso, passando por Castelo Branco e pela Guarda; ou, mais a Sul, a Via do Infante, na qual nenhum governo conseguiu impor portagens. Bem sei que, na geografia segundo Mário Lino, a Sul do Tejo é o deserto; mas não é seguro que os “camelos” aceitem pacificamente pagar portagens.
É bom que Sócrates se aconselhe junto de Cavaco Silva a respeito da “Maria da Ponte”. A principal motivação da primeira grande experiência de desobediência civil em Portugal foi o sentimento de injustiça de toda uma população; e já na altura se dizia, premonitoriamente, que as portagens eram uma afronta não apenas à Margem Sul do Tejo, mas para todos os transtaganos. Dada a experiência entretanto acumulada pelos movimentos sociais e cívicos na luta contra estas outras “portagens”, é bem possível que Sócrates venha a provar o veneno que apressou o fim do cavaquismo.
Bem, construam lá o IP8 – de frente ou de perfil – até à fronteira. Das portagens, a seu tempo, tratarão as alentejanas e os alentejanos – e verão que não somos assim tão lentos
Em várias declarações, Sócrates insistiu sobre um ponto: o IP8, entre Sines e Beja, terá “perfil de auto-estrada”, isto é, vai ter portagens – o que está longe de ser um pormenor, pelas suas várias implicações. Sines, o maior e melhor porto de águas profundas da costa portuguesa, com valências industriais e de carga e um enorme potencial de crescimento que o torna apetecível a investimentos transnacionais, não tem impacto meramente regional, pois vai servir um vasto “interland” que pode e deve ir muito além da fronteira, estendendo-se à Andaluzia e Extremadura.
A construção do IP8 com quatro vias, apenas entre Sines e Beja, revela vistas curtas em termos de planeamento estratégico, pois fica a meio do caminho – e Beja fica exactamente a meio caminho entre Lisboa e Sevilha, o que devia fazer pensar qualquer governante, mesmo que não fosse o presidente em exercício da União Europeia. Se o Aeroporto entrar em funcionamento até ao final de 2008 e tendo em conta que o IP8 só estará concluído em 2011 (sem atrasos…), nessa data as duas vias previstas entre Beja e Ficalho já estarão mais do que saturadas; basta ver o actual movimento de camiões de e para Espanha, ainda sem o aeroporto nem o IP8.
A introdução de portagens, além de questões de equidade no tratamento das regiões do interior, é outro sintoma de vistas curtas: do lado de lá da fronteira, há centenas de quilómetros de autovias sem portagem, nas quais se pode atravessar praticamente toda a península. E não se trata de nenhum despesismo inútil, como a evolução comparativa dos dois países mostra, infelizmente, ao longo das últimas décadas. Alguns apoiantes do governo argumentam que hoje há uma estrada apenas sofrível desde o Rosal de la Frontera até Aracena, a meio caminho de Sevilha. Por isso mesmo, é a altura de Portugal, para variar, tomar a iniciativa: e se o IP8 chegar à fronteira com quatro vias, lá para 2011 ou ainda mais tarde, não duvido que a correspondente espanhola não irá tardar – como já aconteceu, aliás, na ligação à Ponte do Guadiana e à Via do Infante, no Algarve.
O “perfil de auto-estrada”, invocado por Sócrates, não se vai limitar ao IP8 e tem muito mais água no bico: ele está intimamente ligado à negociata das Estradas de Portugal, transformadas em SA mas suportadas pelo bolso dos contribuintes – o que gera dúvidas até a dirigentes do PS, como Vera Jardim e Manuel Alegre. Além do monopólio da BRISA sobre as auto-estradas, a privatização das EP entregará durante 75 anos, a gestão de todas as estradas ao grupo chefiado por Vasco de Mello – é fartar vilanagem, um autêntico retrocesso à Idade Média por via neoliberal.
A introdução das portagens no IP8 terá consequências imediatas no bolso dos alentejanos e de todos os utentes que a venham a utilizar. É, além do mais, uma vigarice política: Sócrates fez bandeira da gratuitidade das SCUT, em particular das do interior, nas eleições de 2005. Basta olharmos para a A23, que liga a A1 desde Torres Novas até à fronteira de Vilar Formoso, passando por Castelo Branco e pela Guarda; ou, mais a Sul, a Via do Infante, na qual nenhum governo conseguiu impor portagens. Bem sei que, na geografia segundo Mário Lino, a Sul do Tejo é o deserto; mas não é seguro que os “camelos” aceitem pacificamente pagar portagens.
É bom que Sócrates se aconselhe junto de Cavaco Silva a respeito da “Maria da Ponte”. A principal motivação da primeira grande experiência de desobediência civil em Portugal foi o sentimento de injustiça de toda uma população; e já na altura se dizia, premonitoriamente, que as portagens eram uma afronta não apenas à Margem Sul do Tejo, mas para todos os transtaganos. Dada a experiência entretanto acumulada pelos movimentos sociais e cívicos na luta contra estas outras “portagens”, é bem possível que Sócrates venha a provar o veneno que apressou o fim do cavaquismo.
Bem, construam lá o IP8 – de frente ou de perfil – até à fronteira. Das portagens, a seu tempo, tratarão as alentejanas e os alentejanos – e verão que não somos assim tão lentos
Klezmer na Biblioteca
Comemorações do 14º aniversário (ou 15º segundo o cartaz) da biblioteca Municipal - Polo de Alhos Vedros.
Hoje às 21:30h os Melech Mechaya passam por lá.
«Hoy!
Estamos a chegar ao fim de 2008, e surgem então as últimas festas deste ano. A última foi dia 3 de Novembro, há quase um mês em Estarreja, e já estamos todos a ressacar! Então em Dezembro será assim:
- dia 4, terça-feira, às 21h30: Biblioteca Municipal de Alhos Vedros, Moita. São as comemorações do 15º aniversário da Biblioteca!
- dia 6, quinta-feira, às 23h30: Espaço Contagiarte, Porto. Tocamos no Festival Etnias, a seguir ao Projecto Iara. Party!
Entretanto continuamos a trabalhar no nosso EP, e até ao final do ano deverá estar pronto. Ainda não tem nome.
Uma coisa gira foi o facto de a nossa página ter atingido as 10 000 visitas em 10 meses :-) O que dá cerca de 1000 visitas de outras pessoas, descontando as cerca de 9000 vezes que fomos nós a visitá-la. O que até é bom!
Beijinhos e Abraços,
Melech Mechaya
P.S.: se alguém achar este email terrivelmente irritante, por favor avise-nos que tiramos o endereço da lista.
P.P.S.: se alguém achar este email incrivelmente porreiro, charmoso e carismático, por favor avise-nos (apenas para aumentar a nossa auto-estima).»
Negócios a Norte
Enviado por Mario da Silva através do Mule Express e já publicado aqui no AVP.
Aconselho a leitura e as comparações.
Aconselho a leitura e as comparações.
sábado, dezembro 01, 2007
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