A cimeira que decorre, esquecendo o já propalado sucesso da presidência portuguesa, tem o envolvente e nebuloso cenário do Cínico Paternalismo dos países europeus ex-colonizadores, cujos interesses do capital sempre acabaram e acabarão mais uma vez salvaguardados.
Gerir tais interesses vinculando aqueles países a compromissos que facilitem a ingerência e a supramacia europeia, são os objectivos confessos e não expressos desta cimeira.
Por isto, a verbalista exaltação dos Direitos Humanos, invocada pelos dirigentes europeus, não tem qualquer significado - é apenas trêta!
Se os inúmeros e horríveis focos de instabilidade em África, - a guerra, a corrupção e a tirania legitimam o incómodo e a revolta de todo o cidadão ou cidadã civilizados - o certo, é que "em todos os pratos entram garfos e colheres de europeus".
Deste modo, será mais uma vez em que os Povos Africanos, cujas fronteiras dos seus países foram outrora determinadas pelos europeus, não terão incentivo e apoio à emancipação, - continuarão a ser os derrotados da competição capitalista neo-liberal que as democracias europeias tão bem sabem gerir.
Mesmo assim, continuo acreditando que a luta dos Povos Africanos acabará no tempo, por determinar outro trato.
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