Enforcaram-no, não lhe fizeram a vontade. Ele desde o inicio do "julgamento" que desejava ser fuzilado.
Porque não acredito nesta JUSTIÇA, pois no tempo de Gengis Kan era assim. Aguardo sem entusiasmo, embora estupefacto, pelas próximas condenações â morte, ainda sem saber quais as preferências de Blair e Bush.
Serão fuzilados ou enforcados?...
sábado, dezembro 30, 2006
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Muita Palha
O Banho Do Ano
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Como Está Um Frio De Rachar...
domingo, dezembro 24, 2006
sábado, dezembro 23, 2006
Sem dó nem piedade!
Postagens de natal.Portagens nas SCUT para o ano que vem!2007 sem natal mas com Lá Féria!Vou de férias prá Jamaica!A balalaica para o rio que corre devagar.Sem Rui nem rios a navegar, desoriento-menas vagas que se desperdiçam na boçalidade.Incultas mentes que sonham com a próximacorrida na cidade!Presidentes ausentes da população, da cultura,da vivência ancestral.É o Natal, dirão alguns conformados!O natal, sem hospital, mas com a capitallembrança dos afectos dissimulados.Não quero viver numa terra com esta gentalha!Uma maralha de personas sem amor pela fantasia,sem alegria, apenas com a filosofia do ganho, dopróximo negócio.O ócio da casualidade. Falta verdade ao Porto,ao Portugal insosso e decrépito, ao abundanteditame do negócio, do dinheiro, da arrogância.Primeiro a minha posição, que se foda a oposição!Sem cultura, mas com muita sultura paratresandar de cheiro nauseabundo e banal.É o meu Porto de Portugal.E Chamam a isto Natal?Não posso ficar indiferente a este modo de estar,não posso calar nesta época, a insidiosa mentee quedar-me para sempre!Essa Entente finalmente!A luta vai começar!A poesia acabou de se soltar!Divulgar o que nos limita, o quecerceia a nossa liberdade!A Saudade de um mundo melhor!Melhores dias virão...Neste deserto de acção!
sexta-feira, dezembro 22, 2006
ZDB Fucking Christmas
.
A Zé Dos Bois organiza o Fucking Christmas desde 2001 com a presença do Paulo Furtado "The Legendary Tiger Man". Este ano a coisa repete-se:
*5º ano consecutivo de rock e má onda natalícia com Legendary Tiger Man na ZDB*
Proveniente das cinzas da mais mítica banda rock nacional da década de 90, os Tédio Boys, Paulo Furtado tem-se afirmado, ao longo dos anos subsequentes ao terminus do grupo de Coimbra, como uma das figuras mais emblemáticas, visíveis e aclamadas da música portuguesa, através dos Wray Gunn e deste, o seu projecto de «one man band», o alter-ego The Legendary Tiger Man.
Com quatro álbuns já editados («Fuck Christmas I Got The Blues», de 2003, «Naked Blues», de 2002, «In Cold Blood – A Sangue Frio» em colaboração com o fotógrafo Pedro Medeiros e o mais recente «Masquerade»), Furtado continua aqui a dar continuidade a um evento que já se tornou tradição. Esta actuação do Legendary Tiger Man na Galeria Zé dos Bois ser-lhe-á entregue, pelo quinto ano consecutivo, na noite de Natal, dia 25 de Dezembro. Furtado, orquestra de um homem só ao bom estilo de Bog Log III (com quem já partilhou palcos além fronteiras), encontrou um Mondego da mente que desagua no Mississipi Delta, rio de mágoa onde Johnny Cash, John Lee Hooker, Robert Johnson e Charlie Feathers um dia beberam. Com a forte crença que os «blues» não conhecem países nem continentes, Furtado oferece-se aos que escolherem atender à ZDB para ver um muito especial Pai Natal do rock, sem renas, com um vazio saco de prendas onde cabem todas as suas mágoas e descarga eléctrica."
Podem sempre espreitar a página da ZDB onde os encaminha para alguns videos do Tiger Man (2 deles alojados por mim no Youtube).
A Zé Dos Bois organiza o Fucking Christmas desde 2001 com a presença do Paulo Furtado "The Legendary Tiger Man". Este ano a coisa repete-se:
*5º ano consecutivo de rock e má onda natalícia com Legendary Tiger Man na ZDB*
Proveniente das cinzas da mais mítica banda rock nacional da década de 90, os Tédio Boys, Paulo Furtado tem-se afirmado, ao longo dos anos subsequentes ao terminus do grupo de Coimbra, como uma das figuras mais emblemáticas, visíveis e aclamadas da música portuguesa, através dos Wray Gunn e deste, o seu projecto de «one man band», o alter-ego The Legendary Tiger Man.
Com quatro álbuns já editados («Fuck Christmas I Got The Blues», de 2003, «Naked Blues», de 2002, «In Cold Blood – A Sangue Frio» em colaboração com o fotógrafo Pedro Medeiros e o mais recente «Masquerade»), Furtado continua aqui a dar continuidade a um evento que já se tornou tradição. Esta actuação do Legendary Tiger Man na Galeria Zé dos Bois ser-lhe-á entregue, pelo quinto ano consecutivo, na noite de Natal, dia 25 de Dezembro. Furtado, orquestra de um homem só ao bom estilo de Bog Log III (com quem já partilhou palcos além fronteiras), encontrou um Mondego da mente que desagua no Mississipi Delta, rio de mágoa onde Johnny Cash, John Lee Hooker, Robert Johnson e Charlie Feathers um dia beberam. Com a forte crença que os «blues» não conhecem países nem continentes, Furtado oferece-se aos que escolherem atender à ZDB para ver um muito especial Pai Natal do rock, sem renas, com um vazio saco de prendas onde cabem todas as suas mágoas e descarga eléctrica."
Podem sempre espreitar a página da ZDB onde os encaminha para alguns videos do Tiger Man (2 deles alojados por mim no Youtube).
Tesão de Escrever
Até que enfim que esta latrina se tornou irremediavelmente anti-natalícia, anti-propícia aos dislates consumitas, anti-prepúciana, anti-Centro Comercial de Belém, anti-Centro Cultural da Dolce Vita. A Doce vida, que nos transforma em seres diabéticos, em seres cariados, e o médico é quem lucra, as farmácias, as lojas de produtos naturais. Produtos naturais? Nada mais falacioso. Quem faz um filho, é com o falo. Com gosto!Com sabor, com textura aveludada, com aroma de essência de melão verde e sarapintado de couve de Bruxelas. A Europa ainda manda! Sem Europa não somos nada. Sem Renas, sem rendas para pagar vamos dormir no passeio público. públicas virtudes num desolado edifício privado. Privatize-se o natal! Contratualize-se a diminuição das despesas correntes com as prendas, as prendicas, as prendocas, as bombocas.Boas bocas para dilacerar o astuto e vil metal, a vil nota no esgoto do escroto. Palavras conspurcadas, palavras acetilénicas, os furanos da sorte, a libidinosa morte. As tretas das tetas rijas e imberbes, as tetas sedentas de um abraço, os domus municipalis, os orçamentos rejeitados, os conluios desbravados. O Situacionismo estástico, o bota de elástico. Plástico na névoa artificial. Pistas de gelo na manhã diabólica. A tarde é dos santos! E a noite, é dos loucos. Dos bêbedos, dos friorentos, dos sardentos, dos sargaços, dos abraços.Foda-se para esta vivência, para o excesso de vidência! nesta época apetece-me ser o mal natal, apetece-me ser o mais ignóbil dos espectros rastejantes, o camaleão com sede, o veado com fome!Foda-se e mais foda-se, obscenizar por aí, surrealizar por aqui, erotizar por acolá. Cá e lá são fartas as farturas fritas. Foda-se esta factura que temos de pagar. apetece-me o além-mar, apetece-me afogar. apetece-me reivindicar. apetece-me um rei, sem roque, sem a música do passado, apetece-me o xadrez mundial, apetece-me a fria guerra dos sentidos, a luta entre o bolo rei e o bolo Inglês. Apetece-me o doce! preciso de comer, preciso de mamar nas tetas grossas e abundantes, quero a glucose, o sabor agradável para o meu cérebro, quero a diabetes de dia, quero os sorvetes de noite. quero a serotonina activada no meu frágil cérebro, quero a teobromina, a fenilalanina, todos os 20 aminoácidos essenciais a que tenho direito. Já que todos os outros direitos eu perdi-os, desperdicei-os, lancei-os ao vento.Quero o carmo e a trindade, a prostituta da saudade, a velha e desdentada greta garbosa.Quero suicidar a festarola, a rola, a parola e indigente maneira de me ver ao espelho! Quero ser velho! Quero o absinto para ver se sinto novamente! Quero a piedade, a mortadela e o vinagre. Pimenta da Caiena, Cocaína e Hiena. Quero as editoras a editarem-me, a sufocarem-me de temor. Estou farto de humor! Estou farto de horror. Estou farto de escritores sem dó nem piedade, sem verdade! Quero matar e morrer! Quero matar as vendilhonas do templo, as "sei lá" porque escrevo, as Tamaro, os crimes do padre amaro, ai...se não me agarram eu não paro!Pega ladrão, fazes comichão ao mundo, fazes as fezes com um cheiro nauseabundo.Cantigas do cagalhão, putas que querem caralhão, vidas que querem um abanão!!!!!
FODA-SE!!!!!!
Tesão de Escrever!
FODA-SE!!!!!!
Tesão de Escrever!
Furtaram o "J" do Presépio
.
Pois é! A C.M. de Faro colocou um presépio com as imagens dos respectivos personagens da cena natalícia e já por duas vezes a personagem "J" é gamada. Coisa feia e estranha dizem os locais e possivelmente vocês também. No entanto a coisa não deixa de ter nexo, é que a personagem "J" só nasce a 25, logo é claro que o "J" irá ser reposto à boca de cena no dia 25 pelos autores do furto.
PS: Já agora, a personagem "M" deveria estar de balão até ao dia 25.
Pois é! A C.M. de Faro colocou um presépio com as imagens dos respectivos personagens da cena natalícia e já por duas vezes a personagem "J" é gamada. Coisa feia e estranha dizem os locais e possivelmente vocês também. No entanto a coisa não deixa de ter nexo, é que a personagem "J" só nasce a 25, logo é claro que o "J" irá ser reposto à boca de cena no dia 25 pelos autores do furto.
PS: Já agora, a personagem "M" deveria estar de balão até ao dia 25.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
A Praga
.
Este post é de solidariedade para com o Troll Urbano que anda a sofrer comentários do género de uma certa personagem que se autodenominava como "vigilante". Pensava eu que as autárquicas tinham amansado o(s) cromo(s).
Este post é de solidariedade para com o Troll Urbano que anda a sofrer comentários do género de uma certa personagem que se autodenominava como "vigilante". Pensava eu que as autárquicas tinham amansado o(s) cromo(s).
**DASS*
1100 Para o Desemprego
terça-feira, dezembro 19, 2006
José Dias Coelho - 45 Anos depois
.
Muitas Cidades, Vilas e Aldeias contêm José Dias Coelho como denominação para algumas de suas ruas. Também a nossa Vila contém o seu nome numa rua. O homem a quem Zeca Afonso dedicou "A Morte Saiu À Rua", foi assassinado há 45 anos numa rua de Alcântra que hoje tem o seu nome e uma placa no local onde caiu por terra. Como diz a Trilby e o Fernando "A revolução também se fez com sangue". Podem ler um pouco de sua história aqui.
Muitas Cidades, Vilas e Aldeias contêm José Dias Coelho como denominação para algumas de suas ruas. Também a nossa Vila contém o seu nome numa rua. O homem a quem Zeca Afonso dedicou "A Morte Saiu À Rua", foi assassinado há 45 anos numa rua de Alcântra que hoje tem o seu nome e uma placa no local onde caiu por terra. Como diz a Trilby e o Fernando "A revolução também se fez com sangue". Podem ler um pouco de sua história aqui.
Divulgação Associação José Afonso
sábado, dezembro 16, 2006
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Os Coices
Se já repararam os coices não estão a abrir numa nova janela como seria de esperar, como a malta não mexeu em nada supõem-se que seja coisa da blogspot. Em tempos no "Ai o có có" acontecia o mesmo e a solução era (e acho que continua a ser) clicar com o rato do lado direito e pedir para abrir noutra janela. Espero que seja uma situação temporária.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
A (in)eficácia da contestação sindical
Artigo de opinião recebido na caixa do Arre Macho.
.
Nos últimos meses, com a ofensiva do Governo sobre os reformados, os desempregados e os trabalhadores em geral, levou ao aumento da contestação social.
O Governo planeou muito bem a sua estratégia, efectuando na prática uma ofensiva seleccionada, propagandeando que estava a retirar regalias em excesso, mas para piorar as condições de todos.
Os sindicatos foram respondendo a isto isoladamente. Os que eram atacados respondiam, os outros pensavam que não era nada com eles e deixavam-se estar no seu cantinho, tal como refere Bertolt Brecht no seu poema "A indiferença".
A primeira vez que os sindicatos organizaram uma resposta global à ofensiva governamental foi a de 12 de Outubro, com dezenas de milhares de trabalhadores, numa contestação como já não se via à muitos anos.
A partir desta manifestação, deviam as centrais sindicais organizar uma resistência ao Governo, mobilizando os desempregados, os jovens e os reformados - as camadas da população que mais disponíveis estão e mais sofrem com as suas politicas – em manifestações constantes, vigílias e concentrações. Um Governo que inaugura a mesma obra, andar por andar, km por km, deve ser contestado, andar por andar, km a km.
A pressão e o desgaste sobre o Governo tem que aumentar, até que este recue nas posições de ataque que todos os dias lança sobre quem trabalha e sobre os desempregados e os reformados. Este é um Governo sem política social. A sua prática é a de nos tirar o almoço com a promessa de nos garantir o jantar, diria antes um jantarinho no futuro, talvez lá para 2009.
Para combater estas medidas, as centrais sindicais (e os sindicatos em particular) têm que questionar as alternativas existentes, que a meu ver, são apenas duas, o diálogo social ou a greve geral.
Parece-me que se deveria esgotar o diálogo social, não na premissa de uma competição entre sindicatos, a ver quem menos acordos assina, mas sim num esforço sério para os assinar, impedindo o governo de legislar: qualquer Governo de cariz neoliberal legisla sempre contra os mais fracos, e neste momento histórico, os mais fracos, - os que estão na defensiva - são os trabalhadores.
Na certeza de que não é possível uma negociação séria e honesta - em que patrões e sindicatos assumam compromissos de garantia de emprego, salários compatíveis com os níveis de vida, respeito pelos direitos dos trabalhadores e das suas organizações, direito à formação e à informação no local de trabalho, melhoria da produtividade e da qualidade - então a resposta só pode ser a luta e a greve.
Mas não as lutas e ou greves saturantes, desgastantes de energias e salários dos trabalhadores, que começam com a discussão do orçamento e acabam pelo Natal, recomeçam em Abril e acabam em Maio.
Se a greve geral for a única saída, então temos que deixar o improviso, hoje a luta sindical não se compadece com isso, exige estudo de situações concretas e de resultados concretos em todo o mundo.
Temos que saber como foram derrotadas algumas lutas e evitar seguir por esse caminho, aprender com as que triunfaram.
O tecido social para as lutas e a greve geral em particular é hoje muito diferente do que era a seguir ao 25 de Abril, hoje prolifera o recibo verde (invenção portuguesa para a desresponsabilização patronal), os trabalhadores temporários e ou a contrato, que na maioria das empresas ultrapassam os efectivos.
Neste sentido a minha opinião é que a CGTP tem analisado positivamente a actual situação, com propostas de alternativa credíveis ás politicas do Governo, a mobilização do passado dia 25, mostra uma mudança inteligente na luta.
Desgastar o Governo e não os trabalhadores (com descontos salariais) é o que se impõe de momento. Por isso muitos mais fins-de-semana de contestação são necessários, até que o blairismo seja afastado da política portuguesa seja pela greve geral seja pela contestação social.
António Chora
.
Nos últimos meses, com a ofensiva do Governo sobre os reformados, os desempregados e os trabalhadores em geral, levou ao aumento da contestação social.
O Governo planeou muito bem a sua estratégia, efectuando na prática uma ofensiva seleccionada, propagandeando que estava a retirar regalias em excesso, mas para piorar as condições de todos.
Os sindicatos foram respondendo a isto isoladamente. Os que eram atacados respondiam, os outros pensavam que não era nada com eles e deixavam-se estar no seu cantinho, tal como refere Bertolt Brecht no seu poema "A indiferença".
A primeira vez que os sindicatos organizaram uma resposta global à ofensiva governamental foi a de 12 de Outubro, com dezenas de milhares de trabalhadores, numa contestação como já não se via à muitos anos.
A partir desta manifestação, deviam as centrais sindicais organizar uma resistência ao Governo, mobilizando os desempregados, os jovens e os reformados - as camadas da população que mais disponíveis estão e mais sofrem com as suas politicas – em manifestações constantes, vigílias e concentrações. Um Governo que inaugura a mesma obra, andar por andar, km por km, deve ser contestado, andar por andar, km a km.
A pressão e o desgaste sobre o Governo tem que aumentar, até que este recue nas posições de ataque que todos os dias lança sobre quem trabalha e sobre os desempregados e os reformados. Este é um Governo sem política social. A sua prática é a de nos tirar o almoço com a promessa de nos garantir o jantar, diria antes um jantarinho no futuro, talvez lá para 2009.
Para combater estas medidas, as centrais sindicais (e os sindicatos em particular) têm que questionar as alternativas existentes, que a meu ver, são apenas duas, o diálogo social ou a greve geral.
Parece-me que se deveria esgotar o diálogo social, não na premissa de uma competição entre sindicatos, a ver quem menos acordos assina, mas sim num esforço sério para os assinar, impedindo o governo de legislar: qualquer Governo de cariz neoliberal legisla sempre contra os mais fracos, e neste momento histórico, os mais fracos, - os que estão na defensiva - são os trabalhadores.
Na certeza de que não é possível uma negociação séria e honesta - em que patrões e sindicatos assumam compromissos de garantia de emprego, salários compatíveis com os níveis de vida, respeito pelos direitos dos trabalhadores e das suas organizações, direito à formação e à informação no local de trabalho, melhoria da produtividade e da qualidade - então a resposta só pode ser a luta e a greve.
Mas não as lutas e ou greves saturantes, desgastantes de energias e salários dos trabalhadores, que começam com a discussão do orçamento e acabam pelo Natal, recomeçam em Abril e acabam em Maio.
Se a greve geral for a única saída, então temos que deixar o improviso, hoje a luta sindical não se compadece com isso, exige estudo de situações concretas e de resultados concretos em todo o mundo.
Temos que saber como foram derrotadas algumas lutas e evitar seguir por esse caminho, aprender com as que triunfaram.
O tecido social para as lutas e a greve geral em particular é hoje muito diferente do que era a seguir ao 25 de Abril, hoje prolifera o recibo verde (invenção portuguesa para a desresponsabilização patronal), os trabalhadores temporários e ou a contrato, que na maioria das empresas ultrapassam os efectivos.
Neste sentido a minha opinião é que a CGTP tem analisado positivamente a actual situação, com propostas de alternativa credíveis ás politicas do Governo, a mobilização do passado dia 25, mostra uma mudança inteligente na luta.
Desgastar o Governo e não os trabalhadores (com descontos salariais) é o que se impõe de momento. Por isso muitos mais fins-de-semana de contestação são necessários, até que o blairismo seja afastado da política portuguesa seja pela greve geral seja pela contestação social.
António Chora
Poder Local 30 Anos de democracia
.
Teve inauguração ontem dia 12 de Dezembro, a exposição "Poder Local: 30 anos depois das primeiras eleições autárquicas" no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo na Baixa da Banheira.
Vamos visitar e acorrer aos eventos naquele fórum cultural (que diga-se têm tido enorme qualidade), para sujarmos o espaço em si afim da Câmara Municipal justificar os 52000 € (cinquenta e dois mil euros) por ano destinados à sua limpeza.
Consegue este fórum só em limpeza uma verba superior à destinada a todas as colectividades do concelho. "Grandes concursos people" diria o Ugly Kid Tony.
Teve inauguração ontem dia 12 de Dezembro, a exposição "Poder Local: 30 anos depois das primeiras eleições autárquicas" no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo na Baixa da Banheira.
Vamos visitar e acorrer aos eventos naquele fórum cultural (que diga-se têm tido enorme qualidade), para sujarmos o espaço em si afim da Câmara Municipal justificar os 52000 € (cinquenta e dois mil euros) por ano destinados à sua limpeza.
Consegue este fórum só em limpeza uma verba superior à destinada a todas as colectividades do concelho. "Grandes concursos people" diria o Ugly Kid Tony.
terça-feira, dezembro 12, 2006
Lucidez na Acidez?
Quem tem a coragem para escrever aqui?
Depois da ressaca dos festejos, é hora de voltar ao trabalho,ao frio e arrepiante mundo das palavras inóspitas, solitárias.
Do afirmar aqui e agora os males do mundo.Este é o reino do podre, do nauseabundo, da sub-cave,das intempéries da alma! Fétido hálito dos transeuntes,olhos enviesados, carcomidas vozes de raiva.
Sonolenta e conspurcada vivência, dias eléctricos,luminosidade aparente, massas a consumir, a omitirum ano inteiro de frustrações acumuladas, de ódios ao volante.
Um ano inteiro de estradas perdidas para o vale da morte, humanosque não se olham, não se tocam, tudo aparência!
Fatal natal com o desejo animal da festa, da embriaguezdos sentidos, da anulação da vida. Seres que andam, correm nasruas, nos hipermercados, nos centros culturais da nossa vida comercial e popular. Nas estradas são os loucos ao volante, pela estrada fora,a toda a brida, avançar, sem olhar, sem dialogar.
Sorrisos imediatos, inebriantes.
Prefiro o fel das minhas solas de sapato rotas, o azedume do mar,as dunas desfeitas na maré, o ocaso salino, o odor a castanheiro velho.
Quero o trapo sujo, o bêbedo que mete conversa, a quem lhe pago um copo,porque não quero contribuir para vícios alheios, só pago a quem gosta de beber!
Quero a noite escura, não quero néons nem presépios, nem pais natal à varanda,nem bolo-rei, nem coisas que me fazem engordar e morrer cedo.
Prefiro morrer com uma ardósia na mão, escrever os mandamentos daeducação do cidadão, reeducar-me a mim próprio, aprender com os meus erros.
Quero a gruta no meio da serra, tal como Sebastião da Gama, insigne poeta da Arrábida e de Setúbal, que se fechava no seu eremitério.
Quero um Luís Pacheco que me faça soluçar, chorar, sentir a terra a tremer-me
debaixo dos pés, um Cesariny que encontrei uma noite no Bairro Alto, naquele bar
esconso, decadente, adúltero e velho, com fados, guitarradas e muitos cigarros.
Quero ficar sozinho, não quero as mensagens dos telemóveis, os cartões de boas festas,os presentes.
Prefiro os ausentes, os meus mortos, as minhas despedidas, aqueles que me deixaram para trás, ou quem eu deixei, aqueles de quem me desencontrei, aqueles a quem nunca pedi perdão! Quero sentir a dor, quero pagar pelas minhas faltas, pelos meus pecados,sentir todo o inferno nos meus olhos!
Não sou digno de confiança, não sou digno de amor, sou digno da mais putativa solidão e amargura. O Natal é para quem se porta bem! Eu quero apenas recordar os passados, as memórias, os sonhos! Tudo o que criei, tudo o que fiz de bom, mas também aquilo em que errei.
Quero ser uma persona com lastro de passado, nesta época em que só se pensa no presente, no momento, no clímax, e depois... tudo se desvanece, tudo se esfuma. Prometemos que mudamos no ano novo, mas passada a tesão, voltamos a ser quem éramos, enganamo-nos a nós mesmos, engalfinhamo-nos nas teias deste presente que nos ausenta da vida, que nos faz perder o norte, o sul e todos os rumos do desconhecido.
Arriscamos pouco, só pisamos solo conhecido, palpável e macio. Nada de grandes revoluções, convulsões. Nada de pensar em dor, morte, negritude.
A nossa vida tem de ser vermelha, encarnada, amarela, branca, pura e católica. Temos de nos ajoelhar para sentir o frio nas pernas.
Fora isso, temos os nossos ares condicionados, os nossos passos vigiados, a nossa comida microondicionada, o nosso amor regulado em ciclos de 28 dias, bem certinho como um relógio Suíço. Tudo é insonorizado, calculado, regulado. Queremos conforto e eficiência. Queremos ciência e Desporto. Mas não andamos a pé, não fazemos exercício físico, somos obesos e ainda queremos mais. Consumir, Consumir para destruir! Nesta época não quero nada disso, não quero correr atrás do prejuízo, do pré-juízo, do juízo prévio.
Não quero prever nada, não quero antecipar nada.
Nada de nada, nem dinheiro, nem presente, nem futuro!
Vou-me encontrar com o passado, provando o fel, nas minhas solas de sapato velhas e rotas!
Depois da ressaca dos festejos, é hora de voltar ao trabalho,ao frio e arrepiante mundo das palavras inóspitas, solitárias.
Do afirmar aqui e agora os males do mundo.Este é o reino do podre, do nauseabundo, da sub-cave,das intempéries da alma! Fétido hálito dos transeuntes,olhos enviesados, carcomidas vozes de raiva.
Sonolenta e conspurcada vivência, dias eléctricos,luminosidade aparente, massas a consumir, a omitirum ano inteiro de frustrações acumuladas, de ódios ao volante.
Um ano inteiro de estradas perdidas para o vale da morte, humanosque não se olham, não se tocam, tudo aparência!
Fatal natal com o desejo animal da festa, da embriaguezdos sentidos, da anulação da vida. Seres que andam, correm nasruas, nos hipermercados, nos centros culturais da nossa vida comercial e popular. Nas estradas são os loucos ao volante, pela estrada fora,a toda a brida, avançar, sem olhar, sem dialogar.
Sorrisos imediatos, inebriantes.
Prefiro o fel das minhas solas de sapato rotas, o azedume do mar,as dunas desfeitas na maré, o ocaso salino, o odor a castanheiro velho.
Quero o trapo sujo, o bêbedo que mete conversa, a quem lhe pago um copo,porque não quero contribuir para vícios alheios, só pago a quem gosta de beber!
Quero a noite escura, não quero néons nem presépios, nem pais natal à varanda,nem bolo-rei, nem coisas que me fazem engordar e morrer cedo.
Prefiro morrer com uma ardósia na mão, escrever os mandamentos daeducação do cidadão, reeducar-me a mim próprio, aprender com os meus erros.
Quero a gruta no meio da serra, tal como Sebastião da Gama, insigne poeta da Arrábida e de Setúbal, que se fechava no seu eremitério.
Quero um Luís Pacheco que me faça soluçar, chorar, sentir a terra a tremer-me
debaixo dos pés, um Cesariny que encontrei uma noite no Bairro Alto, naquele bar
esconso, decadente, adúltero e velho, com fados, guitarradas e muitos cigarros.
Quero ficar sozinho, não quero as mensagens dos telemóveis, os cartões de boas festas,os presentes.
Prefiro os ausentes, os meus mortos, as minhas despedidas, aqueles que me deixaram para trás, ou quem eu deixei, aqueles de quem me desencontrei, aqueles a quem nunca pedi perdão! Quero sentir a dor, quero pagar pelas minhas faltas, pelos meus pecados,sentir todo o inferno nos meus olhos!
Não sou digno de confiança, não sou digno de amor, sou digno da mais putativa solidão e amargura. O Natal é para quem se porta bem! Eu quero apenas recordar os passados, as memórias, os sonhos! Tudo o que criei, tudo o que fiz de bom, mas também aquilo em que errei.
Quero ser uma persona com lastro de passado, nesta época em que só se pensa no presente, no momento, no clímax, e depois... tudo se desvanece, tudo se esfuma. Prometemos que mudamos no ano novo, mas passada a tesão, voltamos a ser quem éramos, enganamo-nos a nós mesmos, engalfinhamo-nos nas teias deste presente que nos ausenta da vida, que nos faz perder o norte, o sul e todos os rumos do desconhecido.
Arriscamos pouco, só pisamos solo conhecido, palpável e macio. Nada de grandes revoluções, convulsões. Nada de pensar em dor, morte, negritude.
A nossa vida tem de ser vermelha, encarnada, amarela, branca, pura e católica. Temos de nos ajoelhar para sentir o frio nas pernas.
Fora isso, temos os nossos ares condicionados, os nossos passos vigiados, a nossa comida microondicionada, o nosso amor regulado em ciclos de 28 dias, bem certinho como um relógio Suíço. Tudo é insonorizado, calculado, regulado. Queremos conforto e eficiência. Queremos ciência e Desporto. Mas não andamos a pé, não fazemos exercício físico, somos obesos e ainda queremos mais. Consumir, Consumir para destruir! Nesta época não quero nada disso, não quero correr atrás do prejuízo, do pré-juízo, do juízo prévio.
Não quero prever nada, não quero antecipar nada.
Nada de nada, nem dinheiro, nem presente, nem futuro!
Vou-me encontrar com o passado, provando o fel, nas minhas solas de sapato velhas e rotas!
segunda-feira, dezembro 11, 2006
sábado, dezembro 09, 2006
terça-feira, dezembro 05, 2006
A verdade nua e crua
.
O Presidente da República marcou para 11 de Fevereiro o referendo sobre a IVG, apelando aos participantes na campanha para que procurem “um debate sério, informativo e esclarecedor para todos aqueles que irão ser chamados a decidir uma matéria tão sensível como esta”.
A primeira condição para um debate sério e esclarecedor é partir da realidade concreta da sociedade portuguesa que, em matéria de aborto clandestino como noutras, nos coloca na cauda da Europa. Tod@s podemos invocar os mais variados conceitos filosóficos, éticos e/ou religiosos (ou ainda a ausência deles) para sustentar o SIM ou o NÃO. Mas uma teoria que não se sustenta na experiência prática não passa de especulação, livre mas infecunda. E é sobre a realidade nua e crua da sociedade portuguesa, neste início do século XXI, que faz todo o sentido colocar aos cidadãos a seguinte pergunta: “Concorda com a despenalização da IVG se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas de gravidez, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”.
E qual é a realidade portuguesa em matéria de aborto? Todos os anos vão parar ao hospital mais de mil mulheres devido a complicações resultantes de abortos feitos clandestinamente, por curiosos ou mesmo pelas próprias mulheres, em desespero de causa. Algumas morrem, muitas sofrem lesões irreversíveis que as impedem de ser mães para o resto da vida. Outras ainda são conduzidas à barra dos tribunais, juntando esta humilhação ao sofrimento do corpo e do espírito que as marcará para sempre. Lembram-se que, no referendo de 1998, os partidários do NÃO garantiam que não haveria mais julgamentos de mulheres vítimas de aborto clandestino? É o que se tem visto…
O aborto é, evidentemente, um último recurso numa situação desesperada. Por isso mesmo, a sua prática não deve constituir mais um castigo ou uma vergonha para a mulher. Não é, evidentemente, um método alternativo de planeamento familiar. Mas, apesar de todas as campanhas de prevenção e mesmo com o recurso à pílula do dia seguinte há sempre, estatisticamente, milhares de mulheres obrigadas a recorrer ao aborto, pelas mais variadas razões. Esta é a verdade nua e crua e não vale a pena enterrar a cabeça na areia. Cabe aqui recordar outra promessa de 1998 – um investimento sério no planeamento familiar – furada, por exemplo por Bagão Félix que, uma vez no governo, tudo fez para travar uma educação sexual saudável e descomplexada nas escolas.
Um argumento habitual do NÃO é que uma decisão de tal gravidade não pode depender unicamente da vontade da mulher, devendo envolver o seu marido ou namorado. É desejável que isso aconteça. O problema é que, em muitos casos, já não há parceiro: ou porque este fugiu ás responsabilidades; ou porque a mulher, por razões do seu foro íntimo, entendeu não lhe comunicar que está grávida; ou ainda em situações mais graves, como a violação. Nestes casos (que estão entre as principais causas de aborto), onde está o parceiro? Infelizmente, é em profunda solidão que muitas mulheres são obrigadas a decidir.
E é por isso que elas devem dispor de todo o apoio médico e psicológico, em estabelecimento legal de saúde, onde ninguém chega e faz um aborto sem passar por uma consulta. Neste processo, com a devida informação, é possível até que algumas destas mulheres ou adolescentes mudem de ideias e descortinem alternativas que lhes permitam assumir a maternidade. Pelo contrário, se for à curiosa ou à clínica de luxo, num bairro fino, o aborto é para já! Desde que pague… E até pode lá encontrar um desses hipócritas que se declara objector de consciência à IVG… mas apenas no SNS, tentando sobrepor um qualquer corporativismo aos direitos de cidadania e à saúde das mulheres.
No debate que agora se (re) inicia, iremos assistir à invocação casuística da ciência, numa mistura perversa com a religião. Convirá recordar Galileu – “no entanto, ela move-se”, as rodas dos conventos, a condenação do preservativo e da pílula do dia seguinte. Os diversos “ayatollahs” são livres de pregar aos fiéis mas, por favor, não nos obriguem a viver numa sociedade confessional. Parece que o fundamentalismo não está só na Turquia nem do outro lado do Mediterrâneo. É que se o SIM vencer no referendo de 11 de Fevereiro, como estou convicto, ninguém fica obrigado a violar os seus conceitos éticos ou religiosos. Será apenas o triunfo do direito à livre escolha.
O debate ainda está no princípio, mas é importante colocar em cima da mesa a verdade nua e crua, pondo de lado toda a hipocrisia.
Alberto Matos
O Presidente da República marcou para 11 de Fevereiro o referendo sobre a IVG, apelando aos participantes na campanha para que procurem “um debate sério, informativo e esclarecedor para todos aqueles que irão ser chamados a decidir uma matéria tão sensível como esta”.
A primeira condição para um debate sério e esclarecedor é partir da realidade concreta da sociedade portuguesa que, em matéria de aborto clandestino como noutras, nos coloca na cauda da Europa. Tod@s podemos invocar os mais variados conceitos filosóficos, éticos e/ou religiosos (ou ainda a ausência deles) para sustentar o SIM ou o NÃO. Mas uma teoria que não se sustenta na experiência prática não passa de especulação, livre mas infecunda. E é sobre a realidade nua e crua da sociedade portuguesa, neste início do século XXI, que faz todo o sentido colocar aos cidadãos a seguinte pergunta: “Concorda com a despenalização da IVG se realizada por opção da mulher, nas primeiras dez semanas de gravidez, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”.
E qual é a realidade portuguesa em matéria de aborto? Todos os anos vão parar ao hospital mais de mil mulheres devido a complicações resultantes de abortos feitos clandestinamente, por curiosos ou mesmo pelas próprias mulheres, em desespero de causa. Algumas morrem, muitas sofrem lesões irreversíveis que as impedem de ser mães para o resto da vida. Outras ainda são conduzidas à barra dos tribunais, juntando esta humilhação ao sofrimento do corpo e do espírito que as marcará para sempre. Lembram-se que, no referendo de 1998, os partidários do NÃO garantiam que não haveria mais julgamentos de mulheres vítimas de aborto clandestino? É o que se tem visto…
O aborto é, evidentemente, um último recurso numa situação desesperada. Por isso mesmo, a sua prática não deve constituir mais um castigo ou uma vergonha para a mulher. Não é, evidentemente, um método alternativo de planeamento familiar. Mas, apesar de todas as campanhas de prevenção e mesmo com o recurso à pílula do dia seguinte há sempre, estatisticamente, milhares de mulheres obrigadas a recorrer ao aborto, pelas mais variadas razões. Esta é a verdade nua e crua e não vale a pena enterrar a cabeça na areia. Cabe aqui recordar outra promessa de 1998 – um investimento sério no planeamento familiar – furada, por exemplo por Bagão Félix que, uma vez no governo, tudo fez para travar uma educação sexual saudável e descomplexada nas escolas.
Um argumento habitual do NÃO é que uma decisão de tal gravidade não pode depender unicamente da vontade da mulher, devendo envolver o seu marido ou namorado. É desejável que isso aconteça. O problema é que, em muitos casos, já não há parceiro: ou porque este fugiu ás responsabilidades; ou porque a mulher, por razões do seu foro íntimo, entendeu não lhe comunicar que está grávida; ou ainda em situações mais graves, como a violação. Nestes casos (que estão entre as principais causas de aborto), onde está o parceiro? Infelizmente, é em profunda solidão que muitas mulheres são obrigadas a decidir.
E é por isso que elas devem dispor de todo o apoio médico e psicológico, em estabelecimento legal de saúde, onde ninguém chega e faz um aborto sem passar por uma consulta. Neste processo, com a devida informação, é possível até que algumas destas mulheres ou adolescentes mudem de ideias e descortinem alternativas que lhes permitam assumir a maternidade. Pelo contrário, se for à curiosa ou à clínica de luxo, num bairro fino, o aborto é para já! Desde que pague… E até pode lá encontrar um desses hipócritas que se declara objector de consciência à IVG… mas apenas no SNS, tentando sobrepor um qualquer corporativismo aos direitos de cidadania e à saúde das mulheres.
No debate que agora se (re) inicia, iremos assistir à invocação casuística da ciência, numa mistura perversa com a religião. Convirá recordar Galileu – “no entanto, ela move-se”, as rodas dos conventos, a condenação do preservativo e da pílula do dia seguinte. Os diversos “ayatollahs” são livres de pregar aos fiéis mas, por favor, não nos obriguem a viver numa sociedade confessional. Parece que o fundamentalismo não está só na Turquia nem do outro lado do Mediterrâneo. É que se o SIM vencer no referendo de 11 de Fevereiro, como estou convicto, ninguém fica obrigado a violar os seus conceitos éticos ou religiosos. Será apenas o triunfo do direito à livre escolha.
O debate ainda está no princípio, mas é importante colocar em cima da mesa a verdade nua e crua, pondo de lado toda a hipocrisia.
Alberto Matos
sábado, dezembro 02, 2006
APELO À LUCIDEZ
O que a imprensa local e as sessões públicas dão a conhecer, traduzem uma crise instalada na Câmara e Assembleia Municipais. Confirmei-o na última Assembleia que se realizou, observando aí o baixo nível atingido, um desfoque irracional, o absurdo...
É tal o cenário, que considero impossível tais orgãos conseguirem cumprir as suas atribuições com um minimo de objectividade e probidade.
Naqueles orgãos autárquicos, todas as organizações politicas e respectivos representantes, dispõem-se a ser actores, arrastados ou não, na tragédia promovida pelo Presidente da Câmara, cujas abjecções que diz e escreve geradoras de solicitos precedentes, levou estas instituições eleitas pela população, ao lamaçal da devassa.
Agravando ainda, o facto de não se vislumbrar dos representantes da maioria absoluta, qualquer esforço pela lucidez, pela necessidade de mudar de rumo, desfazendo a sobranceria do actual Presidente.
Neste quadro, bem fez a Junta da Freg. da Moita. Pela falta de apoios, desconfiança e fartura de chatíces, procurou outros caminhos. Entregou-se a Deus. Organiza excursões Marianas com a benção do Sagrado Coração de Maria, e nesta Saudação de Natal, já iluminou a Rua da Igreja, indicando-nos o caminho p'rá Missa...
Por isto deixo um apelo à maioria.
Com a vossa comprovada agilidade em jogos de influência, caso por excesso de pecados não possam dirigir-se a Deus, recorram a Apolo, coriféu das nove Musas, para que Tália vos inspire a terminar a víl comédia que decorre, conseguindo que Melpómene evite a vergonhosa tragédia que estais a gerar nas principais instituições democráticas deste Concelho.
Se não forem capazes disto, resta-me apelar aos já poucos militantes comunistas que ainda existem na CDU, a terem a coragem de exaltar as resoluções do orgão superior do vosso Partido, relativas ás autarquias (o XVII Congresso), deliberando naturalmente pôr na Rua o actual Presidente.
Coragem camaradas!...
É tal o cenário, que considero impossível tais orgãos conseguirem cumprir as suas atribuições com um minimo de objectividade e probidade.
Naqueles orgãos autárquicos, todas as organizações politicas e respectivos representantes, dispõem-se a ser actores, arrastados ou não, na tragédia promovida pelo Presidente da Câmara, cujas abjecções que diz e escreve geradoras de solicitos precedentes, levou estas instituições eleitas pela população, ao lamaçal da devassa.
Agravando ainda, o facto de não se vislumbrar dos representantes da maioria absoluta, qualquer esforço pela lucidez, pela necessidade de mudar de rumo, desfazendo a sobranceria do actual Presidente.
Neste quadro, bem fez a Junta da Freg. da Moita. Pela falta de apoios, desconfiança e fartura de chatíces, procurou outros caminhos. Entregou-se a Deus. Organiza excursões Marianas com a benção do Sagrado Coração de Maria, e nesta Saudação de Natal, já iluminou a Rua da Igreja, indicando-nos o caminho p'rá Missa...
Por isto deixo um apelo à maioria.
Com a vossa comprovada agilidade em jogos de influência, caso por excesso de pecados não possam dirigir-se a Deus, recorram a Apolo, coriféu das nove Musas, para que Tália vos inspire a terminar a víl comédia que decorre, conseguindo que Melpómene evite a vergonhosa tragédia que estais a gerar nas principais instituições democráticas deste Concelho.
Se não forem capazes disto, resta-me apelar aos já poucos militantes comunistas que ainda existem na CDU, a terem a coragem de exaltar as resoluções do orgão superior do vosso Partido, relativas ás autarquias (o XVII Congresso), deliberando naturalmente pôr na Rua o actual Presidente.
Coragem camaradas!...
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Corpo, Som, Movimento? (ou O Bar & A Sede)
Corrupios, inolvidável
ausência dos afectos
a ladaínha ensimesmada
na oculta margem
da alegria
Frenéticas canções
no deambular das marés
o ocaso inone
sem deus nem pátria
Dormi na secura
do teu circunspecto
olhar
E a dança, louca
melancolia numa
luz feérica
A causalidade
reverberada na
infame memória
dos sentidos
Perfume cálido,
louca abstracção
nas insignes
tempestades do olhar
Leituras ao desvario
inocência resplandecente.
Na aura crepuscular
o sentido dos percursos
Movimentos perfeitos
na perpétua constelação
do teu corpo.
ausência dos afectos
a ladaínha ensimesmada
na oculta margem
da alegria
Frenéticas canções
no deambular das marés
o ocaso inone
sem deus nem pátria
Dormi na secura
do teu circunspecto
olhar
E a dança, louca
melancolia numa
luz feérica
A causalidade
reverberada na
infame memória
dos sentidos
Perfume cálido,
louca abstracção
nas insignes
tempestades do olhar
Leituras ao desvario
inocência resplandecente.
Na aura crepuscular
o sentido dos percursos
Movimentos perfeitos
na perpétua constelação
do teu corpo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)