Corrupios, inolvidável
ausência dos afectos
a ladaínha ensimesmada
na oculta margem
da alegria
Frenéticas canções
no deambular das marés
o ocaso inone
sem deus nem pátria
Dormi na secura
do teu circunspecto
olhar
E a dança, louca
melancolia numa
luz feérica
A causalidade
reverberada na
infame memória
dos sentidos
Perfume cálido,
louca abstracção
nas insignes
tempestades do olhar
Leituras ao desvario
inocência resplandecente.
Na aura crepuscular
o sentido dos percursos
Movimentos perfeitos
na perpétua constelação
do teu corpo.
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