Uma salada sem tempêro...

O Partido que ainda teimam em chamar de Socialista - ideia que apesar de perdida nas gavetas de Mário Soares se tem vindo a manter, embora eu só a use por respeito a alguns militantes que conheço, pois apesar de tudo teimam em afirmar-se socialistas, está metido num trinta e um, que a descambar em piquenique de Verão, não há quem saiba "temperar a salada".

Após o afastamento do governo e inerente bembom, apenas se verificou daquele Partido uma decisão decente, colocar como líder do grupo parlamentar a Drª Maria de Belém, cargo porventura a prazo, mas que pelo menos enquanto o piquenique não se realiza, garante decência e sobriedade, disfarça o desgraçado destempêro e pânico em que aquela "tropa" se encontra.

Não sou, mas se fosse militante do PS, mesmo que discordasse de Assis, que não gostasse da rispidez que imprime aos seus discursos, da arrogância de que alguns o acusam, mediante a alternativa, era nele que eu votaria . Penso que numa organização qualquer que envolva pessoas motivadas por objectivos com incidência na vida dos outros, existe um valor essencial, a lealdade - valor que não descortino no adversário de Assis, pois enquanto este nunca deixou de ser interventivo, para o bem e para o mal, o outro foi tecendo "desde bébé", por vezes até com prolongados silêncios de cobardia a sua actual imagem imaculada, provando apenas deste modo, não passar de um expert em contrariar o ditado que diz "quem anda à chuva molha-se". Seguro não só não transmite convicção, como de facto nunca se molhou.

É pois estranha a decisão dos militantes do PS no Concelho da Moita, pela beatitude de como se colam à escolha do seu "pároco distrital" Victor Ramalho.