Por onde anda a minha parte?
Não tenho dúvidas dos números e índices que o INE divulga, já dos critérios definidores da metodologia que adopta, por obrigação das decisões politicas impostas, não só sempre duvidei como tenho certezas.
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Por exemplo, partindo da certeza de na minha casa não entrarem 1845 euros/mensais, valor indicado pelo INE a corresponder ao rendimento líquido total e anual médio dos agregados familiares em Portugal, que até traduz um aumento de 2,1% relativamente aos anos de 1999/2000 - fico deveras incomodado e sem condições de reflectir sobre as indicações macroeconómicas em que os ministros sustentam a "pujança da economia portuguesa"ao embate da crise internacional. É que mesmo arriscando ser considerado ignorante, descrente ou pessimista, existe uma realidade incontornável que se explica, pelo simples facto dos discursos não garantirem ao almoço, a certeza de que vou jantar.
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Daqui a legítima pergunta - por onde anda a minha parte?
É que em tais médias, diga-se cinismo - entra o chicharro e a boga que gasto mais o cherne que não compro; entra o meu AX com 12 anos e o Ferrari que alguém possui... ... ... Sócrates ao marcar o ponto pós-férias que eu não tive, amanhã em Stº Tirso, faça o discurso que fizer, que só vai convencer aqueles que são do Porto porque são, aqueles que são do Sporting porque são, aqueles que são do Benfica porque são... ... ... vou continuar sem saber onde anda a minha parte, ainda por cima com a certeza que a tais ladrões, não existe policia atirador que me valhe.
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