quarta-feira, janeiro 09, 2008

Opinião - A CGTP à mercê da força política

Daniel BernardinoManuel Carvalho da Silva poderá abandonar a liderança da CGTP e não ser sequer candidato a secretário-geral no próximo congresso que se realiza a 15 e 16 de Fevereiro, devido às exigências impostas pelo PCP, quanto à composição da futura direcção.

Fonte: Diário digital e Jornal Público 09/01/2008

A CGTP pode estar a caminhar para um retrocesso na credibilidade junto dos trabalhadores caso o seu secretário geral não continue no leme da maior central sindical em vésperas do seu 11º congresso, tal como foram hoje avançadas informações na comunicação social.

Manuel Carvalho da Silva tem vindo a credibilizar a CGTP, tornando-a mais forte e eficaz na luta pelos direitos e interesses dos trabalhadores mobilizando cada vez mais trabalhadores para junto do sindicato, mesmo aqueles que nem são sindicalizados e a pouco a pouco tem afastado a maior central sindical nacional do poder político que é sem sombra de dúvidas uma das maiores pretensões de muitos trabalhadores Portugueses.

O caminho dos sindicatos tem de ser cada vez mais o de representar o maior número de trabalhadores, independentemente da sua côr política. Seria muito importante a sua continuidade para o bem de todos os trabalhadores numa fase em que vivemos aterrorizados pelas alterações que podem vir da revisão do Código de Trabalho.

O trabalho do homem que hoje tem na sua memória a realização da maior manifestação dos ultimos 20 anos não pode sair do projecto que tem relançado o sindicato em Portugal, mesmo que muitas das vezes tenha resistido a tentativas de lutas impostas por motivos políticos deverá continuar a defender os trabalhadores, como esperamos que o faça.

Daniel Bernardino
Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Faurecia
Parque Industrial Autoeuropa

3 comentários:

O Broncas disse...

Não só porque recordo, e não foram poucos os anos, mas porque vou colhendo alguma informação. Não sou capaz de sustentar uma opinião, tendo por base a invocada noticia do Jornal Público.
Ainda hoje possuo em recortes, noticias sobre a CGTP em vésperas de vários Congressos.

Penso que irão voltar todas, apenas com outras côres e tipos de letra.

Anónimo disse...

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=901033&div_id=1728

Anónimo disse...

Penso que a mobilidade do movimento sindical, incluindo a Inter, é um grande avanço de classe. Não porque as pessoas errem ou se viciem no poder, mas para lhe dar mais vitalidade. É a minha idéia!

Quanto ao Camarada Carvalho da Silva ser ou não ser precionado pelo partido de classe nem se quer tenho dúvidas, porque ao longo dos anos, mesmo no seu nascimento, o partido de classe sempre meteu a sua colherada. O que não veio mal ao mundo.

Já a carta aberta (UGT), aquela que quebrava a espinha à Inter, não é o Ps, o Psd e o Cds e mais alguns que a construiram?

Não que sempre tenha de assim ser, mas em termos de classe, porque estamos em luta de classes, o cuidado na escolha dos dirigentes deve de continuar...Seria bom vivermos uma sociedade sem amos, é verdade, mas que os temos aí à perna lá isso temos!