domingo, abril 08, 2007

- Até Quando?

12,5 MIL MILHÕES DE EUROS, segundo o Tribunal de Contas foram objecto de transferência corrente dos Gabinetes Governamentais para as mais variadas entidades públicas e privadas sem qualquer fiscalização - sendo uma prática anómala e sistemática de ao longo de um triénio, se inscrever, como despesa dos gabinetes, avultadas verbas destinadas a serem transferidas a entidades estranhas sem qualquer contrapartida ou qualquer actividade de apoio à acção governativa. São 12,5 mil milhões de euros gastos apenas pelos Governos de Durão Barroso, Santana Lopes e Sócrates.

Trata-se de um montante que daria para dois aeroportos.

Não existem palavras que possam explicar tamanha bagunça. Ocorre-me apenas interrogar:
- Até quando é que os deserdados deste país se dispõem a suportar merda desta!?

5 comentários:

Chapa disse...

ainda dizem aue somos um país pobre!

Anónimo disse...

Os deserdados deste país aguentam esta merda enquanto votarem neles não é?
Ou eles não foram eleitos pelos deserdados?

Anónimo disse...

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.

A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896

Anónimo disse...

Isto é uma carneirada capada. Já não vai lá...

O Broncas disse...

Ou eles não foram eleitos pelos deserdados?

Com a abstenção que se conhece, eles foram eleitos pela maioria da medrosa classe média mais os mobilizáveis que transformam em sonho as aldrabíces que lhes pregam.