Escandido.
O ferro!
Aplauso no terceiro balcão!
Entre o riso e a lágrima,
a leve dor, a inocência
O amado(r) fruto da leviandade
Escandir o desejo!
Tergiversar por aí.
Paladinas ausências
Rumorejar de marés.
Inolvidado solo
em mi bemol maior
Faustosa sala
dos encardidos tectos
Faunos e Cromeleques.
Proto-história operática
Inusitadas crepitações
Rugosas protuberâncias
Circunflexas áreas
do devir afectuoso
Quinto acto
mentes cristalinas
Barrocas e intempestivas
preces da afabulação
Complacentes viagens
nas bambolinas régias
Ocaso visceral
Fecha-se o pano
No salão nobre
o vison
a visão polifónica
o ouvido metafísico
o paladar metateatral
o olfacto policromático
Tacteio a breve espuma
dos dias negros de paz
no limbo dos diáfanos
rostos solitários.
2 comentários:
São cinco porque és homem.
Ao poeta, sim. Um deus não é de ferro! Mas ao homem não falta a intuição, a sensibilidade, o senso prático!
Isto porque as máquinas não têm sentimentos!
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