terça-feira, julho 11, 2006

-Por onde é que Deus Anda?...

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Bento XVI visitou o Reino do Estado Espanhol.
Confiante na mobilização que aí os seus discipulos sabem organizar, da manipulação de que são capazes, como aconteceu em Abril passado naquela manif. politica mobilizada pelos principes da Igreja e o Partido Popular. Sentiu-se em casa, naquele espaço memorizado pelo Reino de Castela, outrora expoente máximo do Santo Ofício, pela Espanha Franquista cujo regime e crimes Pio XII abençoou, a terra do patrono da OpusDei, o Santo Balaguer que o seu antecessor beatificou.

Bento XVI deu assim brado à sua luta preferida, o combate aos relativismos. Não só enveredando pela ingerência politica daqueles Países e Povos, no descaro de enviar até recados a Zapatero, como deixou cair de vez o propalado esforço ecuménico da igreja, pois o que interessa "é a nossa doutrina", as outras religiões e crenças é como se não existissem.

A sobranceria do Vaticano aí está, sem nuances, acima de tudo e de todos, impondo até como deveremos viver - só existe família com a benção de Deus, garantindo herdar aos filhos a religião e fé cristãs.

Servindo-se da omnipotência de DEUS, cuja existência não consegue provar, coloca-se como patrono-mor da ética e da moral, quando no secretismo do seu Estado, já não consegue sequer disfarçar a sucessão de escandalos e desmandos, equiparados aos tempos dos Bórgias.

É caso de perguntar: - por onde é que Deus anda?...

O dever de respeitar a religião e a fé que cada um abraça, é uma condição essencial para que se viva em paz. Mas esta certeza não obriga ninguém a ter de suportar em silêncio, tanta sobranceria, tanta hipocria.

4 comentários:

Anónimo disse...

Apoiado!

Trilby disse...

Sem dúvida. Mas a culpa é essencialmente dos estados que se deixam manipular e permitem ingerências da igreja.

Anónimo disse...

Desta não me pego contigo, tiveste o cuidado de no fim fazer a ressalva que eu te faria, parabéns.

Anónimo disse...

A Igreja Católica por cá com a ajuda do CDS e do PSD, continuam a impedir a autêntica laicização do Estado, mal disfarçam a vontade de voltar aos tempos da religião oficial, entravam a regulamentação da lei aprovada à cinco anos, pois pretendem manter privilégios que conferem-lhes poderes, constitucionalmente injustifiáveis e atentadores da liberdade religiosa. É uma vergonha o que continua a acontecer.