Ando com uma preguiça mental que nem vos passa pela tola. Tento dar o meu melhor em várias situações e o cansaço começa a apoderar-se da mente. Vou colocar um artigo de Manuel António Pina, que me chegou via e-mail. Não podia estar mais de acordo com esta palavras agora aqui transcritas.
"Quando os políticos nos dizem (e dizem-no todos os dias) que o país está em crise, conviria que explicassem a que país se referem.
De facto, a acreditar nos números que têm vindo a público, há dois países no país. E, curiosamente, o que mais grita "crise!" (nas TV's, nos jornais, na consertação social...) é o que menos razões tem para gritar.
As empresas cotadas na Bolsa que integram o PSI 20 aumentaram este ano os resultados em 48,5% (900 milhões de euros); a Galp já leva 333 milhões de euros de lucros (cinco vezes mais do que em 2004), a PT 500 milhões; o BCP bateu o recorde de lucros do ano passado, o BES triplicou-os, os do BPI já tinham, até Março, aumentado 55%; os da SONAE cresceram 135%, os da Impresa 70%, os a EDP 11,5%.
Depois , há o outro país, o que paga a crise de que fala o país que vive dela: são segundo numeros da UE, 2,5 milhões de pobres, dos quais 200 mil em situação de miséria extrema e fome; mais de meio milhão de desempregados; outro meio milhão a viver com pensões de 216,79 euros (de acordo com o indicador do INE sobre despesas dos agregados familiares,uma familia necessita de um minimo de 244 euros/mês para sobreviver).
O discurso da crise tem tem servido, nos ultimos anos, para aumentar, até niveis absolutamente imorais, o fosso entre o país rico e o país pobre. A principal crise que vivemos não é finaceira nem económica, é social.
De cada vez que alguem pronuncia a palavra "crise", há um pobre que fica mais pobre e um rico que fica mais rico..."
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