Nesta quadra, ritual de festividades,cujas origens pela verdade interessa esclarecer,num tempo à distância que a lucidez não se perca num isolamento pernicioso, pois nunca é fácil firmar a verdade material quando existem outras "verdades", que por hábitos e usos ancestrais, são referências que integram as nossas vidas.
Recebi prendas, todas humildes e úteis. Libertas da fútil febre consumista. Até a tia não se esqueceu do ananás que todos os anos , sei lá porquê, me oferece; as peúgas de algodão para evitar alergias, a camisola, desta vez colorida que a minha mãe sempre oferece, talvez na ideia de continuar a vestir o filho que já é avô, enfim!, um conjunto de carinhos que calham sempre bem, que enternecem.
Mas a prenda que mais me fixei, foi a de um saco em papel reciclado com um pacote de chá e outro de café, dois bons sabôres, "adoçados" pela natureza da estrutura que os promove.
Foram adquiridos na Merecearia do Mundo, na loja do Comércio Justo.
Gente que optou por uma economia alternativa, cujo sucesso obriga a muito trabalho, a muito combate sem a miragem de atingir os indíces que atafulham a vida. Libertando-se das chatíces e da gravidade paradigmática da economia dominante.
Gente que se mobiliza em acção não violenta, contra as inevitabilidades fatalistas que os promotores e analistas defensores do capital, todos os dias nos impingem.
Eis assim a minha prenda ao blog. Não quis ficar com os sabôres do chá e do café só para mim. Pois são sabôres a globalizar numa variante humanizada, alternativa.
Investiguem - www.coresdoglobo.online.pt
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