Centenário da I Guerra Mundial
(1914-1918)
Fez 19 milhões de mortos,
entre eles nove milhões de soldados.
Ainda hoje, são muitos os historiadores que se interrogam sobre o que motivou esta Guerra.
Sendo certo que o conflito não surgiu porque algum estadista de qualquer país acordou mal disposto, também não é correto como alguns analistas defendem, que a origem do conflito esteve no facto de o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono da Austria, ser assassinado em 21 de Junho de 1914 por um nacionalista em Saravejo na Bósnia.
Mas não é um fenómeno ainda hoje inexplicável, pois não só são evidentes há época, os diferentes interesses das classes dominantes dos paises inicialmente beligerantes, como no posterior envolvimento à escala mundial, os interesses coloniais a marcarem a amplitude do conflito.
Sendo certo que o conflito não surgiu porque algum estadista de qualquer país acordou mal disposto, também não é correto como alguns analistas defendem, que a origem do conflito esteve no facto de o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono da Austria, ser assassinado em 21 de Junho de 1914 por um nacionalista em Saravejo na Bósnia.
Mas não é um fenómeno ainda hoje inexplicável, pois não só são evidentes há época, os diferentes interesses das classes dominantes dos paises inicialmente beligerantes, como no posterior envolvimento à escala mundial, os interesses coloniais a marcarem a amplitude do conflito.
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O historiador Jay Winter interroga-se: “1918 já está muito distante de nós mas é ainda um puzzle. Foi para quê? Porquê? Porquê o banho de sangue? Porquê a carnificina? Esta pergunta é, para mim, a questão chave de todo o século XX. Porquê a violência? Porquê a crueldade?”
Na França e na Alemanha os soldados partiram para a guerra como para um piquenique, saudados nas ruas por multidões. Esperavam passar o Natal em casa.
No quarto mês de guerra, só na Batalha do Marne (7 a12 de Setembro) a França perdeu 80 mil soldados e a Alemanha outros tantos.
No quarto mês de guerra, só na Batalha do Marne (7 a12 de Setembro) a França perdeu 80 mil soldados e a Alemanha outros tantos.
O escritor Aquilino Ribeiro, que naquele tempo se encontrava em Paris, descreveu a vivência daquela cidade no inicio do conflito, abrangendo quase em diário os primeiros meses no livro "É a Guerra".
Por exemplo a 9 de Agosto, quando corriam notícias que na Alsácia o exército francês tinha sofrido 20 mil baixas e que Portugal iria declarar guerra à Alemanha, Aquilino escreveu: ...noticiava ontem uma gazeta que Portugal se preparava para declarar guerra à Alemanha - Porquê - perguntei a todas as veras da consciência, desde as mais nacionalistamente portuguesas ás mais livremente humanas. Porquê? porquê - e nenhuma resposta de boas e racionais razões, satisfez a minha interrogação ansiosa.
- os comentários que surgirem sobre o tema, serão publicados em post.
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