O "Tremoço"

Foi celebrizado por Eusébio, ainda no tempo em que a maioria dos portugueses não gostavam de gambas, camarão tigre e sapateiras. Tudo dava para as anedotas, embora hoje esquecidas da alarveiríce dominante que ofusca realidades e sentimentos, fazendo perdurar o tempo de nojo.

 

Esqueceram-se do paternalismo usado  no trato do génio preto que nem a idade sabia, e de tantas outras abjecções, mesmo quando já era a garantia do abono de familia do benfiquismo - é que o Benfica sem Eusébio teria ficado muito curto.

 

Cá para mim foi um excelente jogador, com um estilo inédito e ainda por cima sempre evidenciando pelos gestos em campo, desportivismo e respeito pelos adversários.

 

Está aberta a discussão sobre se irá ou não transladado para o Panteão Nacional. A lei obriga a um ano de reflexão para que serenamente se aquilatem critérios e se crivem conceitos para tão grande homenagem. Nisto ainda não tenho opinião, embora tenha por certo que se o corpo for para o Panteão, ficará automáticamente aprovado um lugar para Ronaldo.

 

No caso de Eusébio, porque levou o nome de Portugal pelo mundo, quando o país pela ditadura estava votado ao isolamento internacional. No caso de Ronaldo, como simbolo do sacrificio e tenacidade portuguesa, com que se evitou a bancarrota. Mais as trêtas que quiserem acrescentar.

 

Enfim!? a parvoíce é à pazada...