quarta-feira, março 14, 2012

31 na Câmara de Setúbal

A Inspecção Geral da Administração Local, persiste em remeter todas as responsabilidades à Srª Presidente da Câmara, por esta ter "ilegalmente" procedido  a aumentos saláriais a cerca de 400 trabalhadores. Estando assim armada uma grande bronca, pois a confirmar-se, os trabalhadores terão agora de devolver o dinheiro.
Sem conhecer detalhes do que por aí se diz sobre o assunto, parece que neste caso Setúbal apenas saíu na rifa, pois se a IGAL investigar outros Concelhos vai concerteza encontrar situações equiparadas, sendo que em algumas até foi quem ganha mais, que mais ganhou.
Do Concelho da MOITA nada se sabe, mas com a prevalecente tendência para o enguiço, não me admira que tal também aconteça por cá. Calculo que sobre isto, só a Poderosa Concelhia deve conhecer os detalhes.

A nojeira disto tudo, está na bandalheira literária permissiva a equívocos interpretativos, que é usada em regulamentos, decretos e despachos, a par de acções inspectivas demoradas, ineficazes e muitas vezes politicamente ajeitadas.
Por exemplo, é vergonhoso o que está a acontecer na Assembleia da República com a hipótese de uma Comissão de Inquérito para o caso BPN, onde de princípio PS, PSD e CDS sempre a recusaram, surgindo agora dispostos a que tal Comissão exista, mas para investigar o caso apenas de forma espartilhada, numa clara intenção protectora de conhecidos figurões que integram os seus partidos.
Nunca fui a favor da vil ideia de que se os grandes roubam, porque é que eu não posso roubar? exactamente porque a maldade de uns nunca pode num estado de direito, em democracia, ser justificação para a maldade de outros - no entanto é mediante estes procedimentos desajustados, estes exemplos expostos à sociedade, envolvendo-nos, que o país vai ficando sem rumo.

1 comentário:

Anónimo disse...

pergunta...pergunta, que talvez saibas