Estive lá, gostei da iniciativa, comprei o programa e ouvi os discursos - discursos que não saturaram, evidenciando o do Srº Presidente, pela explicação sobre a vinda do cantor de serviço do Continente, aquele do nhãnhãnhã dos amores, pois a maldicência já gradava por aí de tal forma disparatada, que alguns já diziam ser um combinado com a Festa do Avante, como se o Ruben alguma vez contratasse p'ra lá coisa de tal estilo; também o Srº Vereador Canudo(*) esteve bem, apesar de tratando-se de um discurso escrito, poder ter sido menor e melhor; também o da Comissão esteve bem, embora em relação à tauromaquia se excedesse, tendo em conta o traste que é o actual empresário da Praça de Toiros, cujo gosto taurino se esgota apenas na sua carteira, as tradições Moitenses que se lixem.
À parte coloco o Padre - importante pela presença e nomeadamente pelo que disse nesta terra laica e republicana, em que a liberdade é um valor adquirido - depois de um padre que instituiu uma máscara à imagem de NªSªda Boa Viagem, há várias décadas, transformando um lindo trabalho de arte sacra numa figura deformada pelo culto da opulência, na forma de um manto e uma cabeleira, absolutamento desajeitada - e ainda o último que em 2006 desvalorizou a padroeira por não ser uma das Marias aparecidas como a da Atalaia e a de Fátima(Jornal da Moita) - o actual Srº Padre pelo que disse, demonstrou conhecer e respeitar o que simboliza a Nª Sª da Boa Viagem, que para este povo a Padroeira não é uma Maria que vai com as outras, disposta a aturar peixeiradas e a estupidez beata das confusões, que incomodavam nos ultimos anos os crentes e até não crentes desta terra.
Não sou crente, mas gostei de ouvir o Srº Padre, pareceu-me mesmo ser um Moitense, de tal forma que considero uma perca se acaso o Srº Cardeal D. Policarpo não ouvir a história com que terminou a sua intervenção.
- Viva a Festa da Moita!
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