Assisti a mais uma
que decorreu no dia 29 de Abril.
Mais cordata que as anteriores, talvez pela falta do principal animador de disparates, não deixou de os ter, permitindo mesmo perceber com maior exactidão o estilo de oposição do PS à gestão CDU. Sendo lamentável a ligeireza dos argumentos usados pelos membros do PS aquando da discussão do relatório e contas, questionando e concluindo sem qualquer sustentação, facultando ao Presidente da Câmara a hipótese de um brilharête. Isto quando se sabe que o relatório e contas está na consequência de um plano de actividades e orçamento aprovados no ano transacto, cujas politicas e demais critérios foram então delineados, onde ir além da verificação contabilistica, é não só embarcar num exercício escusado, como acresce a falta de referências comparativas, posto no que no caso, o PS não apresentou qualquer proposta para o orçamento.
Também considero lamentável o elogio beato ao relatório da Câmara, promovido pelos membros da CDU, onde até desenterraram criticas aos que criticaram o PDM, acusando-os de "entravar o desenvolvimento do Concelho" a par de outros disparates a engrossar a despropositada arenga de auto satisfação pelo exercício patriarcal dos seus administradores eleitos.
Nesta matéria evidenciou-se o BE, exactamente pelo silêncio e abstenção a que se remeteu, traduzindo deste modo a repulsa pelo segredismo que impera no executivo da Câmara por parte dos membros da CDU, do sufoco a que os restantes vereadores estão sujeitos.
As autarquias na Moita e particularmente a Câmara Municipal, transformou-se assim num laboratório onde decorre o ensaio da legislação centralista que muitos do PS e do PSD pretendem vir a aplicar, cujos objectivos a CDU sempre contrariou, mas que na prática está conforme com o espirito e a letra da referida legislação por ora adiada.
O mais triste de tudo isto é ter de assistir a intervenções proferidas por pessoas, que à partida se sabe discordarem daquilo que ali afirmam, facto que corroi a democracia e retira idoneidade a quem o faz.
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