segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Moção de Censura


Não gostei de observar o PCP a promover alterações ao "jogo da sueca", por entender que o adversário não tem que conhecer antecipadamente as cartas que saíram - também não gostei da iniciativa do BE, pois inesperadamente trunfar à balda, não só pode ficar sem trunfos para as jogadas seguintes, como até ficar definitivamente fora de jogo, isto, tendo em conta que o baralho até está viciado.
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Sem qualquer dúvida, considero urgente parar com isto, mas no actual quadro não percebo como é que usando a moção de censura se alteram as politicas - mais de metade dos eleitores já não votam e os poderosos meios de manipulação estão na posse dos mesmos, resultando disto um cenário consensualizado, em que a liberdade se mede pela distância que vai do PS ao PSD, pois todos os outros estão a mais.
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As ditas classes médias, embora cada vez mais tesas, defendem-se neste espaço Mafalda, bipolar, cujo resultado final está na dependência da oscilação de cerca de um milhão de votos, onde naturalmente, não falta a vulnerável piolheira do costume.
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No meu ponto de vista, penso que uma moção de censura para ser apresentada, com ou sem surpresa, só deveria acontecer como o corolário de um processo, em que a acção das massas populares já determinassem envolvimentos e dinâmica para uma alternativa, que permitisse meter no olho da rua o PS, e impedisse o PSD de se aproximar da porta.
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Pelo caminho já traçado, é dificil uma tal alteração da correlação de forças com efeitos nas urnas.


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