Nesta circunstância se integrasse uma qualquer instituição onde fosse solicitado um voto de pesar, eu votaria a favor. Fá-lo-ia por dois motivos: em primeiro lugar porque se trata de alguém que foi ministro do meu país e no regime democrático instaurado com o 25 de Abril; em segundo, porque tive a oportunidade de o conhecer numa reunião, enquanto membro dos ORTs de uma empresa do sector então denominado de Linha Branca - registei o seu empenhamento, pois tratava-se de conseguir alargar prazos de excepção na contingentação de produtos, facilitando a sobrevivência e adaptação das empresas ás exigências do mercado e outras, no periodo de pré-integração na CEE, objectivo que com a sua intervenção foi alcançado, embora a maioria dos Industriais do sector, preferissem estoirar com as empresas, optando pelo fácil e descontrolado acesso que tiveram ao pilim a fundo perdido. Mesmo assim, seria macabra e estúpida outra qualquer atitude mediante um voto de pesar.
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Entretanto é necessário lembrar aquela época que se prolongou além daquele governo, em que os ministros das finanças foram os principais artifices da destruição do aparelho produtivo, dos principais sectores da economia nacional - usando a politica monetária em conformidade com as exigências da negociação de calças em baixo no processo de integração - no jogo à balda das taxas de juro, ora p'ra cima, ora p'ra baixo, rebentaram com os sectores que dependiam da importação para de seguida rebentarem com os que dependiam da exportação e como nas pescas e na agricultura, não obtiveram resultados, pagaram para não pescar e cultivar.
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Não esquecer, não é ser sectário.
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