Simulacro Execrável

Com transmissão televisiva garantida, o Governo pelo seu Ministro da Administração Interna promoveu um ou vários simulacros para testar da operacionalidade das forças que vão garantir a segurança à cimeira da NATO no próximo dia 20.

Acontece que não observei a nenhum simulacro relativo a uma acção anti-terrorista em concreto, apenas e só simularam situações de controlo e repressão sobre manifestantes, copiando exemplos do estrangeiro, mas que em Portugal não existe qualquer registo equiparado, facto que gera preocupação, pois se os comparsas de Bin Laden resolverem aparecer por cá, por certo que não é para se integrarem nas manif.s nem andarem à mocada com a polícia. Por tudo isto, não encontro motivo nem significado para tanta bezuntice.

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Entretanto, recordei-me dos carros de assalto, que durante anos em vésperas do 1º de Maio, se deslocavam em marcha lenta e ensurdecedora do Barreiro até à Moita - a aterrorizar o pessoal "não fosse o diabo tecê-las". Lembrei-me da ditadura e de outras ditaduras, destas encenações e das práticas execráveis, que este Governo em democracia, agora também decidiu adoptar.

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Eu com a minha familia, até os netos de 4 e 6 anos, lá estaremos em paz a marcar presença contra uma organização que nos ultimos vinte anos incitou e promoveu várias guerras que não têm fim à vista. Estaremos lá a repudiar a presença dos Senhores da Guerra e a exigir que gente como Buch, Aznar, Blair e Barroso, sejam presos e julgados como criminosos de guerra no Tribunal Internacional. Estaremos lá com a segurança que a liberdade nos dá.

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A campanha televisiva que decorre tem a marca do pensamento fascista e a carga dos métodos das ditaduras mais execráveis que se conheceram no último século.