Por cá, por toda
a Europa e não só,
os governantes e dirigentes das estruturas supranacionais persistem em soluções assentes no mesmo modelo económico e financeiro, modelo que nada resolve mergulhado que está numa permanente crise paradigmática, crise que uns não querem ver, e outros a usam para manter os privilégios de sempre.
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Pelas sucessivas medidas de acréscimo ao PEC, tal como as hoje anunciadas pelo Governo PS - começo a temer pela sustentabilidade do chamado estado social, pois como se sabe a cartilha da direita para a disciplina orçamental, (a velha e façanhuda receita) assenta num método instrumentalizador que garante a prazo, a manutenção de privilégios fiscais e outros para os mais ricos e poderosos, acabando por impôr a asfixia financeira de todos os sistemas de protecção social.
Trata-se da ideologia da direita liberal, acolhida actualmente pela maioria dos governantes da UE e respectiva Comissão, que conjuntamente com as estruturas financeiras supranacionais, em nome dos déficits, promovem com descaro a chantagem especulativa que diáriamente se assiste sobre países soberanos.
A pressão é tanta, que na actual conjuntura já não acredito que possa existir qualquer plano de redução estrutural da despesa pública, que os satisfaça.
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Com todos os riscos que podem advir no plano político, espanta-me que os militantes socialistas e social democratas, continuem embrulhados na busca de soluções, resvalando para a cartilha da direita liberal, exactamente para o seio daqueles que pretendem destruir o que resta da Social Democracia.