Hoje de conversa com um amigo, daquelas conversas que nada resolvem, mas que dão-nos a hipótese de libertar-nos de conceitos, que o sistema a conta-gotas vai impondo, pelo menos por intervalos a conseguir atrasar as desgraceiras. Falou-se sobre o ensino, das reviravoltas, das deliberações tão altaneiras, próprias de quem não anda por aí, vindas da Lua porque é lá que está o Ministério - concluiu-se existir uma estratégia, talvez global, em que convém afastar o individuo do saber, a individualizar-se em curtos horizontes, a não exercitar o pensamento e ainda menos a consultar a história, naquelas partes demonstrativas do que o ser humano de bom, em colectivo foi capaz de construir - é a Estratégia da Estupidificação.
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Há anos o Secretário do Reagan, Brezinski, referindo-se à previsivel desocupação de mais 80% da humanidade e para que se impeçam revoluções, deixou a receita: "... sistemas de segurança eficazes, processos de subsidiação por baixo e sistemas de ensino, de informação e de entretenimento, estupidificantes."
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Por cá é a estratégia seguida. Em cima da bandalheira a que o sistema de ensino chegou, agora acresce com o aumento do número de alunos por turma e a garantia de que ninguém vai chumbar.
Dizem que nos países nórdicos é assim, só que mentem, por lá as turmas têm 15 e 18 alunos, os professores mais estabilidade, logo um acompanhamento garantido e eficaz. Por cá não existem condições e só existirão após um longo periodo de bom senso, sem ministros aldrabões. Mas isto não entra na tal Estratégia.
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Ainda me lembro de quando passei para a 2ª classe, a Ti Emilia da taberna Ribatejana (a escaninau) oferecer-me meia dúzia de bolos, daqueles com duas passas, e de ter recebido do meu tio um bom relógio, quando fiz a 4ª classe.
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