quarta-feira, março 24, 2010

Para Desanuviar











2 comentários:

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Bem lembrado. O Cais das Colunas, hoje, está ensombrado pelas obras que existem um pouco por todo o lado no terreiro do Paço, mas a 13 de Maio (??), já estar todo pipi; mas é um local giro.
As demais recordações, foram "equipamentos" que retenho na memória, os mesmos e a sua utilidade ...
Para falarmos no nosso Municipio da moita, havia um chafariz no Bairro Gouveia, perto de uma cabine da EDP, muito giro, e talhado; embora não em funcionamento, deveria ser conservado porque éuma memória, e até não ocupava espaço nenhum. Foi arrancado, há cerca dois ou três anos ...

Anónimo disse...

Este comentário passou despercebido. Mas a ser verdade é grave, muito grave e coloca em sérias dificuldades o BE.


A respeito das eleições sugiro a leitura :

António Damasceno Correia* Análise Social, vol. XXXV (156), 2000, 739-779

A AutoEuropa: um modelo de produção
pós-fordista


Damasceno foi o Director de Recursos Humanos da Empresa.
Gosto especialmente desta passagem:

9.4. A RELAÇÃO COM A COMISSÃO DE TRABALHADORES
A opção por uma relação privilegiada com a comissão de trabalhadores pressupôs que a escolha dos membros que integrariam esta futura estrutura
representativa não fosse deixada ao acaso! Quando se começou a pressentir
o desejo de constituição desta estrutura, provavelmente estimulada pelos
membros ligados aos sindicatos da CGTP — muitos deles eram desconhecidos
formalmente por não quererem revelar a sua identidade —, a empresa
rapidamente «entrou em jogo». Contactou sigilosamente o director de cada
uma das áreas para que este indicasse nomes de trabalhadores de «confiança
» que pudessem integrar a futura estrutura.
A escolha de um «líder» para esta comissão que inspirasse a capacidade
de defesa dos interesses dos restantes colegas e que, simultaneamente, revelasse
à empresa as informações necessárias foi ainda o aspecto mais difícil
de ultrapassar. Tudo isto acabou por ser obtido através de um convite dirigido
a um membro que mostrava enorme capacidade de persuasão dos colegas
e que era permeável a uma forte influência. Foi com este dirigente da
comissão de trabalhadores que a empresa estabeleceu uma entente cordiale
que permitiu, na véspera dos grandes embates, conhecer antecipadamente,
através de uma reunião sigilosa entre ele e o director de Recursos Humanos,
quais os pontos que seriam objecto de análise na reunião do dia seguinte e
a provável maneira de os ultrapassar.
Nas eleições para a constituição desta comissão acabaram por aparecer
duas listas: uma integrada e liderada por delegados sindicais afecta à CGTP
(lista A) e outra constituída, preparada e devidamente suportada pela empresa
em sessões de esclarecimento realizadas para o efeito (lista B). Esta segunda
lista, inicialmente defendida pelo grupo de trabalhadores independentes
de que já se falou — mas que não integravam a lista —, teve uma dupla
missão: viabilizar não só uma estratégia de consenso, como anular a força
veiculada pelos sindicatos. O risco que a empresa correu foi grande, mas a
encenação, o planeamento e a capacidade persuasora e manipuladora de
alguns gestores permitiram um enorme êxito.


Palavras para quê!

Broncas vê-lá se abres a pestana.