sexta-feira, janeiro 01, 2010

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Pela herança
da "ditadura da alternância"
que já lá vai em 30 anos

Portugal entrou em 2010 com quatro milhões de pobres, sendo que metade se vai aliviando com algum apoio do estado e da santíssima caridade; a carência de bens essenciais cresce em muitas famílias; somos servidos por um sistema de saúde a aproximar-se dos piores da U. Europeia; o sistema de justiça a desgraceira, o descalabro que diáriamente se observa; somos o país da OCDE cujas desigualdades sociais mais têm aumentado; a natalidade tem vindo a baixar por razões económicas; as falências de empresas por dificuldades e fraudes sucedem-se; num ano desapareceram 180 000 postos de trabalho; 6 em cada 7 trabalhadores estão no precário; os salários são dos mais baixos da U.E.; assiste-se à desregulamentação e degradação das condições de trabalho; o desemprego atinge 670 000 pessoas, prevendo-se sem baixa para breve.
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Mas mais grave que esta descrição, é politica e ideológicamente ser considerada alarmista, pessimista, própria de "velhos do restelo"- exemplo ilucidativo da pretenção de muscularem o regime democrático, que no quadro actual, seria, ou será, prolongar o absolutismo sem maioria absoluta. Não existisse a prolongada "guerra de gatos" no PSD, que o PS já estaria acasalado, por tantas razões e mais as que correm p'la justiça, que a ambos convém tapar.
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Em tais circunstâncias, o discurso oficial e único a entrar na comunicação social, então seria o do Srº Inginheiro, instituindo o Optimismo com força de lei:
... e lá vamos cantando e rindo... já saímos do estado de recessão; no último trimestre, o PIB aumentou 1,3%; de Agosto para Setembro diminuiu a diminuição do investimento de menos 11,7% para menos 9,3%, verificando-se assim uma melhoria generalizada na economia, sendo este um facto insofismável, demonstrado pelos 5 mil milhões que os 10 mais ricos arrecadaram num ano.
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Mesmo em tempo de crise,
lá vamos cantando e rindo...

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