terça-feira, outubro 27, 2009

Parlamento Europeu

Afinal o propalado apoio dos deputados do PCP a Berlusconi, foi tudo uma falsa trêta bem armada, e exactamente por quem estava bem colocado para perceber in loco, como aconteceu tal confusão. No jornal Público até surgiu uma "guerra entre o PCP e o BE" pelo inexistente facto, que não passou de erro na leitura electrónica da votação, acrescendo que nem sequer com os dois votos dos deputados do PCP, o documento condenatório ao Jardim de Itália seria aprovado.
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Este caso toma maior evidência, quando em estilo forjador de suspeições, Vital Moreira manteve em destaque no seu Blog durante vários dias, o persistente disparate.
Será bom lembrar, que apesar de tudo, não vale tudo.

4 comentários:

O Escoceador disse...

O B.E. ultimamente é quase cada cavadela cada minhoca; que se passará? Desorientação momentânea face aos resultados Autárquicos nos quais mais revelaram a sua "ambição"?.

Anónimo disse...

Os resultados das Legislativas deram 16 deputados e mais de Meio Milhão de votos,há partidos que ainda não aceitaram esse facto.

Quanto ás maquinas e á votação, é estranho que dois deputados do mesmo partido , sentados bem distantes um do outro, numa determinada votação, ambas as máquinas se tenham enganado

Coincidência...ou erro deliberado...

Até porque a declaração de voto de Ilda de Figueiredo era bem ambigua...

Anónimo disse...

Anónimo das 23:34
Não vale a comtinuar com a calúnia pois ela já está desmentida pelo próprio deputado do BE que a iniciou (ver artigo no DN) e até porque as máquinas da votação electrónica falharam não apenas no caso dos deputados do PCP, mas também as de outros deputados que tanbém queriam votar contra e noutros que queriam votar a favor.
O que deve questinar é porque a votação não foi repetida?
Qual a fiabilidade do voto electrónico? E imagine-se isso à escala de um país, como é o que pretendem fazer a curto prazo em Portugal, pois também é para isso que foi criado o Cartão do cidadão?

Carlos Carujo disse...

A 28 de Outubro de 1989 a morte saiu à rua. José Carvalho, dirigente do Partido Socialista Revolucionário, foi assassinado por um bando de skinheads neo-nazis. Passados 20 anos, fica a homenagem ao militante de tantas causas: dos direitos dos soldados, no movimento "Soldados Unidos Vencerão", dos direitos dos/as trabalhadores/as, na Comissão de Trabalhadores da fábrica Messa, do anti-militarismo no movimento "Tropa Não" e de muitas outras.

Passados 20 anos, fica a mesma recusa do legado de violência dos movimentos neo-nazis em Portugal como no mundo. Afinal, nas várias formas de fascismo ressoa sempre como lema profundo o "viva a morte" dos franquistas. Mesmo quando se quer esconder esta essência por razões tácticas: apesar de uma nova geração da extrema-direita aparentar ser diferente, de alguns terem trocado o visual das carecas pelo fato e gravata, continua a matriz de ódio, intolerância e violência que é a sua razão de ser. O suposto nacionalismo que lhes enche a boca não é bastante para conseguir esconder a sua raiva pela diferença e pelo outro.

Passados 20 anos, é preciso também não nos reduzirmos ao optimismo histórico simplista que diz de cada vez que isso é coisa do passado. Hoje, aí estão traços da extrema-direita em tantos discursos respeitáveis. Hoje, aí estão movimentos fascistas ou pós-fascistas em governos também eles respeitáveis da Europa "civilizada". Hoje, aí estão os mesmos ingredientes de sempre que alimentam a intolerância: a crise económica e a pobreza, a exclusão e as violências urbanas, o discurso fácil dos bodes expiatórios e o racismo latente. Por isso, contra o "viva a morte" explícito ou escondido mas com o rabo de fora destes movimentos é preciso repetir, ontem, hoje e sempre, não passarão!