terça-feira, novembro 25, 2008

Cavaco ou Ka-Va-Ku

Via Esquerda.Net:

Ka-Va-KuQuestionado pelos jornalistas sobre a permanência ou não de Manuel Dias Loureiro no Conselho de Estado, o presidente Cavaco Silva recusou-se a fazer qualquer comentário, afirmando que "não deve comentar em público" questões de Estado. Mas foi o próprio Cavaco Silva que há dez dias afirmou não ver razões para se questionar a continuação do ex-dirigente do PSD no Conselho de Estado, depois de terem surgido suspeitas sobre o seu papel enquanto administrador da "holding" que controla o BPN.

"Um Presidente da República desde logo não deve comentar em público questões de Estado e eu não faço comentários em público sobre membros do Governo, não faço comentários em público sobre chefes militares, sobre deputados ou sobre embaixadores", respondeu Cavaco Silva aos jornalistas.

Cavaco Silva divulgara no domingo uma nota oficial demarcando-se de qualquer ligação ou envolvimento em negócios, prestação de serviço ou mesmo empréstimos relacionados com o Banco Português de Negócios. Mas nessa nota não houve qualquer referência a Dias Loureiro, que é conselheiro de Estado por escolha do Presidente.

Para Francisco Louçã, coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, o comunicado do Presidente da República deixou "um silêncio pesado" sobre a única questão política que é decisiva: saber se Cavaco Silva mantém confiança em Dias Loureiro.

"O comunicado não se pronuncia sobre a única questão que é politicamente relevante: saber se o Presidente da República sustenta ou não a posição do Dr. Dias Loureiro. Esta é a questão que é institucionalmente relevante e muito importante até", sublinhou à agência Lusa o deputado bloquista, observando que "o Presidente da República sentiu-se na obrigação de comentar uma campanha de desinformação que não identificou e que ninguém conhece visto que não há obviamente nenhuma associação entre Cavaco Silva e as decisões que levaram o BPN à falência".

Louçã considerou "despropositada toda a informação sobre as contas bancárias do presidente e da sua esposa, visto que não tem necessidade de falar sobre a sua vida pessoal, que não são chamados a este caso".

Fiquem com o tema Ka-Va-Ku dos R12, que passaram em concerto à poucos dias pela Moita.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu prefiro Ca-Va-Cu. é que rima com lambe-cu.