domingo, julho 20, 2008

(cap.II)

ANO PAULINO
No dia 28 de Junho, por deliberação de Bento XVI, iniciou o Ano Paulino
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Decorria o ano 53, encontrava-se S.Paulo em Eféso, altura em que escreveu a 1ªEpistola aos Coríntios. Naquela cidade realizavam-se muitos festejos evocativos à deusa Artémis, por toda a cidade existiam muitos locais de comtemplação, templos votivos onde o povo lá ía deixando as suas oferendas. Aconteceu que os ourives organizados por um tal Demétrio, entenderam que os discursos de S.Paulo eram uma ameaça ao seu negócio, eles que vendiam à fartazana imagens da NªSenhora de Fátima, aliás, da deusa Artémis nos dias das celebrações - S. Paulo teve de abandonar a região, pois mais uma vez correu riscos de vida.
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Foi no ano 53, mas hoje que estamos no ano de 2008, acredito que S.Paulo continuaria perseguido. Basta reflectir no esforço, na dedicação e humildade com que se entregou à criação das primeiras estruturas da Igreja, nos seus discursos - para perceber-se o abismal contraste com a actual, que já não consegue ocultar a intimidade de relações da sua hierarquia com o poder politico e a banca, numa frequente prática de troca entre o cifrão e a fé.
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Por exemplo da hierarquia da Igreja não sai um único comentário sobre a nova e benevolente legislação aos crimes de "colarinho branco"ou ao criminoso código de trabalho, factos que afectam a esperança e a fé. Já em relação ao cifrão, até tiram cursos de gestão ministrados por leigos, empresários de duvidoso sucesso, cujo curriculum está envolvido em processos prescritos e práticas muito estranhas.
Mais grave ainda, é a facilidade com que colhe benesses do poder, como é a construção de um aeroporto em Fátima, a valorização de terrenos em Alcochete para o turismo religioso, o projecto de urbanização dos Selesianos em Vendas Novas que já arrecadaram 5 milhões, também em Évora e por esse Alentejo fora as suas IPSS a investirem nas coutadas, construção e hotelaria, mais os astronómicos lucros de Fátima e dos jogos da lotaria e outros das várias Santas Casas.
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S.Paulo hoje não seria decapitado, mas viveria com muitas dificulades - poucos o levariam a sério.

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