Caros "Irmãos e Irmãs", hoje não vou comentar as estúpidas e perigosas oratórias de D. José Ortiga. Como sabeis, em poucos dias fez afirmações claramente não autorizadas por Deus: - " O Estado é militantemente ateu..."; - "neste momento a Igreja não está em situação de atacar...". O conteúdo guerreiro de tais frases, esse sim, atira-me para a descoberta dos cristianíssimos desejos de violência, agora contidos pela Stª Madre Igreja, condicionada que está pela Concordata ainda não revista, entre Portugal e o estado do Vaticano.
Pela fatia cultural que por cá, neste Ocidente nos cabe, vive-se a violência por uma sucessão de traumas que vincula países e povos ao longo de séculos, desde a ascenção do cristianismo no calendário da nova era. Somos um produto disto - de uma ideia que nos leva a desprezar esta vida, normalizando a morte como passagem para uma outra, a verdadeira vida. É por aqui que se percebe o desenvolvimento de atitudes patológicas, que em sociedade nos tem levado a viver em temor, promovendo a normalização da violência e do terror.
O Cristianismo, que nos eleva à salvação da alma, convencendo-nos dever desprezar o corpo, exaltando o exemplo de Maria, a virgem que concebeu sem sexo, sem amor, sem corpo, que nos afasta do feminino, recolheu tudo o que de pior existe das demais religiões monoteístas, configurando-nos a conviver com o terror e a violência - quem despreza o corpo não é capaz de amar.
Pelo processo histórico, descobre-se que o Cristianismo deu um contributo decisivo para a violência e o terror que persistem actualmente no mundo. As Cruzadas foram actos de violência medonhos, talvez sem precedentes em toda a história - o inicio do trauma - antes do Cristianismo, com expressão não havia anti-semitismo, os Muçulmanos não eram nem anti-cristãos nem anti-semitas.
O Cristianismo é de todas a religião que mais incíde no poder e nas decisões politicas, estando subjacente à ascenção do capitalismo - dos registos dos judeus inventaram os "cheques", nas "abadias criaram os primeiros bancos." O Capitalismo, onde tudo é mercadoria, onde se esvazia o sentido e o valor da vida humana, afirmou-se e relaciona-se com as invenções e traumas do Cristianismo, nomeadamente o Católico, com sede no Estado do Vaticano.
Desejo-lhes uma Santa Semana.
- Nas próximas homílias, irei sustentar com exemplos concretos o que aqui escrevi.
2 comentários:
Se fosse somente o cristianismo..! Ainda a coisa se safava.
Mas, e o Budismo das várias espécies?
E Islamismo?
E o Judaismo...O Confucionismo? E as religiões arcanas no emisfério norte do Cérebro...E aquelas que ficam no emisfério sul do mesmo?
Há ainda outras desconhecidas? Certo que sim.
Mas então é tudo religiosidade? Certamente!
E os comunistas e socialistas sociais-democratas...
centros sociais de qualquer coisa...
E a seita dos ateus? Cuidado! Não vá o rato comer o queijo todo, como dizia Leão XIII...ou XIV, tanto faz
Corja de laicistas?!
Não gosto do estilo, não me solicita comentar...
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