sexta-feira, abril 18, 2008

Com um olho no Burro e outro nos Ministros...

É que tem mesmo de ser assim. Até hoje não descobri um ministro de origem da etnia cigana, logo pertenço áqueles que consideram reaccionário o e-mail @sepuderes, em tempos vulgarizado por um tal Lelo que aparecia muitas vezes na TV.
Porque tem de ser assim, ontem (17 de Abril) tirei o dia à minha conta e logo de manhã fui ao Centro Regional de Segurança Social, fui lá saber como vai a minha carreira contributiva, não para fazer contas p'rá reforma mas para perceber se no meio de tanta trapalhada que p'raí anda, não me tramam ainda mais a vida.

É que nos tempos que correm, existem muitos empresários a dizer por aí - que em Marrocos é que é bom, lá os salários são baixos e não existem outros encargos, se alguém se arma em sindicalista fácilmente é despachado ou leva um tiro nos cornos.
Para estes empresários, alguns até jovens com cérebros do século XIX, os fins de semana, os feriados, as férias e a hora da saída, são uma chatíce que retira capacidade competitiva às empresas. Ora gente desta por cá, só mesmo com policia atrás é que paga ao fisco e à segurança social. Mas enquanto as instituições não actuam, vão desgraçando a vida de quem trabalha.

No entanto são empresários dedicadíssimos, gente de fé que com ânimo investidor, aguardam a aplicação do Livro Branco que os Ministros do bando do Sócrates, lhes pretende oferecer.

Foi por isto que acabei por atar o burro na estação e partir para Lisboa, a participar na manifestação. (*)
- É que é mesmo preciso estar com o olho neles!...

(*)manif. convocada pela CGTP-IN.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora a moda é o email @tudoquantopuderes.com e já nem é preciso ser-se cigano.

Dá jeito ter tido ou ter um cargo político, que tal como rezam as teorias xenófobas antigas, também são migrantes[1], ambulantes[2], mentirosos[3] e ladrões[4].


Notas:
[1] A maior parte deles migram para Lisboa mais tarde ou mais cedo.
[2] É vê-los a deambular de partido em partido e de tacho em tacho (seja público ou privado )
[3] É ouvi-los em campanha e mesmo depois
[4] Para isto nem é preciso mencionar os inúmeros processos em curso e as suspeições actuais