Mais uma vez por afazeres não penitenciáveis, por solicitações "que nem ao padre cura irei confessar", pois há coisas na vida que só o próprio faz, embora a divina cusquíce de Deus no seu omnipotente arbítrio, quebre a eternidade do segredo. Hoje não subi ao púlpito.
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A Quaresma neste ano de 2008, como periodo de recato e abstinência já está arrumado sem hipóteses de colher benevolência celestial.
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Anteontem, num ambiente de copos que calculo para alguns e algumas ter terminado em carícias e numas quecas (um dia destes cago-me na função de cónego) ouvi uma história que se reportava a uma Salomé, cuja descrição era uma "gaja boa comómilho", que afinal não era esta, nem o assunto era o que já pensava . Fiquei a saber que Fátima, local e não a tal Salomé, é um produto turístico que segundo politicos escalabitanos por lá eleitos, irá integrar a região de turismo de Lisboa e Vale do Tejo.
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Reflectindo sobre isto e interpelando Deus, percebi que estão em jogo enormes interesses económicos. Interesses aparentemente alheados da apressada canonização dos pastorinhos, mas que vêm levantar o véu e trazer à liça as discussões que se prolongaram desde 1918, sobre o melhor local para montar a aldrabíce, se seria naquele ou na Atalaínha, posto que a este já não faltavam peregrinos. Discussão finada mais tarde por acordo entre Salazar, Cerejeira e Pio XII.
Optaram por evitar mais encenações de pastorinhos ou vaqueiros, entendendo que mais a norte o povo era mais dado a mistérios transcendentais.
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É evidente que hoje com o novo aeroporto a instalar-se em Alcochete, não faltam já os que lamentam de nos anos 30, não ter havido a imaginação sagrada de preferir a Stª d'Atalaínha.
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